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A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Ana Laura Cavalcante Teixeira
Andrea de Oliveira Andrade
Josianny Aparecida da Costa Moraes
Rosângela Maria da Silva
Rosinete Rodrigues da Rosa Silva

 

 

RESUMO

O presente trabalho aborda sobre a participação da família na vida escolar dos filhos e o processo de aprendizagem. Entende-se que a família precisa comprometer-se com a escola para promoção da aprendizagem e educação dos filhos. Para este artigo foi utilizada pesquisa bibliográfica, na qual constatou-se que a relação família e escola é imprescindível, pois a família como espaço de orientação, construção da identidade de um indivíduo deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral da criança.

Dessa forma sabe-se que a Família é o ventre onde o ser humano absorve valores culturais, religiosos, deveres, responsabilidades, compromissos, para fortalecer as estruturas pessoais. Entretanto a aprendizagem da criança possui relação com a maneira como a família se relaciona com a temática e com a instituição escolar; algumas famílias entendem que a responsabilidade pela educação de seus filhos é exclusiva da escola, deixando de participar ativamente na vida escolar e social dos filhos.

Com isso os aspectos afetivos na relação família/escola pode favorecer a fase inicial de aclimatação da criança; e a escola deve promover atividades que envolvam a família para participar da vida escolar de seus filhos e propiciem o envolvimento no processo educacional da criança.

Diante do tema abordado pode-se concluir que a família e a escola têm uma importância fundamental para a promoção da aprendizagem da criança, entendendo-se necessário que a família conheça os objetivos da proposta escolar para acompanhar o desenvolvimento das práticas educativas das crianças, e se comprometa em alcançar o sucesso na aprendizagem e na formação do indivíduo.

 

Palavras chave: Aprendizagem;  família; escola; filhos

 

 

INTRODUÇÃO

Através do tema em estudo sobre a participação da família na vida escolar dos filhos e o processo de aprendizagem pode-se dizer que durante o processo de aprendizagem do filho os pais devem estabelecer um bom relacionamento junto a escola. Pois a família e o primeiro segmento social que instrui a criança, ao ingressar na escola, este ambiente também passa a ser o segundo segmento que instrui com a educação formal a criança. Sendo assim não podemos falar de dificuldades tendo somente a criança como ponto de referência: o "contexto" em que a criança se encontra precisa ser considerado.

Nas palavras de Sousa (2008, p. 2):

 

A família funciona como o primeiro e mais importante agente socializador, sendo assim, é o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização em que a criança constrói o seu modelo de aprendiz e se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária e que vai se refletir na sua vida escolar.

 

Nesse contexto a família e a escola são parceiros fundamentais no desenvolvimento de ações que favoreceram o sucesso escolar e social das crianças. Em vista disso é fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Desta forma a educação perpassa tanto o ambiente escolar quanto o familiar, pois a interação entre ambos é muito importante para o sucesso do processo ensino-aprendizagem.

Diante do exposto sabe-se que a família é o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e espiritual da criança. A criança, desde seu nascimento, ocupa um espaço dentro da família. É nela que se encontram os primeiros professores e ensinamentos, os quais refletirão e perdurarão por toda vida adulta, permitindo que seus membros se desenvolvam em todos os aspectos, de forma integral.

 Sendo assim a participação da família no ambiente escolar é fundamental no processo ensino-aprendizagem. Família e escola são os principais suportes com que a criança pode contar para enfrentar desafios, visto que, integradas e atentas podem detectar dificuldades de aprendizagem que ela possa apresentar, podendo contribuir de maneira eficiente em benefício da mesma. A família deve ser parceira, aliada à escola e aos professores, para juntos oferecerem um trabalho de envolvimento e cumplicidade nos assuntos relacionados ao ambiente escolar.

Portanto pode-se concluir que a discussão sobre como envolver a família no processo de aprendizagem na escola não é recente, porém a mudança e a perspectiva de integração entre família e escola devem ser incentivadas e analisadas constantemente. Porém esta luta se faz necessária para contribuir no processo de ensino-aprendizagem do educando, pois somente com a família interagindo com as escolas é que seus filhos terão além de uma boa formação, uma preparação para tomar atitudes para enfrentar as dificuldades que certamente virão no decorrer de sua vida.

 

 

FAMÍLIA E ESCOLA

Diante do contexto atual para uma interação positiva entre a escola e família é sem dúvida a participação, buscando uma aproximação, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-escola. Desta forma a parceria entre familiares e as instituições de ensino seja a educação formal ou a técnica, é concretizada quando ambos estão unidos em um único objetivo, formar cidadãos conscientes da sociedade em que habitam, com valores éticos e morais e com uma perspectiva de um futuro promissor. Ainda no que se refere a aprendizagem, trabalho da família e escola segundo LIBÂNEO, 2001, ressalta que:

 

É crucial que o trabalho da família, seja conforme o seu papel, acompanhamento da aprendizagem e atitudes dos filhos para não gerar um desinteresse escolar. Em 14 especial, espera-se que os pais participem ativamente na gestão da escola, mediante canais de participação bem definidos (pag. 176).

 

Dessa forma a família pode participar de várias maneiras na vida educacional do estudante, segundo Freitas, Maimoni & Siqueira, (1994) e de Maimoni & Miranda, (1999), elas podem: acompanhar tarefas e trabalhos escolares, verificar se o filho fez as atividades solicitadas pelo professor, estabelecer horário de estudo, informar- se sobre matérias e provas, entre outras. Há vários modelos de famílias, não existe somente um tipo de família na sociedade brasileira, mas existem singularidades entre elas. Pois é possível afirmar que cada família possui sua identidade e estão em constante evolução, constituídas com o intuito básico de prover a subsistência de seus integrantes.

Sendo assim pode-se dizer que a interação família/escola é necessária, para que ambas conheçam suas realidades e suas limitações, e busquem caminhos que permitam e facilitem o entrosamento entre si, para o sucesso educacional do filho/aluno. Deste modo, faz-se necessário retomar algumas questões no que se refere à escola e à família tais como: suas estruturas e suas formas de relacionamentos, visto que, a relação entre ambas tem sido destacada como de extrema importância no processo educativo das crianças.

Portanto, uma boa relação entre a família e a escola deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social às crianças. Sendo assim, o papel a ser exercido pela escola e família, em se tratando de uma sociedade que passa por mudanças constantes, é a busca de novas formas e caminhos para alcançar êxito na formação de valores, pois muitos dos valores considerados essenciais pela humanidade estão sendo abalados, por isso a importância de um lugar em que os filhos e estudantes possam se sentir seguros e confiantes no seu próprio potencial e a escola pode ser este ambiente quando estiver bem estruturado e apoiado pela família.

Assim conclui-se que a família deve ser parceira, aliada à escola para juntos oferecerem um trabalho de envolvimento e cumplicidade nos assuntos relacionados ao ambiente escolar. Esta luta se faz necessária para contribuir no processo de ensino-aprendizagem do educando, pois somente com a família interagindo com as escolas é que terá além de uma boa formação, uma preparação para tomar atitudes para enfrentar as dificuldades que certamente virão no decorrer de sua vida.

 

 

CONCLUSÃO

 

O presente trabalho possibilitou uma reflexão sobre a participação da família na vida escolar dos filhos e o processo de aprendizagem, é um trabalho de pesquisa bibliográfica, evidenciando-se a necessidade de ambas atuarem de forma alinhada para o atingimento dos objetivos de aprendizagem da criança. Sendo assim considera-se que a escola é a instituição responsável pelo processo de formação da criança, contudo a família deve assumir um papel ativo neste processo, firmando uma parceria com a instituição, que na prática manifesta de forma recíproca.

Desta forma a família deve acompanhar e participar das atividades escolares e, a escola deve atentar às características de origem da criança e os valores, expectativas e percepções oriundos do contexto doméstico. Com isso aponta-se a importância da família na modelagem de valores e expectativas e na promoção da autonomia, baseando-se nos valores, expectativas e fornecimento de suporte à criança. Um outro fator importante para interação família, escola e aluno e a escola promover atividades que envolvam a família para participar da vida escolar de seus filhos e propiciem o envolvimento no processo educacional da criança. Entende-se necessário que a família conheça os objetivos da proposta escolar para acompanhar o desenvolvimento das práticas educativas das crianças, e se comprometa em alcançar o sucesso na aprendizagem e na formação do indivíduo.

Assim sendo compreende-se que a família também precisa ser conhecida e valorizada no contexto escolar, buscando-se sua integração e envolvimento.

Se reconhecem os limites desta pesquisa e entende-se que a temática está longe de ser esgotada. Recomendam-se levantamentos de natureza descritiva buscando-se demonstrar as possíveis correlações entre o nível de envolvimento das famílias e suas percepções quanto ao contexto escolar e os resultados obtidos pelos estudantes em termos acadêmicos.

Conclui-se então que a relação escola-família cria compromissos, tece redes de inter relações, reproduz laços éticos dando novos significados e abrindo horizontes para uma formação de prática pedagógica. Assim compreende-se que o diálogo entre a escola e a família seja capaz de possibilitar a troca de ideias entre as mesmas; em nenhuma instância compete a escola julgar como certa ou errada a educação que cada família oferece; o objetivo da escola é oportunizar e abrir espaços para que valores sejam adquiridos e trabalhar o respeito e as diferenças expressas pela família, proporcionando e garantindo a integridade básica do aluno e da família.

 

 

REFERÊNCIAS

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BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: ArtMed, 2008.

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PEREZ, M.C.A. Família e escola na educação da criança: análise das representações presentes em relatos de alunos, pais e professores de uma escola pública de ensino fundamental. 2000. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRITO, M. R. F.; SOUZA, L. F. N. I. Autoeficácia na solução de problemas matemáticos e variáveis relacionadas. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 23, n. 1, p. 29-47, 2015.

CASTRO, M. A. S. N. Processos de auto-regulação da aprendizagem: impacto de variáveis académicas e sociais. 2007. 179 f. Dissertação (Mestra

SOUZA, M. E. P. Família/Escola: a importância dessa relação no desenvolvimento escolar. 2009. 25 f. Artigo (Programa de Desenvolvimento Educacional) – Universidade Estadual do Norte do Paraná, Santo Antônio da Platina, PR, 2009. Disponível em: . Acesso em: 21 fev. 2015.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985 (Educação, 1).

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2001

SYMANSKY, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.

RIBEIRO, N.V.; BÉSSIA, J.F. de. As contribuições da família para o desenvolvimento da criança na educação infantil. Anais da Jornada de Iniciação Científica - Faculdades Integradas de Aracruz, 2015.Disponível em: Acesso em: 31 de março de 2020.

 

 

A ESCOLA E A FORMAÇÃO DE LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Emanoele Lionara de Almeida Santos Borges

Carlos Gonçalves de Oliveira

Isabel Frederica de Arruda

Kelle Regina de Arruda

Lais Ramos

 

 

RESUMO

O presente artigo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como objetivo compreender sobre a escola e a formação de leitores na educação infantil. Esta pesquisa foi realizada com seu foco voltado para os profissionais que trabalham nesse nível de ensino, pois, para formar alunos leitores, os professores, de maneira especial, devem ter formação pedagógica adequada para incentivar a leitura desde os primeiros anos da educação. Desta forma, as habilidades, criatividade e imaginação da criança precisam ser incentivadas pelos professores para que ela se sinta à vontade para praticar a leitura e buscar conhecimento durante todo o período escolar e, por conseguinte, durante toda a sua vida.

Sendo assim a literatura oral ou escrita é a principal forma pela qual recebemos a herança da tradição que nos cabe transformar. Portanto é na literatura infantil que se encontra o agente ideal para transformação da mentalidade que se faz urgente e necessária. Diante desse contexto a leitura é caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação e a emoções de forma prazerosa e significativa.

Tendo em vista a leitura em foco, pode-se dizer que na educação infantil, as crianças precisam estimular sua imaginação, linguagem e fantasia por meio de livros. Pois a leitura é inspirada pela criatividade e imaginação e os professores que usam livros infantis proporcionam às crianças o desenvolvimento em todos os aspectos: emocional, social, sensorial, cognitivo e crítico. Eles usam gestos, expressões e entonações para capturar todos os dias para construir conhecimentos diversos

Desta forma conclui-se que atualmente, um dos grandes desafios enfrentados na área da Educação Infantil é o de conseguir adaptar à sala de aula uma prática pedagógica que atenda às necessidades das crianças no processo de aquisição da leitura.

 

PALAVRAS-CHAVE: Escola; formação de leitores; educação infantil

 

 

INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa buscou compreender sobre a escola e a formação de leitores na educação infantil, como os professores podem utilizar práticas pedagógicas para incentivar a sua prática desde o início do processo educacional. Portanto na atualidade é notório que a cultura letrada faça parte do cotidiano desde a primeira infância contribuindo para construção de conhecimentos desde cedo. Nessa perspectiva a escola deve ter a missão de estimular a leitura desde cedo para que a criança se desenvolva e tome gosto pelo ato de ler.

 

Quando um professor lê um conto para seus alunos, eles não aprendem apenas os conteúdos das histórias e suas características, mas também como as pessoas utilizam a leitura, os comportamentos leitores e a compartilhar práticas sociais de leitura. Muitas vezes os professores pensam que as crianças só aprendem a ler se realizarem atividades que envolvam as letras. Com certeza, há momentos em que devemos propor atividades de leitura que permitam às crianças refletir sobre o sistema de escrita, mas só isso não é suficiente! Temos de promover a entrada dos diversos textos na escola para que as crianças aprendam as competências necessárias para a leitura na vida cotidiana. (FONSECA, 2012, p.29)

 

 Dessa maneira as experiências com a leitura, no entanto, variam de acordo com as oportunidades que as crianças têm em seu cotidiano de vivenciar tais práticas em diferentes espaços, como a própria casa, a igreja, os clubes recreativos e entre outros. Diante disso, a escola também é um desses espaços, que por meio dos docentes, promove ações que são essenciais para o desenvolvimento de tais habilidades.

Tendo em vista a fase inicial do desenvolvimento da criança, pode-se dizer que a leitura na Educação Infantil tem papel extremamente relevante, pois, é nessa fase, que as crianças estão desenvolvendo o imaginário. Sendo assim cabe ao professor, nesse cenário, aperfeiçoar as formas de contar histórias mostrando sempre uma figura ou algo para estimular a fantasia dos alunos. Deste modo, as situações de leitura ou contação de história na Educação Infantil devem ser de curta duração utilizando um vocabulário de fácil compreensão, adequado para o nível de entendimento das crianças, pois, nessa fase, elas precisam mais do “ver” do que “ouvir”, como se faz determinada tarefa.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) aponta que a aprendizagem da língua oral e escrita é um dos fatores relevantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. Nesse sentido, acreditamos que o espaço da Educação Infantil pode contribuir para ampliar as habilidades de uso da linguagem escrita principalmente para aquelas crianças que apresentam experiências de letramento mais limitadas.

Diante desse contexto a leitura nessa etapa deve ser de curta duração, pois as crianças não são capazes de manter a atenção por muito tempo a uma mesma atividade, o que pode levá-las a perder o interesse. Também é importante que o professor de Educação Infantil organize a socialização das crianças, porque esta é a fase do egocentrismo, é o momento de trabalhar a partilha de materiais, brinquedos, atenção da professora e demais colegas sem criar conflitos na turma. A Leitura na Educação Infantil deve ser incentivada na escola e envolver a família no trabalho, sempre, desenvolvendo um projeto de leitura com livros que irão para casa nos fins de semana para que os pais leiam para seus filhos, fazendo com que eles compreendam a importância do livro e descubram, junto com a família, as fantasias do livro. Outro ponto positivo na leitura é a criatividade que desperta na criança o seu imaginário e faz com que a ela se entusiasme criando sua própria fantasia

 

 

CONCEITUANDO SOBRE LEITURA

 

A leitura é o processo cognitivo complexo de decodificar símbolos para extrair significados. É uma forma de processamento da linguagem. A leitura tornou-se uma atividade extremamente importante para a civilização, atendendo a múltiplas finalidades, sendo parte fundamental no processo educacional e na construção do indivíduo.

A leitura de conteúdos de boa qualidade alarga os horizontes da pessoa e amplia as suas possibilidades pela expansão de seu conhecimento, desenvolvimento intelectual e de sua visão de mundo, fortalecendo as convicções pessoais, a capacidade de argumentação e manifestação de opiniões com utilização de um vocabulário mais rico.

 

Leitura é um substantivo feminino. Sua origem vem do Latim legere, que significa “colher, recolher, escolher” – palavra presente na agricultura. Um novo sentido foi agregado a este termo dando a ideia de “obter informações através da percepção das letras” – é uma colheita de conhecimento.

O significado de Leitura é a ação de ler alguma coisa, decifrando-se (ou seja, entendendo) o conteúdo que ali está escrito. A leitura proporciona que se interprete o conjunto de informações daquilo que se lê.

Para Martins (2003), a leitura é uma atividade básica na formação cultural do ser humano, atende a diversas finalidades, entre elas o senso crítico aguçado e uma maior percepção das diversas leituras intelectuais e do mundo, permitindo assim analisar toda e qualquer leitura. Destaca que a leitura não é apenas das palavras, mas a da leitura de mundo, sendo necessária a observação do que está em nossa volta, mostra o quanto pode ser amplo o sentido de leitura, não se restringe à palavra escrita, mas um infinito de possibilidades, tais como imagens, sons, fotografias, situações e tantas outras leituras e interpretações do mundo que nos possibilita ler antes do contato com a escola. O simples fato de uma criança folhear um livro ou revista, observar suas figuras, sentir a textura das folhas, selecionar exemplares por tamanho ou por quaisquer itens que chamem sua atenção indica interesse pelo universo da leitura, que pode e deve ser incentivado pelos pais desde pequenos, lendo para eles, permitindo o manuseio de livros, revistas, jornais e principalmente mostrando que eles gostam de ler, este com certeza é o maior incentivo à leitura que uma criança pode obter. O livro mostra também que a leitura está ligada às sensações, emoções e a razão. Exemplifica que quando algo desperta reações em nosso corpo e nos faz ter emoções boas ou ruins conseguimos guardá-lo conosco, vindo à tona sempre que nos deparamos com algo relacionado a ele.

Atualmente, a sociedade não possui tanto hábito de leitura, por isso é necessário incentivar e despertar este prazer ainda na infância – esta ação proporciona o desenvolvimento do raciocínio, da imaginação, capacidade de interpretação entre outros. Portanto a leitura constitui também uma prática social, pela qual o sujeito, ao praticar o ato de ler, mergulha no processo de produção de sentidos, e esta tornar-se-á algo inscrito na dimensão simbólica das atividades humanas. Sendo assim, falar em atividades humanas, aqui, é tratar de uma linguagem, do recurso pelo qual o homem adentra o universo da cultura, configurando-se com um ser culto, racional e pensante

 

 

A EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Diante do contexto em estudo, pode-se dizer que na Educação Infantil é essencial para que a criança tenha um convívio social além do núcleo familiar. Ou seja, é um momento importante para que o indivíduo aprenda a se relacionar e viver em sociedade, desenvolvendo habilidades fundamentais à formação humana, além das capacidades cognitivas e motoras.

Sendo assim, desde 1996 com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a educação infantil passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o ensino fundamental e o ensino médio. Segundo a LDB em seu artigo 29. Entretanto a educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

De acordo com a Lei, a educação infantil deve ser oferecida em creches para as crianças de 0 a 3 anos, e em pré-escolas para as crianças de 4 e 5anos. Porém ela não é obrigatória. Dessa forma, a implantação de Centros de Educação Infantil é facultativa, e de responsabilidade dos municípios.

Diferente dos demais níveis da educação, a educação infantil não tem currículo formal. Porém desde 1998 segue o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, um documento equivalente aos Parâmetros Curriculares Nacionais que embasa os demais segmentos da educação Básica.

Logo, as atividades para Educação Infantil de acordo com a BNCC, trabalham, de forma lúdica, as motricidades fina e ampla, a percepção e a capacidade de foco e concentração, bem como proporciona a ampliação das interações sociais, das capacidades linguísticas e do senso moral, além de outras características importantes, como a autoestima.

Assim sendo, conclui-se que a Educação Infantil não é apenas uma solução para os pais que trabalham e não conseguem cuidar dos filhos em algum período do dia, afinal, trata-se, na Educação Infantil no Brasil, de um importante meio de desenvolvimento pessoal e social do indivíduo, aprimorando suas habilidades cognitivas, sociais e motoras.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Ao realizar este artigo foi vista que a importância da leitura está diretamente relacionada ao desenvolvimento da criança desde o início da educação infantil, sendo importante ressaltar que ela deve fazer parte do cotidiano infantil e também existir nos diversos ambientes escolares, por meio de cartazes, figuras representativas de expressões, cantinho de leitura na sala de aula e espaços de leitura em outras áreas da escola. Deste modo desde muito cedo, as crianças expostas à linguagem escrita, desenvolvem imaginação, concentração, memória e atenção, sem falar na aquisição de um novo vocabulário e na descoberta do mundo por meio dos sentimentos e emoções transmitidos pelos livros.

 Portanto este trabalho apresenta os importantes fatores que motivam a formação de excelentes leitores, que utilização da leitura no dia-a-dia, desempenha um papel fundamental na sociedade e ampliem continuamente seus horizontes de conhecimento. Pois é necessário e importante que as crianças comecem a ter gosto, habito pela leitura na educação infantil.

Com isso, temos que ter consciência da importância do papel de intermediário dos professores, pois têm a responsabilidade de proporcionar aos alunos um espaço de leitura adequado e de transformar esses espaços em um ambiente agradável de aprendizagem. As histórias são essenciais para o ensino da leitura e o treinamento de crianças, pois atraem leitores de todas as idades.

Desta maneira, considerando o que foi exposto, pode-se afirmar que é preciso compreender a leitura, como elemento fundamental para a aproximação do leitor com o mundo que o cerca e que a prática proporciona o alargamento de possibilidades para sua efetivação. Nesse sentido a leitura deve ser vista como finalidade geradora de perspectivas, onde é capaz de proporcionar parcerias importantes que viabilizam o diálogo entre leitor e autor. Por fim, conclui-se que a leitura é essencial na educação infantil e que um professor qualificado pode trabalhar melhor com seus alunos em sala de aula.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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MARTINS, Maria Helena. O que é Leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção primeiros passos; 74). Disponível em: Acesso em: 23/06/2021.

 

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

 

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FONSECA, Edi. Interações: com olhos de ler, apontamentos sobre a leitura para a prática do professor da educação infantil. São Paulo: Blucher, 2012. –(Coleção InterAções).

 

ORLANDI, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento. São Paulo, Brasiliense, 1995.

______. Discurso e Leitura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1995.

PULLIN, Elsa M. M.P.; MOREIRA, Lucinéia de S. G. Prescrição de leitura na escola e formação de leitores. Revista Ciências & Cognição,2008.

 

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SILVA, Iracema Cristina Fernandes da.Educação Infantil de Qualidade e os Desafios da Gestão Escolar. UFMT. 2014

 

SOSA, Jesualdo, (1978). A literatura infantil. Tradução de James Amado – São Paulo:Cultrix: Ed. da Universidade de São Paulo

 

 

 

 

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E O DESPERTAR NA CRIANÇA A IMAGINAÇÃO E O PRAZER EM OUVIR DIFERENTES TIPOS DE HISTÓRIA

Adriana da Silva Duarte Gonçalves

Daniela Camila Cursine da Fonseca Almeida

Edivani Galvani Carneiro

Mônica Cristina da Silva Borges

Thalita Lopes dos Reis Arruda

 

 

RESUMO

O presente artigo faz um estudo sobre a contação de histórias na educação infantil e o despertar na criança a imaginação e o prazer em ouvir diferentes tipos de história. Para execução da pesquisa foram desempenhadas algumas leituras e análises de textos caracterizando um estudo bibliográfico de cunho exploratório. Desse modo pode-se enfatizar que a contação de história contribui para os aspectos sociais e cognitivo, pois no uso da contação de história em sala de aula todos os atores da educação compartilham emoções, seja o aluno que será instigado a imaginar e criar, como também o professor que terá uma aula mais agradável e produtiva. Sendo assim, ao contar uma história, o professor deve trabalhar de forma descontraída e alegre, onde a criança possa vivenciar um mundo diferente da sua realidade utilizando sua criatividade e imaginação e, assim, possibilitando seu desenvolvimento. Diante desse contexto contar e encantar não são tarefas simples, mas complexas que exigem habilidades, técnicas, disposição e qualificação do professor contador de histórias para alcançar os objetivos da narrativa oral - que é de ampliar o vocabulário e o mundo das ideias na mesma medida em que atrai a atenção da criança, pois é uma atividade lúdica, pedagógica e interdisciplinar que amplia as possibilidades de ver e compreender o mundo e a si mesmo.

chegou-se à conclusão que a contação de histórias na educação infantil favorece a aprendizagem, a imaginação, o gosto pela leitura e principalmente o desenvolvimento da socialização, comunicação e aprendizagem, criando infinitas possibilidades pedagógicas.

 

PALAVRAS-CHAVE: Contação de história; educação infantil; criança.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A contação de histórias existe no mundo das escolas, há muito tempo, pois contar história é uma arte milenar presente em diversas culturas. Elas são organizadas de acordo com o repertorio de mitos que a sociedade determina, ou seja, produz. Quando são contadas para crianças, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para construção de sua identidade social e é claro, possam ser apresentadas a elas.

Diante do contexto em estudo, a contação de histórias na educação infantil desperta a curiosidade, estimula a imaginação, desenvolve a autonomia e o pensamento, proporciona vivenciar diversas emoções como medo e angústias, ajudando a criança a resolver seus conflitos emocionais próprios, aliviando sobrecargas emocionais. Em vista disso, a contação de histórias é um instrumento muito importante no estímulo à leitura, ao desenvolvimento da linguagem, é um passaporte para a escrita, desperta o senso crítico e principalmente faz a criança sonhar. Pois os contadores de histórias são os mediadores desse processo, tendo uma tarefa muito importante que é de envolver a criança na história, dando vida aos sonhos, o despertar das emoções, transportando para o mundo da fantasia.

 

Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com jeito de escrever do autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É através da história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É aprender História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo). (ABRAMOVICH, 1997, p.17). (adaptado).

 

Portanto a contação de histórias é uma prática essencial para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, que desde pequena sente a necessidade de vivenciar seus sonhos, suas fantasias e seus encantos por meio da arte. É na infância que se constroem as primeiras experiências de vida que subsidiarão a formação do caráter, da personalidade e da consciência. Sendo assim, a criança deve ser inserida em uma cultura que estimule o pensar, o sentir, o expressar e o experienciar, fatores que são componentes da contação de histórias e que despertam a sensibilidade, a emoção e o autoconhecimento, na mesma medida em que a ensina, instrui e a prepara para a vida.

Todavia, a contação de história é um grande utensílio para acordar o senso crítico e reflexivo não só das crianças, mas de todos os ouvintes, podendo um mesmo texto ser interpretado de diversas maneiras. Podemos dizer que a contação de histórias em sala de aula é divertir, estimulando a imaginação dos alunos e é claro despertar o interesse pela leitura, pois narrar uma história será sempre um exercício de renovação de vida, um ponto de partida para ensinar os conteúdos programáticos ou até mesmo entender o que se passa com os alunos no campo pessoal.

Diante desse contexto, se faz necessário iniciar na Educação Infantil a contação de história, explorando todos os recursos que ela comporta, linguagem, escuta atenciosa, fantasia, teatro, música e acesso a livros infantis de qualidade, despertando prazer ao ouvir e ao mesmo tempo preparando a criança para o universo deleitoso da leitura. O contato com os livros na educação infantil exerce muita influência no desenvolvimento da criança na medida em que desperta o gosto pela leitura, amplia os conhecimentos e estimula habilidades ligadas à oralidade e escrita.

 

A presença da literatura infantil na Educação Infantil introduz a criança na escrita: além do desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo, a leitura de histórias, contos, fábulas, poemas e cordéis, entre outros, realizada pelo professor, o mediador entre os textos e as crianças, propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como representação da oralidade (BRASIL, 2017, p. 38).

 

Nessa perspectiva sobre a evolução da arte de contar histórias no decorrer dos tempos e a relevância da contação de histórias para o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil pode-se concluir que, contar histórias é uma atividade lúdica, pois amplia os horizontes e as possibilidades de uma criança, e a interação que se estabelece cria um vínculo precioso entre narrador e ouvinte. Através das histórias, podemos construir o aprendizado, além de ajudar os pequeninos a resolver conflitos no seu cotidiano.

 

 

A EDUCAÇÃO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

 

Diante do tema abordado, é possível ressaltar que a contação de histórias, quando bem utilizada em sala de aula, leva a criança a desenvolver a imaginação, a criatividade e a trabalhar habilidades já existentes, além de ajudar no desenvolvimento de novas. Também ajuda a melhorar a sua oralidade e escrita. Não há dúvidas que essa atividade enriquece a Educação Infantil, pois contribui de forma significativa para a formação da criança. Em vista disso, sabe-se que as histórias têm o poder de transformar e acrescentar valores, além de permitir que os conhecimentos na aprendizagem da criança se ampliem e agreguem muitos valores. É preciso compartilhar ideias na medida em que ajudem a estruturar as funções motoras, sensoriais, simbólicas, lúdicas e relacionais da criança. Também é importante na contação de histórias desenvolver na criança o sentido de observar, categorizar, escolher e propor.

Diante disso, Patrini (2005) relata que:

 

[...] O ato de contar histórias é uma ferramenta que não incentiva somente a imaginação, mas favorece o hábito pela leitura e, ao mesmo tempo, amplia o vocabulário, a narrativa, e a cultura. É um passeio imaginativo. Contar histórias é uma arte que pode ser feita de várias maneiras onde o professor pode usar da sua imaginação e dos recursos que estiverem ao seu alcance, porque nem sempre dispõe de materiais. Diante disso deve-se improvisar na forma de narrar. (PATRINI, 2005, p. 143).

 

Para Cademartori (1987, p. 73): “através da história, a dimensão simbólica da linguagem é experimentada, assim com a sua conjunção com o imaginário e o real”. “As histórias são recursos importantes para o desenvolvimento infantil”. As histórias contribuem para que a criança entre em contato com diversos modos de ver e sentir o mundo. Sendo assim, através das histórias a criança entra em contato com a linguagem oral e a linguagem escrita, ampliam e enriquecem o seu mundo mágico e aprendem a lidar melhor com determinadas situações, estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas, o pensamento e o raciocínio lógico.

Em vista disso, destaca-se que a prática da leitura é um dos processos mais importantes para a formação da criança na Educação Infantil. Pois ao ler, a criança vivencia emoções, fantasias, e dessa forma, amplia sua visão de mundo e seu senso crítico. Desta maneira, o educador exerce um papel importante como mediador dessa prática, pois é o responsável por estimular e inserir essa prática no dia a dia da criança na escola.

 Mediante ao exposto, conclui-se que as histórias são fontes maravilhosas de experiências. São meios preciosos de ampliar o horizonte da criança e aumentar seu conhecimento em relação ao mundo que a cerca. Por isso, é importante saber usar as histórias para que dela se possa retirar tudo o que ela oferece. Um dos principais elementos a ser alcançado na contação de história é o poder de imaginação.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Este trabalho teve como objetivo compreender a partir dos estudos bibliográficos que a contação de histórias na educação infantil e o despertar na criança a imaginação e o prazer em ouvir diferentes tipos de história é um instrumento poderoso que possibilita diversas maneiras na prática educativa. Pois diante de vários estudos, pode-se ressaltar que a contação de histórias ajuda no desenvolvimento de várias aprendizagens que se relacionam diretamente com o desenvolvimento cognitivo e com o processo de interação das crianças no cotidiano. Segundo vários autores pesquisados, é na infância o começo das bases fundamentais na formação da personalidade no envolvimento social e efetivo da criança. Por isso é necessário, no período inicial de sua vida, contar com o auxílio dos professores, pois os mesmos fazem parte desta jornada.

Diante dessa dimensão da importância da contação de história na educação infantil, pode-se dizer que este tema proporcionou muitos conhecimentos, pois a contação de histórias pode agir também como um instrumento mediador em sala de aula onde o professor absorve a atividade como valiosa prática pedagógica.

Entretanto pode se concluir com o presente trabalho que mostra claramente a contação de histórias na educação infantil para a formação do leitor. Mostra que as histórias devem estar sempre inseridas no cotidiano das crianças contribuindo para o seu desenvolvimento de forma ampla e prazerosa. Portanto o estudo deste tema deve servir para que outros pesquisadores continuem seus trabalhos e ampliem seus conhecimentos, trazendo novas abordagens sobre a contação de histórias. A importância do tema abre um leque para os professores da área de educação infantil porque completa com satisfação o cotidiano da escola, favorecendo o dia a dia dos professores em sua rotina pedagógica.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ABRAMOVICH, Fani. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

MATEUS, Ana do Nascimento B. et al. A importância de contar histórias na educação infantil. Minas Gerais: 2018. Curso de Pedagogia da PUC Minas. Disponível em:periodicos.pucminas.br/index.php/article/download. Acesso em: 10 abr. 2020.

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______. O livro infantil e a forma do leitor. Petrópolis: Vozes, 1995 .

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ed. Fund. Referencial Curricular. Nacional para Ed. Inf. Brasília: Mec. / Sef. 1998 Vol. 3 .

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília-DF,1996.

CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed,2006.

COELHO, Nelly Novais. Literatura Infantil: Teoria, Análise, Didática. São Paulo:

Moderna, 2000.

______. Contar histórias uma Arte sem idade. São Paulo: Ed. Ática, 1999.

______. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2001.

COELHO, Betty. Contar Histórias: Uma Arte Sem Idade. São Paulo: Ática, 1986.

PATRINI, Maria de Lourdes. A renovação do conto: emergência de uma prática oral. São Paulo: Cortês, 2005.

BIASI, de Mari. Brincar e aprender na educação infantil. 2008. Disponível em: https://books.google.com.br/books. Acesso em: 07/04/2016

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. MEC/SEF. Brasília/DF, 1998.

BERNARDINO, Andreza Dalla; SOUZA, Linete Oliveira de. A contação de histórias como estratégia pedagógica na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Educare et educare revista de educação. São Paulo, v 06, nº12, p. 235-249, jul./dez. 2011. Disponível em: . Acesso em 18 fev. 2017.

 

 

A EDUCAÇÃO INFANTIL E A IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Ariane Vieira Teixeira de Queiroz

Daniele Marques Araujo de Souza Duarte

Edivani Galvani Carneiro

Mairi Suzi de Amorim Magalhães

Wélissa Alcântra da Costa Chaves

 

 

RESUMO

O presente artigo tem como tema a educação infantil e a importância da brinquedoteca no desenvolvimento da criança. A realização deste trabalho tem como base a fundamentação teórica, por meios de pesquisas bibliográficas, com investigação de caráter exploratório, baseando-se em livros e referências que fundamentam a temática. Esse trabalho tem como objetivo demostrar a importância da biblioteca nas instituições e como a brinquedoteca favorece um ambiente de aprendizagem e espaço de interação que estimula o desenvolvimento motor e a criatividade das crianças. Diante disso pode-se dizer que a brinquedoteca é um ambiente estruturalmente lúdico, voltado para a construção do conhecimento através dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras, tornando-se um dos principais instrumentos pedagógicos facilitadores da aprendizagem.

Diante esse contexto em estudo, a criação da brinquedoteca foi um marco legitimador e histórico da importância do brincar para a criança, porque nada mais motivador para a criança aprender do que brincando, podendo explorar sua imaginação, desejo, possibilitando o descobrimento de si mesmo, de suas capacidades.

Assim sendo, o brincar é extremamente importante para a infância de qualquer criança. Portanto conclui-se que a Brinquedoteca desperta na criança o sentido de responsabilidade e o respeito à propriedade coletiva, ela aprende que o brinquedo pode pertencer a muitas pessoas, que é necessário separar-se dele para que as outras crianças também possam brincar e que não deve destruí-lo.

 

Palavras-Chaves: Brinquedoteca; educação infantil; desenvolvimento; criança

 

 

INTRODUÇÃO

 

Este artigo busca entender a brinquedoteca enquanto ferramenta pedagógica para os educadores e sua contribuição para o desenvolvimento cognitivo da criança que integra a Educação Infantil. Pois as escolas devem proporcionar um espaço às crianças para uma aprendizagem prazerosa. Sendo assim para que haja resultados positivos no processo de ensino aprendizagem no qual a brinquedoteca se faz presente como alternativa metodológica, é indispensável que os educadores busquem uma formação permanente, a fim de que possam utilizar os brinquedos de modo a alcançar uma aprendizagem lúdica.

Diante disso o objetivo desse estudo é mostrar a importância da brinquedoteca nas escolas como um meio essencial para a construção da aprendizagem pelas crianças, um lugar onde possa servir para ensinar as crianças através das brincadeiras, pelo lúdico, um meio de atrair esse ser tão ativo, agitado, curioso pra descobrir o mundo, por meio de brincadeiras orientadas com um objetivo de ensinar, de possibilitar conhecimento.

Entretanto esse artigo destaca também, que a brinquedoteca é um espaço onde o brincar torna-se significativo, e por isso vamos expor neste trabalho qual a sua importância para o desenvolvimento da criança, o que este meio pode proporcionar de novo, de atraente para as crianças, para o seu aprendizado escolar, que a sala de aula não contempla, compreendendo assim a necessidade de criação da brinquedoteca em escolas. O espaço físico é lugar de desenvolvimento de várias habilidades e sensações, auxiliando, portanto, na aprendizagem.

Pensando assim, para um ambiente de aprendizagem significativo, BRASIL, (1998, p.69) ressalta que:

 

O espaço na Instituição de Educação Infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Para tanto é preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua ação, sujeito a modificações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas (BRASIL, 1998, p.69).

 

Diante desse contexto, o artigo está organizado dessa maneira: Falar da origem, surgimento da brinquedoteca, a brinquedoteca escolar e a brinquedoteca no Brasil, enfatizando que a mesma surgiu com objetivo de estimular a aprendizagem da criança, pois o brincar auxilia na aprendizagem fazendo com que as crianças criem conceitos, ideias, em que se possam construir, explorar e reinventar os saberes. Refletem sobre sua realidade e a cultura em que vivem.

Desse modo pode-se dizer concluir que a brinquedoteca escolar facilita o processo de ensino e aprendizagem da criança, estimulando e desenvolvendo sua capacidade e suas habilidades, tornando as brincadeiras prazerosas e construtivas.

 

 

SURGIMENTO DA BRINQUEDOTECA NO BRASIL

 

Brinquedoteca é um espaço de jogos, brinquedos e instrumentos para desenvolver a ludicidade da criança, podendo ser utilizada de forma livre ou com a orientação do profissional da brinquedoteca mais conhecido como brinquedista.

Em 1971, inaugurou-se o Centro de Habilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em São Paulo, onde foi realizada uma grande exposição de brinquedos pedagógicos, direcionados aos pais de crianças excepcionais, aos profissionais e aos estudantes. Como essa exposição deu certo, a APAE implantou em 1973 o Sistema de Rodízio de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, espaço que ganhou o nome de Ludoteca, nesse espaço todos os brinquedos foram centralizados e passaram a ser utilizados nos moldes das bibliotecas circulantes. A primeira brinquedoteca surgiu em 1981, com a criação da Primeira Brinquedoteca Brasileira na Escola Indianópolis, em São Paulo, voltado para o ato de brincar, atendendo diretamente às crianças. Em 1984, criou-se a Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri), responsável pelo crescimento da preocupação com o brinquedo e com as brincadeiras por todo o Brasil. Em 1994 foi criada a Brinquedoteca do Instituto da criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Fundação ABRINQ. Foi implantada em dezembro de 1994, com objetivo de amenizar o processo de internação das crianças. Pode-se considerar que tenha sido a primeira brinquedoteca hospitalar implantada com o intuito de melhorar o tratamento e a estadia das crianças internadas. Em 1997, a pesquisadora Lou de Olivier, ao estagiar nesta unidade, observou a importância da Brinquedoteca e sua aplicação na aprendizagem de crianças com ou sem distúrbios. A partir daí, ela desenvolveu uma pesquisa que culminou em uma nova forma de aplicar a Brinquedoteca como aliada à aprendizagem. Uma espécie de brinquedoteca intermediária entre a Hospitalar e a apenas lúdica. Ela fez diversas publicações e palestras a este respeito, criando também um curso para treinar professores e pais utilizando brinquedos e brincadeiras como meio de alfabetizar crianças consideradas normais e tratar crianças com distúrbios de aprendizagem. Este modelo de brinquedoteca tem sido utilizado com sucesso em diversas unidades tanto em clínicas quanto em escolas. A partir de 1999 a brinquedoteca HCFMUSP foi reestruturada, ainda em parceria com a ABRINQ e também foi criada uma Brinquedoteca-Móvel proporcionando recreação para as crianças impossibilitadas de sair do leito. Em agosto de 2003, foi implantada outra Brinquedoteca na ala nova do ICr, seguindo os mesmos padrões do projeto.

 

 

BRINQUEDOTECA ESCOLAR

 

A brinquedoteca tem sido um dos maiores instrumentos pedagógico educativo na interação e vivência das crianças da Educação Infantil. Dentro delas, as crianças podem explorar um mundo mágico e contribuir para seu desenvolvimento emocional, intelectual e motor.

A partir daí, temos então dois modelos padronizados de brinquedoteca: A escolar e a hospitalar.

Diante disso, a brinquedoteca no ambiente escolar proporciona aos alunos o contato com brinquedos e brincadeiras dentro da escola, além de ser um espaço interessante para a criança, fator que colabora para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. O Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNPEI) assegura o direito das crianças “a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil” (BRASIL, 1998, p. 13). Dessa forma, proporcionar o espaço da brinquedoteca às crianças é defender o direito que elas têm de ter contato com diferentes atividades que estimulem o seu desenvolvimento.

Nessa perspectiva a brinquedoteca Escolar, que se encontra dentro da instituição de ensino na maior parte das escolas brasileiras, busca assegurar o desenvolvimento integral da criança, com cantos. Ex: canto do faz de conta, do construtor, da leitura. É importante reconhecermos que não é apenas um lugar cheio de brinquedos e jogos, mais do que isso, é um setor pedagógico na qual se preocupa em privilegiar o brincar como principal método na construção de identidade e autonomia das crianças pequenas. Pois enquanto a criança brinca, naquele prazeroso momento ela estará adquirindo várias habilidades, expressando seus sentimentos, exercendo a linguagem, trocando informações e experiências com os demais companheiros e assim desenvolvendo sua aprendizagem.

Na brinquedoteca a criança vivencia diversas atividades lúdicas, na verdade a criança passa a se conhecer melhor, a dominar suas angústias e a representar o mundo exterior, usando para isso o brinquedo.

De acordo com alguns estudos vistos, o jogo ou a brincadeira são atividades voluntárias e têm como características fundamentais o fato de ser livre, ter no faz-de-conta uma forma de representação de um desejo ou realidade.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante do presente trabalho, pode-se ressaltar que a brinquedoteca proporciona aprendizagem e integra os alunos socialmente. Assim sendo, pelo brincar a criança tem descobertas que acarretam o aprendizado, o brinquedo e a brincadeira introduzem a criança em um universo de sentidos não somente de ações, mas valorizando o imaginário da criança para a fantasia com o real, tornando o mundo representado mais desejável pela criança, pois possibilita que a mesma saia do real para descobrir outro mundo, através da imaginação pelo brincar. Portanto, para que existam momentos educativos, é preciso que os jogos estejam voltados para sua realidade e assim, possibilitem o raciocínio e a afetividade.

Diante desse contexto, os resultados obtidos através desse trabalho possibilitam que as brinquedotecas tenham fundamental importância para o processo de aquisição de conhecimentos dos alunos da Educação Infantil, visto que o lúdico proporciona às crianças momentos de prazer e construção de conhecimentos cognitivos, afetivos, por serem também espaços de socialização e aprendizagem.

Através das análises bibliográficas realizadas referentes ao tema deste artigo, pode-se dizer que a infância a criança se torna única a singular, aprende a brincar e ao aprender ela pensa, analisa sobre sua realidade, cultura e o meio em que está inserida, criando forma, conceitos, ideias, percepções e cada vez mais se socializa através de interações. Ao brincar a criança se desenvolve integralmente, passa a conhecer o mundo em que está inserida. Portanto, o brincar não é apenas uma questão de diversão, mas uma forma de educar, de construir e de se socializar. Constata-se igualmente que é necessário garantir o direito à educação evitando-se qualquer tipo de trabalho infantil, além de assegurarem-se espaços físicos

Diante desse contexto, conclui-se que a brinquedoteca é de fundamental importância para o processo de aquisição de conhecimentos, pois proporciona aos alunos o ato de brincar que é tão importante para o seu desenvolvimento. Sendo assim, introduzir a brinquedoteca nas escolas proporciona às crianças momentos de prazer no ambiente escolar e isso faz com que elas estejam cada vez mais interessadas em ir à escola, o que é essencialmente importante, pois somente através de educação pode-se dar uma formação integral as crianças.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL, MEC. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Volume I Introdução.

 

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MORENO, Maria C; CUBERO, Rosário. Relações sociais nos anos pré-escolares: família, escola, colegas. In: COLL, César et alli (Orgs.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia evolutiva. Porto alegre: Artes Médicas, 1995. v. 1. SANTOS, S. M. P. dos. Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. – Porto Alegre: Artmed, 1995, p. 9 a 101

 

KISHIMOTO, Tizuko M. (Org.): Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000

 

ÁRIES, Plilippe. A história social da criança e da família. 2ª edição, São Paulo: Guanabara, 1960.

 

BRENELLI, Rosely Palermo. O jogo como espaço para pensar: A construção de noções lógicas e aritméticas, 8 ed. São Paulo: Papirus, 2008.

 

CUNHA, Marcos Vinícios da. Psicologia da Educação. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

 

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial curricular nacional para a educação infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, v.01 e 02.1998. 85p.

 

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PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia, 23 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.

 

RAMALHO, Márcia; SILVA, Chirley. A Brinquedoteca. 2003/2004. Disponível em http:\\www.revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/402/503>.Acessado em 28/09/2010.

 

 

 

INCLUSÃO NA MODALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Talita Fernandes de Azevedo

Rosilene da Luz Morales Minari

Bruna Rossi Carvalho de Oliveira

Kalina Lígia Souza Porto

Gerlânia Lima de Sousa

 

 

RESUMO

Esta pesquisa tem como procedimentos metodológicos revisão de literatura através de leituras em revista, livros publicados na internet. A pesquisa bibliográfica tem o intuito de buscar conhecer o que compreende a inclusão no campo educacional. Os resultados apontaram que é indispensável o aperfeiçoamento do corpo docente para atender as demandas existentes nas salas de aulas, também o profissional deve ser suscetível a mudanças, além disso, necessita ter o apoio da família e da escola entre outros, para que, possa realizar um trabalho eficaz com o educando portador de necessidade especial. As práticas pedagógicas de inclusão desenvolvidas na Educação Infantil são de relevância, pois contribuem para uma cidadania com respeito pelas diferenças existentes entre as pessoas.

 

Palavras-chave: Inclusão. Criança. Professor.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Este tema foi escolhido porque tem tido cada vez mais uma demanda grande no que tange ao atendimento de crianças portadoras de necessidades especiais e a dificuldade dos profissionais em receber esses indivíduos no ambiente escolar em relação às suas práticas pedagógicas que resulte no desenvolvimento de habilidades que o sujeito portador de necessidade venha a possuir.

A inclusão na educação é um tema abrangente de modo que a referida pesquisa será delimitada em torno da inclusão na modalidade da Educação Infantil, modalidade de ensino, com objetivos de socializar e trabalhar a autonomia da criança na sua individualidade e em outros aspectos.

Dessa forma, pretende-se enfatizar a inclusão na Educação Infantil porque está envolve a utilização de métodos voltados para a ludicidade a fim de desenvolver a formação integral do indivíduo. Além disso, o primeiro contato da criança com a comunidade escolar se torna etapa importante, pois preparará o educando portador de necessidade especial para possíveis desafios que venha a ter durante sua permanência na escola e em outros ambientes.

A escola é o ponto de partida no processo de inclusão devido ser espaço democrático composto por uma pluralidade de diversidade, fundamental na formação integral do sujeito.

Nesse contexto, o objetivo geral do presente trabalho é compreender a inclusão no primeiro contato do indivíduo com a comunidade. Refletir no papel do professor frente a educação inclusiva, analisar a importância da capacitação quanto ao atendimento e acolhimento do educando portador de necessidade na comunidade escolar no convívio com outros.

Para a elaboração do trabalho, o delineamento metodológico teve como suporte a utilização de uma bibliografia diversificada sobre o tema: Inclusão na Educação Infantil por meio de uma programação de leitura, análise de material publicado como revista, livros e trabalhos desenvolvidos acerca do tema tendo como recurso a internet entre outros

O método foi feito com base na escolha do assunto, a ser investigado baseado em um problema da realidade que constitui um desafio no meio social escolar agrupando hipóteses e possíveis resposta originadas a partir da pergunta que envolve a problemática.

O trabalho foi estruturado da seguinte maneira. A seção inicial é uma reflexão acerca da inclusão e do trabalho na Educação Infantil como este se integra com as práticas de inclusão. A segunda seção aborda sobre a postura do professor frente aos desafios da Educação Inclusiva destacando a importância da formação continuada e as redes de apoio.

 

 

2 O QUE SIGNIFICA INCLUSÃO EDUCACIONAL

 

A Constituição Federal, 1988 determina que ninguém deve ser tratado com discriminação conforme estabelece no; Art. 3° inciso “IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Nesse sentido, Inclusão, requer ação positiva em propor acessibilidade do sujeito, na igualdade de oportunidades e valorização dos seus direitos.

Ainda, inclusão na educação envolve não só a permanência do educando em sala, mas também, a participação nas atividades e a interação com os demais educandos. Pois, uma escola inclusiva recebe a todos os alunos sem exceção.

A inclusão não abarca não só a comunidade escolar, mas abrange a todos segundo o que estabelece a Constituição Federal (BRASIL, 1988) Art.205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

A priori, a Constituição Federal de 1988 estabelece que é obrigatório o atendimento em creche e Pré-escola das crianças portadoras de necessidade especial. Art. 24 inciso VI §3°” A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir do zero ano; “Art. 206 inciso ”I – Igualdade de condições para o acesso de permanência na escola”. Conforme o que está prescrito na Constituição cabe afirmar que Inclusão é ato de reconhecer que todos independente de sua diferença devem ser tratados de forma justa e igualitária em todos os grupos sociais e isto inclui o ambiente escolar.

A Constituição Federal estabelece que haja universalização no atendimento escolar, isto é, escola deve abrir espaço para todas as crianças a fim de terem acesso à aprendizagem. Ser espaço de inclusão dando dignidade a todo indivíduo, isto é, receber a todos os alunos sem exceção.

Vale destacar que o termo “universalização” envolve todos. Nesse sentido os indivíduos portadores de necessidades especiais fazem parte da pluralidade cultural e assim devem ter um atendimento educacional conforme suas peculiaridades e necessidades.

Para que o ensino seja universal ele deve ser comum a todos por atender às necessidades específicas de cada sujeito quer individual ou de modo coletivo preparando-o para o exercício da cidadania. Uma escola inclusiva para toda etapa da educação flexibiliza o currículo, as práticas pedagógicas, procura adaptar o espaço físico e trata de obter uma equipe preparada no atendimento aos indivíduos com suas peculiaridades para assim poder atender e acolher os educandos portadoras de necessidades especiais.

Por isso, é importante uma reflexão acerca da Inclusão na Educação Infantil, porque é a fase inicial para a formação do indivíduo de modo integral.

Se referindo a inclusão na Educação infantil a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aduz que

 

“[...]Na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as Creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar[...]”. (BRASIL, 2018, P. 36)

 

Além de outros objetivos supracitados a Educação infantil também tem por objetivo promover a socialização considerando a diversidade cultural, porque é o primeiro ambiente de socialização onde o indivíduo passa a ter convivência com um novo grupo social fora do grupo familiar. Refletindo na importância de se construir uma sociedade inclusiva, Sassaki, aduz que

 

A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos, espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos, utensílios mobiliário e meios de transportes e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também do próprio portador de necessidades especiais. (Sassaki,1999, p.42).

 

Para tanto, o profissional deve conhecer primeiramente a diversidade da sala para assim poder desenvolver suas atividades pedagógicas e promover o desenvolvimento do sujeito no meio social. Dessa forma, é importante o docente

 

Ter “[...] atitude positiva perante às crianças deficientes, sensibilidade, estabilidade emocional, criatividade, comprometimento, tolerância às frustrações, pois o processo evolutivo é mais lento e exige paciência, e busca constante de novos conhecimentos metodológicos. (LUPPI; SILVA; TRAMONTINA, 201, p.20)

 

Em primeira análise, parece ser desafiador dar atenção individualizada para cada sujeito em relação às suas singularidades, porém a partir da observação do educador como grupo atentando para as singularidades é possível adotar práticas pedagógicas que atendam as especificidades de cada um ou na coletividade. FRIEDMANN (2012)

Em resumo inclusão ainda pode ser definida como possibilidade de dar espaço, oportunidade de participação e liberdade de expressão para todas as crianças no espaço escolar.

Todas as atividades lúdicas como brincadeiras, músicas, contação de história e outras atividades realizadas no cotidiano irão ajudar no desenvolvimento da linguagem, cognitivas, emocionais e físicas do portador de necessidade especial. Logo, as práticas pedagógicas na Educação Infantil devem ser flexíveis à inclusão daqueles que ali se encontram em sala de aula.

Também, as atividades praticadas no cotidiano contribuem para a formação de uma sociedade inclusiva, os alunos que não possuem algum tipo de comorbidade cultivarão o respeito, a dignidade humana, o cuidar do outro, a aceitação do outro e respeito pela diversidade independente se é étnica ou não e, respeitando às diferenças dentre outros valores culturais. As atividades em grupos tanto irão ajudar os educandos que não possuem comorbidades como os educandos que as possuem.

Ainda, as brincadeiras desenvolvem movimentos corporais, sensoriais, o cuidar de si e do outro, a criatividade, socialização e habilidades cognitivas. Todas as atividades envolvem a convivência, o conhecer, o respeito entre as culturas e as diferenças entre pessoas.

 

 

2 1 A importância da preparação dos profissionais da educação diante do exercício da prática inclusiva.

 

Percebe-se que maioria que os profissionais da educação reconhecem ter insegurança ao lidar com o educando portador de necessidade-especial por não saber o que fazer diante dos desafios que vão surgindo durante o processo educativo. Porque não basta a escola matricular e receber os alunos, é preciso oferecer as condições adequadas para que possa se desenvolver um trabalho significativo.

Nesse sentido, a inclusão ainda é um desafio porque como já mencionado inclusão não é só receber o aluno em sala, também envolve estar preparado desde o acolhimento até o atendimento dos educandos enquanto permanecerem no ambiente escola.

Conforme Mantoan (2006) mesmo que a formação inicial e continuada façam diferença no contexto social e venham ser úteis para o desenvolvimento das suas práticas pedagógicas, mas, para que o professor possa ensinar na perspectiva inclusiva é necessário está adaptado às novas necessidades vinculadas às novas realidades, de modo que

 

“[...] Ensinar, na perspectiva inclusiva, significa ressignificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais no contexto excludente do nosso ensino, em todos os seus níveis. A inclusão escolar não cabe em um paradigma tradicional de educação e, assim sendo, uma preparação do professor nessa direção requer um design diferente das propostas de profissionalização existentes e de uma formação em serviço que também muda, porque as escolas não serão mais as mesmas, se abraçarem esse novo projeto educacional. (MANTOAN, 2006, p. 54-55)

 

Assim, pois, a educação inclusiva não segue um modelo único a ser seguido, mas requer mudanças, flexibilização na organização das atividades diárias e práticas pedagógicas inovadoras exigindo uma preparação do professor e uma postura diferente frente aos desafios da realidade na docência.

Então, a formação pode ampliar os saberes e competências dos educadores, conduzindo-os à reflexão do ato de educar e ensinar além de ajudá-los a desenvolver uma nova visão do papel que desempenha como mediador do ensino-aprendizagem, consequentemente vir a buscar alternativas que venham possibilitar a integração de todos considerando a singularidade de cada indivíduo no que diz respeito ao planejamento, as estratégias de uso nas práticas pedagógicas, nos recursos e métodos utilizados para atender a todos alunos sem exclusão.

Como a inclusão é responsabilidade só da escola, mas também, do estado e da família conforme rege a Constituição, a família pode ser uma fonte relevante de informações sobre as necessidades específicas do aluno. Entretanto, muitas famílias não buscam o diagnóstico do filho ou omitem informações importantes sobre o tipo de comorbidade o que pode resultar em dificultar a ação pedagógica do professor em sala de aula a fim de obter bons resultados em desenvolver no desenvolvimento das competências comunicativas entre outros dos indivíduos portadores de algum tipo de comorbidade.

Os sistemas de apoio para crianças portadoras de necessidades especiais segundo a Declaração da Salamanca, (1994).

 

[...] uma rede continua deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe regular até programas educacionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, às previsões de assistência dada por professores especializados e pessoal de apoio externo.

 

Dessa forma, a escola deve desenvolver articulações quanto a modalidade de ensino inclusivo como transformar as práticas pedagógicas, o currículo, espaço físico, promover formação continuada para os educadores e ter uma equipe técnica preparada no auxílio do professor em sala.

 Assim, o professor não realiza o trabalho com os sujeitos da comunidade escolar sozinho ele necessita de auxílio da gestão, coordenação, pais e dos professores especializados no atendimento dos educandos.

 

 

3 CONCLUSÃO

 

Ao finalizar a pesquisa obteve -se um conhecimento mais profundo e amplo sobre Educação Inclusiva e o que envolve essa modalidade de ensino e que a política de inclusão é constitucional devendo ser iniciada na Educação Infantil podendo ser estendida ao longo da vida com adaptações necessárias seja qual for o tipo de comorbidade.

Por conseguinte, Direito constitucional se inicia na Educação Infantil. O professor apesar de ser o principal sujeito dessa prática de ensino necessita de capacitação e de apoio de equipe especializada a iniciar pela escola.

Em resumo, a política de inclusão educacional envolve espaços adequados, capacitação de profissionais, práticas pedagógicas inclusivas, flexibilização no currículo escolar entre outros. A escola é um espaço onde a inclusão deve se tornar indispensável porque atende a diversidade e trata da formação integral do indivíduo.

Diante do exposto, vale destacar que o professor não realiza esse trabalho sozinho apesar de ser o principal sujeito dessa prática de ensino, entretanto necessita de capacitação e de apoio para que possam assim atender às singularidades do educando nos seus processos de aprendizagem, do seu desenvolvimento social e individual.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Educação. Base Comum Nacional Curricular. Brasília, 2018.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em 27. Set. 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. ________. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 1994.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das necessidades Educativas Especiais, 1994, Salamanca-Espanha.

FRIEDMANN, Adriana O brincar na educação infantil: observação, adequação e inclusão-1. ed.-São Paulo: Moderna 2012- (Cotidiano escolar: ação docente)

LUPPI, Magda; SILVA, Maria; TRAMONTINA, Inês. (org) ... [et al]. Estratégias Pedagógicas Para o Trabalho Inclusivo: Parcerias são essenciais (org)... Tangará da Serra: Editora Ideias, 2011. 210p.

MANTOAN, Mario Tereza Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Comi fazer? São Paulo Moderno .2006.

SASSAKI. R.K. Inclusão: Construindo Uma Sociedade para Todos 3ª edição. Rio de Janeiro: WVA, 1999,174p.