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A LITERATURA INFANTIL E SEUS BENEFÍCIOS NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS

Adriana Santana

Cleonice Arruda da Silva

Eliane Rosane da Silva de Souza

 

RESUMO

Sabe-se que o incentivo à leitura precisa partir primeiramente da família e depois da escola, no entanto, o que acontece é que vários pais leem pouco para seus filhos e no ambiente escolar o incentivo ainda ocorre de modo fragmentado. esta pesquisa tem como objetivo investigar através da literatura científica atual a importância da leitura literária e seus benefícios no desenvolvimento das crianças. Efetivamente, o atual cenário em que a sociedade vive, onde em cada instante uma nova onda de informações e novidades aparecem, e, em diversos casos, até confunde aqueles que não acompanham este alvoroço, a leitura equivale a um terreno rígido onde é possível firmar os pés, sem que para tanto, seja preciso deixar de acompanhar as tecnologias. E é neste cenário complexo que nós, enquanto incentivadores da leitura devemos oferecer aos pequenos de hoje, homens e mulheres de amanhã, a oportunidade conhecer a ferramenta que irão utilizar durante toda sua vida. A leitura deve ser considerada como uma ocupação prazerosa e não como algo que lhe seja obrigação. Compreende-se desta maneira que a iniciação para a leitura deve-se iniciar em casa e bem antes das primeiras letras escolares.

 

Palavras-chaves: Leitura. Literatura Infantil. Benefícios.

 

1 INTRODUÇÃO

 

Sabe-se que o incentivo à leitura precisa partir primeiramente da família e depois da escola, no entanto, o que acontece é que vários pais leem pouco para seus filhos e no ambiente escolar o incentivo ainda ocorre de modo fragmentado. De acordo com Yunes (1984, p. 53):

 

Constata-se no Brasil que o hábito de ler não representa uma tradição e, por isso, a motivação através de técnicas especificas deve ser encarada como um campo de estudo e pesquisa de novas modalidades que visem à aproximação do livro com o leitor. Sabemos o quanto temos um país desenvolvido, mas ao mesmo tempo um país onde a leitura ocupa pouco espaço. É pensando nessa questão que estamos buscando novas técnicas e métodos para mudar essa situação e conseguir formar nas nossas crianças e adultos comportamentos leitores.

 

De acordo com o pensamento de Freire (1988, apud GADOTTI, 1996), “é enorme o espaço entre o que é lido nas escolas e o universo das experiências pessoais, o mundo em que todos vivem suas vidas, com experiências personalíssimas”. Tal escassez de aproximação da leitura com o mundo da criança pode ser um dos grandes obstáculos a serem superados, por parte delas, a ausência de prazer pela leitura e, por efeito, uma educação deficiente.

Assim, é possível entender o quanto a prática da leitura é essencial para a sociedade, uma vez que é através dela que se pode obter conhecimentos, aprendizagens e formar pessoas críticas e aptas para atuar em todas as esferas. Logo, se torna imperial a análise do incentivo à leitura na escola e fora dela.

A literatura infantil quando exposta de forma prazerosa, propicia várias vantagens para a evolução linguística e individual da criança. “Através da leitura, a criança amplia a criatividade, a imaginação e obtém cultura, saberes e valores”, cita Márcia Tim (2016), docente de literatura do Colégio Augusto Laranja, da capital de São Paulo (SP). A criança aprende mais, passa a se comunicar melhor, melhora o vocabulário, conhece novos espaços e períodos, sem sair de onde está, e experimenta novas emoções, sensações e sentimentos.

É através dos contos literários que as crianças entram no universo da imaginação, adquirem novos conhecimentos, aprendem outros valores, posto que como nos revela Abramovich (1997, p. 17):

 

É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar ... Pois a literatura proporciona: ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário!

 

É por esses motivos que se torna fundamental a prática e incentivo da leitura literária na infância, tanto nas escolas quanto na família. Ler é uma das atividades indispensáveis para o equilíbrio do corpo e da mente, e pode se mostrar também, para além de um instante de relaxamento e conhecimento, como um mecanismo de mudança, de promoção de bem-estar físico e mental, com função terapêutica e curativa, que pode ajudar o ser humano a transformar seu destino frente aos problemas sociais que se mostrar e que estão associados a sentimentos de angústia, medo, isolamento, fragilidade física e emocional.

Frente as considerações colocadas, o tema foi escolhido por se tratar de uma prática de grande importância na nossa sociedade e como um modo de tentar auxiliar pais e docentes na busca do incentivo à leitura literária infantil, por meio de um estudo bibliográfico do tipo qualitativa e de caráter exploratório, fundamentado em autores que nos auxiliam a compreender a relevância da leitura e a função que pais, professores, alunos e escola têm nesse processo.

Dessa maneira, esta pesquisa tem como objetivo investigar através da literatura científica atual a importância da leitura literária e seus benefícios no desenvolvimento das crianças.

 

  1. METODOLOGIA

 

O presente estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica ode será buscado informações junto a literatura existente. De acordo com Gil (1991, p. 35), a pesquisa bibliográfica “[...] é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet”. Ela possui um excelente método para proporcionar ao pesquisador a bagagem teórica, de saberes, e o conhecimento científico que permeiam a produção de estudos originais e importantes.

A coleta dos dados foi realizada durante o mês fevereiro de 2022. Foram revisados artigos indexados nas bases de dados como Google acadêmico, Medline, Scielo, publicados de 2011 a 2021, na língua portuguesa e em inglês. Os artigos foram selecionados com base em algumas palavras-chave combinadas. Foram eles: Leitura, Literatura Infantil, Benefícios.

Em seguida foi exposta a revisão e síntese do conhecimento que foi observado em artigos analisados sobre o tema em questão. A análise dos dados foi realizada, baseada nos artigos selecionados, em que foi possível observar, contar e somar, descrever e qualificar os dados, para aglomerar o conhecimento produzido através da temática nessa revisão (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). Ou seja, baseou-se na produção do documento que engloba a descrição das fases percorridas pelo revisor e os resultados fundamentais revelados da análise dos artigos incluídos.

 

  1. REVISÃO DE LITERATURA

A PRÁTICA DA LEITURA DURANTE A INFÂNCIA

 

De acordo com Tim (2016), ler é apossar-se de um bem, que quando conquistado, jamais se perderá: o conhecimento. Porém, o que se faz essencial para que uma pessoa venha a se tornar uma leitora ativa e possuidora de conhecimentos? Não há uma receita, contudo, provavelmente existe direções que levam a esse propósito, e com certeza o principal meio é a prática da leitura na infância. É praticar,

com a ajuda e incentivo, da família, da escola, esta atividade libertadora, a leitura é o início para o êxito intelectual de um cidadão.

Em sua obra Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices, Fanny Abramovich (1993) cita de modo claro e compreensível sobre a relevância das histórias na rotina das crianças.

 

Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e compreensão de mundo [...] é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve [...] (ABRAMOVICH, 1993)

 

Sendo assim, praticar a leitura na infância está intimamente associado em despertar na criança o prazer em ler. É importante dispô-las em contato com os tradicionais livros da literatura Infantil, tais como os contos de fadas, que tanto afetam a nossa imaginação e viabilizam o desenvolvimento da criatividade. Esses ingredientes, se devidamente fundidos, irão criar um leitor com qualidades extraordinários, trata-se de um leitor hábil, este não terá dificuldades de interpretar um texto abstruso, terá desprendimento em sua fala oral, lendo e escrevendo de modo correto. Porém, para isso é preciso haver um trabalho em equipe, trata-se de despertar o interesse de ler e o amor pelos livros, é necessário incentivar sempre (COELHO, 2000).

 

OS BENEFÍCIOS DA LITERATURA INFANTIL

Como já mencionado, a leitura proporciona uma variedade de conhecimento, é a entrada que, quando aberta pela primeira vez irá fornecer recursos para a mente de uma pessoa, que irá desenvolver uma nova mentalidade. E propiciar às crianças o contato com a leitura, precocemente, é um compromisso com a formação dos adultos do futuro. Para aqueles que lamentavelmente não possuem noção deste compromisso, fazer uma criança ler é somente mera uma função de distração. O que muitas vezes esses indivíduos não têm noção é que, enquanto a criança concebe as informações contidas em uma literatura, sua capacidade de entendimento se amplia, trata-se de algo gigantesco. Alguns autores associam à leitura o propósito de “transformar” o espaço em que vivemos, através da leitura infantil, como nos afirma Coelho (2000, p. 15):

 

Estamos com aqueles que dizem: Sim. A literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a de servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola. [...] É ao livro, à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação de consciência de mundo das crianças e dos jovens. (COELHO, 2000, p. 15).

 

Efetivamente, o atual cenário em que a sociedade vive, onde em cada instante uma nova onda de informações e novidades aparecem, e, em diversos casos, até confunde aqueles que não acompanham este alvoroço, a leitura equivale a um terreno rígido onde é possível firmar os pés, sem que para tanto, seja preciso deixar de acompanhar as tecnologias. E é neste cenário complexo que nós, enquanto incentivadores da leitura devemos oferecer aos pequenos de hoje, homens e mulheres de amanhã, a oportunidade conhecer a ferramenta que irão utilizar durante toda sua vida.

Claramente, que nesse contexto, a família seja peça essencial no incentivo à leitura. O êxito da criança está intimamente relacionado ao incentivo que recebe dos pais. Não importam quantos haja em outros espaços, sem a ajuda da família, raramente esta irá alcançar uma ampla experiência com os livros. Um dos grandes motivos que afetam a vida escolar das crianças é o fato de não terem o correto incentivo e estímulo dentro de casa.

 

O estímulo à leitura deve ser iniciado com o hábito de ler em família, fazendo da leitura algo cotidiano, pois esse é um processo que a torna algo simples e natural. Mas a realidade é outra, muitas vezes, a família não participa da educação para a leitura. (CASSIANO, p. 8, 2009).

 

No entanto, não se deve atribuir a culpa diretamente aos pais e familiares que não participam da vida escolar e diretamente a vida de leitor de seus filhos. Mais uma vez, a sociedade intensa, a vida repleta de compromissos profissionais, leva os pais atribuírem apenas à escola, a função de educar suas crianças, como se, ao passar a responsabilidade para a instituição, a sua parte na educação seja reparada, algo completamente errado. O incentivo da família dá-se de diversas formas, o acompanhamento, ou mesmo o ato de contar histórias, mesmo as mais curtas, mas que irão propiciar uma intimidade entre pais, filhos e leitura. Alguns pais podem não ter entendimento do quanto, no entanto com certeza trata-se de um estímulo simples, mas extremamente relevante quanto a educação recebida no ambiente escolar.

Salienta-se que a escola é uma grande aliada, pois na socialização escolar as crianças conseguem, na maioria das vezes, demonstrar sua capacidade de entendimento e interpretação, obtidos através da leitura. É um espaço onde a troca

 de experiência entre aluno e professore produz o desenvolvimento individual. Mas a escola só é realmente uma aliada e, uma vez que age, por meio de suas estratégias pedagógicas na educação infantil de forma satisfatória.

Mota (2006, p.161) salienta para o compromisso da escola, observamos:

 

A escola pode ser entendida como uma instituição sociocultural, organizada e pautada por valores, concepções e expectativas, onde seus membros são vistos como sujeitos históricos, culturais que relacionam suas ideias acordando ou contrapondo-se aos demais. E talvez, devido a estas discordâncias e consensos que a humanidade realiza descobertas e evolui. (MOTA, 2006, p.161).

 

Lamentavelmente não é de agora, que passamos por momentos complicados na educação nacional, a cada dia nos deparamos com notícias preocupantes, as informações publicadas em periódicos, referente de estudos realizados acerca da realidade da leitura em no Brasil, deixam nítido, que as coisas não vão bem. Frente a isso, qual o seria então o papel da escola? Que ações realizar para visar resultados melhores na educação? Trata-se de um conjunto de estratégias, que associadas, podem devolver à escola sua função de incentivadora da leitura. Vale lembrar que, a escola tem uma grande ferramenta, que pode ser utilizada em prol da educação, não apenas como um depósito, ou expositor de livros: A Biblioteca Escolar, que tanto precisa ser colocada em evidência. Tal é um bem obrigatório, como auxílio às atividades de leitura e pesquisa escolar. Precisa estar incluída em todos os eventos da escola, suas portas devem estar sempre abertas à curiosidade das crianças.

 

A LEITURA NA VIDA DAS CRIANÇAS

A leitura está presente em todas as áreas na qual a criança está introduzida, tanto no aspecto social quanto no “pessoal” de cada uma. A primeira instituição em que a criança conhece é a família que tem reponsabilidade essencial incentivá-las em seu desenvolvimento intelectual e social, em segundo vem a escolar onde a criança passa a se relacionar com outras crianças, e assim tem acesso a um universo oposto ao a mesma está habituada e geralmente se encontra com dificuldades de socialização por ausência de orientação correta (MOTA, 2006).

Com os livros não é discordante, é sempre preciso que exista um incentivo por parte de todos que estão ao seu redor, acerca da relevância da prática da lei da leitura, esse estímulo pode ser incluído no dia a dia das crianças por meio de ações pedagógicas como: jogos, recreação, entre outras, o importante é sempre estar inovando com estratégias criativas para que não entre em rotina, e

sempre trabalhando com a interação entre as crianças para que seu desenvolvimento com a leitura seja eficiente e positivo. Moura (2008, p.1) aponta que:

 

É objetivo da escola e das famílias em geral proporcionar às crianças o acesso ao conhecimento e a formação de indivíduos críticos, comprometidos consigo mesmo e com a sociedade, capazes de intervir modificando a realidade, automotivados e aptos a buscar o aprendizado e o aperfeiçoamento contínuo, o que passa pela formação de leitores competentes.

 

É de importantíssimo a conscientização da essencialidade da leitura infantil na vida das crianças, no qual tem como maior finalidade torná-las em adultos leitores e ampliar a taxa de leitores brasileiras, onde ele é levado em conta como um país onde a leitura não é levada a sério. Destaca Silva (2005):

 

(...) parece certo dizer que não existe tradição de leitura no Brasil. Dada as condições do desenvolvimento histórico e cultural do país, a leitura, enquanto atividade de lazer e atualização, sempre se restringiu a uma minoria de indivíduos que teve acesso à educação e, portanto, ao livro.

 

O ato de ler vigora um conjunto de atos na mente do leitor. Através delas, a criança no caso, obtém várias informações, podendo ser preservadas, transformadas ou realizadas durante a absorção do conteúdo. Quando a criança é incluída no universo da leitura é possível que diversos questionamentos sejam entendidos, conceituados. No ato da leitura é possível que duas crianças ao leem o mesmo texto compreendam de modo diferente, aponta-se o que cita Naspolini (1996, p.25):

 

Quando alguém lê algo, inicia aplicando um determinando esquema, alterando –o ou confirmando –o, ou ainda, tornando –o mais claro e exato. Assim, duas pessoas que estão lendo o mesmo texto podem entender mensagens diferentes porque seus esquemas cognitivos são diferentes, ou seja, as capacidades já internalizadas e o conhecimento de mundo de cada uma são específicos.

 

Diante desse contexto considera-se que a criança ao lê deve estar sempre em interação com as demais, para que assim diversas informações contidas em apenas uma citação podem ser entendidas e repassadas em várias maneiras, com outras concepções. A prática da leitura precisa ser apresentada no dia a dia das crianças de modo natural, com calma, revelando em sua essencialidade seus benefícios e sua relevância, para que ela não se sinta na obrigação de fazer algo, para que estão ação se torne prazerosa, e haja entendimento do que seja a leitura eficaz e efetiva. É essencial que a criança entenda qual o sentido desse aprendizado, só dessa maneira saberá qual a importância da leitura em sua vida.

 

A INFLUÊNCIA DA LITERATURA INFANTIL

No que concerne a formação das crianças no ventre materno, o bebê já ouve, sente e escuta o chamado de seus pais, sobretudo de suas mães. Nessa fase a mãe conversa com seus filhos e conta historinhas de ninar para que eles se acalmem, ou até mesmo como demonstração de amor e carinho. Depois que nascem, é de grande relevância que a criança ainda possa ouvir histórias, pois com certeza já se acostumou a ouvi-las nessa fase (COELHO, 2000).

Há diversas situações em que a leitura pode ser incluída na rotina e nos primeiros anos de vida da criança, o banho e a amamentação, por exemplo, são momentos excelentes para serem desenvolvidos esses laços, a mãe ou o pai conta a história e a criança interage com eles de modo gradativo. As crianças são seres muito curiosos e ao manipular os livros, que atualmente estão muito acessíveis de se encontrar no mercado e têm diversas maneiras, e texturas, sendo de plástico, pano, papel ou musicais são essenciais para que as crianças manuseiem, brinquem e explorem o material que pode aumentar o vocabulário e imaginação dos futuros leitores.

 

Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, um “bom causo”, a criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua capacidade de imaginar é mais intensa (FILHOS DE A a Z, 2010).

 

Livros com muitas imagens e pouco texto são ótimos para crianças de cinco anos, que poderão criar histórias com base nos desenhos ou interpretá-los. Se a leitura for estimulada desde cedo, o manuseio do livro para essas crianças já será comum. Assim, quando o processo de alfabetização estiver ocorrendo na vida deles, as crianças que passaram por todo o processo de conhecimento e manipulação do objeto e terão prazer em lê-lo, seja um livro sugerido pela escola ou o que a própria criança selecionar na biblioteca.

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Hoje é amplamente debatido acerca do ato de ler e visto que o ensino é essencial, compreende-se que ensinar a ler é um desafio para os professores, posto que geralmente é mal interpretado de modo diminuto, em função da escassez de novas técnicas, ou por inexistência de interesse por parte de quem quer ou precisa aprender

ou anda por parte de quem ajuda na leitura. Para que uma criança consiga o interesse pela leitura, é preciso que ela compreenda que a leitura não é uma obrigação e sim um prazer. O interesse pela leitura inicia antes mesmo de seu ingresso na escola, haja vista que a criança tem uma curiosidade original por tudo que a rodeia.

A leitura deve ser considerada como uma ocupação prazerosa e não como algo que lhe seja obrigação. Compreende-se desta maneira que a iniciação para a leitura deve-se iniciar em casa e bem antes das primeiras letras escolares.

Observa-se assim que os pais que ajudam e muito para leitura de seus filhos estão os posicionando para um futuro baseado de valores pré-estabelecidos. Assim entende-se que ler é interpretar e vivenciar o que se compreende. Antes a leitura estava restrita a identificação de símbolos impressos, porém hoje está associada também às formas, texturas, sons e visualização. Ler passou a ser um movimento de interação com o universo e uma forma de fazer parte dele.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Spicione, 1997.

CASSIANO, A.A.O prazer de ler: o incentivo da leitura na educação infantil. Londrina: Universidade Estadual de Londrina. 2009. p. 48. Curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009.

COELHO, N.N. Literatura Infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1988.

GADOTTI, M. (org). Paulo Freire: uma bibliografia. São Paulo: Cortez, 1996.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MOTA, F.R. L. Competência Informacional e necessidade interação entre bibliotecários e professores no contexto escolar. Revista Informação & Sociedade João Pessoa, v.16, n1, p. 158-167, 2006.

_______. Educação de Jovens e Adultos: currículo, trabalho docente, práticas de alfabetização e letramento. Maceió: EDUFAL, 2008, p.156.

NASPOLINI, A.T. Didática de português: tijolo por tijolo: leitura e produção escrita. São Paulo: FTD, 1996.

SOUZA, M.T.; SILVA, M.D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. einstein; v. 8, 1 Pt 1, p. 102-6, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 11 fev. 2022.

SILVA, E.T da. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

YUNES, E. Pelo avesso: a leitura e o leitor. Letras, Curitiba, n.44, p.185-193. 1995. Editora da UFPR. Disponível em: https://social.stoa.usp.br/articles/0037/3051/Leitura_e_leitorYUNES.pdf Acesso em: 12 fev., 2022.