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A LUDICIDADE

Noraneuza Rodrigues Lima[1]

Miriaam de Paula[2]

Maria Cleonice Anunciação Silva[3]

Jacqueline Mendes Rebucci[4]

 

 

 

RESUMO

Esse artigo apresenta-se o intuito de analisar o processo da ludicidade  no ensino fundamental com base de aulas em sala  junto com seu professor regente, o processo  ensino aprendizagem, que visar o trabalho e participação do desenvolvimento da  pesquisa de campo, e analisar vários levantamentos e dados específicos  de várias pesquisas bibliográfica  no seu interior para suprir todo o  usar das  técnicas de apoio dentro da ludicidade junto com os jogos e o brincar na vida do ser humano, utilizar a prática, teórico e o ensino. As técnicas e instrumentos que foram aplicados aos alunos das turmas do terceiro ano do ensino fundamental, sendo construídas com os alunos várias técnicas de criação de histórias, baseado no momento que estruturava os materiais de estudo, e inserindo a ludicidade para a proposta de alcançar um bom resultado de um jogo para facilitar a visão do jogador. Além de uma instrução de função educativa. O lúdico é muito importante na vida cotidiana para integrar no seu processo de aprender e de analisar as propostas de todos os conhecimentos que está envolvida junto com as práticas dos professores. Para a visão, o mais importante é delimitarmos, a metodologia para apresentar as crianças de uma forma concreta e formal, para obter um bom resultado no ensino aprendizagem de cada situação com o avanço do lúdico.

 

Palavras-chave: ludicidade; brincadeira; jogos.

 

 

1.INTRODUÇÃO

 

 Esse artigo apresenta-se com o objetivo de investigar a incorporação do lúdico no processo de ensino aprendizagem. Para a realização desse trabalho fez-se necessário uma pesquisa e análise sobre a questão levantada, tanto no campo prático, quanto no bibliográfico. As técnicas e instrumentos foram aplicados aos alunos das turmas do terceiro ano do ensino fundamental, sendo construídas com os alunos várias técnicas de criação de histórias, baseado no conteúdo estudado, e inserindo a ludicidade como a base para o desenvolvimento das atividades, apresenta-se algumas considerações de como o lúdico tem influência sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças em vários aspectos, por essa parte é feito um apanhado de como a escola e os professores podem utilizar a ludicidade como método de suporte para a construção do conhecimento, algumas considerações de como o lúdico é visto neste processo e também algumas possibilidades de utilização dessa ferramenta.

 E por fim, procura-se considerar e sugerir aos educadores da importância de que estejam atentos a algumas atitudes para que alcance seus objetivos pretendidos e para que saibam como avaliar os educandos aplicando adequadamente o lúdico (jogos, brinquedos e brincadeiras), como ferramenta/instrumento didático ao processo ensino aprendizagem.

 Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber, brincando. Brincando aprendemos a conviver, a ganhar ou perder, a esperar nossa vez e lidamos melhor com possíveis frustrações.

 

 

2 DESENVOLVIMENTOS:

 

O trabalho com o lúdico é uma prática fundamental para ser utilizada em sala de aula em todas as fases de aprendizagem, através dos jogos e brincadeiras que os alunos desenvolvem suas habilidades cognitivas e motoras, proporcionando ao professor a observação do desenvolvimento da criança por meio da sua liberdade para criar e imaginar diversas situações.

O uso de instrumentos variados como a música, teatro, dança, histórias e construção de materiais concretos são de grande importância e auxílio no processo de construção do conhecimento, pois ao mesmo tempo em que o aluno constrói ou cria o seu material, ele desenvolverá as suas capacidades como o raciocínio, atenção, criatividade concentração e domínio sobre o assunto.

A palavra “lúdico” vem do latim ludus e significa brincar. Segundo Piaget, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, que não representa somente o jogar, mas sim pode ser encontrado em várias manifestações como na dança, teatro, brincadeiras, construção de materiais concretos e nas histórias.

Podemos afirmar que a ludicidade oferece condições para o aluno vivenciar situações problemas, experiências com a lógica e o raciocínio, atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulam às reações afetivas, sociais, morais, cognitivas, culturais e linguísticas.

 

De acordo com Vygotsky (1984), é na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.

 

A Ludicidade é de extrema importância para o desenvolvimento mental e social da criança. Através de atividades lúdicas a criança é livre para criar o seu mundo simbólico e é estimulada à fantasia e a imaginação.

 

Para Vygotsky (1984) o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos a um eu fictício [...], por essa razão, a metodologia lúdica proporciona prazer, alegria e entretenimento à criança no momento do aprendizado, e distanciando a ludicidade da concepção de um passatempo ou diversão.

 

Logicamente, ao mesmo tempo em que construímos alguma coisa, estamos tendo pleno conhecimento de como ela funciona. Essa tese se aplica a utilização da ludicidade em sala de aula, ao mesmo tempo em que a criança brinca e se diverte, ela está criando vínculos afetivos, aprendendo a repartir, conviver, resolver problemas, refletir sobre situações e criar novas estratégias dentro de sua brincadeira.

 

Assim, entendemos que “infelizes dos professores que não conseguem aprender com seus alunos e renovar as suas ferramentas” (CURY, 2003, p.53), nós professores temos o dever de desenvolver as potencialidades nos nossos alunos. Devemos aprender a adaptar o conteúdo das aulas, e transformá-lo em algo mais atrativo, pois é através dessas inovações que conseguiremos conquistar os alunos e proporcionar um aprendizado de qualidade para eles.

 

A escola, e principalmente os professores devem tratar a ludicidade como um sinônimo de aprendizagem atrativa e significativa no desenvolvimento da criança.

 

Segundo Piaget (1975), o jogo não pode ser tratado somente como uma atividade para desgastar a energia, e sim como uma ferramenta importantíssima no processo de desenvolvimento.

 

Muito pode ser trabalhado a partir de jogos e brincadeiras, contar, ouvir histórias, dramatizar, jogar com regras, desenhar entre outras atividades, constituem meios prazerosos de aprendizagem, à medida que a criança interage com os objetos e com outras pessoas, construirá relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive.

Aos poucos, a escola, a família, em conjunto, devem favorecer uma ação de liberdade para a criança, uma socialização que se dará gradativamente, através das relações que ela irá estabelecer com seus colegas, professores e outras pessoas.

Para que isso aconteça, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tão pouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem, principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o adulto e com outras crianças. Brincando em grupo as crianças envolvem-se em uma situação imaginária onde cada um poderá exercer papéis diversos aos de sua realidade, além de que, estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude.

Devemos ter espírito aberto ao lúdico, reconhecer a sua importância enquanto fator de desenvolvimento da criança. Seriam importante termos na sala de aula um cantinho com alguns brinquedos e materiais para brincadeiras. Na verdade, qualquer sala de aula disponível é apropriada para as crianças brincarem.

A visão de ensinar as crianças também, a produzir brinquedos. O que ocorre geralmente nas escolas é que o trabalho de construir brinquedos com sucatas fica restrito às aulas de arte, enquanto professores poderiam desenvolver também este trabalho nas áreas de teatro, música, ciências etc. integrando aos conhecimentos que são ministrados.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

  

O estudo desses autores vem ao encontro de nossos anseios, no sentido de mostrar que não precisamos deixar de ensinar os conceitos básicos aos alunos, mas sim cumprir com nosso papel de mediadores do conhecimento, possibilitando situações que façam com que o aluno, pense, pesquise, busque soluções, interaja com o meio, construa suas ideias, para que se torne um adulto crítico e construtivo. “Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar (CHATEAU, 1987).”

Para a criança o lúdico é uma preparação para a vida adulta, pois é através da imaginação que ela projeta sua vida futura, e cabe a escola e aos professores propiciar um meio adequado para as brincadeiras, descobertas e crescimento. É através desse meio facilitador que a criança sem perceber estará desfrutando da maravilhosa liberdade de brincar e aprender.

Espera-se que essa proposta se torne mais um suporte para os professores atuantes no ambiente escolar, para que possam aprimorar suas aulas, transformando-as em aulas dinâmicas, em um ambiente prazeroso e alegre com várias oportunidades de construção do conhecimento e integração entre todos que estiverem inseridos nesta bela missão, que é a arte de ensinar.

Podemos concluir que o lúdico é um grande laboratório que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através deles que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas. As atividades lúdicas funcionam como exercícios necessários e úteis a vida e a brincadeira e jogos são elementos indispensáveis para que haja uma aprendizagem com divertimento que proporcione prazer no ato de aprender. E que facilite as práticas pedagógicas em sala de aula.

 

 

REFERÊNCIAS

 

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo, Summus, 1987.

 

CURY, Augusto Jorge, 1958 – Pais brilhantes, professores fascinantes/ Augusto Jorge Cury. – Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

 

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

 

GOLEMAN, Daniel. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. São Paulo: Graffex, 1999.

 

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais Infantil: O jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes 1993.

 

MUNARI, Alberto. Jean Piaget / Alberto Munari; tradução e organização: Daniele Saheb. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. – 156p.: il – (Coleção Educadores)

 

NEVES, Libéria Rodrigues. O uso de jogos teatrais na educação: Possibilidades diante do fracasso escolar/Libéria Rodrigues Neves, Ama Lydia Bezerra Santiago. – Campinas, SP: Papirus, 2009. – (Coleção Ágere)

 

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Cristiane Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

 

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

 

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[2] -

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