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A MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Andréia Santos Gomes Almeida

Artigo Científico Apresentado à Agência Educacional Instituto Insvest como requisito parcial para a obtenção do título 2° Licenciatura em História.

 

 

RESUMO

A preocupação básica deste estudo é refletir sobre o declínio motivacional de alunos e tendo como consequência a diminuição do desempenho escolar. Atualmente, um dos principais problemas enfrentados pelos professores em sala de aula, principalmente quando se trata do processo de ensino aprendizagem, é a falta de comprometimento e participação da família, desinteresse dos alunos e motivação do professor. Este artigo tem como objetivo analisar a importância de um bom relacionamento entre professores e alunos no processo de construção do conhecimento. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como: (BUROCHOVITCH & BZUNECK, 2004); (BZUNECK, 2000); (SUKIENNIK, 1996) ; (Alves e Oliveira 2005), entre outros, procurando enfatizar a importância do bom convívio entre educando e educadores, a falta de comprometimento e participação da família, desinteresse dos alunos e motivação do professor ,bem como a necessidade do professor em cuidar para que a dimensão interpessoal entre ensinantes e aprendentes não interfira de modo negativo no processo ensino-aprendizagem. Concluiu-se a importância de ter um supervisor escolar que necessita além de ensinar bem a matéria e sim atuar como mediador providenciando estratégias em que o aprendiz tenha prazer em aprender os conteúdos, buscando capacitação profissional, disponibilizando recursos tanto internos quanto externos para suprir as necessidades dos alunos, criando um ambiente rico em estímulos e afeto, para conquistar sua classe, desempenhando sua função com mais tranquilidade e realização pessoal e profissional, de modo a garantir que o processo educativo formal aconteça com qualidade.

 

Palavras-chaves: formação continuada; motivação; aprendizagem.

 

 

Introdução

 

Atualmente a palavra motivação é uma das mais usadas por professores e demais da educação, a mesma serve como ferramenta importante no aprendizado em sala de aula, que contribui para diminuir o fracasso e a evasão escolar, pois a falta dela na sala de aula leva a inúmeros fatores negativos tais como: desmotivação, evasão, método tradicional, baixo rendimento escolar, tanto para o aluno, quanto para o professor.

O presente estudo propôs á reflexão da necessidade de identificar as razões da diminuição da motivação dos educadores no contexto escolar, envolvendo aspectos que favoreça a aprendizagem dos aprendizes, inovando o método de aplicação de ensino na sala de aula, com o apoio principal dos educadores na formação humana do sujeito social.

Os procedimentos metodológicos para realização desse trabalho foram a pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, utilizando materiais como: livros, artigos e internet, embasando a fundamentação teórica nas indagações e questionamentos de conhecer as diferentes formas e modelos existentes de inovar a aprendizagem.

Para analisar os conceitos da Motivação na Aprendizagem Escolar foram feitos comparativos das concepções dos autores: BUROCHOVITCH & BZUNECK, 2004); (BZUNECK, 2000); (SUKIENNIK, 1996) ; (Alves e Oliveira 2005) dentre outros.

De acordo com os autores, necessita urgentemente que a escola esteja com um ambiente favorável ao contato com a diversidade, tendo uma a formação continuada e capacite os profissionais para lidar com os seus alunos, de acordo com as possibilidades que lhe foram dadas, a curiosidade, a aprendizagem e a criatividade que parecem ser todas acionadas pela motivação, ou seja, torna-se um recurso facilitador no processo de aprendizagem, despertando no aluno o desejo pelo conhecimento. Assim, tendo o espaço e recursos apropriados para os profissionais trabalharem e envolver atividades terá uma transformação didática e ampliará um currículo completo na prática.

É fundamental a família ser utilizada como ferramenta para construir e analisar os conceitos e propor objetivos junto com a escola, além disso, que haja relação interpessoal no contexto escolar, envolvendo todos na aprendizagem dos alunos como: (pais, professores, funcionários e comunidade), a fim de formar sujeitos capazes de lidar com a sociedade, e seja crítico, e reflexivo em suas ações ética como cidadão, tornando este espaço físico e psicológico um fator de crescimento e de real envolvimento entre todos os segmentos e oferecer espaços à liberdade de pensar e agir.

A educação não depende de si mesma, mas principalmente do papel que a família desempenha dentro, fora e junto à escola. A relação entre família e estudos e principalmente, a maneira como a família de cada aluno se comporta em relação ao seu desempenho escolar, influência os resultados obtidos por crianças e adolescentes, independente de classe social.

Há uma grande necessidade de novos estudos não somente sobre o tema, mas sobre a educação informatizada e seu contexto, pois a cada dia surgem inovações tecnológicas capazes de revolucionar  nossas vidas, e de uma hora para outra modificar nossos pensamentos e atitudes.

 

 

O Professor como Agente Motivador

 

Sabemos que, no processo de aprendizagem, o professor é o principal agente educacional, e não poderia deixar de citar a importância da motivação na interação professor-aluno.

Atualmente, muito mais do que transmitir conhecimento, o professor precisa cuidar da atmósfera afetiva da sala de aula, da qualidade do diálogo afetivo que estabelece com seus alunos, criando empatia profunda e eterna, contribuindo para diminuir suas dificuldades de aprendizagem, com afeto, motivando-os, incentivando- os a dar o melhor de si, para que possam superar seus limites e ter prazer pelo ato de aprender.

Segundo especialistas, aprender é aprender com alguém, assim, um ambiente solidário, harmonioso, rico em estímulos, em confiança, com o desenvolvimento da autoestima, afim de que o aluno sinta-se valorizado, sentindo-se capaz de alegrar-se com suas conquistas, favorecerá o processo de ensino-aprendizagem.

 

A motivação extrínseca tem sido definida como a motivação para trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como para a obtenção de recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências ou habilidades [...] diversos autores consideram as experiências de aprendizagem propiciadas pela escola como sendo extrinsecamente motivadas, levando alguns alunos que evadem ou concluem seus cursos a se sentirem aliviados por estarem livres da manipulação dos professores e livros (Burochovitch & Bzuneck, 2004, p. 45-46).

 

De acordo com o autor citado a cima, a motivação para se trabalhar em sala de aula, necessita ser realizada de fora para dentro, pois cada sujeito tem uma forma de demonstrar as suas inúmeras habilidades e competências, o agente de ensino sendo o que vai conduzir esta necessidade, precisa criar estratégias que leva ao aluno a ser instigado à obtenção do ensino aprendizagem.

Buscando soluções para as questões e as dificuldades com os alunos em classe, dois caminhos devem ser seguidos, dar motivação e dar limites. Embora esse método seja muito útil como ferramenta educacional, professores e educadores percebem que há situações em que esses recursos deixam de funcionar, a verdade é que, antes de dar motivação ou de colocar limites, é preciso fazer um reconhecimento do ser humano com quem estamos lidando, isto é, o aluno.

O professor é o profissional que possui a mais admirável das missões: ajudar a transformar vidas por intermédio da educação, a motivação precisa ser cultivada no ambiente escolar, para dar aos alunos este estímulo que necessitam, e aos professores o reconhecimento e o valor que merecem, com isso, professores poderão proporcionar aos seus alunos o toque da vida, que permite que aprendam tudo o que a escola tem para oferecer, e que faz do professor uma pessoa tão especial na vida de todas as pessoas.

Sem uma linguagem comum e atraente para unir professor e aluno no mesmo objetivo e na mesma energia, os relacionamentos não se mostram agradáveis nem produtivos. Todas as pessoas têm necessidades de ser reconhecidas, de saber que lhes dão importância e que conseguem motivar alguém a prestar atenção nelas, reconhecer que um aluno está mais paciente, que uma aluna está mais participativa, que outro estudante está mais atencioso ou responsável, valorizar o esforço do aluno em aprender, elogiar os esforços da turma para conseguir objetivos louváveis é o mesmo que aplaudir uma vitória deles, é fazer que se sintam importantes, quando as pessoas se sentem motivadas e capazes, fica mais fácil realizar mudanças, como professor, é importante perceber a importância de aprimorar-se, estruturar-se, para ter condições de gerar mudanças positivas na sala de aula, são muitas as variáveis, mas todas elas giram basicamente em torno da arte de dar e receber motivação.

 

Quando se considera o contexto específico de sala de aula, as atividades do aluno, para cuja execução e persistência deve estar motivado, têm características peculiares que as diferenciam de outras atividades humanas igualmente dependentes de motivação, como esporte, lazer, brinquedo, ou trabalho profissional (BZUNECK, 2000, p. 10).

 

Observa-se principalmente naquele aluno que tem dificuldade de aprendizagem, acreditasse que a motivação tanto fora quanto em sala de aula propulsiona o educando á melhorar ou facilitar o processo da aprendizagem, pois qualquer forma de estímulos, motivação leva o aluno a manter-se vivo e a sentir importante nesse processo, se as crianças receberem elogios, se seus esforços forem reconhecidos durante seu processo de aprendizagem, se sua fome por reconhecimento for saciada, certamente elevarão sua autoestima e aumentarão seu rendimento, seu interesse, seu entusiasmo, sua iniciativa, sua criatividade e sua confiança.

Dessa forma, o reconhecimento pelas tarefas cumpridas, pelos trabalhos realizados e pelo bom desempenho nas provas constitui um pilar importante para o desenvolvimento pleno da criança durante a aprendizagem, também o reconhecimento pelo simples fato de ela existir e de estar ali tem enorme importância em sua vida. No ambiente escolar, o aluno se sente mais seguro e valorizado quando reconhece a autoridade do professor e percebe a estrutura que ele cria para suas aulas, a motivação é fundamental para que o aluno possa desenvolver com tranquilidade, no ambiente de sala de aula o controle é a principal característica. Sendo assim,

 

Salisbury-Glennon & Stevens consideram que por desconhecimento, muitas vezes os professores são levados a acreditar que controlar a motivação de seus alunos através de recompensas ou pressões externas é sua única possibilidade de intervenção, pois, de acordo com o senso comum, a motivação é algo que vem de dentro’ podendo ser modificada apenas pelo próprio indivíduo (1999 apud Burochovitch & Bzuneck, 2004, p.49).

 

Toda criança, todo ser humano tem fome de aprender, essa é uma característica fantástica, está sempre em busca de novas descobertas, de informações e de novas soluções, é claro que se aprende melhor se o aprendizado for um processo dinâmico, lúdico, interessante e significativo, e se todos os envolvidos no processo de aprendizagem estiverem motivados, nesse sentido, a motivação do educador aumenta, incentiva e desperta o interesse do aluno pelo aprender, pelas descobertas.

Pais distantes, famílias desintegradas e crianças que são educadas pela televisão resultam em alunos com carência de estímulos, alunos carentes em classes enormes, com poucos recursos, são fontes de mau comportamento e dificuldades de aprendizagem, o fato é que as crianças e os jovens chegam às aulas famintos de conhecimento e reconhecimento. Sendo assim,

 

O alongamento da jornada de trabalho, devido tanto à necessidade de trabalhar mais para aumentar o rendimento familiar quanto ao crescimento das cidades, diminuiu consideravelmente o tempo que os pais dispunham para compartilhar com os filhos. Mas a criança carece de muito afeto e de uma troca com os adultos que vá além da satisfação das suas necessidades fisiológicas. A diminuição desse afeto, dessa troca, empobrece consideravelmente a criança e limita suas possibilidades de amadurecimento.

 

Paradoxalmente, para poder satisfazer as necessidades fisiológicas e materiais dos filhos, os pais precisaram trabalhar cada vez mais, reduzindo com isto o tempo de contato direto com eles (SUKIENNIK, 1996, p. 50).

Em uma situação como essa, os professores precisam ensinar matemática, português e história, mas com tudo tem de ser embalada com estímulos, motivação, limites e principalmente, um ambiente rico em vida.

A afetividade constitui-se em energia, que possibilita, motiva a ação, e funciona como combustível para a aprendizagem humana, um olhar meigo, um sorriso sincero, um aperto de mão, um abraço são formas de motivação à interação professor-aluno e contribuem de forma efetiva para a construção do conhecimento durante o processo de ensino e aprendizado, desde a educação infantil.

Sempre que alguém tem um comportamento que não é produtivo, está fazendo algo para receber estímulos que lhe faz falta, descobrir qual é este estímulo e dá-lo é a maneira de melhorar este comportamento, um aluno que rende mal na escola pode estar querendo chamar a atenção do professor, um menino que vive estressado para fazer tudo direitinho pode estar sofrendo da necessidade de que alguém que lhe diga: “Eu amo você, independentemente da nota que você tirar.” Uma criança na escola que não se interessa por estudar pode estar precisando escutar da professora: “Vamos, você consegue, você é capaz.”.

O fato é que o lar das famílias cada vez mais é um lugar com escassez de estímulos, motivação, os adultos vivem com a preocupação de manter seus empregos, com as contas para pagar que se multiplicam, as empresas pressionam seus profissionais a trabalharem por mais tempo, tudo isso somado acaba fazendo que, no pouco tempo que têm para os filhos, os pais cometem o erro de dar aos filhos tudo que pedem, sem perceber do que os filhos precisam.

Pais que chegam cansados de uma viagem de negócios dão presentes de que os filhos não precisam, em vez de perguntar e escutar a eles como está indo sua vida escolar, nesse ambiente de carência de tudo e de todos, as crianças vão se adaptando do jeito que conseguem, com os recursos intelectuais que possuem, e, muitas vezes, elas criam ideias de como devem pensar e agir durante o período escolar e sua vida também.

Bons professores mantêm a escola e as classes com abundância de estímulos, e as tornam convidativas para seus alunos estudarem, relacionarem-se e prepararem- se para a vida. Para a Terra voltar a ser um planeta digno de o homem viver, além de despoluir os rios, as cidades, o ar, precisamos entender que os primeiros lugares a serem cuidados são o nosso lar e as nossas escolas, eles refletem a relação que mantemos com o mundo externo e manifestam nosso mundo interior. O cuidado com o ambiente da casa e da sala de aula implica também o empenho em limpar nossas relações com as pessoas.

Muitos professores não têm o hábito de admitir seus erros, pedir desculpas aos alunos por exemplo, não diminui sua posição perante a classe, pelo contrário, saber se desculpar quando erra apenas engrandece a pessoa, além de servir de excelente exemplo para que os alunos também aprendam a seguir pelo mesmo caminho.

 

“A motivação é o que empurra a criança para a frente, é o que faz ela querer saber, ir atrás, é algo de dentro porque você pode fazer de tudo, mas se ela não quiser não vai conseguir”, e “Estimulação é esse que vem de fora para dentro, que o professor pode fazer para que ele busque, para que ele se motive”. (Citado em Alves e Oliveira, 2005, p. 11)

“É o motivo porque alguma coisa anda, o que causa ou faz uma coisa andar. Motivação na educação é o que a faz andar. Vontade de ver as coisas mudarem, de chegar um mundo e pessoas melhores”, e estimulação “Nunca pensei nisso, mas acho que é aquilo que desperta interesse, desperta a vontade de fazer mais”. (Citado em Alves e Oliveira, 2005, p. 12)

 

A comunicação de muitos professores com seus alunos se resumem ao estritamente necessário, sem criar vínculos, sem criar um ambiente de proteção onde todos se sintam bem, o diálogo não é um momento para mostrar quem é melhor, mais forte ou bonzinho, mas uma forma de conhecer seu aluno, de abertura, aprendizado e compromisso. Se o professor quiser orientar seu aluno, em vez de fazer-lhe uma série de críticas que o levarão a se sentir mal, estimule-o, motiva-o, assim conseguirá que a consequência disso seja o bem-estar do aluno, eis alguns exemplos:

“Você é um menino legal, por isso é super importante que estude para viver todas as coisas lindas de que é capaz. ”

“Você é inteligente e pode ter um futuro brilhante, é importante que se organize para estudar um pouco mais e seus resultados vão melhorar muito.”

“Você é um dos melhores alunos e um dos que mais gosto, seria bom se cuidasse de se relacionar melhor com os colegas, para que todos possam crescer juntos.”

Evite comentários em que desqualifiquem o aluno, é triste, quando no meio de uma aula o professor sai com expressões do tipo: “Se continuar assim, como péssimo aluno, não vejo futuro para você. ”

Se o professor chama continuamente a atenção de um aluno porque ele é distraído, é possível que esse comportamento perdure, como forma de o aluno receber estímulos, ainda que sejam negativos, se um aluno receber estímulos positivos, ele se sentirá bem, e os outros ao seu redor também se sentirão assim, nossa casa é o lugar onde criamos nossas raízes e ela reflete nossa vida, nossa escola é o local onde nos preparamos para o convívio com um número maior de pessoas e nos prepararmos para vencer os desafios do dia a dia. Talvez o primeiro cuidado com o ambiente em que a criança vive deva ser criar um lar e uma escola nos quais as pessoas se sintam bem; lugares em que todos se sintam bem-vindos e protegidos.

 

 

Dificuldades no Ensino de História que afeta Diretamente o Trabalho de Ensino

 

Não importa se aluno esta no ensino médio/fundamental e se com ele não foi trabalho a interpretação de texto. Com isso, ele vai ter dificuldade só em história, mas sim em diversas disciplinas.

Para que aluno tenha conhecimento de historia ele precisa aprender ler escrever história, não como história, mas como inserido na lógica da racionalidade da escrita histórico escolar.

O processo deve ter não ensinar ele historiar, mas o objetivo é levar o que ele passou na nossa sociedade para despertar a consciência que dele e também do papel da consciência do dia a dia dos historias sociais que esta passando comunidade dele, então há importância no vivenciar dele. Na escrita, leitura não pode ignorar (ações não só dos professores/pais/professores). Na educação escolar os pais devem ter participação gestão/políticos/devemos trabalhar para que isso modifique.

Diante desses desafios, percebe – que um professor tem papel fundamental nas vidas das crianças ensinar, instruir r motivar os alunos na compreensão no mundo. Ou seja, a tarefa do professor então não e fácil, mas o que é mais importante ensinar exige esforços, organização que assume trabalhos coletivo da escola/professores em partilhar os aspectos positivos do trabalho docente.

Vivemos no mundo da competitividade empresarial da competitividade pelas capacidades, como novas formas de ensinar? Devemos como professores apresentar novas formas de avaliar, de aprender e de ensinar a questão das novas tecnologias.

A educação dos professores esta a cada vez, mas, voltada ao interesse de vendas, á escola num momento determinado (capitalismo), formação didática quer dizer que os métodos de ensino e pelas questões tecnológicas (Tanto em questão metodológica, e ter aula como entorno da aprendizagem) em que, a relação e com aprendizagem, é relação individual e, portanto privatizados tem a ver com as tecnologias da sala de aula.

A sala de aula é como um espaço tridimensional, onde se constrói uma conservação com um grupo, quando se converte num centro de conexões, isso desaparece. Enfim, ensinar exige reflexão do próprio ato de ensinar, construir junto com aluno, mas com recursos que estão dados ou trabalhados.

 

 

Formação Continuada

 

Não é possível falar de educação de qualidade sem mencionar uma formação continuada de professores, pois este tema está no cotidiano e precisa ser discutido pelos profissionais da educação, no entanto, formar é criar possibilidades ao novo, ou seja, pensando na prática não se acontece essa busca de novos conhecimentos. Lembrando que, a capacitação profissional precisa ir além de um auxílio de aprendizagem, e sim criar um aprimoramento e trocas de experiências nos meios de conhecimento já adquiridos.

Na pesquisa de Pivetta (2009) sobre as reuniões pedagógicas como possibilidade de discussão e formação docente, encontramos como resultado a aprendizagem docente em três categorias: na relação professor-professor, na relação professor-aluno, e na própria prática pedagógica. Aqui focamos na relação de aprendizado professor-professor, que para a autora:

 

As atividades interdisciplinares e a disposição de um professor que possa não só transmitir os seus saberes, mas construir outros transitando pelos diversos conhecimentos, fazem com que ele adquira um novo perfil e procure novas redes de interações para construção da prática pedagógica (PIVETTA, 2009, p. 12).

 

No entanto, o papel da escola é fornecer aos profissionais continuidades ao ensino de qualidade, colaborando com cursos que venham motivar estes profissionais em seu trabalho docente, avaliando o ensino com igualdade e não com resultado em dados. Ou seja, a escola precisa ter e ser uma gestão participativa, com projetos inovadores, capacitação para que profissionais possam lidar com os desafios em sua práxis. Só assim terá um processo de avaliação institucional em que todos, tanto governo/sociedade esteja envolvidos no ensino tendo voz e vez de maneira democrática, com a criação de apoio ao município e com recursos para avaliação institucional. A interação dos sujeitos uns com os outros influenciam no desenvolvimento e conhecimento, pois no momento há troca de informações existentes na aprendizagem.

Nesta perspectiva, para que haja transformações significativas na escola, é preciso que os profissionais da educação estejam capacitados em sintonia com a comunidade, visando um desenvolvimento ao aprender a conhecer, ser, fazer e conviver.

Com isso, ao se trabalhar com as relações interpessoais, é preciso que todos no ambiente escolar estejam preocupados com os alunos, mas para que isso aconteça faz-se necessário uma organização desde o gestor até pais, funcionários e comunidade.

A escola que queremos no século XXI e um lugar que se tenha preparação profissional para docentes e não docente com um olhar crítico e reflexivo, aluno/professor, políticas públicas, ética, sensibilidade, inclusão social, dialogicidade, qualidade, participação da família, gestão participativa.

 

O local em que se realiza a educação sistematizada precisa ser o ambiente mais propício possível à prática da democracia. Por isso, na realização da educação escolar, a coerência entre meios e fins exige que tanto a estrutura didática quanto a organização do trabalho no interior da escola estejam dispostas de modo a favorecer relações democráticas. Esses são requisitos importantes para que uma gestão escolar, pautada em princípios de cooperação humana e solidariedade possam concorrer tanto para ética quanto para a liberdade, componentes imprescindíveis de uma educação de qualidade (PARO, 2001).

 

Sendo assim, o contexto do trabalho escolar os professores enfrentam problemas, pois o educador precisa conhecer a sua significação para o educando com os aspectos que podem favorecer um ambiente de trabalho no qual prevaleçam relações interpessoais mais humanas e justas, privilegiando o respeito à diversidade sociocultural de todos os envolvidos no processo educacional que se relacionam diretamente com o aluno.

No entanto, o educador encontra bastante dificuldade em atender as exigências dos alunos no seu desenvolvimento durante o seu processo de ensino/aprendizagem e grande parte da dificuldade está no despreparo, e motivação dos profissionais com essa nova sociedade universalizada.

Diante desse novo paradigma, a educação não só cabe a escola, mas, também é papel da família preocupar com a formação dos seus filhos como cidadão dentro da sociedade, visando à colaboração/interação e flexibilidade em partilhar suas experiências, competências e habilidades que favoreçam o corpo escolar.

Por conta disso, não podemos negar que na escola precisa de uma gestão participativa que envolva todos (pais, professores, direção e funcionários), com o sucesso na educação.

Uma abordagem que merece destaque da parte da autora Silva,

 

O auxilio voltado somente na maioria das vezes para professores, mas que todos deveriam ser envolvidos nesse processo educacional que relaciona diretamente com o aluno. Com isso, os próprios funcionários terão a consciência da influencia que seus atos exercem sobre seus alunos, colaborando no processo de ensino/aprendizagem, tendo também condições de discernir qual a melhor maneira de agir e se comprometer em prol da qualidade da educação. (SILVA,2008)

 

Neste sentido, Silva levanta uma crítica em relação à formação continuada na escola. A qual explica que a formação continuada do professor favorece na situação atual dos desenvolvimentos pedagógicos. Para isso é imprescindível que o ambiente escolar seja adequado e o ensino voltado para a interdisciplinaridade, pois a sua fragmentação dificulta a assimilação do conhecimento, e com certeza influencia nas relações interpessoais, que no ambiente escolar precisam estar equilibrados para propiciar ao aluno o desenvolvimento integral do ensino.

Conduzir uma sala de aula requer competências básicas que não podem ser desconsideradas. Ser professor exige saber, saber fazer e, sobretudo, saber ser. A dimensão saber é, talvez, a mais valorizada nos meios educacionais é a competência técnica, que simboliza o domínio dos conteúdos básicos, das diferentes áreas do ensino e do fazer profissional. A competitividade do mundo contemporâneo, as transformações céleres dos conhecimentos, as novas tecnologias que surgem em espaços curtos de tempo e a necessidade de constante atualização nos impulsionam ao estado de além, na busca por uma aprendizagem continuada.

Em síntese, a proposta de uma prática pedagógica inovadora é um ponto de partida para a participação coletiva em busca de uma educação democrática, já que todos os sujeitos estão interligados em uma rede. A reflexão coletiva, o diálogo, o reconhecimento do contexto e de novas perspectivas são a base para a reconstrução de novos caminhos, na busca pela integralidade entre corpo e mente, teoria e prática, ensino e aprendizagem, razão e emoção, competência e desafios.

Somente por meio de uma prática reflexiva, crítica e comprometida pode-se promover a autonomia, a liberdade, o diálogo e o enfrentamento de resistências e de conflitos que levam a resultados significativos acerca do seu ato pedagógico.

 

 

O Perfil do Professor e seu Papel no Processo Educativo com O Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação

 

O cenário atual da educação vem passando por transformações geradas pela contextualização da globalização, onde a modernização tem sido o auge da sociedade.

E ainda Dawbor afirma que:

 

Estamos passando de um universo onde o conhecimento era trabalhado por um segmento especializado da sociedade, o mundo da educação, para um universo onde o conjunto das atividades humanas se torna intensivo em conhecimento. A gestão do conhecimento torna-se assim um espaço mais amplo, no qual a educação tem de reconstruir o seu papel, reencontrar o seu lugar. (2013, p, 49)

 

Para dar conta de um aluno integrado nesta nova era relacional, apto a viver em ambientes informatizados, conscientes e críticos no seu papel social num mundo sem as antigas fronteiras geográficas e de conhecimento, o professor precisa ir muito além do que aprender a manusear o computador e dominar certos instrumentais requer que tenham competências para serem criadores de suas próprias concepções, e se torne consciente de sua ação pedagógica. Valente reforça essa questão dizendo que:

 

O domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer de modo estanque, um separado do outro. Irrealista pensar em primeiro ser um especialista em informática ou em mídia digital para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. (2005, p. 23)

 

O alerta dos autores leva-nos a refletir sobre novos sentidos que podem proporcionar ao trabalho docente. Criar condições necessárias para a gestão do conhecimento é indiscutível, uma vez que as tecnologias sejam elas quais forem não possuem limites e potencialidades à finalidade que se queira dar, e que aqui para nós seria sua relação com a educação de melhor qualidade.

Um educador visionário aproveita à tecnologia e propõem metodologias que possam contemplar diferentes aprendizagens, e que levem os alunos a produção de novos conhecimentos, é o que se espera na atualidade.

As TIC multiplicaram enormemente as possibilidades de pesquisa colocando à disposição dos alunos um manancial inesgotável de informações para a elaboração do conhecimento. Munidos destes novos instrumentos digitais, os alunos podem tornar-se exploradores ativos do mundo que os envolvem, porem isso exige habilidades que devem ser discutidas e exploradas em conjunto dando significado a pesquisa realizada, trabalhando a questão ética da propriedade intelectual, e ainda mostrando a necessidade de confrontar as informações averiguando sua veracidade. Valente explica que:

 

O educador deve estar preparado e saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, para que ele seja capaz da transformar as informações (transmitidas e/ou pesquisadas) em conhecimento, por meio de situações-problema, projetos e/ou outras atividades que envolva ações reflexivas. (2005, p. 24)

 

Assim sendo, o professor é responsável por ensinar os educandos a assumir em vivenciarem valores construtivos, individuais e coletivos mostrando que os recursos tecnológicos não são meros facilitadores da atividade escola, como as conhecidas operações de copiar e colar. O mais importante é a comunicação que o professor estabelece, e o convívio com estes novos meios de informação.

A intencionalidade do professor deve ser sempre e em qualquer situação didática a aprendizagem do aluno. Em favor da construção do conhecimento do aluno o professor assume o papel do mediador e orientador. A esse respeito Mercado (2002, 20) afirma que:

 

O professor, na nova sociedade, revê de modo critico seu papel de parceiro, interlocutor, orientador do educando na busca de suas aprendizagens. Ele e o aprendiz estudam, pesquisam, debatem, discutem e chegam a construir conhecimentos, desenvolver habilidades e atitudes. O espaço em sala de aula se torna um ambiente de aprendizagem, com trabalho coletivo a ser criado, trabalhando com os novos recursos que a tecnologia oferece, na organização, flexibilização dos conteúdos, na interação aluno-aluno e professor-aluno e na redefinição dos seus objetivos.

 

Este processo revela-se muito mais próximo da vida real afastando da sala de aula métodos tradicionais de transmissão do saber, e dos exercícios de mera repetição que representam o grande fracasso da educação. O desenvolvimento das tecnologias não diminui em nada o papel        do professor, mais o modifica profundamente, constituindo uma oportunidade que deve ser plenamente aproveitada. Por mais que a educação se transforme, o emprego de novas metodologias e diferentes ferramentas e recursos, o professor através da sua postura e seu entendimento é quem efetiva a utilização das tecnologias, e tendo em vista a produção do conhecimento por parte dos alunos.

Portanto, os conhecimentos tecnológicos, domínio dos processos produtivos e qualidades pessoais, com níveis adequados de criatividade, produtividade e desenvolvimento pessoal e emocional, fazem parte do perfil do educador para essa geração. POZO (2008) explica que existe um longo caminho teórico a ser percorrido tendo em vista que a grande maioria dos professores ainda se reveste de um “aspecto puramente técnico em relação as tecnologia, desconsiderando o do ponto de vista de elaboração do saber”.

 

 

Conclusão

 

Entende-se, então, que motivação, reconhecimento e aprendizagem são indissociáveis e indispensáveis para que a criança encontre na escola o prazer de aprender, dessa forma, o professor estará investindo na criança, auxiliando-a a sentir prazer em realizar novas descobertas, pesquisar e estimular o desejo de pensar, assim sabe-se que os alunos não precisam somente de carinho e afeto, eles precisam de algo muito específico que os motive a avançar. Crianças felizes, motivadas e amadas por seus professores e pais desenvolvem mais facilmente suas competências e habilidades.

O professor, depois da família, é geralmente a pessoa mais influente na formação da criança, pois ele se transforma no espelho de como ela está sendo aceita no mundo. Mas para que o professor ajude ao aluno, ele também precisa se ajudar, é claro que isso faz sentido, afinal, ninguém pode dar o que não tem, se você não tem a motivação que necessita, não pode dar motivação aos seus alunos, você precisa estar bem com você para ajudar o outro, procurar compreender a si mesmo, promover as mudanças necessárias em sua vida e em seu comportamento, aprender a dar motivação da maneira certa.

Vale lembrar que, o papel da escola, assim como o lar, seja um local agradável, onde circule uma energia que dê prazer às pessoas, a motivação entre as pessoas pode transformar paredes e portas em um ambiente aconchegante, agradável, ou seja, o educador precisa estar estimulado em diferentes aspectos, tanto afetivo, social, emocional, e para que isso aconteça, é importante que as dificuldades surgidas sejam prontamente resolvidas.

No entanto, a motivação na escola precisa ganhar outro sentido, buscar outra direção, pensar no aluno e na aprendizagem do mesmo como prioridade, motivação e relevância envolvendo uma aula atrativa, criativa, auto didática com informações e comunicações, propondo que a escola transforme o ambiente monótono em reflexivo, crítico, dinâmico e autônomo.

Factualmente, para que isso aconteça, o professor necessita estar preparado e capacitado, para lidar com essa gama de modelo de aluno, conectado com o mundo atual, possibilitando um novo sentido na sua prática pedagógica, contribuindo e facilitando o processo de formação como o aprendizado significativo e planejado, envolvendo valores como adjetivo tornando o indivíduo parte da sociedade.

A partir dos dados levantados é possível dizer que em torno da escola há um grande desafio, porque o conhecimento está sendo revolucionado tão profundamente, que ninguém vai sequer perguntar à educação se ela quer se atualizar.

Diante da complexidade este grande desafio está ligado à sala de aula, pois, o aluno praticamente já chega à escola informatizada. Desde pequeno já lida com tecnologias em sua casa, sem medo de errar. Ao contrário do professor que mesmo com tanta evolução ainda tem dificuldades e limitações para se adequar as novas ferramentas e possibilidades didáticas que fazem parte do seu cotidiano.

Neste sentido os diferentes autores pesquisados afirmam que, as instituições de ensino devem modificar seus conceitos, realinhar seus currículos e conteúdos, buscando a inserção dos novos recursos didáticos, assumindo um novo papel ao surgimento dessas tecnologias, refletindo e analisando a ação pedagógica dos professores, e assim, propor metodologias que possam contemplar aprendizagens e que venham ao encontro da realidade dos educandos.

 

 

Referências

 

ATKINSON, R.; ATKINSON, R.; SMITH, E.; BEM, D. Introdução à psicologia de Hilgard. 13º Ed. Porto Alegre: Artmed. 2002.

 

BALANCHO, M. J. S.; COELHO, F. M. Motivar os alunos, criatividade na relação pedagógica: conceitos e práticas. 2. ed. Porto, Portugal: Texto, 1996.

 

BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (orgs.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

 

BZUNECK, J. A. As crenças de auto-eficácia dos professores. In: F.F. Sisto, G. de Oliveira, & L. D. T. Fini (Orgs.). Leituras de psicologia para formação de professores. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

 

DORON, Roland. Dicionário de psicologia. São Paulo: Ática, 1998.

 

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