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ATIVIDADES LÚDICAS E INTERVENÇÕES NEUROPSICOPEDAGÓGICAS

Edilaine Tosta de Morais

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Neuropsicopedagogia.

 

 

RESUMO

Por vezes devido a correria do dia a dia ou mesmo por falta de paciência deixamos de brincar com nossas crianças e isso pode ser muito prejudicial para seu desenvolvimento pois é muito importante a utilização do lúdico na vida tanto do lar quanto da escola em si. É por meio de brincadeiras que que conseguimos proporcionar a elas um crescimento saudável, dando a elas a chance de se tornar um ser equilibrado. As atividades lúdicas promovem um ambiente alfabetizador alcançando autonomia de aprendizagem e fazendo assim com que se interessem pelo aprendizado. As brincadeiras constroem a personalidade das crianças quando se deparam com regras e cargos constituídos par aquela atividade. Neste trabalho, fundamenta-se que as brincadeiras é um fator importante para a transmissão de saber. Pois, através da ludicidade a criança amplia seus conhecimentos e desenvolve aspectos de raciocínio, imaginação, criatividade, entre outros, e tudo isso de forma prazerosa.

 

PALAVRAS-CHAVE: Lúdico. Desenvolvimento. Neuropsicopedagogia.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância do brincar no processo de desenvolvimento da criança, e na intenção da neuropsicopedagogia, tendendo a demonstrar a ludicidade como caminho para o adiantamento e a construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos, e como a ajuda de um neuropsicopedagogo pode influenciar nos aspectos positivos.

As atividades lúdicas quando usadas de forma apropriada permitem grande potencial na intervenção do desenvolvimento e conhecimento infantil mais à frente auxilia a construir a personalidade da criança.

É válido brincadeira lúdicas, os jogos, a arte, a música, a expressão corporal, e as atividades que como desempenho principal tem a autonomia da criança.

Compreendendo a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, uma vez que se aprende de forma prazerosa e divertida, queremos mostrar aos pais e educadores que as crianças precisam da nossa atenção, e de tal modo conseguiremos entendê-las e conhecer o mundo da imaginação que elas vivem, afinal brincar influência a autonomia, a criatividade, o desenvolvimento e o convívio social da criança.

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

  1. BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS

 

Um meio de cultura, uma ocasião que toda a comunidade compartilhava, era assim considerada as brincadeiras de antigamente, era um acontecimento social, um lazer, como o folclore, jogos, e outras festas, e eram apreciadas por crianças e adultos, mas que com o tempo perdeu as conexões comunitárias. “Estes ocorriam em praças públicas, espaços livres sem a supervisão dos adultos, as crianças se misturavam em grupos de diferentes faixas etárias e de ambos os sexos.” (VELASCO, 1996, p. 39).

As brincadeiras tradicionais são expressivamente transmitidas de uma geração a outra, fora das instituições oficiais, na rua, nos parques, nas praças etc. Assimiladas pelas crianças de maneira espontânea, mudam de forma com o passar do tempo – variam suas regras, culturas e grupos sociais, mas seu conteúdo permanece o mesmo. (FRIEDMANN, 2006, p.78)

Devido as grandes tecnologias que deprimem as brincadeiras com objetos, dos espaços que se criou entre adultos e crianças, e da falta de segurança na maioria dos ambientes essas atividades foram deixadas de lado, Friedmann afirma esse aspecto, ao dizer que:

Em relação ao espaço das brincadeiras, que era tradicionalmente a rua, houve um recuo: brincar ali é um risco. Dentro de casa, o espaço é muito limitado. Por isso, os condomínios dos apartamentos têm surgido como espaço alternativo de brincadeiras e troca entre as crianças. Na escola, o pátio é a principal “testemunha” do brincar infantil; no clube ou nos centros comunitários, o lúdico tem mais chances de acontecer (FRIEDMANN, 2006, p. 22).

Através de brincadeiras a crianças e os adultos se descobrem e se revelam. Segundo Brasil (2001, p. 22), “brincar é umas das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia”.

No primeiro momento a criança brinca e se descobre com seu próprio corpo, descobrindo aos poucos os objetos ao seu redor, Ortiz e Carvalho (2012, p. 103) afirmam que “o bebê começa brincando com os próprios sentidos, num crescente jogo de descobertas, desenvolvimento de habilidades e construções de significados” e ainda que “Tudo é novidade para um bebê que está vendo e percebendo o mundo pela primeira vez, portanto, se lhe for permitido, vai se inserir e conquistar o mundo com sua curiosidade” (2012, p. 104).

Ainda notamos que ao falar em brinquedos e brincadeiras, se repercute como apenas tempo desperdiçado, mas essas considerações não possuem fundamento, uma vez que já durante estes momentos, constrói-se conhecimentos, desenvolve as estruturas psíquicas para o mundo concreto e toda potencialidade que a criança tem, é a brincadeira que faz a criança ser criança. O brincar incide a ser uma língua da infância sob o mundo.

 

  • JOGOS

 

Ao pensar em jogos, pensamos em apenas diversão, mas por trás dessas brincadeiras é envolvido fatores que devem ser analisados, pois nesses momentos as crianças constroem, pensa, aprende e se conhece, elas adquirem experiências que farão parte da sua personalidade, Kishimoto (1994) enfatiza que o brinquedo é simulado como um “objeto suporte da brincadeira”, no entanto ela os caracteriza como objetos (bonecas, carrinhos, etc.). Embora os brinquedos podem ser definidos como estruturados e não estruturados, nos quais os estruturados são os que adquirimos prontos.

Kishimoto (1993, p. 15) afirma:

Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social.

Santin (2001) destaca uma importante declaração que aborda a importância do jogo, conforme segue:

“O jogo é de fundamental importância para a aprendizagem da criança por que é através dele que a criança aprende, gradualmente desenvolve conceitos de relacionamento casuais ou sociais, o poder de descriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular e inventar ou recriar suas próprias brincadeiras” (SANTIN, p.523, 2001).

Entretanto conseguimos observar que os jogos como todos tem grande relevância na vida social e emocional de todo ser humano, contribuindo com eficácia para grandes aprendizados.

 

  1. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

 

Brincar é artefato primordial no processo criativo, que leva as crianças a uma circunstância mental necessária para despertar a curiosidade, a fantasia, ao lúdico, as imitações e até mesmo ao próprio conhecimento de si. Assim a mesma se satisfaz através do mundo lúdico, alcança seus anseios e descobre o mundo, por isso a importância de proporcioná-las a se deparar com atividades que excitem e promovam seu desenvolvimento global.

Segundo Velasco (1996, p. 78):

 

Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca à vontade tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.

 

O lúdico colabora de forma positiva no auxílio da aprendizagem promovendo o processo de socialização, comunicação, construção do pensamento e expressão.

Pelo meio de brincadeiras que essas crianças revelam seus sentimentos e pensamentos. Sendo assim, Fortuna (2011, p. 9) afirma que:

A brincadeira é tão importante para o desenvolvimento humano que até mesmo quando ocorrem brigas ela contribui para o crescimento e a aprendizagem. Negociar perspectivas, convencer o opositor, conquistar adesões para uma causa, ceder, abrir mão, lutar por um ponto de vista – tudo isso ensina a viver.

A esse respeito, de acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.

É na prática de brincar que a criança aprende a operar numa esfera cognitiva, descobrindo o mundo através do seu corpo, e de suas próprias atitudes, Zanluchi (2005, p. 89) observa “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas”. De tal modo, destaca-se que quando a criança tem a oportunidade de brincar, ela desenvolve mais facilmente, em cada etapa ao conviver com diferentes situações ela de forma mesmo que simbólica, entra no mundo do adulto.

 

  1. EDUCAÇÃO INFANTIL

 

  • IMPORTÂNCIA DO LÚDICO

 

Em início vale ressaltar que para uma aprendizagem ser significativa ela precisa ser potencializada de conhecimento assimilado aos conteúdos, edificando o conhecimento, de nada vale esse enorme esforço para alfabetização se a aprendizagem não foi significativa. E o significado, nessa primeira fase de vida depende, mais do que qualquer outra, da ação corporal”. E na educação infantil o jogo se torna uma solução para facilitar a aprendizagem, por ser algo que desperta o interesse nas crianças. Referente a isso afirma Carvalho (1992, p.14)

 

[…] desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.

 

O ato de brincar é de extrema importância para saúde física, emocional e intelectual da criança. A criança que ter a oportunidade de brinca, habitua-se a utilizar seu tempo livre com criatividade, por isso o brincar tem que ser levado a sério na infância, pois é uma fase que através das brincadeiras as crianças geram seus desenvolvimentos.

Aprendizagem é toda atividade cujo resultado é a formação de novos conhecimentos, habilidades, hábitos naquele que a executa, ou a aquisição de novas qualidades nos conhecimentos, habilidades, hábitos que já possuam. O vínculo interno que existe entre a atividade e os novos conhecimentos e habilidades residem no fato de que, durante o processo da atividade, as ações com os objetos e fenômenos formam as representações e conceitos desses objetos e fenômenos (GALPERIN, 2001[d], p.85).

Todas as fases da criança precisam estar junto com o prazer de se conhecer no mesmo momento que está buscando e adquirindo novos saberes, e a ludicidade é uma ótima maneira para essas oportunidades.

 

  • PARTICIPAÇÃO DO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO DO LÚDICO

 

O professor deve sim conduzir o aluno a aprendizagem significativa durante as brincadeiras, mas não o forçando a apenas isso, pois se durantes essas atividades arrancarmos o espaço da criança, de criar, buscar, e se conhecer, de fato excluímos o prazer do saber.

Referente a isso RABINOVICH (2007), destaca a importância de compreender o movimento da criança como linguagem, e a necessidade de a criança ser livre para agir em um ambiente, intencionalmente constituído pelo adulto, mas que lhe propicie a oportunidade de transformar, adaptar, criar, interagir e integrar-se.

A ludicidade ajuda o aluno a expressar com facilidade, auxiliando o ouvir, o respeitar partilhando alegria brincar. Quando o educando não tem essas oportunidades ele se sente desmotivado Zanluchi (2005, p.91) alega que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia a dia.”, ou seja, a criança, que tem a chance de brincar, terá um emocional mais controlado, conseguindo assim melhores resultados no desenvolver de seu dia-a-dia.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas. (BRASIL, 1998, p. 30, v.01)

O docente deve elaborar atividades que sugere possibilidades diferentes, permitindo que o aluno confeccione os seus próprios jogos, para um momento de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Gerando ocasiões de aprendizagem e desafios expressivos para o alcance do conhecimento e desenvolvimento destes, conseguiremos um planejamento com metas que buscará sempre a qualificação da prática pedagógica.

 

  • CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA

 

É com a família o primeiro convívio das crianças, e como já sabemos aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. Observa Vygotsky (1984, p.103) “a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objetal e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção.”

As famílias estão perdendo a conexão com o desenvolvimento de seus filhos, as vezes deixando de lado, o que antes era rotina, afinal tem várias brincadeiras populares que antes era tido como atividade essencial e que hoje não tem valor.

Ao avaliar os papeis dos pais e dos profissionais na educação infantil, temos dificuldades quanto as práticas metodológicas a serem empregadas, ambos deve ser complementar cada um com sua responsabilidade.

O entendimento de que creche e família são instituições que se complementam nas funções de “cuidar” e “educar” resultará em mais tranquilidade para as crianças, uma vez que elas assumem uma situação de duplo pertencimento, pois na realidade pertencem ao mesmo tempo a estes dois mundos (MAISTRO apud FERMINO, 2002, p.23, grifos do autor).

Tem permanecido as discussões em relação a obrigatoriedade das creches e pré-escolas e aos envolvimentos da família em relação a educação dos filhos:

Esse obstáculo é existente muitas das vezes pela falta de diálogo, as instituições têm bastante dificuldade com os pais que apenas tem o intuito de verificar, se o professor está passando as matérias, e não participam das atividades pedagógicas proposta pelos educadores.

 

[…] a participação das famílias na creche, se reduz ao espaço de reunião de pais. Isso evidencia que a compreensão do que é participar parece restringir-se a “vir quando são chamados” pela instituição, o que revela a inexistência de um espaço mais efetivo e cotidiano de inclusão no contexto da creche (MAISTRO apud FERMINO, 2002, p. 28).

 

Além disso no RCNEI (BRASIL, 1998), nota que o objetivo fundamental desse documento não é o de consentir que a educação infantil tenha caráter assistencialista, antes, porém, o que se almeja é:

Apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a 17 ampliações, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, p. 7).

Perante isso, fica claro a necessidade de a família e a escola trabalharem juntos por um mesmo propósito, definindo o que será exercido por casa parte, para uma educação satisfatória, sendo imprescindível que o cuidado familiar e o cuidado na escola sejam complementários.

 

  1. NEUROPSICOPEDAGOGIA

 

A neuropsicopedagia, está conquistando espaço, por ser uma novidade na área de pesquisa e conhecimento no desempenho interdisciplinar, como foco no processo de aprendizagem, pois ela agrega conhecimento da neurociência, psicologia e pedagogia, com o intuito de avaliar e auxiliar nos procedimentos didáticos para que ocorre uma melhor aprendizagem.

Dr Marco Tomanick Mercadante, em uma entrevista para a Associação Brasileira de Psicopedagogia – ABPb, através de Racy e Vieira (s.d.), contextualiza a Neuropsicopedagogia com as seguintes palavras:

Um campo do conhecimento que procura reunir os avanços advindos das neurociências com a psicopedagogia. Assim, o profissional com essa perspectiva deve ter conhecimento amplo das bases neurobiológicas do aprendizado, do comportamento e das emoções, e dominar os elementos clássicos da psicopedagogia. Além disso, uma coerência epistemológica que garanta uma adequada articulação dessas áreas dispares do conhecimento é fundamental para a atuação na área.

A Neuropsicopedagogia é de grande utilidade para o psicopedagogo clínico, pois possibilita o diagnóstico de processos anormais na estrutura, na organização e no funcionamento do sistema nervoso central, por meio de testes de avaliação neuropsicológica, aplicáveis a indivíduos portadores de problemas de aprendizagem.

 

4.1 PARTICIPAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Na educação infantil é necessário já utilizarmos a neuropsicopedagogia, que já são apresentadas como disciplina nos cursos de graduação voltados a Pedagogia.

A neuropsicopedagogia é um novo olhar para as diversas dificuldades de aprendizagem, à cerca da neurociência no contexto educativo, Chedid (2007, p.28) descreve:

Para a sala de aula, para a educação, as Neurociências são e serão grandes aliadas, identificando cada ser humano como único e descobrindo a regularidade, o desenvolvimento, o tempo de cada um. […]. Em pleno século XXI, nos deparamos com outras formas de informação além do letramento formal, é necessário conhecer e ensinar outras linguagens que dão acesso a informações imprescindíveis para a comunicação. […] precisamos conhecê-las e entender as modificações que estão ocorrendo, olhar estes cérebros para saber como eles funcionam e determinar mudanças em como ensiná-los.

O ambiente educativo deve sempre buscar, a participação e inserção das diversificadas práticas sociais das crianças, visando ampla socialização, pois é na escola que elas são avaliadas, diante aos grupos que pertence.

Um professor preparado tem a sensibilidade de detectar as dificuldades de cada criança, embora eles necessitem de parcerias, trocar informação com profissionais que consegue ter visões diferentes é essencial também para observar melhor o desenvolvimento de cada indivíduo.

E se a instituição escolar tiver o auxílio de um neuropsicopedagogo poderá desenvolver metodologias para enfrentar os diversos problemas que as crianças têm apresentado, para assim buscar um progresso significativo no comportamento acadêmico, social e emocional da criança.

 

 

CONCLUSÃO

 

Esta pesquisa, conforme observou-se, por meio do levantamento bibliográfico, estão presente na vida de todos, inclusive da criança desde muito cedo, e à medida que a criança vai crescendo, as brincadeiras na vida delas ganham uma aparência mais socializador, permitindo que as crianças aprendas a lhe dar com os acontecimentos do seu cotidiano.

Aos professores, compete a ação da mediação do conhecimento, induzindo o aluno ao desenvolvimento, respeitando seu nível de aprendizagem e seus valores.

Os educadores devem fornecer as crianças um ambiente que estimule a imaginação e ajude na desenvoltura da autonomia, levando a causar seu próprio conhecimento, isso tudo permitindo que as tarefas sejam de entretenimento e prazerosas.

O Neuropsicopedagogo também pode ajudar muito durante esse desenvolvimento participando de forma correta na educação dessas crianças.

A criança carece de interagir de forma coletiva, apresentando seu ponto de vista, discordar, apresentar suas dificuldade e facilidades, buscando soluções, e cabe ao professor dar lhe essa oportunidade através da ludicidade, incentivando as mesmas a terem o pensamento crítico e ser participativo.

O jogo provoca nas crianças além que o simples ato de jogar, é por meio dos jogos que ela se expressa e consequentemente se comunica com o mundo; ao jogar a criança aprende e indaga o mundo que a cerca, toda e qualquer atividade lúdica deve ser considerada.

Os papéis dos pais durante o processo didático pedagógico na ludicidade devem sempre incentivar e dar oportunidades para seus filhos, incentivando os mesmo a relação com outras crianças e propondo a eles atividades diversas até mesmo em conjunto.

Como muitas comprovações se os pais, a escola, e o neuropsicopedagogo quando necessário trabalhar de forma conjunta terá mais facilidade para saber quais as necessidades de cada educando, e a maneira correta de incentivar e intervir cada ser.

Ao finalizar o presente estudo, concluiu-se que o lúdico na educação infantil é um artifício pedagógico que tem que ser desenvolvido com objetivo de proporcionar uma fase de aprendizagem e ensino prazeroso e significativo.

 

 

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