BRINCANDO COM CORES E FORMAS E APRENDENDO GEOMETRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Marli Rodrigues de Almeida1
Marta Santana de Pinho Scardua2
Vanessa Ramos3
RESUMO
Este trabalho traz o relato de experiência da atividade pedagógica “Brincando com cores e formas e aprendendo geometria na Educação Infantil”, realizada com crianças de cinco anos da Escola Municipal de Educação Infantil Criança feliz localizada no município de Diamantino – MT e teve como objetivo levar as crianças a adquirirem noções geométricas brincando, além de proporcionar a socialização e o desenvolvimento da percepção visual, a autonomia e a aceitação de regras. A realização da atividade contribuiu para que as crianças demonstrassem os conhecimentos prévios a respeito do conteúdo, como também, ampliou a aprendizagem de forma significativa e prazerosa.
Palavras-chaves: Educação infantil; geometria; Brincadeiras.
ABSTRACT
This work presents the experience report of the pedagogical activity "Playing with colors and shapes and learning geometry in Early Childhood Education", carried out with children of five years of the Municipal School of Early Childhood Education located in the municipality of Diamantino - MT and aimed to lead The children to acquire geometric joking notions, besides providing the socialization and the development of the visual perception, the autonomy and the acceptance of rules. The accomplishment of the activity contributed to the children demonstrating the previous knowledge regarding the content, as well as, it extended the learning of significant and pleasant form.
Keywords: Child education; geometry; Jokes.
1 Apresentação
Entre os conteúdos matemáticos, a geometria se destaca, pois está presente nas atividades diárias de todo individuo. Segundo Reis (2006), desde o nascimento, a criança está imersa em um mundo de cores e formas iniciando desde os primeiros movimentos e ainda no berço, começa a explorar e conhecer o universo em que vive. Com o passar do tempo, suas habilidades motoras e cognitivas vão se ampliando e consequentemente sua percepção e domínio do mundo que a cerca e assim, constrói empiricamente as primeiras noções espaciais e geométrica
Nessa perspectiva, este trabalho traz o relato da atividade “Brincando com cores e formas e aprendendo geometria na Educação Infantil” realizada com crianças de 05 anos da Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz localizada no município de Diamantino – MT e teve como objetivos levar as crianças a adquirirem noções geométricas brincando, além de proporcionar a socialização e o desenvolvimento da percepção visual, a autonomia e a aceitação de regras.
2 Desenvolvimento
A atividade foi desenvolvida com crianças na faixa etária de 05 anos, pois nessa idade apresentam características distintas que de acordo com Lorenzatto (2008), pode-se destacar: a facilidade de socializa-se com os demais, a agilidade e controle sobra e corpo, a aceitação de regras, forte imaginação e bom desenvolvimento motor, entre outros.
Antecedendo a atividade, a professora preparou o material e organizou o ambiente da sala para que todos as crianças tivessem visão dos materiais que seriam trabalhados. Para iniciar a atividade, organizou-se um circulo com as crianças e a professora mostrou várias caixas e bolas coloridas questionando-os: quantos lados tem cada uma? Alguma delas tem lados iguais? Quais são mais parecidas entre si? Por quê? Os alunos respondiam e faziam comparações, como por exemplo: “Esse lado ai é igual o quadro” (retângulo). “Na minha casa tem um triângulo bem lá em cima perto da telha” Todos falaram expondo o conhecimento que já tinham a respeito das formas geométricas.
Dando prosseguimento à atividade, a professora convidou as crianças para brincar com os materiais e solicitou que se organizassem em grupo de acordo com a afetividade entre eles. Foi pedido que o grupo observasse os materiais e formassem torres com os mesmos levando em conta suas formas e tamanhos e quem construísse uma torre sem deixar cair, vencia.
Enquanto realizavam a atividade, as crianças trocam opiniões, davam sugestões, pensam. Em relação à Linguagem, Neder (2008, p.30) reportando-se aos PCNs de Língua Portuguesa (2000), enfatiza:
A linguagem verbal possibilita ao homem representar a realidade física e social e, desde o momento em que é apreendida, conserva um vínculo muito estreito com o pensamento. Possibilita não só a representação e a regulação do pensamento e da ação, próprios e alheios, mas também, comunicar ideias, pensamentos, interação de diversas naturezas e, desse modo, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais anteriormente inexistentes.
Imagem 01: Crianças formando as torres.
Um grupo formou a torre rapidamente, mas logo caiu. Os outros demoraram mais, e acabaram vencendo, pois organizaram melhor as diferentes caixas e bolas.
Depois de formado as torres, foi proposto que os grupos circulassem pela sala e observassem todas as torres montadas, refletindo: que tipos de caixa foram usados? Por que ela ficou mais alta? Como conseguiu sustentar o equilíbrio? Se uma das torres cair, indagar o grupo a entender o por que? Quais caixas foram usados na base? Eles estavam apoiados nos lados mais largos ou mais finos? As crianças fizeram varias comparações entre as torres e perceberam que o ideal era iniciar com as peças maiores e finalizar com os menores.
Imagem 02: Registro da atividade
No momento da montagem, uma das crianças não aceitou perder, e insistiu em montar sua torre sozinha, Foi necessária a interferência da professora, para mediar as discussões entre os componentes do grupo, objetivando levar a criança a compreender que não é possível ganhar sempre, as vezes ganhamos, outras vezes perdemos e que isso faz parte da brincadeira. Assim, mesmo contrariada, voltou para o grupo.
Foi reunido novamente os objetos e as caixas e organizado um novo jogo: agora, um componente do grupo teria que pegar no menor tempo possível, o sólido descrito pelo outro grupo. Sendo que a dificuldade era em não poder apontar o objeto com a mão e sim, visualizar e pegar.
Esse momento foi bem interessante, pois as crianças ficaram em silêncio para não atrapalhar e nem interferir na escolha do colega. Todos conseguiram pegar a peça correta e a comemoração foi geral.
A professora solicitou que fossem montadas novas torres, mas agora o grupo que formasse a torre mais alta venceria. Todos se empenharam muito e logo após a última montagem, e destacado o grupo vencedor, foi pedido para as crianças que fizessem o registro da atividade vivenciada.
Os alunos demonstraram através de desenho tudo que haviam vivenciado com muita criatividade e de acordo com SMOLE (2000, p.18):
A criança desenha e cria porque brinca. Para ela, a mesma concentração de corpo inteiro exigido no brincar aparece no desenhar. Nesse sentido, o corpo inteiro esta presente na ação, ”concentrado na pontinha do lápis “e a ponta do lápis funciona como uma ponte de comunicação entre o corpo e o papel.
Imagem 03: Registro da criança.
Ao final, as crianças exploraram livremente o material e descreveram verbalmente as peças da maneira deles: caixa grande, dado, cone, entre outros.
Para Lorenzato (2008) é importante proporcionar a criança condições para que ela trabalhe significativamente as noções e conhecimentos adquiridos, aprecie novos conhecimentos e se beneficie das novas descobertas no seu cotidiano.
3 Conclusão
Percebe-se que a atividade desenvolvida possibilitou a aprendizagem envolvendo várias áreas do conhecimento, garantindo assim, um ensino de qualidade através de jogos e brincadeiras, comprovando a importância do brincar no desenvolvimento da criança como um todo.
Diante dos relatos apresentados, os objetivos constados no plano foram alcançados, pois, as crianças brincando ampliaram seus conhecimentos em relação as noções geométricas, enfrentaram conflitos e criaram estratégias para solucioná-los, além da troca de experiências proporcionadas pelo trabalho em grupo.
Bibliografia
SMOLE, Maria Ignez Diniz e Patrícia Candido. figuras e formas: Brincadeiras infantis nas aulas de matemática; vol. 3 -Porto Alegre: Artmed, 2000.
REIS, Silvas Marina Guedes dos – A matemática no cotidiano infantil: Jogos e atividades com crianças de 3 a 6 anos para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático / Silvia Marina Guedes dos reis,- Campinas,SP PAPIRUS,2006.
LORENZATO, Sérgio. Educação Infantil e percepção matemática .- Campinas, SP: Auteres Associados, 2008.
NEDER, Maria Lúcia Cavalli.- Linguagem na educação Infantil II: Maria Lúcia Cavalli Neder, Lúcia Helena Verdusculo Possari. Cuiabá Edufmt, 2008.
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