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ENSINO E APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO II PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS

Regina Maria da Costa[1]

Cecília de Campos França[2]

Cristiane Paulino Gomes Gonçalves[3]

Elaine Rodrigues Souza[4]

Daniela da Silva Carvalho[5]

 

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo apresentar o processo ensino/aprendizagem que foi conduzido na disciplina de TGA II. Este buscou estimular o desenvolvimento de capacidades empreendedoras nos acadêmicos por meio de atividades que permitiram o uso dos conceitos atrelados às habilidades individuais/ grupais aos saberes atitudinais. A introdução apresenta o estado da arte do ensino das teorias em administração, indica a necessidade de alterações nos conteúdos curriculares, com a introdução de tópicos contemporâneos adaptados à realidade dos acadêmicos para proporcionar a aprendizagem significativa. Fez-se o uso da pesquisa qualitativa com metodologia de suporte e avaliação de forma contínuas por parte dos professores das disciplinas envolvidas. Os resultados apontaram que as habilidades apresentadas pelos alunos na autoavaliação final de cada atividade/semestre permitiram concluir que houve o desenvolvimento de saber empreendedor por parte dos acadêmicos, com uma e orientação sistemática e articulada no procedimento de condução do processo ensino/aprendizagem.

 

Palavras-chave: Administração. Aprendizagem Significativa. Competência.

 

ABSTRACT

This work aimed to presente the teaching/ learning process that was conducted in the TGA II discipline. This sought to stimulate the development of entrepreneurial skills in academics thought activities that allowed the use of concepts linked to individual/groups skills to attitudinal knowledge. The introduction presents the state of the art in teaching management theories indicating the need for changes in curriculum content, with the introduction of contemporary topics adapted to the reality of academics to provid meaningful learning. Qualitative research was used with the adoption of the continuous support methodology by the teachers of the subjects involved. The results showed that the skills presented by the students in the final self-assessment of each activity/semester allowed the conclusion that there was the development entrepreneurial knowledge on the part of the academics, with a systematic and articulated guidance in the procedure for conducting the teaching/learning process.

 

Key words: Management. Meaningful Learning. Competence.

 

1 INTRODUÇÃO

 

De acordo com o censo da educação superior (2019), o curso de Administração presencial ocupa o primeiro lugar em matrículas no ensino superior da rede pública no Brasil com (3,6%) seguido do curso de Pedagogia (3,5%) e Direito (3,3%). Já na rede privada, o curso de Direito tem o maior número de alunos matriculados (17,6%), ficando o curso de administração em segundo lugar (7,3%) e Enfermagem em terceiro (5,9%).

Diante desse cenário, é possível observar que apesar das apostas voltadas aos cursos de tecnologia, os cursos de graduação tradicionais continuam sendo procurados pelos ingressantes no ensino superior.

No entanto, a preocupação com a demanda pelo curso de administração no Brasil faz com que ocorra um processo de padronização no ensino, fazendo com que muitas instituições se importem mais com os números de cursos, de matrículas e de aprovações do que com a qualidade da produção ou da formação, ou seja, o foco é padronizar informações e maximizar a quantidade de alunos e assim, professores “adestrados” apresentam “receitas de bolo” e “doutrinas sagradas” dos manuais de gestão (ALCADIPANI E BRESLER, 2000).

Outro ponto também já analisado por pesquisadores brasileiros como Bertero, Caldas e Wood Jr. (1999); Bertero e Keinert, (1994), é a predominância da produção estrangeira, principalmente de origem norte-americana, entre os títulos recomendados aos estudantes. A implicação disso é a utilização sistemática de referências que nem sempre estão alinhadas com a realidade nacional e também a recorrência a conteúdos cuja qualidade e pertinência vem sendo questionada pelos próprios pesquisadores norte-americanos (PFEFFER E FONG, 2002; PFEFFER E FONG, 2004; MINTZBERG, 2004).

Peter Drucker (1997) já alertava que os campi das universidades poderiam se tornar relíquias, não sobrevivendo, por não buscarem mudanças eminentes em suas estruturas de ensino em um mundo em mudanças.

Tais mudanças implicam na transformação de conteúdos que possam ter significado para o aluno. Sendo assim há a necessidade de atitudes pedagógicas inovadoras, levando os estudantes a questionarem o conhecimento que vêm recebendo por meio de uma postura mais reflexiva.

São raras as experiências de mudança nas estratégias pedagógicas quanto à subversão do quadro de assimetria entre docentes e estudantes que em geral se observa nas salas de aula (Quadro 1).

 

Quadro 1 – Visão geral da cadeia de valores em educação em Administração.

CONHECIMENTO

 

Baseado em empresas

(Pré – 1950)

Baseado no corpo docente

(1950-1999)

Baseado nos estudantes

(2000 em diante)

Criação

Lições práticas profissionais

Teórico/ empírico

Professores PhDs

Unidades modulares

Corpo docente misto

Assimilação

Bibliotecas limitadas

Livros e periódicos de gestão

Bibliotecas digitais

Distribuição geográfica

Local

Regional / Nacional

Global

EVENTOS – CHAVE

 

Fundação Ford

Rankings da mídia

Proliferação da internet

 

Revolução Industrial

Base de dados eletrônica

Revolução do conhecimento

Fonte: adaptado de RAE vol. 44 N° 1

 

Observe no quadro 1, que a forma pedagógica baseada nos estudantes é bem recente, de 2000 em diante. Anterior a esse período, todo manual básico de administração adotava uma abordagem funcional rígida onde os gerentes deveriam planejar, organizar, contratar pessoas, liderar e controlar.

Contudo, os estudos das teorias em administração exigem uma abordagem com tópicos contemporâneos, pois o mundo do trabalho mudou e a mudança é o assunto dominante, tornando itens como a tecnologia, pessoal, globalização e liderança, como questões decisivas e determinantes na competição e sobrevivência das organizações (RIBEIRO, 2005).

As organizações modelos não são mais a General Motors (GM) e ou IBM, mas os novos modelos como Microsoft e WalMart por exemplo, fazendo com que os estudantes se interessem mais em saber o que funciona e o que não funciona nessas estruturas organizacionais, pois a administração deve fazer as coisas acontecerem, além do desempenho, planificação, organização, direcionamento e monitoração de esforços, ela é sobretudo a obtenção de resultados (ROBBINS, 2005).

Em se tratando da ênfase nos objetivos e resultados é uma das características evidenciadas nos estudos da teoria neoclássica, conteúdos intrínsecos no currículo da disciplina de Teoria Geral da Administração (II).

Enquanto a abordagem clássica é dividida em administração científica e Teoria clássica, a “Teoria Neoclássica” é identificada pelas principais características: (i) Ênfase na prática da administração, (ii) Reafirmação dos postulados clássicos, (iii) Ênfase nos princípios gerais da administração, (iv) Ênfase nos objetivos e resultados, (v) Ecletismo nos conceitos e (vi) Ênfase na departamentalização (CHIAVENATO, 2011).

Tendo em vista as características da Teoria Neoclássica, as ações desenvolvidas na disciplina de TGA II na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) campus de Tangará da Serra, ocorrem semestralmente com a turma do 2° módulo em Administração matutino, buscando proporcionar uma visão global por parte dos acadêmicos, fundamentada numa perspectiva relacional entre os mais variados conhecimentos, integrando-os e articulando-os de maneira prática dando ênfase nos objetivos e resultados.

Diante disso, para a execução das atividades faz-se uso das características elencadas com o suporte da Administração por objetivos (APO) proposta por Peter Drucker (1909-2005) de maneira participativa, deixando os acadêmicos livres para a escolha (aprendizagem significativa) “em que e como” permitindo-os fazer o uso das ferramentas em administração, incitando desse modo o desenvolvimento de competências empreendedoras.

A cada semestre quando se faz a apresentação do projeto é delegada aos acadêmicos a possibilidade do desenvolvimento de algumas competências específicas propostas no PPC do curso, pois são os mesmos quem definem o que irão desenvolver (produtos e/ou serviços) como resultado final do uso das ferramentas de gestão.

Dentre as diversas competências propostas no PPC do curso, as observadas e avaliadas nesse contexto de ensino e aprendizagem são: (i) Capacidade para o desenvolvimento de expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; (ii) Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; (iii) Ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; (iv) Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; (v) Flexibilidade: adaptabilidade para lidar com as mudanças rápidas no ambiente e nos processos e (vi) Persistência: ser capaz de perseverar em busca de metas e objetivos independentemente dos obstáculos que se apresentam (PPC DO CURSO ADM, 2012).

 

Aliados, professores e acadêmicos realizam um evento no campus da UNEMAT local em data específica para exposição das atividades desenvolvidas.

A forma de ensino e aprendizagem utilizada na disciplina de TGA II possui como objetivo estimular o desenvolvimento de competências empreendedoras nos acadêmicos por meio de atividades que permitam o uso dos conceitos atrelados às habilidades individuais/ grupais aos saberes atitudinais.

A maneira como está configurado o ensino e aprendizagem na disciplina de TGA II vem ocorrendo desde os semestres 2016/2 a 2020/2. No entanto, no primeiro semestre (2016/2) ocorreu de maneira experiencial formalizando as atividades apenas no registro das aulas de TGA_II no Sistema Acadêmico (SAGU).

No semestre posterior as atividades foram realizadas durante todo o semestre 2017/1 sendo possível observar o grau de envolvimento de cada participante, desafios, dificuldades de relacionamento em grupos e a superação individual. Apesar das atividades práticas na disciplina de TGA II, terem ocorrido durante todo o semestre, a formalização das ações ocorreu apenas como um evento (PARECER Nº. 260/2017-PROEC “CURSOS E EVENTOS), apresentando apenas o resultado final das ações.

Para a realização das atividades práticas que vem sendo desenvolvidas (mini cursos, ciclos de palestras, fabricação de produtos e comercialização, elaboração de projetos de cunho social e eventos) os acadêmicos são estimulados a elaborarem os principais planos (5 Ws e 3 Hs, SWOT, cronograma, orçamento e regulamento do grupo de trabalho) e com o passar dos semestres e aquisição de experiências dos envolvidos, foi necessário formalizar as ações em um Projeto de ensino e extensão denominado “Café com Pesquisa”.

Com as atividades que vem sendo concretizadas, acontece o ensino e a aprendizagem integrada, haja vista, o envolvimento dos professores das diversas disciplinas e dos diversos cursos.

Aposta-se que a forma de ensino e aprendizagem utilizada na disciplina de TGA II com a integração de diversos saberes, formam administradores empreendedores capazes de gestar e gerir o próprio empreendimento por meio da utilização das ferramentas administrativas na prática do negócio. Registra-se aqui a relevância do envolvimento com a sociedade em geral que passa a conhecer as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos adquirindo os produtos/ serviços por meio da compra/ e participação nos eventos.

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

2.1 Abordagem interdisciplinar no ensino

 

Conforme esclarece FAZENDA (2005) a palavra interdisciplinaridade evoca a “disciplina” como um sistema constituído ou por constituir, e a interdisciplinaridade sugere um conjunto de relações entre disciplinas de forma que estas são abertas à novas relações que se vão descobrindo por meio de diálogo contínuo. Interdisciplinar é toda interação existente dentre duas ou mais disciplinas no âmbito do conhecimento, dos métodos e da aprendizagem das mesmas. Interdisciplinaridade é o conjunto das interações existentes e possíveis entre as disciplinas nos âmbitos indicados. Pode ser considerada ainda como uma forma de articulação no processo de ensino e de aprendizagem, vista como uma atitude e postura diante do conhecimento, do trabalho e da vida. Ou seja, pode ser uma nova forma de repensar a educação (MORIN, 1993), uma solidez para as opções metodológicas do ensinar (GADOTTI, 2004) e ainda, um componente orientador na formação de profissionais da educação (PIMENTA, 1996).

Já a multidisciplinaridade corresponde à busca da integração de conhecimentos por meio do estudo de um objeto de uma mesma e única disciplina ou por várias delas ao mesmo tempo. Este tipo de pesquisa traz contribuições significativas a uma disciplina específica, porque “ultrapassa as disciplinas, mas sua finalidade continua inscrita na estrutura da pesquisa disciplinar” (NICOLESCU, 2000. p.14).

A adoção da interdisciplinaridade se deu por ambicionar proporcionar aprendizagem focada no acadêmico e no desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de suas habilidades humanas e profissionais, de suas atitudes e valores relacionados à atividade profissional. O foco na aprendizagem tem no aprendiz “o papel central de sujeito que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem. E para isso é necessário que o mesmo busque informações, trabalhe-as e produza conhecimentos e ao adquirir habilidades mude as atitudes e adquira valores” (MASETTO, 2005, p. 83).

No que diz respeito às competências, Perrenoud (2000), refere-se como a capacidade de articular um conjunto de esquemas, situando-se, portanto, além dos conhecimentos, permitindo mobilizar os conhecimentos na situação, no momento certo e com discernimento.

Fleury e Fleury (2001) conceitua competência como a junção entre o saber teórico (conhecimento – saber) a habilidade (tarefa – saber fazer) e ao ser atitude (atitude – saber ser). Em suma, ser competente é ser capaz de mobilizar conhecimentos aplicando-os com capacidade de julgamento em situações reais e concretas.

Por fim, quanto à aprendizagem significativa, Almeida (2007) aponta como um ensino construtivista que implica em deixar de ver o estudante como um receptor de conhecimentos e passa a considerá-lo como agente de uma construção, que é a sua própria estrutura cognitiva. O professor propõe a estratégia de aprendizagem e tarefas escolares que exijam do estudante apresentar o significado claro do conceito e transformação do conhecimento adquirido. O docente deve ser o mediador dessa construção.

Com base no tripé, o ensino de maneira interdisciplinar, por meio da aprendizagem significativa, acreditamos proporcionar aos acadêmicos o desenvolvimento de algumas competências empreendedoras propostas no PPC. A interdisciplinaridade nos remete ao estabelecimento de relações, pois qualquer que seja o objeto do trabalho, pesquisa, estudo, é necessário saber que está sempre ligado a uma totalidade. A interdisciplinaridade se constrói no diálogo constante e no fazer junto de modo cooperativo. Concordar, discordar (não é ofender). Discordar é interpelar uma forma inclusive de levar em conta o Outro, considerá-lo. Somos seres de relações, e a realidade é relacional. Assim sendo, é necessário estabelecer relações (FRIGOTTO, 2008; 2020). A interdisciplinaridade busca interligar aspectos , elementos que foram segmentados em disciplinas, áreas diversas, mas que estão em movimento constante e relacional na dinâmica do mundo

Outro fato também é a resposta à sociedade cada vez mais globalizada, as universidades fomentam a competitividade com o diferencial da inovação nos processos de transferência de conhecimento (RODRIGUES, 2011). Na pesquisa que trata sobre a carreira profissional do professor universitário no Brasil, relata-se que os professores são incentivados a participarem de atividades de pesquisa, eventos científicos e cursos adicionais necessários para a aquisição de novos conhecimentos (LACOMBE, 2005). Em busca de novos conhecimentos, as universidades, os estudantes, cientistas e professores buscam transformar saberes em propriedade intelectual que, com suas pesquisas e projetos tornam-se mais ativos na comercialização e/ou transferência de tecnologia. Essa comercialização advém de serviços prestados com ensino, pesquisa e extensão, consultorias e de spin-offs (LACOMBE, 2005; ETZKOWITZ; ASPLUND; NORDMAN, 2001).

Os estímulos para o aprendizado podem ser oriundos dos serviços de ensino, pesquisa e extensão e são considerados como métodos de produção de conhecimento que permitem a criação de metodologias de participação social bem como, processos e instrumentos inovadores. Em relação à extensão universitária é um método educativo que permeia o ensino e a pesquisa, que promove a transformação das relações entre a universidade e a sociedade (CORRÊA, 2003).

Desse modo, a extensão universitária, propicia o complemento da formação acadêmica de discentes e docentes, dada pelas atividades de ensino e pesquisa alinhadas a novos conhecimentos, no qual se complementam atuando de maneira sistêmica (SANTOS, 2010).

Nessa perspectiva sistêmica a aposta é no uso de várias abordagens da administração integrando-as com as mais variadas áreas do saber, e de maneira interdisciplinar será possível assegurar visão macro ao administrador de que a organização é um sistema aberto que sofre impactos de inúmeros fatores ambientais internos e externos, necessitando dos mesmos uma coordenação dinâmica que possa assegurar que as metas sejam adequadas e alcançadas.

 

2.2 Ensino por competências

 

É possível encontrar na literatura inúmeros conceitos para competências demonstrando dessa forma a heterogeneidade com que o assunto pode ser combinado em diferentes esferas de atividades como o trabalho e a educação (DIAS, 2008).

No âmbito da educação, os estudos enfatizam a formação de currículos, o processo de ensinar e aprender, a avaliação e as competências docentes (PERRENOUD 1999; ZABALA E ARNAU 2007; MORETTO 2009). No entanto, a competência é inseparável da ação, ou seja, não é possível separar os esquemas de mobilização dos conhecimentos em tempo real do serviço de uma ação eficaz (PERRENOUD, 1999).

Em relação à mobilização dos conhecimentos teóricos presentes nas disciplinas é necessário que os mesmos sejam evidenciados nas atitudes, comportamentos, hábitos, posturas, todos direcionados a uma ação de trabalho que remeta a um saber, um saber fazer e um saber ser com vínculo a um contexto real específico (ARAUJO, 2001).

A formação por competências precisa transcender os saberes disciplinares para um ensino que produza competências verificáveis em um contexto com tarefas específicas (TANGUY, 2003). Isso não significa a exclusão das disciplinas, pois as competências são desenvolvidas dentro delas e na sua interseção com a realidade empírica (PERRENOUD, 1999).

Sendo assim, o ensino baseado na interdisciplinaridade possibilita aos discentes, maiores capacidades para reconhecer e resolver problemas (SANTOMÉ, 1998), pois as experiências de aprendizagem concretas e práticas em contextos reais proporcionam uma aprendizagem significativa por permitir a associação às experiências da vida diária, retirando dessa maneira o aluno da condição de expectador (MORAES; GALIAZZI; RAMOS, 2012)..

            Dessa maneira o aluno passa a ser o centro do processo educativo e o professor como organizador das situações de aprendizagem. O processo de avaliação deve focar as competências estabelecidas, sendo avaliadas por critérios de desempenho estabelecidos previamente, privilegiando dessa forma a capacidade de aplicação dos conhecimentos e não apenas a sua aquisição (PERRENOUD, 1999; ARAUJO, 2001; TANGUY, 2003).

 

3 METODOLOGIA

 

A metodologia utilizada nesse estudo é do paradigma qualitativo sendo de suma importância para os trabalhos científicos, pois permite alcançar os objetivos do estudo de maneira eficaz. De acordo com KLEIN et al., (2015) a pesquisa qualitativa procura abordar o que é comum, mas deixa evidências abertas para a percepção da individualidade e os significados diversos apresentados pelos indivíduos numa dada realidade. 

A metodologia é caminho utilizado para o cumprimento das atividades desenvolvidas na disciplina de TGA II. Portanto, com o passar dos semestres o dinamismo das atividades exigiu o suporte contínuo junto aos acadêmicos dando origem à um Projeto de Ensino e Extensão denominado “Café com Pesquisa” para atender os objetivos propostos.

De acordo com Costa et. al (2013) a metodologia de suporte contínuo é a ideal para esse tipo de atividade interdisciplinar. Esses autores aplicaram essa metodologia com um grupo de mulheres produtoras rurais na comunidade Vale do Sol II (Frutos do Vale) em parceria com a Universidade (UNEMAT) por meio de um projeto de extensão e ao subsidiar o núcleo de produção com o suporte contínuo, as produtoras tornaram-se aptas na adequação das mudanças necessárias para a obtenção do Selo de Inspeção Municipal (SIM) o que contribuiu para a credibilidade da qualidade dos produtos fabricados.

Além disso, pode-se afirmar que a metodologia de suporte contínuo permitiu que houvesse absorção de conhecimentos quando os envolvidos aplicavam na prática os procedimentos de boas práticas e utilizavam as ferramentas gerenciais no negócio. Por meio dessa metodologia o núcleo continua fazendo a gestão de forma sustentável, requerendo esporadicamente suporte dos profissionais do curso de administração da universidade em suas necessidades.

Sendo assim, ao adotar a metodologia de suporte contínuo, cada professor durante as aulas com a turma do 2° módulo em administração oferece suporte contínuo aos acadêmicos fazendo referência dos conteúdos na aplicação prática da atividade escolhida pelos acadêmicos auxiliando-os no desenvolvimento.

A disciplina de Teoria Geral da Administração II (TGA II) é desenvolvida de maneira interdisciplinar e integradora, pois busca o envolvimento de professores das mais diversas disciplinas (Introdução ao empreendedorismo, Administração Mercadológica I, Gestão Pública, Matemática Financeira, Administração de materiais e recursos patrimoniais II, Gestão de custos I, Planejamento e Gestão da Qualidade e Assessoria contábil) dos diversos cursos existentes na UNEMAT.

Com essa dinâmica, os professores que aderem às atividades da disciplina proporcionam aprendizagem aos acadêmicos permitindo-os perceber a interdependência do conhecimento nas diversas áreas, como suporte na gestão. Para isso é proposto aos acadêmicos uma visão integrada dos conhecimentos, habilidades e bases tecnológicas, científicas e instrumentais que levam o aluno a construir e desenvolver determinadas competências propostas no Projeto Pedagógico do Curso de Administração elencadas anteriormente.

O objetivo geral delineado na disciplina de TGA II consiste em estimular o desenvolvimento de competências empreendedoras nos acadêmicos por meio de atividades que permitam o uso dos conceitos atrelados às habilidades individuais/ grupais aos saberes atitudinais.

Para o alcance do objetivo geral faz -se o suporte dos objetivos específicos: (i) Orientar na elaboração do planejamento (APO), cronograma, orçamento, regulamento; (ii) Motivar na criação ou melhoramento de produtos e ou/serviços; (iii) Apoiar no levantamento de custos e formação do preço de venda; (iv) Identificar possíveis demandas e os principais canais de comercialização (público e privado); (v) Assessorar os processos produtivos focando a qualidade dos produtos/ e ou serviços; (vi) Nortear na divulgação do evento e produtos/ serviços; (vii) Diagnosticar a viabilidade do negócio/ evento, (viii) Desenvolver trabalho final integrado, correlacionando tópicos da Teoria Neoclássica (Administração por Objetivos (APO), Teoria Estruturalista, Teoria Comportamental, Teoria Contingencial e Teoria dos Sistemas) com a atividade prática e por fim, (ix) Estabelecer canais de diálogos com representantes legais onde forem realizadas as ações planejadas pelos acadêmicos

Para atender os objetivos (i e v) durante as aulas de TGA II, os acadêmicos elaboram o planejamento do produto/serviço e do evento (APO), cronograma, orçamento e regulamento do grupo, dando ênfase nos processos produtivos, focando a qualidade dos mesmos.

Já no objetivo (ii) o mesmo é direcionado para ser atendido durante as aulas de introdução ao empreendedorismo e Planejamento e Gestão da Qualidade que consiste na motivação para a criação ou melhoramento de produtos/serviços.

Em relação aos objetivos (iv e vi) que consiste no mapeamento da demanda e identificação dos princípios canais de comercialização (público e/ou privado) e divulgação do serviço e/ou produtos, o suporte ocorre durante as aulas de Administração Mercadológica I. No entanto, o mesmo objetivo (vi), quando o foco das vendas é direcionado à canais de comercialização institucionais como os programas governamentais, o suporte ocorre durante as aulas de Gestão Pública.

Para concretizar os objetivos (iii) quanto ao apoio para o levantamento de custos e formação do preço de venda e (vii) diagnósticos da viabilidade do negócio, o baluarte se dá por meio das aulas de Matemática Financeira e Administração de materiais e recursos patrimoniais II, podendo contar também com profissionais do curso de ciências contábeis (disciplinas Gestão de custos I e Assessoria Contábil) que oferecem cursos de capacitação nas temáticas: Gestão de custos; Formação de preço de venda; Abertura de empresas e regime de escrituração.

O (viii) objetivo requer o desenvolvimento pelos acadêmicos de um trabalho final integrado, exigindo que os mesmos façam a correlação das Abordagem Neoclássica (Administração por Objetivos (APO), Teoria Estruturalista, Teoria Comportamental, Teoria Contingencial e Teoria dos Sistemas) com a atividade prática desenvolvida.

Como a metodologia científica é um agregado de métodos e técnicas utilizadas para alcançar o conhecimento, a metodologia de ensino e aprendizagem “do suporte contínuo” utilizada na (s) disciplina (s) de TGA II é de suma importância para os trabalhos realizados, permitindo alcançar os objetivos delineados de maneira eficaz, evidenciando a percepção da individualidade e os significados diversos apresentados pelos acadêmicos durante a auto avaliação do aprendizado numa dada realidade. 

Sendo assim, o processo de suporte e avaliação é contínuo do início ao fim das ações por parte dos professores em cada disciplina/ semestres. Concomitantemente, ocorre também, a auto avaliação por parte dos acadêmicos em grupos de maneira oral, que apresentam as competências alcançadas e apresentam sugestões de melhorias para os próximos trabalhos com as novas turmas.

 

4 RESULTADOS

 

A cada semestre quando se faz a apresentação da disciplina é delegada aos acadêmicos a possibilidade do desenvolvimento das competências específicas propostas no PPC do curso de Administração pois são os mesmos quem definem o que irão desenvolver (produtos e/ou serviços) como resultado final.

Ao optar pelo desenvolvimento de um novo produto ou melhoramento de um produto existente, e/ou a formatação de um tipo específico de serviço, são utilizados os conceitos teóricos abordados em cada disciplina, posteriormente é dada a oportunidade para os acadêmicos ofertarem os produtos/serviços por eles produzidos no campus da UNEMAT local e na sociedade em geral.

As principais atividades desenvolvidas pelos acadêmicos na disciplina de TGA II por meio do Projeto de Ensino e Extensão café com Pesquisa estão contempladas no quadro 2.

 

Quadro 2 – Atividades desenvolvidas por período/ semestre letivo pelos acadêmicos do 2° módulo em administração.

 

SEMESTRE

ATIVIDADES

 

 

 

2017/2

- Elaboração do planejamento, cronograma, orçamento e planilhas de custos e fabricaram produtos (guirlandas, mini chocotones trufados, Kits natalino, Paes de mel e trufas. - Exposição e comercialização dos produtos na comunidade externa “no módulo esportivo do município, local este onde se encontrava a CARAVANA DA TRANSFORMAÇÃO do governo Estadual”.

 

 

2018/1

 

-Capacitação discente por meio de um mini curso “gestão de custos”; - Capacitação através do mini curso, referente “formação de preço de venda e ponto de equilíbrio”; Palestra sobre “Abertura de empresas e regime de escrituração”. - Desenvolvimento dos produtos: Café cremoso, Bolo no pote, trufas na casquinha, porta-retratos; -Comercialização na comunidade acadêmica do campus e comunidade externa. -Apuração dos resultados e apresentação de relatório final integrado. - Suporte da turma do 5º semestre matutino para o mapeamento do processo de produção.

2018/2

-Elaboração de diversos projetos aplicando a Administração por Objetivos (APO): Plano, cronograma, orçamento e regulamento. Os temas escolhidos pelos acadêmicos demonstraram a aplicabilidade prática das teorias estudadas e contemplaram a comunidade acadêmica e externa. -Os grupos discutiram as ideias e elaboraram as etapas do projeto durante os horários das aulas de Teoria Geral da Administração II com o suporte contínuo. Como resultado, foram elaborados os seguintes projetos: 1 – Evento – Festa para crianças beneficentes; 2 – I Encontro de cafeicultores de Tangará da Serra; 3 – Palestra de sensibilização ao produtor de leite da importância de empreender; 4 – Palestra sobre educação financeira para produtor rural que comercializam na feira municipal; 5 – Reforma de uma sala da UNEMAT campus de Tangará da Serra. Minicurso com o título: “Pesquisa cientifica na prática – semelhanças de projeto e planejamento”. Apresentação dos projetos no evento “Café com Pesquisa” no saguão de entrada do campus para apreciação do público em geral.

2019/1

Realização do 1° Ciclo de Palestras desenvolvido por essa turma. O objetivo dessa atividade foi a de proporcionar aos acadêmicos, aplicabilidade prática dos conhecimentos adquiridos na teoria, em especifico na ênfase da Administração por objetivos, onde os mesmos precisaram desenvolver: Planejamento, cronograma, regulamento e orçamentos para que a ação (o ciclo de palestras) se concretizasse. A escolha das temáticas e dos palestrantes se deu de maneira livre entre os acadêmicos oportunizando uma administração participativa. O Ciclo de Palestras aconteceu no dia no auditório da UNEMAT campus de Tangará da Serra, disponível para o público em geral.

2019/2

Realização do I Encontro de Cafeicultores de Tangará da Serra e região – IENCAFE. - Participação de autoridades e pessoas interessadas no fomente da cultura na região; - Apresentação do diagnóstico da cultura cafeeira no Estado do Mato Grosso pelo Secretário de Estado da Agricultura Familiar (SEAF); - Apresentação do diagnóstico sobre a cultura cafeeira em Tangará da Serra pelo agrônomo e técnico da EMPAER; - Participação de secretários de agricultura de outros municípios interessados no fomento da cultura (Diamantino e Porto Estrela); - Participação de munícipes que não cultivavam café, mas com anseio de conhecimento sobre a cultura; - Participação de representante da indústria na mesa redonda; - Participação de acadêmicos dos cursos de administração e agronomia, juntamente com a comunidade externa; - Participação do representante do Banco Sicredi com explanação das linhas de créditos para essa cultura. – Diagnóstico da demanda pelo produto “café” e produção insuficiente (mercado em expansão).

 

Fonte: elaborado pelos autores

 

O formato de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de competências empreendedoras, como vem sendo desenvolvida as atividades da disciplina de TGA II, corrobora em atender a Resolução (CNE/CES 4/2005), além do mais vem ganhando adesão por parte dos acadêmicos, professores e profissionais da comunidade externa.

De acordo com a Resolução (CNE/CES 4/2005) no Art. 3°  o curso de administração  deve formar profissionais capazes de compreender conteúdos históricos, científicos, técnicas, social, economia, ambiental, política, cultural, de seu gerenciamento  analisando os níveis de formação acadêmica para o sistemas de tomada de decisão tal como a desenvolver alto gerenciamento integrando novas informações, retratando flexibilidade racional e adaptações contextualizada que será tratada de diversas situações presentes ou emergentes  condizentes  áreas de atuação do administrador.

As demandas futuras para as novas edições das ações do projeto “Café com Pesquisa” são: (i) Café com Pesquisa e Flores- parceria com professor da Biologia; (ii) Café com Prosa – professor do curso de Letras; (iii) Café na Periferia- demanda externa; (iv) Café filosófico – Curso de Letras; (v) Café com Recursos Humanos, UNEMAT – Professores do curso de administração e setor de RH; (vi) Café com Leite – demanda externa Secretaria da Agricultura (vii) Café psicológico (demanda interna).

Na última edição presencial do projeto (2019/2), anterior a pandemia, foi efetivado o Café com Café, que culminou no I Encontro de cafeicultores de Tangará da Serra e região (I ENCAFE). Além da síntese das atividades no quadro 2, o maior detalhamento de como ocorreram as ações poderão ser visualizadas no site do projeto de ensino e extensão na aba do curso de administração.

O I ENCAFE envolveu acadêmicos dos diversos cursos da UNEMAT, membros do projeto e comunidade externa e as inscrições foram gerenciadas pelo sistema de eventos da Universidade para emissão dos certificados. Nesse evento foi possível diagnosticar os principais desafios e as perspectivas dos participantes em relação a cultura cafeeira na região.

Foi possível também, estabelecer canais de diálogos com representantes legais onde forem realizadas as ações planejadas pelos acadêmicos. Isso ocorreu de maneira dinâmica e interativa formando parcerias com: Produtores de café, com a Secretaria de Abastecimento e Pecuária do Município (SEAPA), com a Secretaria do Estado da Agricultura Familiar (SEAF), com a Empresa Mato Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (EMPAER), com o Sistema de Crédito Cooperativo (SICREDI) e com o gestor de uma indústria de café local.

Além dos objetivos elencados foi possível a elaboração de um site contribuindo na divulgação das ações. E como em 2020 fomos acometidos pela pandemia do Covid 19, foi realizada apenas uma Live sobre “A cultura cafeeira em Tangará da Serra-MT” com os Engenheiros agrônomos das instituições parceiras (EMPAER) e (SEAPA), na qual foram apresentados os diagnósticos dessa cultura no município e os principais subsídios ao produtor local.

As experiências em 04 semestres (2016/2 a 2018/1) consistiram no desenvolvimento de produtos. Já nos últimos semestres (2018/2 a 2020/2) os esforços foram canalizados para a área de serviços.

Em síntese, a resolução da CNE/CES 4/2005 no Art. 5.º afirma que os conteúdos curriculares devem apresentar reciprocidade com a realidade regional/ nacional pois tudo o que acontece no âmbito das organizações através da utilização de tecnologias inovadoras tem-se as principais áreas integradas de formação ou seja, é necessário incentivar os alunos a participarem de projetos que desenvolva conhecimento, habilidades, competências adquiridas dentro e fora da instituição. Tudo isto contribui para enriquecer o currículo dos estudantes melhorando a qualificação profissional daqueles que busca oportunidades de emprego para ingressar no mercado de trabalho.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Com a dinâmica do ensino e aprendizagem desenvolvida na disciplina da TGA II, os acadêmicos foram capazes de desenvolver algumas competências propostas no PPC do curso, atitudes comportamentais necessárias para o processo de formação como Administrador. Algumas atitudes que merecem evidencias são: o interesse em aprender continuamente por meio do ensino, pesquisa e/ou extensão, ou de forma autônoma; o desenvolvimento do pensamento crítico, o interesse em ouvir e discutir com pessoas que pensam de maneira diferente, disposição para aceitar e apoiar novas ideias, a aptidão de se expressar e se comunicar de forma oral e escrita por meio da norma culta com diferentes abordagens (produtor rural, empresários, crianças, idosos etc.).

Os acadêmicos demonstraram comprometimento assíduo com as tarefas por eles mesmos direcionados, sendo possível observar em alguns estudantes, a obtenção de um espirito empreendedor e inovador, buscando soluções para o desenvolvimento da sociedade.

Tanto o método de ensino e aprendizagem adotado em sala de aula quanto as ações do projeto contribuíram efetivamente na elaboração de diretrizes que poderão culminar em políticas públicas para a realidade social local pesquisada (Relatório final do ENCAFE, disponível no site do projeto), enviado aos parceiros.

Em síntese, o dinamismo como vem sendo desenvolvido no processo ensino/ aprendizagem na disciplina de TGA II, vem permitindo publicizar informações e orientar os acadêmicos acerca da execução das atividades, permitindo-os desenvolver diversas ações futuras em quaisquer culturas/ambiente organizacional que desejarem atuar, solidificando relações entre Universidade, indústria, poder público, afim de elaborar proposições conjuntas sobre a pauta das diversas demandas que podem surgir.

 

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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[1]Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR. Doutora em Administração pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Docente efetiva da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT. E-mail: regina.m.costa@unemat.br

[2] Mestre em Educação, Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. Doutora em Educação, Psicologia da Educação pela PUC/SP. Pós doutora em Educação pela Universidade de Campinas – UNICAMP. Docente efetiva da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[3] Mestre em Administração de Empresas pela Universidade de Coimbra-Portugal reconhecido pela UNB-Brasília. Docente interina da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[4]Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Docente efetiva da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT.e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[5]Graduada em Administração de Empresas na Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. Doutoranda  em Administração no PPGAD/UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.