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A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA PARA O INDIVÍDUO COM TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Claudineia Borges de Jesus
Luzinéia Borges de Jesus Rocha

 

 

RESUMO

O artigo ilustra a contribuição da Neuropsicopedagogia para o indivíduo com TDAH. O objetivo é contextualizar as hipóteses teóricas associadas à Neuropsicopedagogia e sua contribuição a pessoa com TDAH. A pesquisa é um referencial bibliográfico que se refere a um estudo sistemático desenvolvido a partir de materiais publicados em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, materiais de acesso público. A seleção da amostra partiu da compreensão dos estudos da Neuropsicopedagogia e sua contribuição no ambiente escolar no trabalho com alunos com TDAH. Estudos realizados pela Neuropsicopedagogia, revelam que o TDAH compromete o processo de aprendizagem, prejudicando o desenvolvimento cognitivo do aluno, o que requer acompanhamento Neuropsicopedagógico na escola. As considerações finais dizem respeito à importância dos professores e da sociedade na compreensão da importância e do papel das neurociências envolvidas no processo de aprendizagem, a fim de melhor manter o desempenho cognitivo e afetivo dos alunos na escola.

Palavras-chave: Neuropsicopeda;gogia. TDAH; Importncia.

 

 

ABSTRACT

The article illustrates the importance of neuropsychopedagogy with students with TDAH. The objective is to contextualize the theoretical hypotheses associated with neuropsychopedagogy with a student with TDAH. The research is a bibliographic reference that refers to a systematic study developed from materials published in books, magazines, newspapers, electronic networks, that is, materials of public access. The selection of the sample started from the understanding of the studies of neuropsychopedagogy and its contribution in the school environment in the work with students with HRT. Studies carried out by neuropsychopedagogy, reveal that TDAH compromises the learning process, impairing the student’s cognitive development, which requires neuropsychopedagogical monitoring at school. Final considerations concern the importance of teachers and society in understanding the importance and role of neurosciences involved in the learning process, in order to better maintain students’ cognitive and affective performance at school.

Keywords: Neuropsychopedagogy; TDAH; Importance.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Atualmente vivemos em uma sociedade, onde a educação está a cada dia modificando-se e tornando-se mais importante na formação dos cidadãos e tem como finalidade inseri-los na sociedade de forma plena e satisfatória. A dinâmica ensino-aprendizagem tem como função precípua assegurar a assimilação por parte dos alunos de um saber próprio selecionado das ciências e da experiência acumulada historicamente pela humanidade, organizado para ser trabalhado na escola; o saber sistematizado. Ao apropriar-se desse saber os alunos adquirem condições de enfrentar as exigências da vida em sociedade.  E neste ponto reside um aspecto da importância social do saber escolar. (ALMEIDA, et.al. 2018)

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA (2020), estudos da comunidade médica e científica mostram que entre 3 e 6% da população mundial sofre de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, mais conhecido como TDAH. É um distúrbio neurobiológico cujas principais características são desatenção, hiperatividade e impulsividade.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico de causas genéticas que ocorre na infância e frequentemente acompanha um indivíduo ao longo da vida. É caracterizada por sintomas de desatenção, inquietação e impulsividade.

É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ocorre em 3 a 5% das crianças em diversas regiões do mundo onde já foi estudado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo até a idade adulta, embora os sintomas de ansiedade sejam mais leves. (ABDA, 2020) Sendo assim, o que buscou-se na pesquisa foi como o profissional Neuropsicopedagogo deve auxiliar a superar as dificuldades escolares, emocionais e de relacionamento familiar e social.

 

 

  1. DESENVOLVIMENTO

 

2.1. Entendendo o TDAH

 

O Transtorno do Déficit de Atenção

 

Com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, com grande participação genética, isto é, existe chances maiores de ele ser herdado. Para Cypel (2003), O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece geralmente na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.

O TDAH é uma condição comportamental caracterizada por sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade.  Estes sintomas são geralmente muito evidentes na escola, no trabalho, ou em ambientes sociais.

Esse transtorno se manifesta antes dos 7 anos de idade. Para o sistema DSM-V, é necessário que os sintomas estejam presentes na história do indivíduo antes dos 12 anos de idade. É importante salientar que o TDAH ocorre na fase de desenvolvimento da criança. Fase em que à criança apresenta excessivas alterações no comportamento. Partindo do princípio de que as crianças normalmente são agitadas e inquietas, seria então difícil diagnosticar qualquer distúrbio comportamental, mas quando se trata de crianças com TDAH a ideia de inquietude e agitação é mais visível, e o comportamento dessa criança torna-se excessivo em relação a outras que convivem no mesmo ambiente.

O transtorno pode ser caracterizado pela combinação dos sintomas distração, impulsividade e hiperatividade. É a partir desse trio que irá se desenvolver o universo do TDAH, que oscila da plenitude criativa a exaustão de um cérebro que nunca para (SILVA, 2003).

Para falar sobre o TDAH, vamos recorrer a uma história que, embora seja recente, vimos algumas mudanças na nomenclatura e na forma como abordamos e tratamos o transtorno. O TDAH era conhecido anteriormente como "disfunção cerebral leve" e posteriormente chamado de "transtorno de Déficit hiperatividade infantil".

Em 1902, o médico britânico George Frederick Still descreveu as crianças que exibiam agressividade, provocação, desorganização, crueldade, desatenção e falta de controle como "deficiências no controle moral". Os médicos sugeriram que essas crianças tinham dificuldade em suprimir respostas a estímulos e identificaram algum tipo de influência genética. Mais tarde, Meyer (1904) e Goldstein (1936) observaram comportamentos semelhantes aos descritos por Still em crianças que sofreram lesões cerebrais traumáticas e propuseram os termos transtorno orgânico do comportamento e lesão cerebral. Eles começaram com o selo Lesão Cerebral Mínima (LCM).

O termo Hiperatividade foi introduzido por Laufer e Denhoff em 1957 e por Stella Chess em 1960 para se referir a essas crianças. O nome LCM foi posteriormente abandonado após uma reunião em Oxford (Reino Unido), durante a qual foi decidido usar o termo Minor Cerebral Dysfunction (MCD). Em 1980, o transtorno de déficit de atenção foi incluído no DSM-III (American PsychiatricAssociation, 1980). A terminologia mudou desde então, e o termo diagnóstico usado atualmente é “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade” (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 1994).

 O TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade é uma das grandes dificuldades no processo de ensino-aprendizagem enfrentadas pelas escolas, tendo em vista que nem sempre ocorrem revisões de conceitos e aperfeiçoamentos por parte dos docentes. Inicialmente, precisa-se definir de fato, o que é hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com indisciplina, sendo comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso.

O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios de comportamento mais frequentes na idade escolar caracterizado por um nível de atividade motora excessiva e crônica, déficit de atenção e falta de autocontrole. Segundo Neves, (2005, p. 8), A hiperatividade em si não é uma doença é, geralmente, um sintoma de algum distúrbio como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), alguns tipos de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e outros distúrbios de aprendizagem ou comportamento.

Ao contrário do pensamento anterior, o TDAH não é superado durante a adolescência. Em alguns casos, os sintomas parecem ser minimizados nesta fase, pois algumas pessoas desenvolvem estratégias para lidar com a situação e, assim, eventualmente reduzir os sintomas. No entanto, cerca de 65% das crianças diagnosticadas com o distúrbio continuam a apresentar sintomas quando adultos.

 

2.2. CAUSAS DO TDAH

A origem exata de TDAH é desconhecida, mas os investigadores acreditam que esta condição pode ser causada por um ou mais dos seguintes fatores. Tratar-se-á apenas de duas causas específicas.

 

Causas genéticas:

Diversas pesquisas realizadas em diversos países reforçam a hipótese de que o TDAH possui um perfil genético significativo. A suscetibilidade genética foi demonstrada em estudos com famílias, gêmeos e adoção (Thaparet al., 2005). As crianças têm até 8 vezes mais chances de serem diagnosticadas com TDAH se seus pais também tiverem o transtorno (Biedermann et al., 1992).

Afirmar que o TDAH é hereditário ou de grande parte hereditário não consiste em afirma o que é causador desse problema, só reafirma que o causador do problema diretamente pode passar de geração pra geração.

 

Química Cerebral

No aspecto neuroquímico, o TDAH é concebido como um transtorno no qual os neurotransmissores catecolaminérgicos funcionam em baixa atividade. A ênfase está na desregulação central dos sistemas dopaminérgicos e no adrenérgico que controlam a atenção, organização, planejamento, motivação, cognição, atividade motora, funções executivas e também o sistema emocional de recompensa (SOLANTO et al, 2001).

Para a compreensão da causa do TDAH como originário de uma disfunção na produção de neurotransmissores, Araújo e Silva (2003, p.67) preconizam que:

É causado pela pouca produção de Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que é uma classe de neurotransmissores responsável pelo controle de diversos sistemas neurais no cérebro, incluindo aqueles que governam a atenção, o comportamento motor e a motivação. Uma visão de base neurológica para o TDAH é que baixos níveis de catecolaminas resultam em uma hipoativação desses sistemas. Portanto os indivíduos afetados não podem moderar sua atenção, seus níveis de atividade, seus impulsos emocionais ou suas respostas a estímulos no ambiente tão efetivamente quanto as pessoas com sistemas nervosos normais. Fatores genéticos e hereditários têm sido amplamente estudados em relação ao TDAH e, a relação entre a hiperatividade e hereditariedade está claramente estabelecida.

 

Bebê Bebê difícil, raiva, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldade para alimentar e problemas de sono.

Infância Muito inquieto e agitado, dificuldades de ajustamento, desobediente, facilmente irritado e extremamente difícil de satisfazer.

Escola Incapacidade de se concentrar, distrações muito frequentes.

Adolescência Muito inquieto, desempenho inconsistente, sem conseguir se focalizar, problemas para memorizar, abuso de substância, acidentes, impulsividade, muita dificuldade de pensar e se planejar a longo prazo.

Adulto Muito inquieto, comete muitos erros em atividades que exigem concentração, desorganizado, inconstante, desastrado, impaciente, não cumpre compromissos, perde prazos, se distrai facilmente, não fica parado, toma decisões precipitadas, dificuldade para manter relacionamentos, entre outros.

Diferentes autores têm pesquisado sobre as causas do TDAH. Seus estudos mostram que ainda existem muitos paradigmas em relação às causas desse transtorno. As causas mais comuns são ambientais, genéticas e alterações cerebrais, ou seja, o TDAH pode ser causado por diferentes fatores, porém, não é possível precisar a influência de cada um para o surgimento dessa condição.

 

2.3. Tipo de TDAH

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção ABDA, há três tipos principais de TDAH, de acordo com a classificação atual do DSM: TDAH Tipo Desatento, TDAH Tipo Hiperativo-Impulsivo e TDAH Tipo Misto. O Transtorno de Déficit de Atenção pode ocorrer com ou sem a TDAH Tipo Desatento - Sintomas e características.

 

As características mais comuns do TDAH Tipo Desatento são a desatenção, resistência à distração, dificuldade em sustentar o esforço em atividades mais exigentes e percepção da passagem do tempo.

 

TDAH Tipo Hiperativo - Sintomas e características:

 A agitação, hiperatividade, impulsividade são os traços mais marcantes. A hiperatividade pode ser um problema, uma vez perturba o ambiente ao redor. A busca constante por estimulação, impulsividade e dificuldade em pensar antes de agir pode trazer consequências, tanto para crianças quanto para adultos.

 

TDAH Tipo Misto-Combinado - Sintomas

Apresenta simultaneamente as características dos tipos de TDAH desatento e hiperativo-impulsivo.

 

2.4. Características de TDAH

A desordem é caracterizada por comportamento frequente de desatenção, inquietação e impulsividade, em pelo menos dois contextos diferentes (lar, creche, escola, etc.). O Manual.

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos:

TDAH com predominância de sintomas de desatenção;

TDAH com predominância de sintomas de hiperatividade/ impulsividade;

TDAH combinado.

 

Na década de 1980, novas investigações começaram a enfatizar os aspectos cognitivos na definição de síndrome, especialmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando, além disso, que a atividade motora excessiva é um resultado, o escopo reduzido da atenção da criança e a mudança contínua nos objetivos e metas a que ele está sujeito.

A desordem é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), e mesmo em muitos países, tem uma lei de proteção, assistência e assistência tanto para pacientes como para suas famílias. De acordo com a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria, o TDAH é uma desordem psiquiátrica caracterizada por falta de atenção, agitação (hiperatividade) e impulsividade, o que pode levar a dificuldades emocionais, relacionais, bem como o mau desempenho escolar e outros problemas de saúde mental.

Embora a criança hiperativa geral mente tenha uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizagem e comportamentais. Os professores e os pais da criança hiperativa muitas vezes têm dificuldades em lidar com a falta de atenção da criança, impulsividade, instabilidade emocional e hiperatividade incontrolável. Existem especialistas que defendem o uso de drogas; outros acreditam que o indivíduo, sua família e seus professores devem aprender a lidar com o problema sem o uso de medicação - por meio de psicoterapia e aconselhamento familiar, por exemplo. Há, portanto, muita controvérsia sobre o assunto. Uma criança com déficit de atenção geralmente se sente isolada e segregada de colegas, mas não entende por que é tão diferente. Ela é perturbada por suas próprias deficiências. Incapaz de completar as tarefas normais de uma criança na escola, playground ou casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa autoestima.  O grau de atividade de um indivíduo caracteriza-se por seu comportamento motor e mental. Neste aspecto, estão incluídos os impulsos, motivações, desejos e especificamente atos. O comportamento motor e mental de um dado indivíduo pode ser adequado para a idade e a circunstância ambiental, ou não. Quando a atividade motora e mental é inadequada e excessiva, denomina-se de hiperatividade. O leigo pode se referir a estas características como agitação, inquietação, excitação, nervosismo, insônia, angústia. Assim como em outros sintomas e sinais da pediatria, a atividade considerada normal ou anormal leva em consideração o desenvolvimento psicomotor. Alguns padrões dos atos motores são normais em determinadas faixas etárias, mas seriam considerados inadequados em outras.

De acordo com a faixa etária, observa-se normalmente os seguintes padrões dos atos motores: no lactente: bater objetos e movimentar as pernas “pulando” aos 7 meses, jogar objetos no chão aos 15 meses; de 1 a 2 anos: pegar em tudo e andar por todo lado (a fase exploratória do ser humano). Demonstrações de agrado e protesto adequadas aparecem ao final deste período. Fase do negativismo que auxilia no desenvolvimento da independência também é característica desta faixa etária; – no pré-escolar: a ideia de vez (ceder a vez) aparece aos 3 anos, o brincar em conjunto aos 4 anos, o brincar em competição aos 5 anos.

Do ponto de vista do desenvolvimento comportamental, de acordo com Piaget, na fase pré-operacional (de 2 a 7 anos) o pensar e a razão são intuitivos. O egocentrismo é a característica principal. O grau de atividade nesta fase é maior que nas que se seguem, pois existe uma imaturidade na compreensão de pontos de vistas do outro e da informação que vem de fora. Ao final desta fase, a criança adquiriu os principais conceitos que permitem uma vida harmoniosa em sociedade.

O diagnóstico de TDAH deve basear-se na presença de seis ou mais respostas positivas para os itens de desatenção, e/ ou 6 ou mais itens positivos para hiperatividade/impulsividade, por mais de 6 meses nos critérios do DSM-IV. Estes sintomas devem estar presentes em diferentes situações (escola e casa, por exemplo), e o início ter ocorrido antes dos 7 anos de idade. Finalmente, os sintomas devem estar causando disfunção social, acadêmica ou ocupacional importante.

O TDAH é um transtorno comum e prejudicial ao desenvolvimento emocional e acadêmico. Os casos suspeitos devem ser encaminhados a profissionais com experiência no seu diagnóstico e tratamento. O neuropediatra, o psiquiatra, ou as equipes interdisciplinares ajudam nesta tarefa. Pela associação do TDAH com outros problemas emocionais (depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtorno opositivo-desafiador, transtornos de conduta, transtorno obsessivo-compulsivo), a figura do psiquiatra assume uma grande importância.

 

2.5. Sobre o diagnóstico

O diagnóstico do TDAH é clínico, ou seja, está baseado fundamentalmente no questionário DSM-IV para pais e professores e por sorte, de um médico especialista bem informado e comprometido com o bem-estar da criança acima de qualquer escolha.

 

O que a maioria está de acordo é que devemos confia na tecnologia médica e estudar com cuidado o eletrocardiograma, radiografia e outras provas praticadas juntamente com uma visão, mais completa- humanista, por parte da atuação médica (FORTES E ROJAS APUD PERES 2008, p.18).

 

A Associação Americana de Psiquiatria, através de uma publicação oficial chamada DiagnosticandStatistic Manual (DSM, que está na sua quinta edição, a DSM-V), propõe que para se diagnosticar TDAH devem estar presentes no mínimo 6 de uma lista de 9 sintomas de desatenção e/ou, no mínimo, 6 de uma lista de 9 sintomas de hiperatividade e impulsividade. Assim sendo, o profissional chega ao diagnóstico colhendo uma história da vida da pessoa, geralmente com a ajuda dos pais (no caso de crianças) e com a ajuda do marido ou da mulher (no caso de adultos).

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é cercado de armadilhas e controvérsias, segundo Peres (2014) muitos profissionais responsáveis e respeitados duvidam do próprio transtorno. Para Soprano (apud PUNDIK, 2006), médica Neuropsicóloga e professora universitária de Buenos Aires:

 

Sabe-se que, até o presente, não existe nenhuma prova ou análise de laboratório específica nem bioquímica, eletrofisiológica, anatômica, genética etc. que permita diagnosticar de maneira eficiente a síndrome de TODA/TDAH. O Diagnostico continua sendo eminentemente clinico e, por isso, impregnado de subjetividade.

 

Ao que se define por dificuldade em fazer diagnóstico, pode se dizer que vários estudos científicos baseiam se na investigação de fatores de risco que podem pré dispor o transtorno e busca explicações exatas do funcionamento cerebral das crianças que sofrem e seu comportamento que ponha em situação perigosa a adequação familiar, social e pessoal.

 

2.6.  Neuropsicopedagogia e o TDAH

A Neuropsicopedagogia principiada nesses centros tinha por finalidade prestar assistência às crianças e aos adolescentes que apresentavam dificuldades de comportamento (na escola ou na família), conforme os padrões épicos, com o objetivo de reeducá-las  ao seu ambiente através de um comportamento psicopedagógico.(CARVALHO, 2018) O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, com grande participação genética, isto é, existe chances maiores de ele ser herdado. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece geralmente na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.  O TDAH é uma condição comportamental caracterizada por sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade.  Estes sintomas são geralmente muito evidentes na escola, no trabalho, ou em ambientes sociais. (CARVALHO, 2018) Esse transtorno se manifesta antes dos 7 anos de idade. Para o sistema DSM-V, é necessário que os sintomas estejam presentes na história do indivíduo antes dos 12 anos de idade. É importante observar que o TDAH ocorre durante os estágios de desenvolvimento de uma criança. O estágio em que a criança mostra mudanças excessivas de comportamento. Os distúrbios comportamentais são difíceis de diagnosticar, supondo que a criança geralmente seja inquieta e inquieta, mas como uma criança com TDAH, o conceito de inquietação e inquietação se torna mais claro, e o comportamento da criança é outro. Pessoas que vivem no mesmo ambiente serão exageradas em comparação com pessoas no mesmo ambiente. (NAVAS, 2017)

Este transtorno pode ser caracterizado por uma combinação de sintomas de distração, impulsividade e hiperatividade. A partir desse trio, desenvolve-se o universo do TDAH, que oscila desde a abundância criativa até a exaustão cerebral incontrolável.

Para falar sobre o TDAH, contamos com a história de que é um pouco recente, mas já houve algumas mudanças tanto na nomenclatura quanto na forma como abordamos e tratamos os distúrbios. O TDAH, anteriormente referido como "disfunção cerebral mínima", foi mais tarde referido como "síndrome de hiperatividade infantil" e, na década de 1970, a desregulação da impulsividade e os elementos de déficit de atenção foram reconhecidos e se tornaram hoje: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. (NAVAS, 2017)

O TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade é uma das grandes dificuldades no processo de ensino-aprendizagem enfrentadas pelas escolas, tendo em vista que nem sempre ocorrem revisões de conceitos e aperfeiçoamentos por parte dos docentes. Inicialmente, precisa-se definir de fato, o que é hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com indisciplina, sendo comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso. (CARVALHO, 2018) O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios de comportamento mais frequentes na idade escolar caracterizado por um nível de atividade motora excessiva e crônica, déficit de atenção e falta de autocontrole. A hiperatividade em si não é uma doença é, geralmente, um sintoma de algum distúrbio como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), alguns tipos de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e outros distúrbios de aprendizagem ou comportamento. (NAVAS, 2017) Ao contrário do que se pensava o TDAH não é superado na adolescência. Os sintomas, em alguns casos parecem ser minimizados nesta fase pelo fato de algumas pessoas desenvolverem estratégias para lidar com essa condição, e dessa maneira acabam por atenuar os sintomas. Porém cerca de 65% das crianças diagnosticadas como portadoras do Transtorno, continuam com os sintomas ao atingirem a idade adulta.

A técnica de reeducação versava em identificar e aventar problemas de aprendizagem, a partir de ações de medição, de classificação de desvios e de elaboração de planos de trabalho. O embasamento da informação utilizada derivava fundamentalmente da Psicologia, da Psicanálise e da Pedagogia e o meio de aspecto predominante era o médico-pedagógico. (FERREIRA, 2018)

Não obstante as equipes desses centros serem formadas por profissionais de diferentes áreas, o médico era o responsável pela efetivação do diagnóstico do indivíduo. Através da averiguação da vida familiar, das relações conjugais, das condições de vida, dos métodos educativos, dos resultados dos testes de QI da pessoa, cedia-se a orientação sobre determinado tratamento cabível, propendendo a correção sobre a ausência de adaptação apontada na pessoa. (FERREIRA, 2018)

Crianças e jovens desobedientes que acham difícil aceitar regras e limites e que questionam a autoridade dos pais ou professores são frequentemente encaminhados para serviços de saúde mental devido a “distúrbios de conduta”. No entanto, os jovens que sofrem desses distúrbios nem sempre atendem aos critérios da categoria de diagnóstico "transtorno de conduta". Portanto, o termo "transtorno de conduta" não é apropriado para representar diagnósticos psiquiátricos.

Um dos compromissos emocionais mais importantes da infância e adolescência é o distúrbio de conduta. Também chamado delinquência, esse comportamento é caracterizado por um padrão repetitivo e persistente de comportamento antissocial, agressivo ou estimulante por pelo menos seis meses, de acordo com a CID 10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Esse tipo de distúrbio pode "esconder-se" por trás do distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade, retardo mental, episódios maníacos de transtorno bipolar ou esquizofrenia e é considerado uma doença psiquiátrica, independentemente da proximidade. tipo de envolvimento com os aspectos morais e éticos das sociedades, em geral, ou seja, é uma doença difícil de diagnosticar. (NAVAS, 2017)

Os sintomas mais comuns de transtorno de conduta são: indiferença ou pouca empatia pelos sentimentos, bem-estar e desejos dos outros, desconsideração por problemas emocionais (dos outros) e falta de sentimentos pessoais, como culpa, ética, moral ou remorso, neste caso os jovens, são extremamente manipuladores, traiçoeiros e têm uma tolerância marcadamente baixa à frustração, irritabilidade e explosões de raiva e descuido quando eles são contraditos. (NAVAS, 2017)

Esse distúrbio está frequentemente associado ao aparecimento de comportamentos sexuais, consumo de álcool e drogas, uso de substâncias ilegais e atos imprudentes e arriscados. A desinformação é muito comum nas escolas e instituições educacionais quanto à gravidade desse tipo de comprometimento psiquiátrico, o que leva a maioria dos educadores e professores a tratar esse indivíduo de maneira ingênua e até irresponsável, pois não há como reconhecer esse tipo de comportamento. (FERREIRA, 2018)

Existem inúmeras denúncias nas escolas, de crianças e adolescentes convidados a "se retirar" da instituição por má conduta, crimes graves contra sua propriedade, além de serem completamente refratários às regras e comportamentos da escola. Esse comprometimento psiquiátrico afeta crianças e adolescentes e quanto mais jovem o indivíduo, mais grave é a doença. Existem quatro graus de gravidade de distúrbios de conduta, a saber: comportamento agressivo que ameaça ou danifica outras pessoas e / ou animais; direção não agressiva, mas que causa perda ou dano à propriedade; Fraude e / ou roubo e violações de regras usuais. (OLIVEIRA, 2016)

Também sabemos que crianças e jovens podem apresentar esse compromisso muito cedo, exibir comportamentos violentos, reações agressivas a tudo e a todos, sempre superestimando seu prazer, mesmo que isso prejudique o outro, comportamento provocador, ameaça ou bullying, que pode comprometer a saúde física do outro por meio de brigas e o uso de objetos para ferir o outro. (OLIVEIRA, 2016)

O transtorno de conduta é uma doença diagnosticada principalmente até os 18 anos de idade. Além dessa idade, é considerado um transtorno de personalidade antissocial, principalmente porque as implicações legais dos atos são interpretadas de maneira diferente. As causas mais comuns desse distúrbio são: atitudes e comportamentos familiares inadequados, exclusão social, desagregação familiar, abuso sexual, depressão, entre outros.

O tratamento desse comprometimento é sempre realizado por equipes multidisciplinares e envolve psiquiatras e psicólogos; quanto mais cedo o indivíduo for diagnosticado, melhor, exceto pela gravidade da doença.

 

COMPORTAMENTO

Os problemas com comportamentais podem levar à suspensão ou expulsão da escola, problemas de adaptação ao trabalho, dificuldades legais, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planejada e lesões resultantes de acidentes ou dificuldades corporais. (RUSSO, 2015)

Para ser considerado um distúrbio de conduta, esse tipo de comportamento problemático deve atingir violações significativas, além de expectativas adequadas à idade da pessoa e, portanto, de natureza mais séria que as travessuras ou rebeliões normais. de um adolescente, embora extremamente irritante. Esse tipo de comportamento parece afetar outras pessoas muito mais do que a criança ou adolescente que sofre do distúrbio. Seu portador pode ignorar os sentimentos dos outros, os direitos e o bem-estar dos outros, sem um sentimento apropriado de culpa e remorso que caracteriza as "pessoas boas".

Os sintomas de um distúrbio de conduta aparecem entre a primeira infância e a puberdade e podem persistir na idade adulta. Quando começam antes dos 10 anos, presença de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), comportamento agressivo, déficit intelectual, convulsões e comprometimento do sistema nervoso central devido à exposição a álcool / drogas durante o período é mais comum, cuidados pré-natais, infecções, uso de medicamentos, traumatismo craniano, etc., além de um histórico familiar positivo de hiperatividade e comportamento antissocial. O início precoce indica uma maior gravidade da doença com maior tendência a persistir ao longo da vida. (FERREIRA, 2018)

O transtorno de conduta é frequentemente associado a TDAH (43% dos casos) e transtornos emocionais (ansiedade, depressão, compulsão por obsessão; 33% dos casos). A comorbidade com TDAH é mais comum na infância, envolvendo principalmente meninos, enquanto a comorbidade com ansiedade e depressão é mais comum na adolescência, envolvendo principalmente meninas após a puberdade.

O papel da escola é muito importante para o desenvolvimento global dos alunos com TDAH. Ao pensar na educação escolar, o autor enfatiza a importância da escola especial para crianças com TDAH, mas pais e professores a vivenciam porque vivemos uma época em que se fala em inclusão escolar, dilema muito paradoxal. No entanto, o argumento que existe com essa criança com TDAH frequentando escolas especiais ou regulares é o fato de que as escolas regulares muitas vezes não estão prontas para aceitar essas crianças.

As escolas que aceitam crianças com TDAH devem estar cientes de que sua abordagem pedagógica tradicional ou socioeducativa nem sempre produz resultados satisfatórios. Pelas características desses alunos, as escolas precisam estar preparadas para aceitar alunos. Muitos sintomas de TDAH podem ser observados desde muito cedo, mas são mais pronunciados em situações que requerem atividade mental de longo prazo. Como resultado, escolas com notas ruins costumam ser o caso. (FERREIRA, 2018)

As queixas sobre as dificuldades escolares enfrentadas por essas crianças são frequentes nos ambulatórios e ambulatórios de pediatria, motivo principal de encaminhamento aos neuropediatras. Muitos professores desconhecem o TDAH e, portanto, não entendem o que está acontecendo com seus alunos. Esse despreparo de professores e educadores que não sabem lidar e ensinar essas crianças se deve ao fato de não haver um curso que lhes permita trabalhar com essas crianças.

Muitos adultos inicialmente desejam deixar de lado as interrupções da criança, as observações vagas e as violações de regras. Mas depois de se encontrarem muitas vezes, eles tentam controlar melhor o filho. Mas quando ela continua sem resposta, a maioria pensa que a criança é deliberada e intencionalmente negligente. Comportamentos antissociais mais sérios (por exemplo, tiroteios, arrombamentos, assaltos) geralmente são precedidos por comportamentos mais leves (por exemplo, mentir, trapacear, pular aulas, roubar itens de baixo valor) e, com o tempo, observam abuso de álcool / drogas, principalmente em homens, e ansiedade e depressão, principalmente em mulheres. (CARVALHO, 2018)

O distúrbio de conduta é frequentemente associado a um fraco desempenho acadêmico e a problemas com o relacionamento com colegas, o que resulta em limitações acadêmicas e sociais para o indivíduo. Comportamentos arriscados envolvendo atividade sexual, uso de drogas e até tentativas de suicídio são comuns.

Estar envolvido em drogas e gangues pode levar ao crime juvenil. Na idade adulta, o comportamento antissocial tem sérias consequências, como discórdia conjugal, perda de emprego, crime, prisão e morte prematura violenta. A persistência do comportamento antissocial na adolescência e na idade adulta é favorecida em certas circunstâncias: quando o transtorno de conduta começa cedo; quando vários tipos de comportamento estão presentes, incluindo comportamento agressivo e violento; quando o comportamento antissocial é bastante frequente; quando observado em diferentes ambientes (por exemplo, família e escola); e quando o distúrbio de conduta está associado ao TDAH.

Os eventos da vida podem incentivar o comportamento a persistir na adolescência e na idade adulta. O ambiente escolar, dependendo de suas características, pode incentivar ou desencorajar. Por outro lado, a falta de emprego é uma situação estressante que o estimula, enquanto o casamento harmonioso com uma pessoa sem mudança de comportamento tende a reduzi-lo. (FERREIRA, 2018)

Para introduzir ativamente a neuropsiquiatria em crianças com TDAH, o diagnóstico deve ser preciso. Crianças com TDAH precisam passar por uma avaliação psiquiátrica frequentemente requer o uso de medicamentos, o que melhora a memória e o humor impulsivo / hiperativo da criança e auxilia no desenvolvimento. Todos os envolvidos no desenvolvimento do TDAH devem ser informados, pois facilita a melhoria do desenvolvimento infantil em casa e na escola, para que as crianças não percam. Peço que forneça um pequeno texto perdendo o interesse, ela deve estar perto do professor, em casa ela deve ter uma rotina.

Os medicamentos usados   são conhecidos por agirem controlando os neurotransmissores, que são hormônios que regulam as sinapses. Alguns deles são importantes para a concentração do TDAH. Por exemplo, o psicomotor Ritalina ajuda a regular a dopamina cérebro. Outra contribuição da neuropsiquiatria para o TDAH é um especialista em neuropsiquiatria que as famílias devem consultar para ajudar e orientar as famílias em seus esforços para desenvolver seus filhos, e as famílias são secretas. Sendo honesto com esta etapa visa verificar a qualidade da comunicação com a criança e a qualidade da comunicação e a identificação da dificuldade de aprendizagem. (FERREIRA, 2018)

A Neuropsiquiatria pode aperfeiçoar as técnicas utilizadas pelas crianças. Execute o teste e estabeleça uma estratégia para resolver com êxito esse tipo de problema. O mesmo deve ajudar pais e professores a realizar trabalhos, jogos e outras coisas divertidas e tentar prendê-los, chame a atenção de crianças com TDAH.

A neuropsiquiatria precisa observar como essas crianças aprendem e, a partir dessas informações, desenvolver estratégias educacionais para aprender que as crianças com TDAH se desenvolvem significativamente. No espaço escolar, a neuropsiquiatria pode contribuir propondo adaptações das técnicas e metodologias de ensino do TDAH, com foco em jogos, jogos, e estimulando o raciocínio e resolução de situações-problema.

Como o afeto é considerado importante para a criança, é muito importante que todos os envolvidos sugiram condições para que isso aconteça, e as características da criança também devem ser observadas à medida que o trabalho é direcionado, não será. Assim, a neuropsiquiatria e seus pedagogos neuropsiquiátricos especializados são de fundamental importância para as crianças com TDAH hoje e estão ajudando tanto as escolas, as famílias e a sociedade.

 

 

CONCLUSÃO

 

Conclui-se com a presente pesquisa que pretende-se contribuir para agir frente ao aluno com transtorno global de desenvolvimento. Observou-se que o Neuropsicopedagogo deverá estar devidamente guiado pela escola que no início do ano letivo coloca muitas expectativas, assim como a turma, em como será sua nova jornada. A relação interpessoal Neuropsicopedagogo/aluno é fundamental para facilitar ou dificultar o relacionamento global em sala de aula, desenvolver a auto aceitação e autoestima.

O TDAH é responsável pela tremenda frustração que os pais e seus filhos experimentam com esse distúrbio todos os dias. A maior parte do que lemos ou ouvimos sobre o assunto tem uma conotação negativa.

A razão para isso é que o distúrbio ainda é pouco compreendido pela maioria da população, profissionais da educação e até saúde, embora os estudos tenham se intensificado nas últimas décadas e a prática tenha mostrado que 3% a 5% da população Crianças em idade escolar, isso pode ser incluído neste diagnóstico.

Crianças com TDAH têm perda de autorregulação. Esse sistema pode ser entendido como uma integração bem-sucedida entre emoções (o que a pessoa sente) e conhecimento (o que a pessoa sabe, pode e deve) em um comportamento apropriado, ou seja, é a capacidade do indivíduo de controlar seu comportamento. A mudança nas funções executivas e o fracasso da autorregulação, portanto, promovem significativamente o bem-estar dessas crianças e de suas famílias e levam a perdas em várias áreas da qualidade de vida, bem como em fatores psicossociais relacionados às crianças e membros comportamentais social e escolar.

Como analisado anteriormente, podemos ressaltar que, essa fase é um período de grande sensibilidade infantil no tocante ao desenvolvimento da capacidade motora básica da criança. Sendo assim, a educação física pré-escolar deve se basear nas formas motoras básicas, auxiliando as sim o desenvolvimento das mesmas.  Para tanto, deverá ser oferecida atividades que gerem ação e compreensão, favorecendo o estímulo para tomada de decisões, e além de refletir sobre o fruto de suas ações, podendo transformá-las diante de certas dificuldades que devem aparecer e por meio dessas atividades realizadas, desenvolver a autoestima, a autoimagem, a autoconfiança e o autoconceito. Deve-se destacar que a importância em se mediar os alunos, orientando-os de forma que cada um seja um ser atuante, crítico e reflexivo. Além de que é seu papel oportunizar o processo ensino-aprendizagem, explorando novos conhecimentos de forma pessoal a chegar a lugares ainda antes inexploráveis.  Por fim, concluiu-se que a programação necessitará sobrepujar as adequações curriculares necessárias e se ampliar a todos os estudantes. O objetivo da proposta ora sugerida, é buscar o equilíbrio entre dar resposta ao grupo e a cada aluno dentro do grupo, estabelecendo uma aula flexível e dinâmica, que procura trabalhar de maneira concomitante tanto em grupo e como individual, sempre e respeito às diversidades de cada aluno. Desta forma, o Neuropsicopedagogo deverá trabalhar de modo integrativo com todos os alunos, estimulando a participação e a real inclusão dos mesmos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). Disponível em https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/Acesso em 10 de fev. 2021.

 

CARVALHO, Guilherme Azevedo. O atendimento neuropsicopedagogico clínico no TDAH. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 11, Vol. 01, pp. 135-146 Novembro de 2018. ISSN:2448-0959

 

FERREIRA, C. TDAH na Infância: transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade, orientações e técnicas facilitadoras. Belo horizonte: Uni duni editora, 2018.

 

Instituto Paulista de Déficit de Atenção. Neurofeedback para o TDAH. Disponível em http://www.ddadeficitdeatencao.com.br/tratamento/neurofeedback.html  Acesso em: 25 de jan. 2021.

 

NAVAS, Ana Luiza[ et al.]. Guia Prático de Neuroeducação: Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e Neurociência. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2017, 344p.

 

NTCTP-SBNPp. Nota Técnica Nº 02/2017. Conselho Técnico-Profissional da SBNPp. Disponível em: http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Nota-T%C3%A9cnica-n.02-2017.pdf . Acesso em: 25 de jan. 2021.

 

OLIVEIRA, Nathália. Neuropsicopedagogia: Recebi meu primeiro paciente, e agora? . Rio de Janeiro: Perse, 2016.

 

RUSSO, Rita Margarida Toler. Neuropsicopedagogia Clínica: introdução, conceitos, teoria e prática. Curitiba. Juruá:2015. 146 p.