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O FILME “EXTRAORDINÁRIO” COMO FERRAMENTA DE LUTA CONTRA O BULLYNG NA ESCOLA

Luciana Rocha de Paula

 

O filme “Extraordinário” apresenta uma história tocante que traz uma reflexão sobre muitas atitudes que às vezes tomamos sem pensar. Um olhar meio torto, uma gargalhada sem pretensão e pronto sem querer magoamos uma pessoa que está ao nosso lado e nem percebemos. Muitas vezes são as pessoas que estão a nossa volta que nos magoam. Auggie sofria muito com essas ações repetidamente.

Percebe-se que no filme, Julian é o principal agressor de Auggie. É possível perceber o reflexo de seu comportamento quando seus pais são apresentados no filme. As crianças, de modo geral, durante a escolarização, tendem a trazerem seus traumas do suas vidas até então, exteriorizam esses casos de alguma forma, o que deve ser trabalhado não só no próprio espaço escolar como no ambiente doméstico. A garoto tem insegurança sobre sua aparência, por isso gosta da festa de Halloween, porque todos estão fantasiados e sente-se igual aos demais.

O garoto sempre foi alvo de xingamentos, brincadeiras toscas e até mesmo agressões físicas apenas porque ele é diferente. “Garoto rato. Estranho. Freddy Krueger. E.T. Cara de lagarto. Mutante. Conheço os apelidos que me dão. Já tive em parquinhos suficientes para saber que as crianças podem ser cruéis.” Apesar de tudo, o garoto consegue superar seus desafios, superar o bullying e conquistar um espaço junto aos colegas de sala. Lidar com uma sociedade que não aceita diferenças é algo bem completo quando se é diferente do padrão.

Seu capacete é uma maneira de se esconder e fugir das outras pessoas, de seus julgamentos. Uma maneira de estar mais distante das zombarias e críticas.

Um primeiro passo foi a autoaceitação, a partir daí a inclusão foi outro ponto de grande valia. Ao ser inserido na escola e passar a ter contato com as outras crianças, apesar de no início a reação dos colegas ser de estranhamento, as coisas vão se acertando com o tempo, ao contrário do temor dos pais do garoto, que os fez mantê-lo fora de convívio social por algum tempo.

O bullying é um problema sério e preocupante. O combate a esse problema é responsabilidade de todos, mas principalmente, os professores devem se atentar a esse combate. Somente com o comprometimento de todos, as atitudes de bullying poderão ser reduzidas no ambiente escolar. Deste modo, é responsabilidade da escola conscientizar os estudantes, abrir espaço para diálogo sobre o assunto, deixar os estudantes a vontade para comentarem casos de bullying e discutir sobre isso. Neste caso os professores e demais funcionários da escola devem ser capazes de tomar atitudes de combate ao problema.

 

Referências:

 

ANDRADE, Dirlene Faria de; DIQUEIRA, Ítala; NUNES. Kamila Corrêa; PACHECO, Víctor José Souto; REIS, Ana Paula dos; SABIÃO, Roseline Martins; SILVA, Vilma Aparecida Tavares da. A prática de bullying nas escolas. Revista Psicologia e Saúde em Debate.  v. 5 n. 2019. Disponível em: http://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/481

 

SOARES, Wellington. 5 licções sobre bullying e inclusão de "Extraordinário". Nova Escola. 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/9473/extraordinario-filme-sobre-bullying-inclusao-deficiencia