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CONTEXTO DO BRINCAR COM AS CRIANÇAS NÃO É PERDA DE TEMPO

Noraneuza Rodrigues Lima[1]
Regiane Cristina Goetz
Vânia Lúcia Dias de Moura
Elucimaria Alves dos Santos

 

 

1.INTRODUÇÃO

 

Esse artigo apresenta-se uma visão de fundamentar a incorporação do lúdico no processo de aprender. Para a realização desse trabalho fez-se necessário uma pesquisa e análise sobre a questão levantada, tanto no campo prático, quanto no bibliográfico. As técnicas e instrumentos foram aplicados aos alunos do ensino fundamental, sendo construídas com os alunos várias técnicas de criação de histórias, baseado no conteúdo estudado, e inserindo a ludicidade como a base para o desenvolvimento das atividades.

A importância de algumas considerações de como o lúdico tem influência sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças em vários aspectos. Porém é feito um apanhado de como a escola e os professores podem utilizar a ludicidade como método de suporte para a reflexão do entendimento de algumas considerações de como o lúdico é visto neste processo e também algumas possibilidades de utilização dessa ferramenta.

E por fim, procura-se considerar e sugerir aos educadores da importância de que estejam atentos a algumas atitudes para que alcance seus objetivos pretendidos e para que saibam como avaliar os educandos aplicando adequadamente o lúdico (jogos, brinquedos e brincadeiras), como ferramenta/instrumento didático ao processo ensino aprendizagem.

A opção por estudar a ludicidade deve-se à relevância do tema e por acreditar que aprender não é somente decorar conceitos e depois esquecer ou aprender a ler mecanicamente, sem compreender o que está sendo estudado. Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber, brincando. Brincando aprendemos a conviver, a ganhar ou perder, a esperar nossa vez e lidamos melhor com possíveis frustrações.

 

 

  1. DESENVOLVIMENTO

 

Através deste estudo, pretende-se mostrar a importância de trabalhar de uma forma diferenciada, inserindo a criança em um espaço alegre e criativo, portanto, a integração do saber. Neste contexto, compreende-se que a ludicidade é uma ferramenta apropriada para estimular a produção   do conhecimento humano.

Percebe-se através de experiências em sala de aula, o quanto é importante a ludicidade na aplicação dos conteúdos, por ser uma maneira de fazer com que os alunos exponham suas ideias e construam o seu conhecimento de acordo a proposta pedagógica.

No entanto, vejo que muitos professores ainda resistem em inovar as suas práticas em sala de aula, se acomodando no método tradicional, que julgam ser o mais eficiente e mais prático de ser trabalhado, onde o professor é o transmissor do conhecimento, e os alunos são os receptores, decorando conceitos que ao longo do tempo serão esquecidos.  

A partir dessa reflexão podemos afirmar que o educador é o grande responsável pelo desenvolvimento e o alcance da aprendizagem do aluno, através da integração dos conteúdos com a ludicidade. Pretende-se mostrar através deste projeto algumas de minhas experiências em sala de aula, onde busquei através da inovação e criação de novas estratégias, para envolver o aluno no processo de aprendizado, fazendo com que ele próprio consiga construir e ampliar os seus conhecimentos, participando e compreendendo o que está sendo estudado.

Acredita-se na troca de experiências, na inovação dos métodos de ensino, na proximidade do professor e aluno, a aplicação de atividades e avaliações que envolvam o aluno no processo de aprendizagem, para que este não tenha medo de arriscar, criar e inovar, desenvolvendo as suas capacidades, e principalmente vendo o aluno não só como um receptor de sabedoria do saber, mas como um ser humano em processo de construção.

A Ludicidade no Desenvolvimento da criança, a palavra lúdica vem do latim ludus e significa brincar. Segundo Piaget, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, que não representa somente o jogar, mas sim pode ser encontrado em várias manifestações como na dança, teatro, brincadeiras, construção de materiais concretos e nas histórias.

 

“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (Carlos Drummond de Andrade).

 

Nesse sentido a função educativa do lúdico oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber e sua compreensão de mundo. Para Friedman (1996) os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo.

Podemos afirmar que a ludicidade oferece condições para o aluno vivenciar a visão de problemas, experiências com a lógica e o raciocínio, atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulam às reações afetivas, sociais, morais, cognitivas, culturais e linguísticas.

 

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O estudo desses autores vem ao encontro de nossos anseios, no sentido de mostrar que não precisamos deixar de ensinar os conceitos básicos aos alunos, mas sim cumprir com nosso papel de mediadores do conhecimento, possibilitando situações que façam com que o aluno, pense, pesquise, busque soluções, interaja com o meio, construa suas ideias, para que se torne um adulto crítico e construtivo. “Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar (CHATEAU, 1987).”

Para a criança o lúdico é uma preparação para a vida adulta, pois é através da imaginação que ela projeta sua vida futura, e cabe a escola e aos professores propiciar um meio adequado para as brincadeiras, descobertas e crescimento. É através desse meio facilitador que a criança sem perceber estará desfrutando da maravilhosa liberdade de brincar e aprender.

 

 

  1. REFERÊNCIAS

 

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo, Summus, 1987.

 

CURY, Augusto Jorge, 1958 – Pais brilhantes, professores fascinantes/ Augusto Jorge Cury. – Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

 

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

GOLEMAN, Daniel. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. São Paulo: Graffex, 1999.

 

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