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O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Greise Godoi de Oliveira
Vanessa Rossatiuk Chiele Ribas
Leidiane Rodrigues Garrido Soares
Marlene Aparecida Rodrigues Garrido
Solange Rodrigues dos Santos

 

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo de enfatizar o papel do professor na educação inclusiva, sendo frisado algumas leis que cooperaram para garantir o direito de cada aluno com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. Sendo ofertada, ou seja, implantada a educação inclusiva nas escolas, os docentes irão se depara com alunos com diferentes tipos de necessidades especiais, assim requerendo do educador habilidades específicas para conseguir alfabetizar, ensinar e integrá-los no ambiente escolar. A educação especial e inclusiva requer dos educadores uma forma diferente de ser trabalhada, Como educador, é preciso observar as limitações dos alunos e aprimorar seu método de ensino, que cada professor   transformem sua maneira de pensar e ver o mundo. Para que ocorra essa melhoria no ensino especial, os instituição de ensino deve oferecer recursos, aos profissionais da rede, como formação continuada, palestra, cursos, entre outros, esse é o primeiro passo para que o professor possa dar início a sua qualificação profissional, assim podendo incluir os alunos com deficiência especial com qualidade e com ensino eficaz. O objetivo desse projeto de ensino em educação junto com os autores foi mostrar a importância do professor na educação inclusiva, para atender a essas pessoas, levantando aqui questões de acessibilidade e locomoção, nós que estamos na área da educação, devemos nos preparar não apenas com a graduação, pois a educação vai muito mais além disso, ainda mais você professor que se depara em sua sala de aula, aluno com deficiência especial,  ser  educador, é necessário observar as limitações dos alunos especiais e aprimorar seu método de ensino, precisa ter um perfil motivador, é preciso ter o senso crítico de reconhecer o que está dando certo e repensar o que está falhando, o professor deve estar em constante transformação, é preciso ter um perfil muito versátil e desafiador, que busque dar o melhor de si no intuito de extrair o melhor de seus alunos.

Palavras-chave: Educação Inclusiva. Papel do professor. Formação de professores.

 

1 INTRODUÇÃO

 

A Educação Inclusiva, ainda é um grande desafio aos docentes pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, e atuarem com um olhar diferenciado em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino aprendizagem, também quando se trata, não apenas de incluir estudantes com necessidades educativas especiais em salas, mas também, estabelecer relações eficazes que possa favorecer atendimento igualitário entre estudantes com necessidades educacionais especiais e os demais estudantes, para que eles se sintam, de fato, incluído no contexto escolar e social.

marcos da inclusão social do século XX  podemos citar, a Declaração mundial de Educação para todos, a Declaração de Salamanca, a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei brasileira de inclusão.

Outra Legislação de suma importante também é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, que regulamenta o sistema educacional público e privado, desde a educação básica até a superior. Essa lei garante a todos os mesmos direito à educação. 

 

[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico. (MANTOAN,1997, p.120)

 

A educação inclusiva sem dúvida deve fazer parte do sistema regular de ensino, oferecendo educação adequada às diferenças e as necessidades de cada aluno, dessa forma é necessário que seja trabalho recursos diferenciados para que possa haver os desenvolvimentos de todos os presentes no locar de ensino.  As escolas inclusivas não são feitas somente para alunos com necessidade especiais a educação inclusiva é pensada para todos, sem hierarquia entre os alunos, as instituições devem garantir o direito à diferença.

 

Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (MANTOAN, 2005, p. 24)

 

Segundo Minetto  (2008),  quanto  mais  conhecemos  determinado  fato  ou  assunto,  mais nos sentimos seguros diante dele.  O novo gera insegurança e instabilidade, exigindo reorganização e mudança. É comum sermos resistentes ao que nos desestabiliza. Sem dúvida, as ideias inclusivas causaram muita desestabilidade e resistência.

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

2.1 MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL

 

No decorrer da história as pessoas com necessidades especiais foram vítimas de um processo de exclusão total, antes de conseguir o direito de serem incluídos na sociedade, as pessoas percorreram um caminho de muita luta, sofrimento, e muitos ainda perderam suas vidas, por falta de conhecimento. As pessoas deficientes ocuparam diferentes papeis na história da humanidade. Na Grécia antiga, valorizavam muito a força humana para a guerra, para a agricultura, entre outros serviços dependiam da habilidade das pessoas para sua sobrevivência, e quando notavam com o tempo a inabilidade de alguém, ou algum tipo de deficiência física, era algo intolerável, e as família na Grécia, Roma, tinha total permissão para sacrificar.

 

As pessoas com necessidades especiais no decorrer da história foram vítimas de um processo de exclusão total, onde os mesmos eram considerados indignos da educação escolar. Na Idade Média as pessoas com necessidades especiais eram excluídas da sociedade visto como doentes e incapazes principalmente na área do saber. Por volta de 1496, as pessoas com alguma deficiência ou transtorno mental eram perseguidas e executadas. Nesta época entendiam que isso significava uma “presença do demônio dentro dessas pessoas”. Por mais de 200 anos pessoas com necessidades especiais foram queimadas em praça pública, enforcadas, afogadas ou condenadas às prisões nos porões dos castelos da época (FACION & MATTOS, 2009, p.6).

 

Na idade média as pessoas com deficientes mentais eram totalmente excluídas, eram imperceptíveis em meio a sociedade, sendo vistos como doentes e sendo julgados como incapazes em prender alguma coisa, sendo visto pela sociedade os sérios problemas mentais, as mal formação como algo dado por Deus como castigo, a partir de 1946 as pessoas com deficiência começaram a ser perseguidas e executadas pela inquisição, chamada de santo oficio, sendo uma instituição formada pela igreja católica, assim matando as pessoas com deficiência pois defendia que eram endemoniados ou pessoas alucinados, por muitos anos essas pessoas sofreram de diversas formas.

O fim das mortes das pessoas com deficiência ocorre na fase do assistencialismo, com o cristianismo a deficiência foi atribuída a causas divinas; a sociedade passou a atribuir uma alma a todas as pessoas e a acreditar que todos mereciam um tratamento misericordioso, mesmo que fossem deficientes.

No século XX   surge a segregação, onde os deficientes mentais eram internados em instituição de acolhimento, não havendo qualquer tipo de tratamento, apenas ficavam trancados sem ter o direito de estar inseridas no meio da sociedade.

 

... em geral, os locais segregados, são prejudiciais, pois alienam os alunos. Os alunos com deficiência recebem afinal, pouca educação útil para a vida real, os alunos sem deficiência experimentam fundamentalmente uma educação que valoriza pouco a diversidade, a cooperação e o respeito por aqueles que são diferentes. (STAINBACK, 1999, p.25).

 

No começo do século XX começa a fase da integração pois é reconhecido que a vida na instituição era desumanizadora, tornava os pacientes impossibilitados de viver em sociedade, as instituições deixam de ser locais de confinamento e passam a ter a função de preparar o deficiente para o convívio em sociedade, preparando-os para o trabalho e desenvolvendo sua autossuficiência. assim cresciam as cresciam as discussões sobre os direitos humanos e começava-se a reconhecer os direitos dos deficientes. Algumas pessoas com necessidades especiais eram encaminhadas as escolas regulares, mas só tinha acesso os alunos que aproximasse num padrão de normalidade, tendo eles tendo a necessidade a se adaptar ao local   frequentado dentro da escola. Mais logo esse paradigma foi questionado, pois era visível que os deficientes não tinham a mesma possibilidade, ou seja diretos e executar, as atividades sociais, como um pessoal sem deficiência, não eram ofertadas o mesmo direito a ambos, mesmo com o avanço tinha muito a melhor pela direitos iguais.

No século XX, surgi o paradigma da integração, este vem para defender o direito da criança com deficiência a ser inserida na sociedade e principalmente na rede regular de ensino, porém a mesma com esforço próprio teria que adaptar-se ao ambiente, enquanto as escolas e os sistemas mantinham-se inalterados, não tinham o compromisso em adaptar-se as necessidades destes alunos (MINETTO, 2010 p.46).

O movimento em defesa da inclusão aconteceu fora dos muros escolares, na sociedade civil no final do século XX começa a surgi algumas expressões   como educação para todos, todos na escola entre outras, tendo como lei a LDB de 1961 onde ela garantiu o direito a educação em escola regulares para crianças portadora de alguma deficiência ou superdotadas, também temos a Declaração de Salamanca de 1994 que se refere à inclusão na educação onde assegura as necessidades educacionais especiais, incluindo todas as crianças que não estejam conseguindo se beneficiar com a escola. A Convenção de Guatemala, sendo um decreto muito importante onde contribuiu para que as pessoas tivessem seu direito na sociedade reafirmaram que as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas.

Com a chegada da idade moderna o ser humano passou a ser mais valorizado. “Começaram as investigações sobre as pessoas com NE, do ponto de vista da medicina aumentaram os estudos sobre as deficiências estarem ligadas à hereditariedade, aspectos orgânicos, biotipologia entre outros” (RIBEIRO, 2003 p. 42).

Com a Política Nacional de Educação Inclusiva em defesa do direito de todos a uma educação de qualidade, tendo em vista que toda criança é educável inclusive as que apresentam uma deficiência mais profunda, todos os alunos têm direito a que lhes sejam oferecidas condições e possibilidades educacionais que favoreçam a socialização e inclusão social.

 

2.2 DESAFIO NA FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 

De acordo com Bueno (1999), “dentro das atuais condições da educação brasileira, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular sem apoio especializado, que ofereça aos professores dessas classes, orientação e assistência”. Assim a educação inclusiva é aquela que oferece um ensino adequado às diferenças e às necessidades de cada aluno e não deve ser vista lateralmente ou isolada, mas, como parte do sistema regular. Para tanto, o quesito indispensável para a efetivação deste conceito é a formação adequada e contínua do professor (SANT’ANA, 2005; GLAT & FERNANDES, 2005).

 

A formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia, de licenciatura e dos professores: “Não fui preparado para lidar com crianças com deficiência” (LIMA, 2002, p.40).

 

Com o passar dos anos, diversos países passaram por mudanças nas políticas e práticas de educação inclusiva. No Brasil, em 2008, foi promulgada a Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva e, em 2015, estabelecido o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mais conhecido como Lei brasileira de inclusão (LBI).

Com isso, as matrículas de estudantes com deficiência nas escolas comuns aumentaram rapidamente. Diante disto podemos observar o desespero da parte dos profissionais, com isso as exigências nos cursos de pedagogia fazem-se questão de que sejam abordadas questões relacionadas à escolarização de estudantes com deficiência, sabendo que diferentemente de graduações quanto em cursos de especializações as pessoas com deficiência são trabalhadas através de concepção médica. Vale lembrar que vivenciamos no nosso cotidiano ninguém é igual a ninguém.

De início para planejar alguma estratégica inclusiva pedagógica, deve se atentar ao potencial da pessoa, antes mesmo de olhar para a sua deficiência, e em muitos casos os professores se sentem só em seu fazer pedagógico, causando uma sensação de fracasso quando não obtém os resultados desejados, é importante que haja dialogo e discussão entre os educadores, isso gera maior êxito processo educativo. Atualmente em muitas redes e escolas possuem um ambiente dinâmico e apropriado com grande um grande potencial, oferecendo aos educadores uma liberdade de compartilhar e colaborar uns com os outros.

O professor que está responsável pela sala, cabe a ele guiar, dar orientações nas atividades dos alunos, ele é direcionado pelo Projeto Pedagógico da escola, na educação inclusiva é dever do educando intervir nas atividades caso o aluno não tenha autonomia para desenvolver. Quando o ensino é baseado nas necessidades dos alunos leva-se em conta os diferentes estilos, ritmos e interesses de aprendizagem de cada um. Ou seja, todos os estudantes são diferentes e suas necessidades educacionais poderão requerer apoio e recursos diferenciados.

Ao discutir a escola inclusiva, Carvalho (2004, p. 115) destaca algumas das inúmeras funções de uma escola que busca se enquadrar nessa perspectiva de educação: 

 

... desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento que oferece a todos os que participam do processo educacional escolar; - promover todas as condições que permitam responder às necessidades educacionais especiais para a aprendizagem de todos os alunos de sua comunidade; - criar espaços dialógicos entre os professores para que, semanalmente, possam reunir-se como grupos de estudo e de troca de experiências; - criar vínculos mais estreitos com as famílias, levando-as a participarem dos processos decisórios em relação à instituição e a seus filhos e filhas; - estabelecer parcerias com a comunidade sem intenção de usufruto de beneficiar apenas e sim para conquistar a cumplicidade de seus membros, em relação às finalidades e objetivos educativos; - 30 acolher todos os alunos, oferecendo-lhes as condições de aprender e participar; - operacionalizar os quatro pilares estabelecidos pela UNESCO para a educação deste milênio: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser, tendo em conta que o verbo é aprender; - respeitar as diferenças individuais e o multiculturalismo entendendo que a diversidade é uma riqueza e que o aluno é o melhor recurso de que o professor dispõe em qualquer cenário de aprendizagem; - valorizar o trabalho educacional escolar na diversidade.

                                

 

FIGURA 3: FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

  

FONTE:Disponívelem:<https://www.uov.com.br/cursos-online-metodologia-de-ensino/artigos/educacao-os-desafios-da-educacao-inclusiva>. Acesso em: 30 set. 2021.

 

A formação continuada possibilita ao professor a atualização e a transformação de sua prática profissional. O acesso ao conhecimento e o exercício da reflexão permitem a ressignificação dos princípios e a possibilidade de mudar os paradigmas já construídos.

Todos os profissionais da educação precisam estar atentos para as particularidades dos alunos com deficiência, respeitando-os e atendendo-os como cidadãos capazes, detentores dos mesmos direitos que os demais alunos dentro de uma sociedade igualitária. Faz-se urgente enfrentar o desafio da inclusão escolar e de colocar em ação os meios pelos quais ela verdadeiramente se concretiza. Por isso, é necessário promover uma reforma estrutural e organizacional de nossas escolas. Criar uma escola capaz de oferecer condições de aprender, na convivência com as diferenças, desenvolvendo assim um cidadão pleno.

Quando as escolas disponibilizam espaços de integração dos professores para manifestar suas necessidades, elas cumprem sua função na Educação inclusiva, uma equipe gestora que entende e respeita as necessidades dos professores, dará oportunidade para a equipe compartilhar os relatos de condições de aprendizagens dos seus alunos, situações da sala de aula e discussão de estratégias para enfrentar os desafios. Estamos vivendo um momento de ajustar as necessidades dos profissionais da educação às necessidades dos alunos.

 

Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base de sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, os centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos da educação especial. Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça. (BRASIL, 2008, p.17 &18)

 

Para isso, podemos direcionar agora os nossos esforços na atuação dos gestores, no aproveitamento dos recursos, na reorganização dos sistemas de ensino para que seja possível guiar o professor, como propulsor que é; apoiá-lo a não esperar esquemas pré-definidos; acompanhá-lo na construção dos saberes para que possa com autonomia efetivar a sala de aula inclusiva e tornar-se sujeito da aprendizagem e de sua atuação profissional.

 

2.3 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 

A Educação Inclusiva ganhou forças nos anos 1990. “Antes, pessoas com deficiências eram habilitadas ou reabilitadas para fazer todas as coisas que as demais por meio da integração social e passavam a conviver conosco em sociedade. Agora, na inclusão escolar e social, as iniciativas são nossas. Somos nós que estamos nos preparando, criando caminhos e permitindo que elas venham conviver conosco. Por este motivo, cada vez mais vemos crianças e pessoas com deficiência em nossas escolas, nos espaços de lazeres e em todos os lugares da vida diária”, explica o especialista e psicólogo educacional Emílio Figueira.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica enfatizam a participação da família para a ampliação total do educando desde a primeira etapa de educação existem as redes de apoio que são compostas pela escola, equipe escolar, professores, família e profissionais da saúde. Ele se inicia na escola e é ampliado socialmente, visto que a escola é apenas uma parcela da aprendizagem dos alunos. devem ser organizados momentos que envolvam duas ou mais partes das redes de apoio.

 

A família, nesta perspectiva, é uma das instituições responsáveis pelo processo de socialização realizado mediante práticas exercidas por aqueles que têm o papel transmissor – os pais – e desenvolvidas junto aos que são os receptores – os filhos. (SZYMANSKI, 2010, p. 20)

 

 

FIGURA 4:  PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS

 

FONTE: Disponível em: < https://www.mildicasdemae.com.br/2019/09/como-praticar-a-inclusao-e-ensina-la-para-os-filhos-com-dicas-praticas.html>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

O dever da escola juntamente com a família, é proporcionar ao estudante uma educação de qualidade, é importante ressaltar que esses dois pilares precisam se complementar em seus papéis, principalmente na perspectiva das crianças consideradas como deficientes, ao buscar uma inclusão satisfatória desses discentes, com a cooperação de todos esse trabalho pode se dar de uma maneira satisfatória e leve, obtendo resultados diferenciados , podemos dizer que tanto uma como a outra têm a responsabilidade de transmitir e construir no indivíduo o conhecimento culturalmente organizado, transformando os modos de funcionamento psicológico, conforme as possibilidades de cada ambiente. A escola é uma instituição identificada por duas características principais: a de ensinar conteúdos e a de formar as pessoas por meio da circulação de valores, ideias, crenças, preceitos morais e éticos, o papel da escola nada mais é que garantir o aprendizado e habilidades do aluno, são o básico para que a criança compreenda o mundo e saiba viver em uma sociedade.

Podemos destacar que o papel da família perante esse contexto é promover a ação de socialização, proteger e contribuir para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Diante disso é importante destacar que quanto melhor for a parceria entre família/escola, melhor será os resultados na educação da criança.

Além disso, com a sua família, a criança é capaz de expressar seus primeiros sentimentos e aprender sobre os conflitos que podem surgir em sua vida, também no que tange às suas emoções e como tratar o outro, respeitando as pessoas que as cercam, sendo este um importantíssimo ensinado para a boa convivência com a comunidade (DESSEN; POLONIA, 2007).

 

FIGURA5:A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

 

FONTE: Disponível em: <https://ischolar.com.br/blog/a-importancia-da-relacao-entre-os-pais-e-a-escola/>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

Os ensinamentos de Barbosa (2011, p.13) destaca:

 

O dever da família com o processo de escolaridade e a importância de sua presença vem na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 1990, tais como: Estatutos da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei nº 8069/90, que aponta para os deveres da família e os direitos das crianças; Política Nacional de Educação Especial, que adota como uma de suas diretrizes gerais: adotar mecanismos que oportunizam a participação efetiva da família no desenvolvimento global do aluno, entre seus objetivos específicos, temos o envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento da personalidade do educando; Lei de Diretrizes e Bases da Educação, instituído pelo Lei n. 9394/96, que atenta para a importância da família, nos artigos 16 e 123, Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 10172/2001, que define como uma de suas diretrizes a implantação de conselhos escolares e outros formas de participação da comunidade escolar (composta também pela família) e local na melhoria do funcionamento das instituições de educação e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos (BARBOSA, 2011, p.13).

 

Por outro lado, com uma base familiar forte e acolhedora, o discente pode desenvolver melhor seus sentimentos e laços afetivos, tendo relações mais saudáveis com as pessoas que o rodeiam e estando mais aberto às oportunidades que podem surgir, como surgir um novo contato, ou uma conversa, da qual possa extrair um proveitoso aprendizado (DESSEN; POLONIA, 2007).

Família e escola têm papéis sociais específicos; entretanto, não completamente diferenciados. Juntas contribuem para o desenvolvimento histórico e humano de nossa sociedade, a partir do momento em que cada instituição se responsabiliza pelo seu papel na sociedade.

Segundo Mantoan (2003, p. 97):

 

A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender as dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e com um meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, tenham os mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas escolarizados em uma escola regular.

 

Toda família, seja com uma criança com deficiência ou não, tem uma maneira particular de tratá-la. Em geral, quando chegam à escola, mostram-se receosos, preocupados, ansiosos, pois, muitos deles recém irão tomar conhecimento que a criança apresenta alguma deficiência e temem que seus filhos sejam discriminados.

Quando a família se sente apoiada pela escola, esse sentimento se reflete também sobre a criança, criando um clima favorável ao trabalho. Os pais precisam se sentir tão incluídos quanto seus filhos E para isso a escola seja realmente um lugar onde não são observadas diferenças, tais como, cor, credo, raça, potencialidades, limites, etc., é preciso que realmente a escola seja um local de aprendizagem da cidadania.

 

2.4 A FORMAÇÃO CONTINUADA E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 

A importância da formação continuada direcionada ao contexto educacional inclusivo, sabemos que os educadores participam da formação continuada proporcionando a eles o desenvolvimento permanente e constante de aperfeiçoamento dos saberes necessários, tendo como principal objetivo de garantir um ensino de qualidade cada vez maior aos alunos.

Conforme a Política, “para estar atuando na educação especial o professor precisa ter como base da sua formação inicial uma disciplina a respeito da educação especial e da educação inclusiva, sendo que deve ter aptidão para perceber as necessidades educacionais específicas dos estudantes e flexibilizar a ação pedagógica para atender as suas. Essa formação aos educadores da instituição deve ser vista pelas escolas de educação infantil, equipe gestora, como fator necessário para construção de práticas inclusivas, tendo em vista as fragilidades da formação inicial dos professores para o atendimento de alunos com deficiência, pois o professor deve centrar-se em saber como aplicar sua prática docente na sala de aula objetivando o desenvolvimento do aluno.

 

Os educadores, os professores e os auxiliares de ação educativa necessitam de formação específica que lhes permita perceber minimamente as problemáticas que seus alunos apresentam que tipo de estratégia deve ser consideradas para lhes dar resposta e que papel devem desempenhar as novas tecnologias nestes contextos. (CORREIA 2008, p. 28)

 

FIGURA 5: FORMAÇÃO CONTINUADA

 

FONTE: Disponível em: <https://institutoinfantojuvenil.com.br/a-importancia-da-formacao-continuada-dos-professores//>. Acesso em: 06 out. 2021.

 

O professor deve estar exclusivamente preparado em sua prática pedagógica, assim repensando, interpretando, propondo métodos alternativos e metodologias de ensino pedagógicos de acordo com as necessidades específicas dos alunos, a formação continuada fornece, proporções apreciável para desenvolver um ensino-aprendizagem qualitativo, significativo e um desenvolvimento satisfatório das habilidades dos educandos.

De acordo com a Resolução nº 01 de 2002 do Conselho Nacional de Educação e Conselho Pleno (CNE/CP) do Ministério da Educação (MEC), que, instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, para curso de licenciatura, em seu art. 6º, § 3º, refere que o projeto pedagógico da escola deve incluir conhecimentos que possam promover o debate sobre questões culturais, sociais e econômicas.

Referências à formação de professores para atuarem na educação especial, são encontradas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008).

 

Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base de sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, os centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos da educação especial. Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça. (BRASIL, 2008, p.17 &18)

 

Diante disso, as escolas com os profissionais em geral, devem incluir de maneira ética os alunos com limitações específicas de aprendizagem nos diversos contextos sociais, na busca de desenvolver as diversas habilidades.

 

3 METODOLOGIA

 

Os materiais utilizados para a elaboração do presente trabalho se deu a partir de pesquisas bibliográficas a respeito do tema escolhido pela dupla, tivemos a oportunidade de enriquecer o trabalho pesquisando teses, dissertações, blogs que a Internet dispõe para acesso, os resultados foram significativos e através deles permitiram a elaboração do material, assim entendemos um pouco mais sobre o papel do professor na Educação Inclusiva, haja visto que no decorrer do curso foram destacados vários exemplos e grandes desafios que os docentes irão enfrentar dentro do seu ambiente de trabalho.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

O objetivo do trabalho foi abordar a importância, o preparo para o docente, os desafios, o valor que a Educação Inclusiva tem dentro de um ambiente escolar, não podemos esquecer da família que foi citada no presente trabalho sendo um dos principais pilares, juntamente com o corpo docente da escola responsáveis por oferecer aos alunos uma Educação Inclusiva de qualidade.

 

Uma escola inclusiva não “prepara” para a vida. Ela é a própria vida que flui devendo possibilitar, do ponto de vista político, ético e estético, o desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade crítica e construtiva dos alunos-cidadãos que nela estão, em qualquer das etapas do fluxo escolar ou das modalidades de atendimento educacional oferecidas. (CARVALHO, 2007, p. 34-35).

 

Além do professor, a família dos alunos com necessidades educacionais especiais pode participar a todo o momento do processo de ensino-aprendizagem dessas crianças, pois o tripé escola-família-comunidade é de suma importância, é através dessa participação os professores têm a oportunidade de melhor conhecer o seu educando e suas especificidades, surgindo a partir daí uma troca de informações a fim de possibilitar o melhor aprendizado a todos, pois sozinho não poderá efetivar uma escola fundamentada numa concepção inclusiva.

 

5 CONCLUSÃO

 

Ao analisarmos a Educação atual, podemos perceber que houve um grande avanço para a inclusão de alunos que possuem necessidades educacionais, isso fez com que os docentes buscassem novas formas, novos métodos de ensino trazendo benefícios para os alunos de forma significativa.

Portanto, acreditamos que é preciso que os professores sejam totalmente
envolvidos com a desmistificação das relações sociais, que tenham clareza teórica
para instigar o profissional que é passivo de erros, e que busque subsídios
adequados para compreender como ensinar os alunos com necessidade especial.

A inclusão implica uma mudança nas políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido inclusivo, formando um ambiente, onde a prática não precisa estar limitada a um sistema paralelo de educação. Por fim, nota-se a importância do professor nesse processo, pois é através dele que os
alunos aprendem a conviver com as diversidades e diferenças na sala de aula, fazendo com que haja um ensino voltado à compreensão e ao respeito mútuo.

 

REFERÊNCIAS

 

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FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011.

MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.

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FONTE:Disponívelem:<https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/educacao_inclusiva_breve_contexto_historico_das_mudancas_de_paradigmas.pdf >.Acesso em: 10 Set. 2021.

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FONTE: Disponívelem:<https://www.ginead.com.br/blog/qual-e-o-papel-do-professor-na-educacao-inclusiva>.Acesso em: 12 Set. 2021.

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FONTE:Disponívelem:<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-continua-educadores>.Acesso em: 18 Set. 2021.

 

FONTE: Disponível em: <https://diversa.org.br/artigos/desafios-na-formacao-docente-para-a-educacao-inclusiva/>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

FONTE: Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/588/educacao-inclusiva-desafios-da-formacao-e-da-atuacao-em-sala-de-aula>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

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FONTE:Disponívelem:<https://bdm.unb.br/bitstream/10483/15493/1/2015_ValkiriaCordeiroDaRochaSantos_tcc.pdf>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

FONTE:Disponívelem:<https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/716/ritamonografia.pdf?sequence=>. Acesso em: 30 Set. 2021.

 

FONTE:Disponívelem:<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-continua-educadores>. Acesso em: 06 out 2021.

FONTE: Disponível em <https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/155279/1/unesp-nead_reei1_d03_texto02.pdf>. Acesso em 18 Out. 2021.

FONTE:Disponívelem:<https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/TRABALHO_EV127_MD1_SA10_ID9047_28092019222226.pdf>. Acesso em 18 Out. 2021.

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