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EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

Edith Vieira Vanni Penhavel Marmos[1]

Marinalva de Arruda Lino[2]

Odemar Mendes de Souza[3]

 

RESUMO

Este estudo tem como objetivo mostrar uma análise sobre as vivências educativas experimentadas pelo professor em sala de aula, tomando como foco de análise o lúdico como facilitador da aprendizagem. A ludicidade auxilia no desenvolvimento da educação, essa possibilidade permite que os educadores realizem atividades que estimulem o conhecimento e torne esse aprendizado um processo mais prazeroso através da brincadeira. A literatura disponível sobre o assunto é inconteste do ponto de vista valorativo das atividades lúdicas, isto é, usar o lúdico não é só cair no modismo como tentativa de fazer algo diferente, é na verdade a possibilidade real e objetiva de propiciar ao aluno uma possibilidade a mais de melhor compreender os assuntos abordados em sala de aula, permitindo assim o melhor aproveitamento do que está sendo abordado em de aula.

 

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizado. Didática. Trânsito. Sala de aula. Professor.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Este trabalho trata da comprovação da parte teórica estudada em sala de aula sobre a área de educação no Ensino Fundamental e Médio, defrontando-se com a prática, isto é, o dia a dia da sala de aula.

Além de integrar o ensino à prática, a atividade extracurricular proporciona ao estudante a experiência de vivenciar de perto a realidade escolar e consequentemente dar a ele uma visão ampla sobre a profissão escolhida.

A intenção da formação também é formar um profissional apto para planejar e supervisionar programas educacionais em diversos níveis e modalidades de ensino, além de trabalhar em ambientes não escolares como: serviços de consultoria, elaboração de materiais didáticos, entre outros.

 

  1. DESENVOLVIMENTO

 

O contato com os professores e alunos ofereceu subsídios para uma reflexão mais aprofundada visando o melhoramento da prática pedagógica realizada em sala de aula conforme garante a LDB. No entanto, nada é plenamente garantido diante de um cenário de calamidade escolar que foi presenciado pelos estagiários.

Nesse sentido, para MANTOVANI e PERANI (1999, p. 45), a formação prática por meio de estágio, por um período de tempo prolongado, revelou-se uma experiência extremamente significativa na formação de professores (as) de crianças pequenas.

Assim, esta pesquisa, será cada vez mais reconhecida como momento central da formação de professores (as) de crianças pequenas. De acordo com estas autoras, no processo de construção de uma proposta que contribuísse para preparar os (as) professores (as) para atuar nas creches, a observação como metodologia se tornou o centro do debate sobre a pesquisa e sobre a intervenção na primeira infância.

É inegável a importância da formação para que os futuros professores possam se deparar de maneira empírica com a sala de aula, permitindo-lhes entender o que de fato significa o processo e ensino-aprendizagem.

Entender que a escola e o processo de ensino-aprendizagem não se fazem apenas de teorias é primordial para o sucesso de um professor que está em processo de formação pela universidade, seja ela pública ou privada.

Teoria é importante e práticas também, assim ambas se aliam com o propósito de garantir que o

Ao discutir sobre a importância da Educação Infantil, abre-se um leque de indagações e questionamentos, tentando entender se realmente há necessidade da criança com idade inferior a seis anos frequentar a escola.

Sabemos que a escola de Educação Infantil, por exemplo, permite e incentiva o brincar de seus alunos.  Na Educação Infantil é possível trabalhar o brincar de diversas formas, possibilitando, cada vez mais, um desenvolvimento global, ou seja, um desenvolvimento social, cognitivo e motor. 

A Educação Infantil é um espaço lúdico, onde as crianças aprendem da forma mais interessante, pois se sabe que entre os 2 aos 5 anos, a criança não tem possibilidade de concentração de uma criança de outra faixa etária. É mais dispersa, muda constantemente de atividade.

A Educação Infantil destaca o brincar e é justamente através desse brincar, diferenciado, que a criança conseguirá aprender e se desenvolver. 

Na brincadeira a criança trabalha a motricidade fina, quando brinca com massinha, com jogos de encaixe, quebra-cabeças, entre outros brinquedos, ela desenvolve a motricidade ampla quando brinca de cadeira musical, de correr, de subir e descer degraus no pátio,

O aluno da Educação Infantil desenvolve sua percepção e sua atenção com jogos de encaixe ou de tipo dominós assim que sua memória com jogos de tipo memory.

Podemos notar também que jogos coletivos permitem ampliação das interações sociais, das capacidades linguísticas e do senso moral e que qualquer jogo de esconde-esconde exige estratégia e capacidades cognitivas.

Através da Educação Infantil a criança tem a possibilidade de conhecer suas características e habilidades e assim trabalhar a partir delas.

Segundo o Referencial Curricular vol.2 (1998, p.11), a possibilidade de desde muito cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento da autoestima, essencial para que as crianças se sintam confiantes e felizes. Ela terá acesso a uma série de títulos diferentes, que vão despertar a sua curiosidade. Isso é crucial para que, na juventude e fase adulta, ler se torne um hábito. E como já é de conhecimento geral, a leitura é essencial na formação de um cidadão crítico, que compreende o mundo que está à sua volta.

É claro que as crianças com menos de seis anos de idade brincam na escola, mas é uma brincadeira orientada. Não se trata exclusivamente de distraí-las, mas sim de aproveitar a ludicidade para promover o seu desenvolvimento social, motor e cognitivo. Importante ressaltar que, embora os profissionais do segmento saibam que a educação infantil não é o momento de alfabetizar a criança (exceto quando isso acontece de forma espontânea), muitas vezes, os pais não têm essa consciência.

Esperam que os filhos de três anos voltem da escola sabendo ler e escrever e podem até se decepcionar quando isso não acontece. Por isso, cabe aos educadores conversar abertamente com essas famílias e explicar qual é a sua função e de que forma ela contribui para o crescimento intelectual dos pequenos.

Outro detalhe fundamental: na educação infantil, a sala de aula se torna um ambiente mágico, com cores, personagens, brinquedos e muitos elementos que atraem a criança e fazem sentir satisfação por estar ali. Portanto, é uma excelente oportunidade para que ela comece a gostar de ser um aluno, de estar em uma escola, com colegas e professores.

Conforme ANTUNES (2004, p. 87) esse atendimento deve ser planejado de modo que não se separe a ideia do brincar da ideia do aprender e que proporcione um ambiente propício para descobertas possibilitando à criança construir seu próprio conhecimento.

Nesse contexto, vale lembrar que as crianças desde o nascimento estão em constante interação com os adultos, que logo procuram incorporá-las a suas relações e a sua cultura. Sendo assim, percebe-se que quase todos os comportamentos humanos são resultantes da convivência com os demais. Logo, a família se constitui no maior agente socializante, isto é, as experiências da criança no âmbito familiar, particularmente com a mãe, são de grande importância para determinar seu comportamento em relação aos outros.

Para HERMIDA (2007, p. 85): “A partir das interações que estabelece com pessoas próximas, a criança constrói o conhecimento. A família, primeiro espaço de convivência do ser humano, é um ponto de referência fundamental para a criança pequena, onde se aprende e se incorporam valores éticos, onde são vivenciadas experiências carregadas de significados afetivos, representações, juízos e expectativas”.

Dessa forma, torna-se fundamental a existência da educação infantil à medida que tem o caráter de complementar à educação recebida da família. Caso a criança em casa não tenha acesso a uma aprendizagem "adequada", consequentemente caberá a ela construir a partir das possibilidades que lhe é disponível. Assim cabe a escola assumir um lugar onde a criança se desenvolva, proporcionando apoio e estímulos indispensáveis a cada fase da vida. 

Portanto, é dever da escola contribuir para o desenvolvimento e a realização do ser humano. A consideração da criança no seu desenvolvimento global indica ter uma preocupação em considerá-la em todas as suas dimensões, tanto nas necessidades físicas como sociais, ou seja, educá-la e cuidá-la, pois na prática pedagógica segundo atores da educação infantil, o cuidar e o educar são indissociáveis.

Todavia, a grande responsabilidade da educação infantil, é compreender o jeito especial de cada criança de estar no mundo, respeitando o seu tempo, seu estilo incomum de ser e sua individualidade. É importante que seja oferecido um ambiente rico em atividades lúdicas ao passo que proporcione um desenvolvimento sadio, desenvolve habilidades motoras, aumente a integração, estimule a sensibilidade; favoreça espaços livres que possibilitem as crianças se lançarem de maneira livre em suas ações criativas.

Além disso, faz-se necessário delinear espaços físicos que atendam o ritmo de "ser criança", sendo que esta precisa encontrar no espaço educativo um ambiente que prime pela cultura infantil, seus valores e ansiedades. Para que se realize um trabalho eficaz na educação infantil, precisa-se sensibilizar o olhar para as vivências, ações e reações das crianças no cotidiano escolar, estabelecendo uma rotina estruturada, percebendo a criança como um sujeito afetivo, criando vínculo emocional que fortaleça a relação entre adultos e crianças, permitindo espaço para o diálogo e a reflexão.

Diante disso, é imprescindível que o educador que atua nesse nível de ensino, conheça o processo de como as crianças pequenas aprendem e se desenvolvem, ocupando um espaço primordial na concepção da formação desses profissionais. 

 

2.2 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM

 

A escola é um espaço de discussão, abordagem, criação, aprendizado e por consequência deve ser um local de democracia. Aqui democracia não implica dizer que qualquer um faz o que lhe convêm, do jeito que quer e na hora que quiser. Uma gestão democrática é aquela que convida, promove a inclusão e torna cada um dos atores responsáveis pelo sucesso da gestão. Assim, cada um dentro de suas responsabilidades deve ser capaz de trabalhar de modo a contribuir para que a escola atinja os objetivos e metas traçadas no seu Projeto Político Pedagógico (PPP).

A escola é espaço para debates, deve ser o espaço que prima pelo diálogo, pela democracia, pela participação de todos, valorizando-os a parti do que dispõe a Constituição Federal em seu artigo 5° quer dizer: “todos são iguais perante a lei.”

A educação focada na construção e valorização da cidadania acontece quando há a participação no processo de tomada de decisão. Quanto mais as pessoas se envolverem nas discussões criadas dentro da escola, maior será o fortalecimento do projeto autônomo da mesma.

Freire ao frisar o conceito de cidadania no contexto de uma nova sociedade associou cidadania e autonomia.  Para ele “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros”. (FREIRE, 1997, p. 66).

Podemos afirmar que a escola democrática é um modelo que atende à necessidade atual dos alunos de assumirem uma participação mais ativa no processo de ensino-aprendizagem. Por meio deste modelo, todos têm direitos de decisão sobre o seu destino. Assim, o compartilhamento das responsabilidades e das decisões que podem alterar a posição de cada um no grupo é tomado em conjunto, isto é, incluindo gestores, educadores, funcionários, estudantes e pais.

É preciso elucidar que a que a escola democrática é um modelo que ultrapassa o espaço convencional que é a sala de aula e por consequência insere a comunidade escolar no dia a dia da escola. Seguindo a linha da escola democrática, cada membro é responsável por si, mas também pelos demais.

Assim, o processo de ensino-aprendizagem da escola democrática tem como ideia central que o conhecimento traz alegria e prazer e, por isso, os estudantes se envolvem com ele, não sendo necessárias punições ou disciplinas. Além disso, acredita-se que não haja hierarquia no conhecimento. Na escola democrática todos os conhecimentos são respeitados, valorizados e têm a chance de crescerem juntos devido a essa troca contínua.

 

2.3 INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM

 

Podemos afirmar de forma categórica que a ludicidade educativa na atualidade é amplamente discutida por diversos autores, contudo, destaca-se que este não é um fenômeno que sempre esteve presente no universo escolar.

Ou seja, o lúdico era visto como o brincar pelo brincar, uma vez que a brincadeira era entendida como um momento puro de distração, e não era observado e destinado em seu sentido amplo, com o foco na aprendizagem. Isto posto, é imperativo afirmamos que o lúdico no universo escolar é e pode ser uma ferramenta renovadora, libertadora, inclusiva e com capacidade de ajudar o aluno a colher de maneira muito mais produtiva o conhecimento semeado todos os dias dentro de uma sala de aula.

É importante salientar que a partir desse estudo pode-se afirmar que o lúdico ainda se encontra inserido no universo escolar, contudo, carrega um novo “olhar” dos educadores, pois estes compreendem que a ludicidade emprega em conjunto com a disciplina abordada remete ao processo de ensino aprendizagem de forma ampla.

Depois de analisar a literatura pertinente ao tema aqui abordado, podemos questionar os motivos da falta de valorização da ludicidade nas escolas, bem como o incentivo desta pelo sistema oficial de ensino no Brasil, embora os PCN´S façam alusão à necessidade de usar o lúdico, nem a escola nem os professores estão totalmente aptos a utilizá-lo.

É importante que as atividades escolares sejam desenvolvidas na perspectiva lúdica e, ainda, se é possível desenvolver todas as atividades didático-pedagógicas nesta perspectiva.

Assim, partindo de um embasamento teórico é totalmente correto afirmar que as atividades lúdicas são de crucial importância nas atividades desenvolvidas na Educação Infantil.

 

2.4 O PLANEJAMENTO E AS ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR

 

O planejamento visa determinar de maneira antecipada quais são os objetivos e como se deve fazer para alcançá-los. Começa com a determinação dos objetivos e detalha as formas necessárias para atingi-los da melhor maneira possível.

Planejar na visão de alguns autores nada mais é que definir aonde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em sequência, sendo que o planejamento é visto como o ato de organizar ter controle sobre uma situação, mas planejamento envolve também ação, não basta planejar, é importante acompanhar o seu desenvolvimento para que o planejamento deixe de ser somente uma estratégia.

O planejamento neste sentido só está sendo utilizado como uma transcrição de como deveria ser esquematizado a sua ideia de ensinar e não como um processo que requer reflexão, novas forma de inserir o conhecimento no ambiente escolar, pois todo planejamento, ato de agir, exige mudança, rupturas na nossa forma de ser.

Para Luckesi (2001, p.106) afirma que: o ato de planejar, em nosso país, principalmente na educação, tem sido considerada como uma atividade sem significado, ou seja, os professores estão muito preocupados com os roteiros bem elaborados e esquecem do aperfeiçoamento do ato político do planejamento. Os professores precisam quebrar o paradigma de que o planejamento é um ato simplesmente técnico e passar a se questionarem sobre o tipo de cidadão que pretendem formar, analisando a sociedade na qual ele está inserido, bem como suas necessidades para se tornar atuante nesta sociedade.

O planejamento pedagógico existe para que o docente programe as suas ações, sendo também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.

 

 

  1. RELATO DE ESTUDO – PROJETO DE INTERVENÇÃO

 

3.1 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

 

TEMA

 

Educação para o trânsito nas escolas.

 

JUSTIFICATIVA

 

Do ensino fundamental à universidade, o tema precisa ser curricular, para a formação de um cidadão apto a respeitar as leis do trânsito, ter comportamento solidário e assim, diminuir as ocorrências de mortes, lesões e sequelas provocadas pelos acidentes de trânsito.

Trazer à tona reflexões sobre atitudes comportamentais no trânsito, saber como se compreende o termo trânsito, qual é a sua finalidade e como surgiram as primeiras normas, é de relevância fundamental. Não poderíamos deixar de mencionar que esta forma de educação, traz implícitos valores éticos, morais, noções sobre cidadania, consciência ambiental dentre outras características, tornando-se assim muito importante para a sociedade, além de fazer parte de nosso dia-a-dia.

 

PARTICIPANTES

 

Alunos do Ensino Fundamental I 5º Ano

 

OBJETIVOS

 

GERAL

 

Tem como objetivo de conscientizar os alunos sobre as leis de trânsito, alertando-as sobre os perigos que nele ocorrem e, sobretudo como devemos nos comportar e respeitar as leis para a segurança e as dos outros.

 

ESPECÍFICOS

 

  • Promover mini-palestras para crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I;
  • Cultivar uma prática segura no trânsito;
  • Envolver escola, alunos e pais;
  • Realizar oficinas de direção segura com simulador;
  • Realizar a estradinha do trânsito seguro.

 

PROBLEMATIZAÇÃO

 

Podemos dizer que a educação para o trânsito é o desenvolvimento das faculdades intelectuais, morais e físicas do homem, formando a inteligência e o espírito do ser humano para viver, conviver e se relacionar no trânsito.

Nesse contexto, qual é o papel da escola no processo de formação de cidadãos e futuros motoristas conscientes?

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

Como disse o educador Paulo Freire “A educação não é a solução, mas não há solução sem a educação”, a educação não é para acabar com as comodidades oferecidas pelos veículos e sim para adequar o uso dessas “facilidades” de forma racional e conscientizada pela sua importância na nossa vida atual, de que sua convivência com os veículos será de forma organizada e saudável, pois ele foi criado para servir ao homem e não para destruí-lo (BUENO, 2017).

A educação para o trânsito é um dos mais importantes espaços do saneamento viário e visa instruir a população quanto:

  • À técnica da circulação viária;
  • Aos riscos do trânsito
  • As causas e consequências dos acidentes
  • Correção de atitudes frente ao tráfego seja o indivíduo pedestre ou condutor
  • A conscientização para a prevenção de acidentes
  • Conhecimento das leis de trânsito
  • O usuário do trânsito como cidadão

 

Em várias partes do mundo o trinômio educação, engenharia de tráfego e policiamento, já comprovaram através de estatísticas que, quando trabalhados em harmonia, conjunto e equilíbrio, é possível solucionar, diminuir e até acabar com problemas ligados ao trânsito (BUENO, 2018).

Para Vasconcellos

 

Essencialmente a educação tem o desígnio de levar o homem a atingir um estado de maturidade que o capacite a se encontrar com a realidade de maneira consciente e assim agir de modo responsável. Além disso, o fato do homem ser um ser social e viver em constante relacionamento com as pessoas, é que faz pensar que a educação que cada indivíduo recebe pode ser a chave para os sentimentos e decisões na mudança e amadurecimento constante do comportamento humano. Essa vivência em sociedade é altamente complexa no mundo moderno onde as relações são mediadas por inúmeros objetos provenientes do trabalho humano para melhorar sua existência (VASCONCELLLOS, 2005, p. 22)

 

Do mesmo modo como a aprendizagem da leitura facilita e amplia o entendimento do mundo possibilitando sua transformação, passar por um processo de alfabetização no trânsito para aprender a ler as cidades, as ruas, as estradas e outros elementos que norteia o ir e vir organizado poderá facilitar o trânsito sem perigos (PEREIRA, 2018).

Em 1994, o então Presidente da República, Itamar Franco, institucionalizou o Ano Nacional da Educação para o Trânsito, mesmo assim, a não ser pela iniciativa de empresas privadas e ações isoladas de escolas e professores, pouco se fez para concretizar a lei (BUENO, 2017).

Na prática, se sabe que existe uma escassez de atividades realizadas sobre este tema nas escolas e colégios. Os currículos escolares são formados por disciplinas que se encontram fechadas em si mesmas e incomunicáveis com as outras áreas do saber. Depende do educador para fazer a interdisciplinaridade.

Assim, fazer educação para o trânsito passa por discussões sobre: o exercício de cidadania; a mobilidade e acessibilidade para todos; os papéis assumidos ao circular; o compartilhamento do espaço; o meio ambiente e a história de cada local. Tudo isso permite garantir o direito de ir e vir de todo o cidadão (VASCONCELLOS, 2005).

Assim o desenvolvimento da educação de trânsito possibilita atingir uma visão ampla e consistente da realidade brasileira e sua inserção no mundo, além de oportunizar um trabalho educativo que possibilita e estimula a participação social.

 

CONTEÚDOS CURRICULARES.

 

Serão conteúdos do projeto

  • Escola e trânsito;
  • Família e trânsito
  • Sinalização;
  • Pedestre e vias verticais e horizontais;
  • Direitos do pedestre;
  • Deveres do pedestre;
  • Cuidados ao dirigir

 

METODOLOGIA

 

As metas e ações que serão realizadas durante 01 mês de aplicação e desenvolvimento do projeto.

No primeiro momento será apresentado o projeto aos alunos, com a abertura de um Work Shop sobre trânsito: educação, segurança, direitos, deveres.

 Está na pauta do projeto palestra com os familiares dos alunos, estudos teóricos com cartilhas e a confecção de cartilhas pelos alunos.

Uma simulação de um mini-transito para mobilidade dos alunos dentro das regras do trânsito, palestra escola é transito, aplicação concomitantemente do Projeto Aluno Guia.

O Projeto será sistemático, com aulas expositivas, utilizando como recurso pedagógico data show, caixa de som.

 

CRONOGRAMA

PERÍODO

ATIVIDADES

1ª semana

Abertura com workshop. Aulas temáticas.

2ª semana

Palestras com engenheiros de trânsito, auto-escolas e instrutores de trânsito.

3ª semana

Oficinas com o DETRAN e Guarda Municipal.

4ª semana

Realização do mini-trânsito.

 Fonte: Elaborado pelo autor, (2020)

 

O “MINI-TRÂNSITO” é um simulador de trânsito real, onde através da prática, as crianças aprenderão noções de: Legislação, sinalização e comportamentos adequados perante o trânsito, ensinando-os desde a infância a se comportarem de maneira respeitosa e humanizada.

Ele será composto por:

  • Cones que serão utilizados para delimitar a pista;
  • Placas de sinalização;
  • Semáforos reais;
  • Foco para pedestre;
  • Faixa de pedestre;
  • E, para simular os veículos, as crianças utilizarão bicicletas.

 

RECURSOS

 

  • Auditório;
  • Quadra esportiva;
  • Pátio escolar;
  • Caixa de som;
  • Data show;
  • Microfones;
  • Palestrantes convidados

 

AVALIAÇÃO

 

A avaliação é um Processo contínuo. No decorrer do desenvolvimento do Projeto a equipe pedagógica estará observando as atitudes das crianças e jovens nos diversos momentos das atividades, discutindo em reuniões específicas os resultados alcançados e avaliação final com as crianças, seja esta avaliação atitudinal, habilidades.

 

  1. CONCLUSÃO

 

O referido trabalho é muito importante para a aquisição da prática pedagógica, pois o professor pode colocar em prática todo o conhecimento teórico que adquiriu durante a graduação.

Além disso, o estudante aprende a resolver problemas e passa a entender a grande importância que tem o educador na formação pessoal e profissional de seus alunos.

As atividades desenvolvidas durante esse período de observação trouxeram consigo o atendimento às expectativas, com as propostas realizadas no Ensino Fundamental no processo de alfabetização.

A observação in-loco é de suma importância e enriquecedora para o aprendizado discente, com reflexões sobre as metodologias aplicadas dentro e fora de sala de aula, tendo este contato com um profissional em sala de aula evidenciado a importância do pedagogo para a formação das futuras gerações.

É nesse momento que o aluno percebe claramente que a prática se distancia um pouco da teoria, mas é exatamente aí que cabe o momento de se remodelar reorganizar, repensar, aprender a fazer novo de novo e sempre.

Não há dúvida alguma que este trabalho é momento de fundamental importância para solidificar o processo de formação, pois é ali, no contato do dia a dia que ocorre aquilo que o professor almeja: o desabrochar da criança que aprende, da criança que lê, da criança que cria, que questiona e que se apaixona pela leitura.

É importante que se destaque a necessidade real de educadores, família e escola estarem atentos para a formação de uma sociedade de leitores, a escola precisa formar homens e mulheres apaixonados pela leitura, capazes de que questionar o espaço e a comunidade onde vivem.

Conforme já dito, a escola é o local apropriado para as discussões democrática, aberta ao diálogo e sempre pronta a acolher dignamente aqueles que a ela recorrem e o professor que acaba de sair da faculdade, precisa ter a dimensão da responsabilidade que carrega em seus ombros, ou seja, contribuir para a formação de um país mais justo, mais fraterno e mais igualitário.

 

  1. REFERÊNCIAS

 

ASSUNÇÃO, Lúcia Holanda de. As 35 melhores ideias de atividades artísticas. Disponível em: <https://www.tempojunto.com/2014/08/12/as-top-35-ideias-de-atividades-artisticas/> Acesso em 10 de Jan. 2021.

 

BECKER, Sandra Priscila Ramos. Projeto: educar para o trânsito. Disponível em: <https://www.fenabravesc.com.br/3premio/trabalhos/eDBdB8paGS4P3Nd.pdf> acesso em 07 de Jan. 2021

 

BRASIL. Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei nº 9.503, de 23/09/97. 3. ed. Brasília: DENATRAN, 2008.

 

BUENO, Amarildo de Ambrósio. Educação para trânsito. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/curiosidades/educacao-para-o-transito> Acesso em 12 de Jan. 2021.

 

FERREIRA, Júlio Amâncio. A criança, a escola e o trânsito. Disponível em: <<https://www.onmobih.com.br/educacao-no-transito-nas-escolas-por-que-abracar-e-apoiar-essa-causa/> Acesso em 07 de Jan. 2021.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra: 1996.

 

HERMIDA, J. F. (org.) Educação Infantil: políticas e fundamentos. 1 ed. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2007.

 

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e preposições. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

 

MANTOVANI, Susanna; PERANI, Rita. Uma profissão a ser inventada: o educador da primeira infância. Pro-Posições, Campinas, v. 10, n. 1 (28), p. 75-98, mar. 1999.

 

MARTINS, João Pedro. A educação de trânsito: campanhas educativas nas escolas. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

 

PEREIRA, Sandra Almeida. Educação para o trânsito. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:-mWvp4sClEwJ:projetoescola.labtrans.ufsc.br/projetoescola/educacao-e-transito-uma-mistura-que-da-certo-simioni/%40%40download/file/Artigo%25203.pdf+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br> Acesso em 06 de Jan. 2021.

 

REBOUÇAS, Crispiniano Sampaio. Educação para o trânsito no universo escolar: é possível? Disponível em: <http://educonse.com.br/2011/cdroom/eixo%202/PDF/Microsoft%20Word%20-%20EDUCA%C7%C3O%20PARA%20O%20TR%C2NSITO%20NO%20ESPA%C7O%20ESCOLAR.pdf> Acesso em 13 de Jan. 2021.

 

[1] Graduada em Pedagogia (FID), Especialista em Metodologia do Ensino, Informática da Educação (FID), Coordenação Pedagógica (UFMT) Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[2] Graduada em Pedagogia (FID), Especialista em Educação Especial, Educação Infantil com Ênfase em Alfabetização (FID) Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[3] Graduado em Pedagogia (FID) e Artes (Faveni), Especialista em Gestão Escolar (FID), Ensino de Artes (Faveni) Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.