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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM FACILITADOR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM 5 ANOS

Crislaine Barbosa de Miranda

Bruna Corrêa Lino

Daniella Jesus Fialho de Arruda

Regiani Pinafi Carvalho

Marielle da Silva Martinez

 

RESUMO

Este estudo tem como objetivo identificar a importância de desenvolver atividades lúdicas, com as crianças da Educação Infantil, mostrando assim que estas atividades têm uma grande importância no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança, visando articular a teoria e a prática vivenciada durante a realização da Prática Docente em uma escola municipal de Educação Infantil. A pesquisa busca evidenciar e analisar as teorias pedagógicas existentes sobre a Ludicidade na Educação Infantil, visando compreendê-las de maneira a solidificar a prática educativa, tendo como ponto de partida a nossa prática docente na escola. A metodologia adotada é de pesquisa bibliográfica caráter reflexivo acerca dos estudos e trabalhos de especialistas que abordam a questão do lúdico na Educação Infantil e pesquisa participativa qualitativa durante a prática docente, desenvolvendo atividades lúdicas como: brincadeiras, jogos e leituras de contos. Com as pesquisas e os estudos sobre o assunto verificamos que através dos jogos, brincadeiras e das histórias as crianças adquirem novos conhecimentos que lhe darão suporte no seu desenvolvimento cognitivo. As atividades lúdicas facilitam a aprendizagem das crianças, e cabe salientar que as crianças gostam de participar de atividades que lhes proporcionem alegria, descontração e satisfação.

 

Palavras-chave: Educação infantil, Ludicidade, aprendizagem.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O lúdico é um assunto que é muito abordado na da Educação Infantil, visto que as crianças precisam ter contato com as brincadeiras, jogos, brinquedos e com histórias infantis como (fábulas e contos), por eles estarem presentes na sua infância, permitido assim um trabalho pedagógico que possibilite a aprendizagem.

O interesse pelo tema surgiu durante a graduação no curso de Pedagogia na disciplina de Ludicidade que apontou para a importância do lúdico no desenvolvimento cognitivo, psicomotor e socioafetivo na infância.

Os jogos e brincadeiras têm um grande valor educativo no modo de ensinar a criança a observar o meio em que se vive.

Kishimoto (1998, pg.68) menciona que Froebel postula a brincadeira como ação metafórica, livre e espontânea da criança. Aponta, no brincar, características como atividade representativa, prazer, autodeterminação, valorização do processo de brincar, seriedade do brincar, expressão de necessidades e tendências internas.

As brincadeiras fazem parte da vida das crianças, toda criança gosta de brincar de casinha, carrinhos, jogar bola, entre outras brincadeiras, o prazer de participar dessas brincadeiras é imitar a vida dos adultos, representando papéis de seus familiares e de pessoas que estão ao seu redor.

As atividades lúdicas contribuem no envolvimento das crianças nas diversas atividades escolares, pois as brincadeiras e as histórias infantis levam as crianças a refletir e a descobrir o mundo que as cercam. É importante utilizar as brincadeiras e os jogos no processo educacional, assim, os conteúdos são ensinados por meio das atividades lúdicas. A escola precisa propor atividades que despertem o interesse e experiência sociais das crianças.

A ludicidade é a manifestação da espontaneidade das crianças, é por meio de atividades lúdicas que as crianças falam e demonstram seus gestos de expressar de forma prazerosa e livre, revelando, mas significado em seu aprendizado.

Este trabalho aponta para a importância de desenvolver atividades lúdicas, com as crianças da Educação Infantil, mostrando assim que estas atividades têm uma suma importância no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança.

O presente estudo se estrutura inicialmente, com base em autores que abordam o assunto, com a intenção de desenvolver uma análise mais abrangente a respeito da temática, em seguida aborda algumas práticas pedagógicas realizadas com atividades lúdicas fazendo uma relação de teoria e prática, neste capítulo descrevo algumas atividades realizadas com crianças de 5 anos de uma turma de Educação Infantil, o último capítulo relata como a ludicidade pode ser um facilitador no processo de ensino e aprendizado, contando como as atividades lúdicas se tornou uma ferramenta indispensável nesse período de prática docente.

 

 

  1. AS TEORIAS LÚDICAS

 

O lúdico é um assunto que vem sendo estudado e discutido a muito tempo, por filósofos e estudiosos e tem conquistado espaço nas salas de aulas principalmente na educação infantil até mesmo pela preocupação cada vez maior em proporcionar uma metodologia que garanta um resultado eficaz na educação. As brincadeiras e os jogos são essenciais para as crianças, tornando assim um mediador entre o prazer e o aprendizado. Permitindo de tal modo um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento de forma contextualizada.

A ludicidade e a educação difundiram-se sobretudo a partir do movimento da Escola Nova e da adoção dos "métodos ativos". Desenvolver atividades lúdicas na escola não é uma discussão recente, Comenius em 1632, já sugeria a prática de jogos, devido ao seu valor formativo. “É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utiliza sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre seu eu” (WINNICOTT, 1975, p.80).

As brincadeiras são um dos primeiros contatos que as crianças têm em vivenciar o mundo, pois é uma atividade que possibilita a criança realizar descobertas sobre si mesmas e sobre o mundo que as cercam. A criança necessita desse momento de liberdade para manusear os seus brinquedos, para que tenham oportunidade de vivenciar e despertar a curiosidade de descobrir as formas e a qualidade de tudo que existe, há relação entre o brincar e o aprender, está vinculado à evolução ao processo de desenvolvimento infantil.

É importante ressaltar que o brincar proporciona à criança a conquista do seu espaço, exercita a inteligência e permite a imaginação. Desta maneira a brincadeira torna-se fundamental para o desenvolvimento da criança.

Segundo Dantas (1998, p. 113), na concepção walloniana, infantil é sinônimo de lúdico, e toda atividade da criança é lúdica, no sentido de que se exerce por si mesma. Em outros termos, toda atividade emergente é lúdica, exerce-se por si mesma antes de poder integrar-se em um projeto de ação mais extenso que a subordine e transforme em meio.

O lúdico deve ser à base de toda atividade da Educação Infantil, pois através da motivação a criança da origem ao processo de aprendizagens importantes, de maneira espontânea em trabalhar fazendo relação da fantasia e do real.

 

O lúdico significa a construção criativa da vida enquanto ela é vivida. É um fazer o caminho enquanto se caminha; nem se espera que ele esteja pronto, nem se considera que ele ficou pronto; neste caminho criativo foi feito (está sendo feito) com a vida no seu ir e vir, no seu avançar e recuar. “O lúdico é a vida se construindo no seu movimento. (LUCKESI, 1994, p.115)

 

A brincadeira do faz de conta proporciona a criança um momento de imaginação, neste momento a criança enriquece a sua identidade, experimentando outras formas de se pensar, representando papéis de seus familiares ou de pessoas próximas. Quando a criança brinca, imitando outras pessoas, recriam situações que a ajudam a satisfazer a suas necessidades de conhecer e explorar o novo.

Toda brincadeira tem regra, até mesmo o faz-de-conta possui regras que são criadas pelas crianças. Uma criança que brinca de ser mamãe e o outro de ser papai assume comportamentos e posturas pré-estabelecidas pelo seu conhecimento de figura materna e paterna, assim construindo representações que a criança registra, pensa e vê o mundo através do faz-de-conta, a criança assimila a realidade que vivencia no seu cotidiano e a transforma em brincadeiras.

O ato de brincar pode possibilitar as crianças de cinco anos uma forma de obter conhecimentos que redefina a elaboração do pensamento individual e coletivo. Cabe ao professor atender a demanda da turma, mas respeitando a individualidade de cada um.

O profissional da Educação Infantil tem que compreender e conhecer o jeito particular das crianças serem, pois, a Educação Infantil tem o desafio de trabalhar com as diferenças, as semelhanças e as individualidades de cada criança, promovendo a interação, o desenvolvimento e a aprendizagem.

A importância do uso dos jogos na Educação Infantil está ligada no convívio social, pois possibilitam as crianças um trabalho em grupo, permitindo que as crianças superem em parte o seu egocentrismo natural.

 

Jogo supõe relação social, interação. Por isso, a participação em jogos e brincadeiras contribui para a formação de atitudes sociais, respeito mútuo, solidariedade, iniciativa pessoal e grupal. É jogando e brincando que a criança aprende o valor do grupo como força integradora e o sentido de competição e da colaboração consciente e espontânea. (RIZZI e HAYDT, 1987, p.15).

 

Além dos jogos e brincadeiras proporcionarem prazer e diversão, representa também um desafio para as crianças, ajudando a elas desenvolverem o seu pensamento reflexivo, despertando o interesse da criança em aprender algo novo.

Segundo Kishimoto (1999, p.83) independente de época, cultura e classe social, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz de conta se confundem.

O professor pode promover aulas mais atrativas valorizando e aproveitando a essência que as crianças transmitem por meio das atividades lúdicas, com jogos, brinquedos e brincadeiras, deste modo, terá uma ferramenta indispensável no seu trabalho, pois os jogos e as brincadeiras possibilitam a criança desenvolver suas habilidades operatórias que envolvem a observação à comparação.

O brincar tem um significado muito grande tanto para a criança quanto para um adulto, as atividades lúdicas permitem a relação entre as diferentes culturas e diferentes idades. A brincadeira é uma atividade livre, espontânea da criança que possibilita o desenvolvimento físico e cognitivo, os brinquedos auxiliam essas atividades infantis.

 

É, portanto, função do professor considerar, como ponto de partida para sua ação educativa, os conhecimentos que as crianças possuem, advindos das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostas. ( BRASIL, 1998, p.33)

 

Segundo Rojas (2007, p.57) as experiências lúdicas possibilitam ao educador mediar, conhecer e compreender melhor o desenvolvimento da criança. É uma maneira de acesso às definições e experiências mais profundamente recalcadas da criança, o que ajuda no desempenho do professor no sentido de reorientar as ações pedagógicas em favor de um desenvolvimento cada vez, mas saudável.

 

A brincadeira é saudável, brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde, o brincar conduz aos relacionamentos grupais, é uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros. É no brincar que a criança pode ser criativa e utilizar sua personalidade integral, descobrindo o seu “eu”. Acima de tudo, o brincar motiva e é, por isso, que proporciona clima especial para a aprendizagem. (ROJAS, 2007, p.58).

 

O brincar nas atividades educativas ocupa um lugar muito importante no processo de ensino e aprendizagem, pois faz com que as crianças interajam por meio das experiências lúdicas.

 

A ideia de liberdade e as de ficção e fantasia mantêm grandes afinidades. Na história que inventa, assim como no jogo simbólico, a criança desfruta da liberdade máxima. Ela pode ser o que quiser criar a realidade que bem lhe aprouver. A onipotência ficcional é o maior atrativo para inventar histórias. (KISHIMOTO, 1998, p.115)

 

O brincar possibilita a criança construir um mundo do faz de conta sem perder o sentido da realidade, simbolizando momentos vividos, explorando o desconhecido e aprendendo o novo.

 

Na roda, na ciranda, no parque, na casinha de boneca, nos filmes e nas histórias, a metáfora vive, realiza e revela novas formas de brincar, reinventa outros significados no jogar, no correr, no pular amarelinha, no brinquedo de casinha que a criança transcende o “eu”, o ser, o estar e o sentir no embalo do prazer de brincar. Esse desvelamento do lúdico, como processo metafórico, permite-nos nova forma de interpretação das brincadeiras infantis. Interpretar no sentido de uma compreensão, de uma revelação de algo oculto, de um fenômeno. Da aparição e desvelamento de intenções que permeiam o pensar infantil. Interpretar no sentido de ler nas entrelinhas das expressões, falas, gestos, imagens, sucessões simbólicas que nos permitem olhar o universo da infância. (ROJAS, 2007, p. 33)

 

Huizinga (1980, apud, Rojas, 2007, p.45), evidencia a linguagem primeira da criança, como fonte de toda expressividade inicial do desenvolvimento humano, ampliando, no entanto, o caráter lúdico da cultura, ao atribuir significativo valor às diversas linguagens lúdicas, próprias da civilização. É o princípio de todas as linguagens, um momento de fantasia e significação em que o homem tem a oportunidade de interpretar o mundo, a partir de sua fala, jogando com as palavras, para dar sentido ao seu pensar.

Rojas (2007, p.58) chama a atenção para a valorização das práticas lúdicas na sala de aula como linguagem da criança na comunicação com o mundo que a cerca. Tal valorização do brincar deve ser como a cultura da criança, que, como qualquer outra, possui a sua própria.

Wallon (1968, apud Andrade, 2007, p 26), acrescenta que o jogo é, antes de tudo, lazer que pode exigir esforço, no entanto pode ser compreendido como uma atividade sem fim.

Winnicott (1985, apud Andrade, 2007, p 26), acredita que o jogo pode ser compreendido como um espaço do imaginário, aberto para as primeiras experiências voltadas ao exercício da criança em achar um, lugar a partir de onde possa operar o mundo.

 

A brincadeira é prazerosa, divertida. Mesmo quando não for acompanhada de sinais de alegria, ela ainda é avaliada positivamente pelos envolvidos.

A brincadeira é espontânea e voluntária. Ela não é obrigatória, mas escolhida livremente pelos participantes.

A brincadeira requer algum envolvimento ativo dos participantes. (GARKOY, 1990, p.4 -5 apud KISHIMOTO, 1999, p.56)

 

Quando as crianças brincam ou jogam, elas se sentem, mas motivadas, a superar obstáculos tanto físico, cognitivo ou emocional.  As brincadeiras proporcionam ao olhar infantil um pensamento cada vez mais tranquilo, beneficiando o aprendizado da criança ao longo do seu desenvolvimento. Deste modo leva-se em consideração que as crianças desenvolvem suas potencialidades, quando interagem, vencendo dificuldades, resolvendo situações problemas, tomando decisões nas situações de conflitos.

Deste modo, a brincadeira se configura como uma atividade social e cultural da criança é um ato que condiciona o infantil ao mundo real através de uma experiência antecipada dos fatos do seu dia a dia.

Desta maneira compreendemos que as brincadeiras devem ser entendidas como estratégias motivacionais no processo de aprendizagem, apresentando assim uma prática educativa com as crianças em que estas precisam desenvolver atividades que articulem as brincadeiras, as histórias, a fantasia, os jogos, com as propostas educativas.

 

 

  1. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO ATIVIDADES LÚDICAS

 

A Educação Infantil precisa trabalhar com a criança, tomando como ponto de partida o seu conhecimento prévio e considerando a suas características e individualidades. Neste sentido a Educação Infantil deve promover o desenvolvimento das crianças, para tanto é necessário considerar os seus conhecimentos prévios, pois elas devem vivenciar o seu mundo, explorando, respeitando e reconstruindo.

 

[...] educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural". (BRASIL, 1998, p.23)

 

Para Teixeira (1995, p. 23), existem várias razões que levam os professores a recorrerem às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem, para o autor as atividades lúdicas corresponde ao impulso natural da criança, mobiliza os esquemas mentais que estimulam o pensamento das crianças.

 

[...] Assim sendo, vê- se que a atividade lúdica se assemelha à atividade artística, como um elemento integrador dos vários aspectos da personalidade. O ser que brinca e jogo, o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. (TEIXEIRA, 1995, p.23)

 

As brincadeiras fazem parte da vida das crianças, muitas vezes se confundem a realidade com o faz de conta, imaginando e inventando situações, as crianças independentes de classe social têm o seu momento de brincar mesmo que seja alguns minutos, mas sempre arrumam um jeito, mesmo aquelas de classes menos favorecidas brincam, se não tem brinquedos elas mesmas os constrói com algum material que tem ao seu alcance, mas também tem aquelas brincadeiras que não precisam necessariamente de algum brinquedo, mas sim da imaginação da criatividade e da disposição das crianças e isso sabemos que elas tem de sobra.

 

[...] A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo – da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo. [...]. A criança que brinca sempre, com determinação auto ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção do seu bem e de outros. [...] Como sempre, indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação. (FROEBEL, 1912, p.55 apud KISHIMOTO, 1998, p.68)

 

Para o autor a brincadeira é como ação metafórica, livre e espontânea da criança. Aponta no brincar, características representativas do prazer, da autodeterminação e da valorização do processo de brincar.

É importante refletir como agir nos espaços escolares, pois como profissionais da educação temos que trabalhar com uma prática pedagógica coerente com o desenvolvimento infantil, a ludicidade é uma importante ferramenta para que a escola se torne mais atrativa e a aprendizagem mais significativa para as crianças.

Na Prática Docente realizado em uma escola municipal de Educação Infantil, trabalhemos com crianças de 5 anos e tivemos a oportunidade de desenvolver algumas atividades lúdicas, observamos que as atividades lúdicas são muito importantes, pois é na Educação Infantil que as crianças começam a desenvolver suas habilidades, a imaginação, a comparar o real com o faz de conta.

 

O processo de ensino-aprendizado na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança [...] e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará balizado também pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial. [...] a escola tem o papel de fazer a criança avançar em sua compreensão do mundo a partir do seu desenvolvimento já consolidado e tendo como meta etapas posteriores, ainda não alcançadas. (OLIVEIRA, 1995, p.62)

 

Através das brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, como: a atenção, a memória, a imaginação e a noção de regras.

 

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada. ( BRASIL, 1998, p.27)

 

As brincadeiras despertam nas crianças a curiosidade de descobrir o novo, aprendendo a ter a sua própria opinião despertando assim o seu senso crítico. Quando as crianças brincam elas ultrapassam a realidade, transformando através da sua imaginação, imitando em suas brincadeiras situações que acontecem no seu dia a dia.

Em uma atividade de jogo, a criança não só tem a oportunidade de vivenciar as regras impostas e pré-estabelecidas, mas como também pode transformá-las, pois as crianças não aceitam as regras simplesmente, elas também gostam de participar da construção, cabe ao professor estabelecer e recriar algumas regras com as crianças, trabalhando assim a oralidade delas.

O jogo de Boliche foi um dos jogos que realizamos com as crianças, e acabou sendo um facilitador na aprendizagem, possibilitando as crianças à percepção de posições, direções, distâncias, tamanho, o jogo contribuiu para o desenvolvimento da estruturação espacial da criança, além das crianças terem o contato com a sequência numérica podendo assim estar trabalhando os numerais através da contagem de pinos, a distância, as cores, a reutilização confeccionando o boliche com garrafas pet, com o jogo conseguimos desenvolver atividades interdisciplinares, que contemplaram diversas áreas de conhecimento despertando a curiosidade e questionamentos dos alunos e o professor precisa estar preparado para trabalhar com as diversas situações que podem surgir durante esse processo.

 

[...] a criança sente a necessidade das palavras e, ao fazer perguntas, tenta ativamente aprender os signos vinculados aos objetos. Ela parece ter descoberto a função simbólica das palavras. A fala, que na primeira fase era afetivo-conativa, agora passa para a fase intelectual. As linhas do desenvolvimento da fala e do pensamento se encontram. (Vygotsky, 1989, p. 38)

 

O jogo no cotidiano da educação infantil não somente oferecerá momentos prazerosos à criança, mas também será um poderoso aliado no processo de aprendizagem da criança. O professor deverá mediar às situações e criar atividades extrajogos para sistematizar o que foi aprendido, no caso do boliche montando com as crianças um gráfico com a pontuação.

 

É muito importante que a criança de cinco anos, nessa fase seja estimulada com jogos lúdicos que enriquecem os esquemas perceptivos em vários fatores (visuais, auditivos e sinestésicos), operativos (a memória, imaginação, lateralidade, representação, análise) psicomotoras. (coordenação fina) que define aspectos básicos que das condições para o domínio da leitura e escrita. (ALMEIDA, 2000, p.48)

 

Na medida em que se estimula o desenvolvimento da orientação temporal e espacial e da percepção das crianças, desenvolve também as habilidades que ajudam no processo de aprender noções matemáticas, além de estimular a coordenação e o equilíbrio.

 

Os jogos são essenciais na Educação Infantil por desenvolverem a autonomia e a sociabilidade dos pequenos. A atividade faz com que eles se relacionem uns com os outros e aprendem a esperar a vez e cumprir regras. [...] Com isso a turma desenvolve várias habilidades, como tomar decisões e exercitar a imaginação, com a vantagem de aprimorar a coordenação motora e a capacidade de transformar objetos. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2010, p. 82)

 

Outra atividade que desenvolvemos com as crianças foi desenhar no chão da sala de aula uma linha e simular que estávamos passando por cima de uma ponte, e para não cairmos teríamos que nos equilibrar, quando as crianças começaram a andar na linha, percebi que elas não tinham muito equilíbrio, mal começavam a andar e já saiam da linha demonstrando ter pouca coordenação e equilíbrio, como as crianças são persistentes e tudo se torna uma grande brincadeira, retornavam no início da linha e já começavam a dizer que agora conseguiriam atravessar a ponte. Muitas crianças ajudavam os outros colegas a se equilibrar incentivando ou segurando na sua mão para não sair da linha.

 

A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (BRASIL, 1998, p.29)

 

A brincadeira “andar de trem” as crianças andavam segurando nos ombros dos seus colegas imitando o som do trem, enquanto tocava a música, o trem caminhava pela sala inteira e sempre ocorria algum imprevisto como ter que passar numa ponte, e de repente a ponte quebra, motivando as crianças a resolverem situações problemas, questionando como o trem iria passar na ponte quebrada, assim estimulando a linguagem oral das crianças, contribuindo para a socialização das crianças com os demais colegas enquanto estão brincando.

 

A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (VYGOTSKY, 1984, p.97)

 

As brincadeiras de “vivo e morto”, “estatua” e “dança da cadeira”, possibilitou o trabalho com a percepção e a concentração das crianças, em ficar parado, sentado ou em pé, as crianças no começo ficavam envolvidas com a música e esqueciam de realizar o comando, mas em seguida já ficavam atentas para os comandos a serem dados, pois não queriam ficar de fora da brincadeira.

 

Nas situações de aprendizagem o problema adquire um sentido importante quando as crianças buscam soluções e discutem-nas com as outras crianças. Não se trata de situações que permitam “aplicar” o que já se sabe, mas sim daquelas que possibilitam produzir novos conhecimentos a partir dos que já se tem e em interação com novos desafios. Neste processo, o professor deve reconhecer as diferentes soluções, socializando os resultados encontrados. (BRASIL, 1998, p.33-35)

 

E não podendo esquecer a brincadeira de roda, que representa uma importante situação de aprendizagem, que desperta a sensibilidade e a criatividade da criança, e que contribui muito para o momento de lazer, quando se brinca de ciranda com as crianças, e incentivamos elas a ficar de mãos dadas, estamos fazendo uma ponte da afetividade, da amizade e da parceria, está brincadeira as crianças gostavam de realizar, sempre no recreio alguns grupos se reuniam para brincar de roda.

 

O brincar elemento importante, mediante o qual se aprende, sendo sujeito ativo desta aprendizagem que tem, nesse lúdico, efeitos de sentido prazerosos. No mundo lúdico, a criança encontra equilíbrio entre o real e o imaginário, alimenta sua vida interior, descobre o sentido de ser no mundo. (ROJAS, 2007, p.40)

 

Quando se fala em lúdico não podemos esquecer de falar sobre as histórias infantis, esse mundo de magia que revela muitos medos, desejos, aventuras, afeto, amor, amizade, e sempre tem finais felizes.  As histórias infantis favorecem o desenvolvimento da imaginação das crianças.

Segundo Carvalho, (2010, p.25) a contação de histórias é importante no mundo da criança. Contar histórias para as crianças é oferecer a ela um leque aberto de ofertas do mundo.

Os contos de fadas fazem fluir o imaginário das crianças despertando a curiosidade, que logo é respondida no decorrer dos contos. As histórias possibilitam as crianças descobrir um universo de magia, aventuras, conflitos que os personagens enfrentam ao decorrer de cada história.

Durante a prática docente tínhamos um projeto cujo tema era os Contos de Fadas, e todos os dias realizávamos leituras de histórias infantis, contos de fadas e fábulas, a leitura dos contos de fadas é uma atividade prazerosa tanto para o professor quanto para o aluno, pois apresenta uma grande aceitação entre as crianças, que despertam interesse, envolvimento e participação. As histórias possibilitam ao professor trabalhar com conteúdo que estão inseridos no currículo.

 

Assim, as histórias e os contos também podem desempenhar papel importante numa educação de infância que prima por seguir uma prática intercultural e interdisciplinar, à medida que permitam que a criança se identifique com múltiplos personagens que interagem em diversos contextos. Personalidades e valores, manifestando diferentes comportamentos, possibilitando que desta maneira a criança jogue o jogo da vida, conhecendo o outro e outros mundos, movimentando-se em seu campo infantil. (ROJAS, 2007, p.50)

 

Quando as histórias vão sendo contadas, as crianças se identificam com os personagens e transferem todos os seus conflitos para aqueles contados na história. A criança se envolve tanto que passa a se associar com algum personagem. Os contos de fadas representam muitas vezes certos medos que fazem parte da vida das crianças, e elas acabam associando esses medos com personagens das histórias.

O medo, mas comum entre as crianças na escola é que seus pais não venham buscá-los, então quando são deixados na escola, apresentam uma resistência em não querer ficar, quando se conta a história de João e Maria para as crianças este medo dos pais os abandonarem fica visível, as crianças ficam inquietas

Na história da Chapeuzinho Vermelho aparece o lobo mau, quando você conta uma história dessas para as crianças de 05 anos, logo já ficam com medo do lobo, mas a história não tem a intenção de assustar as crianças, mas de mostrar para as mesmas que não se deve falar com pessoas estranhas por exemplo. Contamos para as crianças uma nova versão da história onde a vovó estava muito doente e suspeitava que estava com dengue, aproveitamos para trabalhar um pouco sobre  como evitar que os mosquitos da dengue se proliferassem, as crianças  ajudaram a contar a história, esses momentos que envolvem a participação das crianças na leitura, além de incentivar a imaginação das crianças, incentiva também no hábito da leitura.

Já no Conto do Pinóquio trabalhamos com a questão da mentira, e as crianças se assustaram pelo fato de que cada vez que o Pinóquio mentia o seu nariz crescia, quando realizei a leitura deste conto as crianças falavam que não metiam, pois tinham medo do nariz crescer.

O conto dos três porquinhos aproveitamos para trabalhar os diferentes tipos de moradia, antes de contar a história, organizamos uma roda de conversa, para primeiro saber que tipos de moradia eles conheciam, assim ao decorrer da história  apresentávamos  a moradia dos porquinhos e perguntávamos  se eles conheciam alguma casa feita de palha ou de madeira, em seguida trabalhamos com a música “ A casa”, depois juntamente com as crianças procuramos em revistas e jornais diversos tipos de moradias, para montar um cartaz.

Para trabalhar com a questão das diferenças, utilizamos a história do patinho feio, pois já havia percebido que algumas crianças tratavam uma de suas colegas de classe com indiferença, depois que eu contei a história pedi para as crianças olharem umas para as outras, e depois perguntei se elas eram parecidas quando disseram que não, então expliquei que todos nós somos diferentes e devemos respeitar as outras pessoas e as crianças logo entenderam a mensagem da história.

Nas aulas o professor deve amenizar as situações fazendo com que as crianças reflitam e percebam as mensagens que as histórias passam.

A afetividade é um dos temas, mas abordados nos contos de fadas, sempre aparece um príncipe encantado ou uma princesa, que se casam no final da história e vivem felizes para sempre.

Segundo Rojas (2007, p.39), a construção lúdica carrega de afeto o processo de ensino e aprendizagem. São momentos de criação nas quais a criança tem a possibilidade de extravasar seu imaginário na construção do saber.

Muitas histórias infantis mostram as crianças à importância da amizade, do respeito e do carinho e dessa maneira possibilita a interação da criança com o professor e com os demais colegas.

 

Por meio do trabalho lúdico, a criança desenvolve atitudes de alteridade e de respeito pelo outro, percebendo diferenças e individualidades culturais e contextualizando situações pedagógicas que favorecem o desenvolvimento da imaginação; da observação; da memória e dos conhecimentos, associados a todo prazer que tal ludicidade proporciona. (ROJAS, 2007, p. 50

 

Os contos trabalham com a imaginação das crianças, possibilitando o desenvolvimento emocional, pois tratam de vários problemas que envolvem o cotidiano deles. As histórias sempre proporcionam as crianças um momento mágico onde o real e o faz de conta se misturam, de maneira que elas possam sonhar e ter esperança de que também podem ter finais felizes.

Quando se mostra para as crianças um livro de histórias as crianças ficam eufóricas, pois muitas só têm acesso aos livros nestes momentos em que o professor as proporciona e se queremos formar futuros leitores devemos desde cedo incentivar as crianças nas leituras, pois é importante possibilitar as crianças este contato com os livros, para que eles se acostumem a ouvir histórias e sempre tenham contato com a leitura e assim estará presente em suas vidas. A leitura de histórias pode ser uma maneira de brincar com as palavras e figuras, pois é uma atividade prazerosa para a criança e para o adulto, além de proporcionar uma rica fonte para a imaginação.

Quando a criança reconta uma história se encaixa bem na questão do brincar, na medida em que a criança tem o interesse em uma história, ela vai brincando com as palavras e com as imagens, proporcionando a criança o desenvolvimento da sua imaginação, muitas crianças quando recontam uma história buscam imitar, por exemplo, como a sua professora conta ou então dão vida aos personagens fazendo encenações.

 

O processo que permite a construção de aprendizagens significativas pelas crianças requer uma intensa atividade interna por parte delas. Nessa atividade, as crianças podem estabelecer relações entre novos conteúdos e os conhecimentos prévios (conhecimentos que já possuem), usando para isso os recursos de que dispõem. Esse processo possibilitará a elas modificarem seus conhecimentos prévios, matizá-los, ampliá-los ou diferenciá-los em função de novas informações, capacitando-as a realizar novas aprendizagens, tornando-as significativas. (BRASIL, 1998, p.33)

 

Considera-se que o lúdico tem um grande valor para promover experiências fundamentais para o desenvolvimento físico, mental e social da criança. Através dos jogos, brincadeiras e das histórias infantis as crianças começam a lidar com os sentimentos de perdas e ganhos, de tentar novamente. Atividades estas que são um facilitador na aprendizagem dos alunos e uma grande ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem.

Durante a prática docente sempre realizamos leituras de contos de fadas, fábulas brincadeiras e jogos com as crianças, para que a aula se torna-se mais atrativa para as crianças, ao realizar as leituras das histórias as crianças ficavam encantadas com as imagens, e  ajudavam a contar a história, demonstravam ter senso crítico, pois quando não gostavam das histórias elas relatavam o motivo, e junto com elas escolhíamos outra história para fazer a leitura, sempre buscamos proporcionar as crianças algo novo que envolvesse toda a turma, quando se trata de brincadeiras e jogos as crianças, nem sempre aceitam aquilo que você propõe, e junto com elas recriávamos a brincadeira, inventávamos novas regras, para assim poder transformar esse ambiente de aprendizado em um ambiente prazeroso de se estar.

As experiências lúdicas possibilitam ao professor conhecer e compreender melhor o desenvolvimento da criança. É uma forma de observar como as crianças agem durante as brincadeiras, os jogos e as histórias, pois a partir deste ponto o professor terá informações que o auxiliará na sua atuação como professor no sentido de orientar as suas ações pedagógicas.

 

 

CONCLUSÃO

 

Trabalhar com educação infantil, é uma tarefa muito delicada por se tratar do início da vida escolar, formação e adaptação no ambiente novo para a criança. Para essa nova fase da criança os educadores devem apresentar novas situações a partir da visão de mundo que elas já têm, trazer essas atividades para a realidade dessas crianças tornando-se um aprendizado prazeroso e que tenha um significado maior.

A atividade lúdica é importante para o desenvolvimento dessas crianças da faixa etária de 5 anos, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil aponta a brincadeira como um elemento que deve estar presente na rotina das escolas que atuam com a educação infantil, a brincadeira precisa ser encarada como um instrumento que colabora para o aprendizado, deixando de ser utilizada apenas para preencher o planejamento diário e completar a carga horária, o lúdico precisa estar vinculada com todo o trabalho do professor, não deixando perder essa essência que a criança traz consigo, do brincar, da imaginação, da criatividade, cabe a nós professores utilizarmos isso em sala de aula.

A ludicidade renova o trabalho do profissional da educação infantil e permite através destas atividades entender o que a criança necessita para o seu desenvolvimento.

As brincadeiras, os jogos e as histórias possibilitam a criança trabalhar os seus aspectos físicos, motor, emocional, social e cognitivo, compondo assim um importante elemento no processo de aprendizagem.

É importante ressaltar que a aprendizagem através da ludicidade não acontece somente nos momentos em que está vinculada as atividades educacionais, quando as crianças brincam de forma livre e natural, elas também estão aprendendo a interagir umas com as outras, dialogam entre si, criam regras e desenvolvem o andamento da brincadeira sem precisar da interferência de um adulto.

 A finalidade dessa pesquisa é demonstrar a importância da ludicidade na Educação Infantil não como um único recurso presente em sala de aula, mas como algo a mais para os professores utilizarem com as crianças.

Assim podemos ressaltar o lúdico como uma atividade significativa a ser explorada pelos profissionais que atuam na educação infantil.

Desta maneira percebesse a importância das atividades lúdicas, sejam elas, jogos de montar, brincadeiras de faz-de-conta, jogos simbólicos, jogos de regras, histórias ou brincadeiras livres para a infância. Cada uma delas proporciona um aprendizado que colabora no desenvolvimento cognitivo, social da criança.

 

 

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