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O LÚDICO PARA A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Edria Ferreira Soave Lisboa [1]

Josianne  da Silva Cardozo [2]

Rosimeire Dias da Silva [3]

 

 

RESUMO

O presente artigo aborda sobre o Lúdico para a criança, voltando se para o convívio na Educação Infantil, não obstante, enfatizando o sentido e seu valor no desenvolvimento infantil. Inicialmente, esboça se o contexto de visão da criança para o adulto, que passa a entender a criança como um membro importante do seio familiar e que para se ter boa saúde física e mental, precisa brincar, ter alegria, ser feliz, dentre outros fatores. É através da brincadeira lúdica que a criança desenvolve importantes capacidades como: socialização, criatividade, memorização, imaginação e amadurecimento. Tendo como objetivo demonstrar o lúdico na vida da criança no meio da educação infantil através de uma metodologia de estudo de revisão de obras já escritas, sendo uma revisão bibliográfica. Utilizando se de citações de documentos como o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998), e dos autores como Brougère (2004), Piaget (1978), Pinto (2003) e Wajskop (2011). Conclui-se que o brincar e o lúdico são de fundamental importância na formação infantil, bem como os educadores, devem promover espaços de aprendizagem, como a recreação, a música, arte, jogos e a afetividade que estejam presentes e possam ser criados momentos de prazer-aprendizado.

 

Palavras-chave: Lúdico. Brincar. Criança.

 

 

Introdução

 

O presente trabalho aborda sobre o Lúdico para a criança na Educação Infantil A criança aprende a viver, a suportar as frustrações, a desenvolver competências, brincando. Em um Espaço Lúdico, tudo é propício para que estas competências se desenvolvam. O aprendizado e a educação podem ser inseridos nas brincadeiras para melhor absorção das crianças, onde elas sentem-se seguras para pensar e experimentar situações novas, ou mesmo do seu dia a dia.

Este estudo tem como objetivo demonstrar o lúdico na vida da criança no meio da educação infantil, culminando com a necessidade de se criar um ambiente que favoreça o brincar, onde o espaço escolar seja de adaptação e socialização, bem como de aconchego, por ser um ambiente novo. Refletir sobre o fazer lúdico e a importância do brincar na aprendizagem infantil, entendendo que a brincadeira é fundamental para a criança.

A partir do exposto, a hipótese a ser investigada está relacionada a ludicidade e o brincar são importantes no aprendizado infantil? Será que ao brincar a criança aprende alguma coisa? Existe uma variedade de publicações sobre o aspecto do brincar, do brinquedo e do lúdico como recurso essencial na infância e que permite fazer um trabalho pedagógico para produzir conhecimento, ele será abordado aqui, sob uma visão pedagógica, pois enquanto brinca a criança desenvolve e integra todos os aspectos: motores, cognitivos, afetivos e culturais.

O presente estudo utilizou uma metodologia de revisão de obras já escritas que trazem contextos do lúdico, das brincadeiras e da aprendizagem através da ludicidade, sendo uma revisão bibliográfica. Utilizando se de citações de documentos como o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998), e dos autores como Brougère (2004), Piaget (1978), Pinto (2003) e Wajskop (2011).

Conclui-se que o brincar e o lúdico são de fundamental importância na formação infantil, bem como os educadores, devem promover espaços de aprendizagem, como a recreação, a música, arte, jogos e a afetividade que estejam presentes e possam ser criados momentos de prazer-aprendizado. A brincadeira favorece a autoestima da criança, auxiliando-a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. As brincadeiras, os brinquedos, enfim brincar contribui assim para a interiorização de determinados modelos de adultos, no âmbito de grupos sociais diversos.

 

 

ASPECTOS DO LÚDICO

 

Sabe se que a criança era vista como adulto em miniatura, mas, a partir do século XVIII, a criança é marcada pelo mito de portadora de verdade, comportamento verdadeiro e natural, por excelência, e o seu brincar, desprovido de razão e desvinculado do contexto social (Brougère, 2004). Porém com o passar do tempo a criança se tornou um membro importante do seio familiar e, com isso, o seu desenvolvimento, e de suas necessidades educacionais como controle e orientação, criaram um vínculo estrito entre a brincadeira e sua educação. A criança começou a ser vista como cidadão com imagem social contraditória, pois ela se tornaria o reflexo do adulto que a sociedade queria que ela fosse, porém, essa mesma sociedade temia o adulto em que ela se tornaria. Portanto as crianças eram ao mesmo tempo, livres para se desenvolverem e educadas para não exercerem sua liberdade.

Sabe-se que a inserção da criança na sociedade foi um processo lento e defendido por várias teorias. No início do século XX, Freud descobriu que grande parte das doenças mentais tinha suas raízes nos sofrimentos e nos traumas da infância. Segundo Pinto (2003), entende-se que não são apenas doenças mentais, mas problemas emocionais que podem causar doenças psicossomáticas que deixam marcas no corpo físico, causando doenças que muitas vezes levam a óbito.

A criança e as brincadeiras segundo Marly Pinto (2003), toda criança para ter boa saúde física e mental, precisa brincar, ter alegria, ser feliz, ter direito a sonhar; e não existe uma chance melhor para abrir as portas do sonho, da fantasia do que um brinquedo (2003, p. 39).

Os brinquedos, as atividades lúdicas, além de produzirem um verdadeiro mundo de fantasias, muitas vezes, são instrumentos de transmissão de cultura de um povo para outro. As atividades lúdicas têm objetivos diversos, como divertir, outras vezes socializar, unir grupos, e pedagogicamente, como um instrumento para transmitir conhecimento. Muitas dessas atividades usam apenas o corpo, como as danças, cirandas, jogos de saltar, correr, esconder e pegar. Já os brinquedos podem ser industrializados, como as bonecas, os meios de transporte em miniaturas, os bichos, bolas, arcos, os jogos, os utensílios domésticos (miniaturas), os instrumentos musicais (PIAGET, 1978).

Segundo Wajskop (2011), com a influência de pedagogos como Fröebel (1782-1852), Maria Montessori (1870-1909) e Ovide Decroly (1871-1932), primeiros a romperem com a educação verbal e tradicionalista de sua época, e proporem uma educação sensorial, baseada na utilização de jogos e materiais didáticos, que deveria traduzir por si a crença em uma educação natural dos instintos infantis; tanto no Brasil como em outros países, a concepção de educação infantil reiterou as ideias propostas da inserção das crianças nas brincadeiras, nos materiais pedagógicos e nos treinos de habilidades e funções específicas.

A criança através do lúdico desenvolve importantes capacidades como: socialização, criatividade, memorização, imaginação e amadurecimento. A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Em situações, quando criança ainda é bem pequena e bastante estimulada, é possível observar o rompimento com a relação à subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.

Para Brougère, “o brinquedo vai proporcionar à criança uma imagem que exalta o adulto, cujos traços e atividades o transformam num personagem que merece interesse” (1997, p. 21). Se o brinquedo não fizer parte do seu cotidiano, dificilmente a criança vai incluí-lo na brincadeira.

 

É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo (BRASIL, 1998, p 24).

 

Brincar para a criança é fugir para a fantasia, mas essa outra realidade fantasiosa tem sempre como parâmetro à realidade da infância, por isso, mais uma vez reafirma-se a importância do lúdico na educação das crianças, pois desde o nascimento a criança inicia-se na formação da linguagem pelos primeiros contatos, que serão com sua mãe e familiares, esses contatos serão determinados pela linguagem e cultura a que pertencem.

Em nossa sociedade, nem sempre a realidade da criança é só de luz e alegrias, sem sofrimentos e preocupações, como nas crônicas dos romancistas. Muitas vezes as crianças sofrem com a miséria e a violência, e quase sempre as pessoas que deveriam proteger amar, são os próprios agressores. Para essas crianças nem sempre é prazeroso brincar, porém, isso não significa que elas não precisem brincar, pois, no brincar a criança interpreta papéis, aqueles que fazem parte do seu cotidiano e, se ela é espancada vai certamente espancar outras crianças, espancar os animais.

 

 

O LÚDICO E A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

É importante destacar que, a Educação Infantil é a primeira etapa onde o processo educacional formal tem início, para os profissionais dessa área o brincar deve ser mais um instrumento de avaliação do desenvolvimento pedagógico da criança, pois através das brincadeiras podem ser observadas e, descobertos seus problemas, suas barreiras ou não, apenas analisado o seu comportamento. Pinto, (2003) afirma que, o desenvolvimento da criança com a brincadeira:

 

A criança aprende a viver, a suportar frustrações, a desenvolver competências, brincando. Em um Espaço Lúdico, tudo é propício para que estas competências se desenvolvam e a criança possa construir o adulto que vai ser de maneira harmoniosa (PINTO, 2003).

 

É importante que o aspecto Lúdico se transforme em algo de impacto positivo, já que quando a criança inicia sua vida escolar, o ‘novo’ ambiente deve ser acolhedor, ter um visual agradável, e é sabido que a primeira impressão é a que fica; portanto não bastam paredes desenhadas, jardins floridos e árvores perfumadas, a postura dos adultos que vão receber a criança é significativo, ela precisa se sentir aceita e desenvolver a confiança nos profissionais e no ambiente, para que a partir desse momento seja sugeridos os propósitos do grupo, assim como os limites. Portanto, já no início é imprescindível que as brincadeiras e os brinquedos estejam presentes, funcionando como instrumento de adaptação da criança na instituição escolar.

Piaget (1978) afirma que o ambiente é o meio físico e social onde o ser humano nasce e vive. “O ser humano, desde o seu nascimento, se encontra submerso em um meio social que atua sobre ele do mesmo modo que o meio físico” (Pinto, 2003, p. 110). Partindo dessa afirmação pode se destacar a importância Lúdico na formação cultural da criança.

Ao questionar as possibilidades da brincadeira, Brougère, (2004, p. 91), afirma que “a brincadeira é boa porque a natureza pura, representada pela criança, é boa. Tornar a brincadeira um suporte pedagógico é seguir a natureza”. Associando a brincadeira à cultura, ao autor sugere que a brincadeira é uma mutação do sentido, da realidade: as coisas tornam-se outras, de acordo com regras criadas pela circunstância, não é um comportamento específico, mas a situação na qual esse comportamento toma uma significação específica, daí a brincadeira aparece como um sistema de sucessão de decisões, pois, para brincar, existe um acordo para a construção das regras, por exemplo, nas brincadeiras simbólicas, que supõem um acordo sobre os papéis e os atos.

 

No dia a dia da instituição pode parecer mais fácil que o adulto centralize todas as decisões, definindo o que e como fazer, com quem e quando. Essa centralização pode resultar, com tudo, num ambiente autoritário, em que não há espaço para o exercício da ação autônoma. Oferecer condições para que as crianças, conforme os recursos de que dispõem, dirijam por si mesmas suas ações, propicia o desenvolvimento de um senso de responsabilidade (BRASIL, 1998, p. 39).

 

A criança quando desenvolve um senso de responsabilidade, o educador passa a ser visto como um orientador, sistematizando a dor que está ali para conduzir aprendizagem e não apenas para ordenar e avaliar, então além de desenvolver o aprendizado, a responsabilidade, a criança desenvolve a tão idealizada confiança no professor. Essa confiança alimentará o respeito e o educador não terá mais problemas com disciplina e aproveitamento de aula ou do tempo.

 

Portanto, a brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos (WAJSKOP; 2011, p 35).

 

Para que o educador desenvolva atividades lúdicas com as crianças, ele deve primeiramente acreditar na importância do brincar para a educação, e a partir daí, adquirir bagagem para programar e realizar espaços e momentos de brincadeiras com as crianças que terão um enorme significado para elas. Entretanto, ocorre um ganho ainda maior para o educador, se o mesmo souber aproveitar esses momentos para extrair tudo o que puder sobre o conhecimento e o desenvolvimento de seu educando.

 

O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende, entre outras coisas, de oportunidade de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças (BRASIL; 1998, p. 32).

 

Essas oportunidades de expressões serão encontradas na infância, principalmente na brincadeira espontânea, em qualquer de suas formas: jogos, desenho, modelagem e música. A criança desenvolve livremente a atividade lúdica que deverá ser própria de toda sua vida, usando o brinquedo de uma maneira envolvente em que ela usa sua imaginação, estimulando a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança.

 

Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autora de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimento, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata (BRASIL; 1998, p. 23).

 

O aprendizado e a educação podem ser inseridos nas brincadeiras para melhor absorção das crianças, onde elas sentem-se seguras para pensar e experimentar situações novas, ou mesmo do seu dia a dia, permitindo que progridam, até atingirem um nível de proveniência formidável. Wajskop (2011) Essas práticas devem apoiar-se em materiais lúdicos e brinquedos que por si só são capazes de ensinar às crianças os conteúdos programáticos.

 

Nas brincadeiras e jogos espontâneos a conversa também costuma estar presente. Ao lado desses momentos, é recomendável que o professor acolha as conversas também durante as atividades mais sistematizadas, tal como a realização de uma colagem, de um desenho, a redação de um texto ou leitura de um livro. Compartilhar com o outro suas dúvidas, expressar suas ansiedades, comunicar suas descobertas, são ações que favorecem a aprendizagem (BRASIL; 1998, p. 43).

 

Enquanto as crianças brincam, estão lidando com sensações e percepções de sua realidade, trabalhando-as de forma lúdica para se tornarem aceitas e compreendidas entre si, ou seja, no grupo. No brinquedo, ela projeta seu inconsciente desenvolvendo a criatividade, imaginação, motricidade e sociabilidade, assim como descarrega suas emoções e se prepara para os papéis da vida adulta.

A aprendizagem através da atividade lúdica, dependendo do marco teórico em que o pedagogo se situa, lhe permite expandir as teorias do jogo infantil, não somente de desenvolvimento e aprendizagem, mas também de diagnóstico emocional da criança. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil conclui que é na interação social que as crianças têm uma linguagem própria de compreender e ver o mundo.

O brincar é fundamental, considerar um tempo ao final de cada atividade dedicado para arrumação é uma oportunidade para que as crianças possam de um lado, aprender a cooperar e perceber que a arrumação é algo da responsabilidade de todos. De outro lado, essa atividade pode permitir que elas percebam que é capaz de realizar ações de forma independente, como guardar materiais, brinquedos, varrer a sala, jogar resto de papel no lixo, devolver materiais que foram tomados emprestados de outras salas ou locais da instituição (BRASIL; 1998, p. 63).

Através das atividades lúdicas a criança passa a ser mais compreensiva, independente e capaz de dividir seus pertences com outras crianças do seu convívio contribuindo para a sua autoestima. A pedagogia visa estudar de forma aprofundada, a aprendizagem como processo produtivo e evolutivo. Levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem.

 

Para se desenvolver, portanto, as crianças precisam aprender com os outros, por meio dos vínculos que estabelece. Se a aprendizagem acontece na interação com as outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças, elas também dependem dos recursos que as crianças utilizam destacam-se a imitação, o faz de conta, a oposição, a linguagem e a apropriação da imagem corporal (BRASIL, 1998, p. 21).

 

No modo do educador organizar um espaço, existe a possibilidade das crianças se descentralizarem da figura do adulto, sentirem segurança e confiança ao explorarem o ambiente, terem oportunidades para contato social e terem prazer nos seus momentos de privacidade. Diante desses espaços a crianças se sente motivada para aprender de uma maneira gostosa e prazerosa os conteúdos dados pelo educador e estimulando assim as brincadeiras, imaginação e a criatividade de cada educando. Considerando o espaço na educação infantil, não é somente um local de trabalho, é antes de tudo um recurso, um parceiro do professor na prática educativa. O pedagogo deve facilitar e proporcionar mudanças de maneira que os alunos sintam vontade para irem à sua instituição, onde elas serão observadas para que as construções de seus conhecimentos ocorram de maneira cada vez mais rica e interessante para o seu desenvolvimento. Brougére (2004) afirma que toda brincadeira representada pela criança é boa.

 

Considerando que a brincadeira deva ocupar um espaço central na educação infantil, entendo que o professor é figura fundamental para que isso aconteça, criando os espaços, oferecendo-lhes material e partilhando das brincadeiras das crianças. Agindo desta maneira ele estará possibilitando à mesmas uma forma de acender às culturas e modos de vida adultos, de forma criativa, social e partilhada. Estará, ainda, transmitindo valores e uma imagem da cultura como produção e não apenas consumo (WAJSKOP, 2011, p. 113).

 

As afirmações acima reforçam que o entendimento de que a construção do espaço é ato social e se entrelaçam como o tempo de forma indissolúvel, congregando simultaneamente diferentes influências imediatas e imediatas da cultura e do meio em que estão inseridos. Desta forma o educador, precisa levar para os seus alunos jogos de construção que são de grande importância para o seu enriquecimento, as experiências sensoriais e a estimulação, criatividade, assim elas terão mais incentivo para frequentar sua instituição com alegria e vontade de aprender. Favorecendo assim a construção de sua identidade e o desenvolvimento nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos, e sociais, os quais servirão de base para a formação de um cidadão crítico e participativo.

 

 

Considerações finais

 

A partir dos dados obtidos neste estudo foi possível verificar, que o direito do brincar deve ser entendido como primordial para a interação das crianças com o meio em que vivem e se relacionam. O ato de brincar é um processo natural, espontâneo, onde as crianças utilizam sua imaginação e criatividade para produzirem novos conhecimentos e descobrir informações que as possibilitem desenvolver a compreensão dos limites sociais, das regras de convivência, da organização cronológica, das rotinas, da convivência, de si, do outro, do mundo e das coisas

O brincar é uma prática relevante para o desenvolvimento infantil e cabe aos professores mediarem esse processo. Pois, quando a criança brinca, ela explora, pula, anda, conversa, desenvolve diversas atividades e assim desenvolvem a fala, solucionam problemas, e não tem o medo de errar.

A educação deveria usar o lúdico nas instituições de ensino de maneira cotidiana, e assim teríamos jovens, adultos com culturas diversificadas, mostrando para as nossas atuais crianças a grande importância das brincadeiras para sua formação. Por isso devemos incentivar o uso de brinquedos, não só nas escolas, mas também em casa, onde elas estariam criando fantasias, se socializando com outras crianças e criando culturas para terem melhor desenvolvimento de novas aprendizagens.

Como educadores, fazemos parte da promoção de espaços de aprendizagem, como a recreação, a música, a arte e a afetividade que estejam presentes e possam ser criados momentos de prazer. Assim o aprendizado pode ter uma absorção pela criança através das atividades lúdicas, estimulando parte do cérebro, responsáveis por diferentes aprendizagens, causando enorme sensação de prazer aqueles que o executam.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial Curricular Nacional Infantil. Brasília: MEC/SEF. Vol 1. 1998.

 

______. Referencial Curricular Nacional Infantil. Brasília: MEC/SEF. Vol 2. 1998.

 

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo. Cortez, 2004.

 

PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e Representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

 

PINTO, Marly Ron Dan. Formação e Aprendizagem no Espaço Lúdico, 2ª ed. - São Paulo: Arte & Ciência, 2003.

 

WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-Escola, 9ª ed. - São Paulo: Cortez, 2011.

 

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