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AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Luciana C. Schuster Baranzelli1

 

RESUMO

 

Nesse trabalho o principal objetivo foi compreender a importância da afetividade no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. Busquei compreender como essas relações são consideradas na sala de aula e a importância dada a esta construção de um clima favorável para os docentes e no desenvolvimento do aprendizado da criança. As diversas abordagens pesquisadas atribuíram à afetividade como imprescindível valor para o desenvolvimento psíquico do ser humano. Os vínculos emocionais que se estabelecem desde o nascimento influenciam na construção da personalidade, do autoconceito e da autoestima do sujeito, propiciando-lhe ferramentas necessárias à aquisição do ensino aprendizagem e sua conservação. Para o desenvolvimento desse trabalho utilizei levantamento bibliográfico obtive alguns dados e opiniões diversas. O presente estudo tem como campo de trabalho específico à prática pedagógica como meio de aprendizagem. Ao final dessa pesquisa o resultado nos mostrou que a afetividade, além de mediar o aprendizado torna possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços de amizade, permitindo existir o respeito, amizade, generosidade, solidariedade e confiança. Portanto, a conclusão obtida foi que todos os objetivos que nos guiaram foram alcançados, nos proporcionando compreender a importância e as contribuições da afetividade na Educação Infantil, assim concluindo o qual valioso é a inserção do afeto no ensino aprendizagem de nossos alunos.

Palavras-chave: Afetividade. Prática pedagógica. Ensino aprendizagem.

 

ABSTRACT

In this work the main objective was to understand the importance of affectivity in the development and in the learning of the child. I sought to understand how these relationships are considered in the classroom and the importance given to this construction of a favorable climate for teachers and in the development of the child's learning. The diverse approaches researched attributed affectivity as an indispensable value for the psychic development of the human being. The emotional bonds established since birth influence the construction of personality, self-concept and self-esteem of the subject, providing them with the necessary tools to acquire teaching learning and its conservation. For the development of this work, I used a bibliographical survey to obtain some data and diverse opinions. The present study has specific field of pedagogical practice as a means of learning. At the end of this research, the result showed that affectivity, in addition to mediating learning, makes it possible to improve interpersonal relationships, strengthening ties of friendship, allowing respect, friendship, generosity, solidarity and trust. Therefore, the conclusion reached was that all the objectives that guided us were achieved, allowing us to understand the importance and contributions of affectivity in Early Childhood Education, thus concluding the valuable insertion of affection in the teaching of our students.

Keywords: Affectivity. Pedagogical practice. Teaching learning.

 

INTRODUÇÂO

A afetividade e a emoção estão presentes nos diferentes tipos de relações. Primeiramente, no âmbito familiar, em seguida pelos professores. Com isso buscamos entender como essas relações são consideradas na sala de aula e a importância dada a esta construção de um clima favorável para os docentes e no desenvolvimento do aprendizado da criança.

Vale lembrar que a afetividade a que nos referimos não é somente a ato de abraçar, beijar e fazer carinho mas a capacidade que o indivíduo tem de provocar mudanças no outro através da convivência e da troca de conhecimento. Fazendo uma analogia histórica entre a visão que a sociedade possui, a respeito da infância, vamos perceber que tal visão foi se modificando conforme as transformações ocorridas na sociedade ao longo dos anos.

Nesse trabalho o principal objetivo foi compreender a importância da afetividade no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. A pesquisa foi desenvolvida com professores que leciona para alunos de 3 a 4 anos, em determinado CEMEIS (Centro de Educação infantil de Sorriso), sendo destacado a presença de sentimentos e emoções, contribuindo com o desenvolvimento das crianças.

A pesquisa é um processo de aprendizagem indispensável ao acadêmico que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira. Está no ato da pesquisa e da sua execução a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender as peculiaridades e os “macetes” da profissão e conhecer a realidade do dia-a-dia profissional. Na medida em que o acadêmico tem contato com as tarefas que a pesquisa lhe proporciona, começa assimilar tudo aquilo que tem aprendido e até mesmo o que ainda vai aprender na teoria. Sabemos que o aprendizado é muito mais eficaz quando é adquirido por meio da experiência.

A pesquisa realizada é de cunho bibliográfico e qualitativo, adotou-se a metodologia descritivo-exploratória. Inicialmente foram investigadas as finalidades e a importância da Afetividade na Educação Infantil, buscando saber as suas contribuições. Logo alguns professores da área foram investigados, respondendo algumas questões relacionadas ao tema. Nesse trabalho foram citados vários autores que possuem teorias sobre a afetividade no ensino aprendizagem. Busquei explicitar a importância da afetividade desde os anos iniciais.

 

 

AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES

Na idade média, a educação infantil era entendida como um papel exclusivamente familiar e, principalmente, função das mulheres. Mas, logo após o desmame e quando já havia adquirido as funções motoras, a criança passava a ajudar os adultos e também a ser tratada como se fosse um. Como nessa época não existia saneamento básico, as condições de higiene e saúde eram muito precárias, havendo assim, um número muito elevado de mortalidade infantil, e esse era considerado um fenômeno natural.

A sociedade agrária da idade média deu lugar ao capitalismo, com a Revolução Industrial, a partir desse momento as fábricas precisaram de muita mão de obra adulta e as crianças começaram a ser deixadas em casa, sendo cuidadas por terceiros. Isso gera a necessidade de se repensar o que seria feito com as crianças filhas dos operários que precisavam trabalhar. Nesse período, os filhos dos burgueses frequentavam escolas, enquanto os filhos dos operários eram “abandonados” e mal tratados. Aos poucos, para o atendimento dessas crianças abandonadas, foram sendo criadas instituições formais, que não tinham propostas pedagógicas. A maioria das atividades realizadas nesses estabelecimentos eram voltadas para a obtenção de bons hábitos de comportamento, internalização de regras morais e de valores religiosos.

Infância e criança nem sempre tiveram o valor social dos dias atuais. Historicamente, essa valorização decorreu de diversos fatores, sociais, políticos e econômicos. Com o avanço do conhecimento na educação, psicologia e sociologia e áreas afins, vive-se a necessidade de se mudar a visão da infância e da criança e de se preparar as instituições educativas para recebê-las de modo adequado, oferecendo uma educação de qualidade.

Qualidade em educação infantil é, antes de tudo, a criação de condições necessárias para que a criança efetivamente se desenvolva, aprenda e caminhe em direção à autonomia e do exercício pleno da cidadania, com alegria e prazer. A qualidade se traduz em oportunidades diversificadas para que cada criança cresça, aprenda e se desenvolva a partir da nossa interferência criteriosamente planejada e desenvolvida e permanentemente avaliada.

A afetividade é qualidade de afetivos, sentimentos; o amor quer dizer afeição profunda, o objeto dessa afeição zelo, cuidado. A palavra afeto vem do latim affectur (afetar, tocar) é o elemento básico da afetividade, o afeto corresponde a “sentimento de amizade”, afeiçoado.

O estágio do personalismo descrito por Wallon (1934) surge entre os três e os seis anos de idade quando a criança está voltada para a construção do eu. A crise de oposição ou teimosia dá início a este estágio quando esta ao tentar afirmar seu eu, opondo-se aos demais, procura fazer prevalecer sempre a sua vontade. Esta oposição e negativismo que surgem destas atitudes fazem com que os adultos não demonstrem o carinho e a aceitação e, caso esta criança conte com um eu mais fortalecido, procura encontrar estratégias que lhe permitam assegurar esse afeto e a aprovação dos demais.

Então, em torno dos quatro anos, surge o período da graça, quando as crianças tentam atrair a atenção dos demais e ganhar seu aplauso e reconhecimento, mostrando suas habilidades e destrezas que sentem ser admiradas pelos outros. Quando as “graças” já não chamam a atenção a estratégia usada é a da imitação dos demais. Imitando o pai ou a mãe, em seus traços mais externos ou em seus aspectos mais psicológicos e internos as crianças garantem a aprovação dessas pessoas e do seu afeto. O processo final é o de identificação com os adultos mais próximos.

A afetividade e suas dimensões de acordo com a abordagem de Henri Wallon, com a sua teoria chamada de psicogenética, buscando contribuições de alguns autores em estudos referentes a essa. A presente teoria nos mostra que o desenvolvimento da criança está atrelada a fatores orgânicos, integrados com o meio social e físico, daí o seu enfoque interacionista.

No âmbito escolar, à o uso de uma concepção teórica que leva os educadores a dividirem a criança em duas metades: a cognitiva e a afetiva. Esse dualismo é um dos maiores mitos presentes na maioria das propostas educacionais da atualidade. A crença nessa oposição faz com que se considere o pensamento calculista, frio e desprovido de sentimentos, apropriado para a instrução das matérias escolares clássicas. Já os sentimentos, vistos como "coisas do coração", não levam ao conhecimento e provocam atitudes irracionais.

A afetividade não modifica a estrutura no funcionamento da inteligência, porém, poderá acelerar ou retardar o desenvolvimento dos indivíduos, podendo até interferir no funcionamento das estruturas da inteligência. Wallon em sua teoria fez a distinção entre emoção e afetividade: afetividade é um conceito amplo, que inclui um componente orgânico, corporal, motor, plástico(emoção), um componente cognitivo, representacional (sentimentos) e um componente expressivo (comunicação).

Segundo Piaget (1982), na medida em que os aspectos cognitivos se desenvolvem, há um desenvolvimento paralelo da afetividade. Os mecanismos de construção são os mesmos. As crianças assimilam as experiências aos esquemas afetivos do mesmo modo que assimilam as experiências às estruturas cognitivas.

Autores como Piaget, Wallon e Vygotsky afirmam a influência do meio escolar na construção da individualidade da criança ou no desenvolvimento de toda a personalidade.

Segundo Martinelli (2006), são atribuídos a essa primeira fase do processo de escolarização os conflitos básicos de esforço versus inferioridade, tornando-se a escola e os amigos, nesse momento, o centro das relações mais importantes da vida da criança.

Tais interações podem resultar para a criança sentimentos como de competência ou de frustração, inferioridade, fracasso e incompetência.

A qualidade de algo ou alguém é então considerada a partir de parâmetros preestabelecidos ou de juízos de valor. Portanto, ao se falar em qualidade há que se identificar e se explicitar critérios objetivos de análise e indicadores de qualidade. Isto diminui os efeitos negativos das tendenciosidades ou dos procedimentos ou avaliações subjetivas. Assim, se queremos analisar a qualidade de um programa de educação infantil precisamos saber quais os nossos parâmetros de análise e o que, na prática cotidiana, pode ser considerado os indicadores dessa qualidade.

Sobre o pensamento de Sousa, é possível observar que para se falar em qualidade, é necessário o estabelecimento de critérios ou juízos de valor que possam “identificar” essa qualidade. Esses diminuirão as possibilidades da ocorrência de avaliações pessoais sobre projetos, ações, espaços, entre outros, na educação infantil. Sendo necessária assim, a criação de indicadores de qualidade, que sejam perceptíveis por meio da prática cotidiana.

De acordo com Guillot (2008),“Uma criança não é um ser de pura razão, o afetos, as emoções e os sentimentos são essenciais para a constituição do indivíduo”.

A criança pequena não aprende desvinculada de afeto, ela aprende investindo sua corporeidade, sua sensibilidade e seu imaginário.

Para Guillot (2008), “o professor é um mediador entre os valores éticos universais, entre a criança e a lei, entre a criança e a aprendizagem, entre a criança e a ação”. A criança é um ser de emoção e ação.

A afetividade é o suporte da inteligência, da vontade, da atividade, enfim, da personalidade. Nenhuma aprendizagem se realiza sem que ela tome parte. Muitos alunos há cuja inteligência foi bloqueada por motivos afetivos; outros há cuja afetividade não resolveu determinados problemas, apresentando falha no comportamento. A afetividade constitui a base de todas as reações da pessoa diante da vida de todos os seus acontecimentos, promovendo todas as atividades.

De acordo com Piaget (1982), os estágios e períodos do desenvolvimento infantil caracterizam as diferentes maneiras do indivíduo interagir com a realidade, de organizar seus conhecimentos. Sendo assim, trago como destaque aqui, dois estágios do desenvolvimento: o estágio sensório-motor e o estágio pré-operatório.

Piaget (1982) não determina idades fixas para cada estágio, mas neles desenvolvem em uma sequência, respectivamente:

a) estágio sensório-motor (de 0 a 2 anos, aproximadamente): a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. Neste período a criança não representa mentalmente os objetos, sua ação é direta sobre eles;

b) estágio pré-operacional (de 2 a 7 anos, aproximadamente): neste período a criança desenvolve a capacidade simbólica e surgem os primeiros sentimentos sociais, onde os principais instrumentos utilizados são a representação e a linguagem falada.

Durante todo período sensório-motor, as crianças interessam-se apenas por seu ambiente imediato, coordenam movimentos e percepções para atingir metas em curto prazo, mas não são capazes de examinar rapidamente possíveis ações, avaliar a eficácia de técnicas alternativas ou agir para alcançar uma meta distante no tempo ou no espaço.

No estágio pré-operacional, a capacidade de representar uma coisa por outra aumenta a rapidez e o alcance do pensamento, particularmente à medida que se desenvolve a linguagem. Pois, é através da representação que se criam imagens das experiências, incluindo as experiências afetivas, possibilitando que os sentimentos possam ser recordados. Segundo de Piaget (1982):

O jogo simbólico é uma assimilação livre do real ao eu, tornada necessária pelo fato de que quanto mais a criança é jovem menos seu pensamento é adaptado ao real, no sentido preciso de um equilíbrio entre a assimilação e acomodação.

Ainda nas palavras de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e um afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções. O afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, tornando difícil encontrar um comportamento apenas da afetividade, sem nenhum elemento cognitivo e vice-versa. Para Piaget (1971):

A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação contínua e as duas adaptações são, não somente paralelas, mas interdependentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura.

Outro ponto que considero importante ressaltar é sobre a socialização do comportamento, onde Piaget declara que o indivíduo não é um ser social ao nascer, mas torna-se social progressivamente, no decorrer dos anos e no contato com o outro. Assim, podemos dizer que a base para a relação social é a reciprocidade de atitudes e valores entre as crianças e os outros.

Piaget (1971) entende que o desenvolvimento social age sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo. Como o desenvolvimento afetivo não é separado do desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento social está relacionado ao desenvolvimento cognitivo e afetivo. O conhecimento social é constituído pela criança à medida que ela interage com os adultos e com outras crianças.

 

2.1- Afetividade como fator de Qualidade na Educação Infantil

A qualidade na educação infantil está relacionada com o desenvolvimento e aprendizagem e estes juntamente com o afeto e a cognição são inseparáveis. Desse modo, é fato que a afetividade é muito importante para que isso aconteça. Ou seja, a afetividade está vinculada a qualidade e, como tal, pode ser considerada como um dos seus indicadores a ser dada atenção na instituição de educação infantil. Uma instituição que alcança bons resultados qualitativos, certamente se preocupa com a qualidade das relações afetivas na escola. Assim, para avaliar a qualidade da afetividade na educação infantil, foram construídos, especialmente para esse trabalho, alguns indicadores dessa qualidade.

Outro critério relevante para a qualidade da prática pedagógica é o professor dar significado, compreender o significado do aluno e explicitar sua intencionalidade em relação às atividades propostas para as crianças.

A criança traz para o ambiente escolar toda a carga afetiva de seu desenvolvimento com seus familiares, os problemas emocionais surgirão nos contatos que se estabelecerá e, as crianças que tenham desenvolvido a inteligência emocional saberão lidar com as frustrações que este ambiente e suas relações lhes proporcionarão. Cabe ao professor e aos profissionais envolvidos nesta relação propiciar um ambiente acolhedor e de compreensão para que as crianças possam desenvolver suas potencialidades.

O educador é, sem dúvida, a peça mestra nesse processo de educar. A inter-relação entre os sentimentos, os afetos e as intuições na construção de conhecimento tem sido enfatizada por diversos autores. Snyders (1986) afirma:

Quando se ama o mundo, esse amor ilumina e ajuda a revelá-lo, a descobri-lo. O amor não é o contrário do conhecimento e pode tornar-se lucidez, necessidade de compreender, alegria de compreender.

Goleman (1997), diz que “ao desenvolver o conceito de inteligência emocional salienta que aprendemos sempre melhor quando se trata de assuntos que nos interessam e nos quais temos prazer”.

A preparação da criança para a escola passa pelo desenvolvimento de competências emocionais – inteligência emocional – designadamente confiança, curiosidade, intencionalidade, autocontrole, capacidades de relacionamento, de comunicação e de cooperação. Sem o auxílio e o exemplo do professor pode se tornar uma tarefa árdua, pois a criança se espelha no exemplo e quem é o exemplo na escola se não o professor.

Quanto maior e mais rica for sua história de vida e profissional, maiores serão as possibilidades de desempenhar uma prática democrática efetiva que eduque positivamente. Sobre esse assunto Nóvoa(1991) afirma que não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente”.

Paulo Freire (1997), afirma a importância dos componentes afetivos e intuitivos na construção do conhecimento. Diz que “

É necessário que evitemos outros medos que o cientificismo nos inoculou. O medo, por exemplo, de nossos sentimentos, de nossas emoções, de nossos desejos, o medo de que ponham a perder nossa cientificidade. O que eu sei, sei com o meu corpo inteiro: com minha mente crítica, mas também com os meus sentimentos, com minhas intuições, com minhas emoções. O que eu não posso é parar satisfeito ao nível dos sentimentos, das emoções, das intuições. “Devo submeter os objetos de minhas intuições a um tratamento sério, rigoroso, mas nunca desprezá-los.

Uma criança não começa inicialmente como um indivíduo apto a identificar-se com outras pessoas. É preciso uma elaboração gradual do eu como um todo e

também um desenvolvimento gradual da capacidade de sentir que o mundo externo e o mundo interior são coisas relacionadas, mas não idênticas ao eu, o eu que é individual e particular.

As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem podem se ver como incompetentes, o que interfere em seu autoconceito e em sua capacidade de reverter a situação.

A afetividade é vital para todos os seres humanos, pois, são os vínculos e as relações construídas com o outro durante a vida. Quando a criança entra na escola, sua importância se torna mais evidente ainda, por meio da relação professor e aluno. Sobre as reações emocionais Vygotsky (2003) diz que:

As reações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas de nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam ensinadas e instigadas emocionalmente. A experiência e a pesquisa têm demonstrado que um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito indiferente.

Por menor que uma criança seja, ela já participa e já percebe o que acontece ao seu redor. Por isso, a importância de percebê-la como um ser humano completo, único e em desenvolvimento, não apenas porque nessa etapa do desenvolvimento os aspectos emocionais desempenham um papel fundamental, mas porque, além disso, constituem a base ou condição necessária para qualquer progresso nos diferentes âmbitos do desenvolvimento infantil. Tudo na educação infantil é influenciado pelos aspectos emocionais: desde o desenvolvimento psicomotor até o intelectual, o social e o cultural. A emoção age, principalmente, no nível de segurança das crianças, que é a plataforma sobre a qual se constroem todos os desenvolvimentos.

Por meio da afetividade e do processo de cuidar da criança, o educador colabora com o desenvolvimento da autonomia, autoestima e inter-relação da criança com o seu ambiente e sociedade. O educador que é o mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento deve dar oportunidades aos alunos de vivenciarem espaços e situações, de forma que os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas sejam bem articulados.

Ao chegar à escola, a criança, vai vivenciar novas experiências, conviver com outras crianças e adultos e estabelecer novas relações afetivas, fora do contexto familiar. O educador precisa se atentar para esses acontecimentos, para melhor orientar a criança, mostrando-a como conviver bem nesse novo ambiente demonstrando afeto. A criança procura de imediato encontrar esses laços de afeto no professor e em seguida, nas outras. Conforme vai estabelecendo vínculos no ambiente escolar, ela começa a explorar o espaço, o que é fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo, motor e emocional.

A criança ingressa na escola carregada de emoções, sentimentos, inclusive o do medo, daí a importância do período adaptativo das crianças com o mundo escolar. Sendo que o tempo que ela necessitará para envolver-se neste novo universo é diferente entre cada criança e dependerá das relações afetivas que terá com sua professora.

Nesse sentido, para a criança, torna-se importante e fundamental o papel do vínculo afetivo, que inicialmente apresenta-se na relação pai-mãe-filho e se amplia para a figura do professor.

A afetividade é um rico canal de comunicação entre as crianças, entre os objetos e as pessoas com quem convivem. Para que essa comunicação se estabeleça sem traumas e decepções é fundamental que o educador trabalhe bem com a afetividade, a paciência e a serenidade, pois, por meio delas é que as mediações e relações ocorrerão. Tem todo sentido as palavras de Saltini (1997):

A serenidade e a paciência do educador, mesmo em situações difíceis faz parte da paz que a criança necessita. Observar a ansiedade, a perda de controle e a instabilidade de humor, vai assegurar à criança ser o continente de seus próprios conflitos e raivas, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o educador. A serenidade faz parte do conjunto de sensações e percepções que garantem a elaboração de nossas raivas e conflitos. Ela conduz ao conhecimento do si mesmo, tanto do educador quanto da criança.

De acordo com Saltini é importante que o educador saiba lidar com situações difíceis. Pois, existem momentos que algumas crianças podem ter explosões de raiva, onde é necessário que ele tenha muita habilidade, podendo ter que utilizar, do diálogo, do silêncio e do corpo, abraçando-a se for permitido, indicando, assim, que a afetividade é um fator fundamental no ambiente da educação infantil.

A insegurança também provoca medo e aumenta a tendência da criança a condutas defensivas, dificuldade de se relacionar e tomar iniciativas. Do ponto de vista prático, a resolução desses “comportamentos” exige uma atenção à dimensão emocional afetiva da criança. O educador para solucionar, do ponto vista prática, a situação, necessita ter grande flexibilidade e criar oportunidades para que o aluno possa se expressar de maneira emotiva, se autoconhecer e for capaz de controlar, gradativamente, suas emoções (ZABALZA, 1998).

A afetividade é essencial à prática pedagógica, e ao ambiente da educação infantil. É por meio dela que a criança passa a ter laços afetivos com os coleguinhas e o professor e também a melhorar de forma integral seu desenvolvimento cognitivo e motor. Podendo alcançar melhores índices de auto-estima, autonomia e autoconfiança.

 

2.2 – Relações positivas entre professor e aluno na Educação infantil

 

É fundamental o papel do vínculo afetivo, que inicialmente apresenta-se na relação pai-mãe-filho e depois vai se ampliando para a figura do professor.

De acordo com Guillot (2008),

Uma criança não é um ser de pura razão, os afetos, as emoções e os sentimentos são essenciais para a constituição do indivíduo. A criança pequena não aprende desvinculada de afeto, ela aprende investindo sua corporeidade, sua sensibilidade e seu imaginário.

Assim, busquei outro autor que contribui para entendermos as emoções e as

relações afetivas, Winnicott, mãe-pai-filho, dando continuidade nas relações afetivas entre professor- aluno.

Segundo Winnicott (1971), pode-se dizer que a criança precisa de um bom lar, de uma boa base familiar com que possa se identificar, necessita de um ambiente emocional estável em que permita ter a oportunidade de realizar firmes e naturais progressos, no devido tempo, no decorrer das fases iniciais do seu desenvolvimento. O segundo o autor:

Desde pequeno, ainda recém-nascido, o ser humano utiliza a emoção para comunicar-se com o mundo. O bebê, antes mesmo da aquisição da linguagem, consegue estabelecer relação com a mãe, ou pessoa que dele cuida, através de movimentos de expressão (choro, necessidades, fisiológicas).

O referido autor demonstra que a evolução emocional da criança tem início no começo da sua vida. Se quisermos julgar a maneira como um ser humano trata com os seus semelhantes, e ver como edifica a sua personalidade, não podemos deixar de fora o que sucede nos primeiros anos de sua vida.

Para Winnicott (1971) uma necessidade da criança bem desenvolvida é ter pais (ou pessoas que representam esses papéis) com quem se identifique. O que a criança percebe é o pai e a mãe, a conduta de ambos e as relações dos pais, é isso que ela absorve, imita ou reage contra, é o que ela utiliza num processo pessoal de autodesenvolvimento. Sendo assim pode-se dizer que a criança precisa de um bom lar, de uma boa base familiar com que possa se identificar, necessita de um ambiente emocional estável em que permita ter a oportunidade de realizar firmes e naturais progressos, no devido tempo, no decorrer das fases iniciais do seu desenvolvimento.

Na educação infantil é de extrema importância o profissional dar significado ao que é dado em sala de aula, contribuindo para sua motivação e envolvimento dos mesmos. Saber ajudar na construção das atividades diferenciada, mostrar a ela a intenção daquela determinada atividade, o porquê dela estar fazendo aquilo, o objetivo dessa tarefa. Tudo deve ser explicado de uma forma que a criança possa compreender a atividade da melhor maneira, tendo estímulo e motivação para concluí-la.

O professor precisa estabelecer uma relação afetiva com os alunos e que perceba que como indivíduo, seus alunos também têm algo a oferecer e que a aprendizagem se faz por intermédio das interações que são estabelecidas. O professor oferece por meio de suas atitudes, uma série de informações ao aluno que irão contribuir na formação de seu autoconceito. Portanto, as expectativas que o professor tem para com seu aluno poderão contribuir sobre seu desempenho.

No decorrer do desenvolvimento, os vínculos afetivos vão ampliando-se e a

figura do professor surge com grande importância na relação de ensino e aprendizagem. Na educação infantil essa relação de afeto entre professor e aluno é fundamental para a formação desses vínculos. O professor que consegue estabelecer uma relação afetiva positiva com seus alunos, e dar maior atenção a eles, geralmente, consegue o melhor desenvolvimento por parte dos mesmos. A qualidade da relação professor-aluno está também na capacidade do cuidar. O cuidar faz parte da afetividade e, também, colabora com a criação de laços de confiança, liberdade e respeito com o professor, além de contribuir para o bem-estar da criança.

A relação afetiva positiva é um dos pontos fundamentais para que o aluno comece a confiar e perceber no professor alguém que pode contar. Esta relação contribui para o surgimento de melhores condições para o ensino-aprendizagem da criança, visto ser o afeto fundamental para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional, bem como para a autonomia e autoestima do aluno.

A escuta sensível é fundamental também para que haja afetividade na relação professor-aluno. Pois, o escutar é “a sensibilidade de estar atento ao que é dito, ao que é expresso através de gestos e palavras, ações e emoções” (CERQUEIRA, 2011, p. 17). O ouvir e escutar tem funções diferentes. O ouvir está relacionado aos cinco sentidos – audição, olfato, paladar, visão e tato – e está restrito a aquilo que é dito. Já o escutar vai além da limitação daquilo que é explicitamente dito. Entendendo cada aluno e suas diferentes necessidades afetivas, o professor poderá ter um planejamento mais adequado e flexível que contribuirá para a aprendizagem e desenvolvimento integral do aluno.

Merecem destaque os “sinais” de afetividade positiva no comportamento das crianças tais como: chorar para ver a professora no feriado, querer falar com ela no telefone, correr para abraçá-la, agarrar nas pernas e oferecer o lanche. Essas percepções e sentimentos positivos presentes na relação professor-crianças fundam a criação de laços afetivos de qualidade no contexto da educação infantil. Além disso, a criança quando cuidada e tratada com afeto pelo professor, este acaba se tornando uma pessoa de referência para ela.

A criança extrai suas vivências principalmente do contato com outras pessoas, adultos ou crianças. Se os que a rodeiam a tratam com carinho, reconhecem seus direitos e se mostram atenciosos, a criança experimenta um bem-estar emocional, um sentimento de segurança, de estar protegida. O bem estar emocional ajuda o desenvolvimento normal da personalidade da criança e a formação de qualidades que a tornam positiva, fazendo-a mostrar-se benevolente com outras pessoas.

Sentir-se segura com seu professor faz a criança perceber que pode confiar e contar sempre com ele. Por outro lado sentindo-se gratificada com a qualidade afetiva de suas relações junto às crianças, o professor desenvolve, mais facilmente, uma didática de ensino mais adequada, preocupada com o bem-estar emocional dos alunos, seu desenvolvimento e aprendizagem. Seu planejamento tende a ser mais flexível, além da ocorrência de processos auto-avaliativos visando melhorar sua mediação no desenvolvimento integral do aluno.

Queremos deixar claro que é de fundamental importância que todos nós educadores, tivéssemos entendido que educar não se limita apenas a repassar informações; mas a forma a serem trabalhados esses conteúdos na sala de aula. Quando se trata de crianças que estão iniciando suas atividades educacionais a presença de sentimentos como o afeto fazer parte de qualquer atividade que seja direcionada ao aluno dentro ou fora da sala de aula.

Pois, a afetividade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista de maneira que somente a criança precisa desse sentimento, mas sim como desenvolvimento pessoal e social onde colabora em parte fundamental para uma melhor preparação da saúde mental e social, facilitando os processos de comunicação, expressão e construção do conhecimento.

 

METODOLOGIA

 

A Metodologia Científica é um conjunto de abordagens, técnicas e procedimentos utilizados para formular e resolver problemas de aquisição objetiva de conhecimento.

Para o desenvolvimento desse trabalho foi realizado uma pesquisa de campo, optei a pesquisa qualitativa e descritivo-exploratória, buscando encontrar possíveis respostas para o melhor entendimento sobre o assunto abordado.

A pesquisa qualitativa tem como objetivo compreender e interpretar os dados com maior qualidade e não apenas quantificá-los. O presente estudo tem como campo de trabalho específico à prática pedagógica como meio de aprendizagem.

Dessa forma, alguns passos metodológicos foram seguidos: Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os paradigmas da Educação, evidenciando sentimentos a serem trabalhado com as crianças, tomando como ponto de partida que esta é um ser com características individuais e que precisa de estímulos para o seu crescimento e desenvolvimento. Essa revisão teve como finalidade destacar a importância do afeto no contexto de Educação Infantil.

Em seguida, por ser uma pesquisa descritivo-exploratória, um critério foi seguido: Inclui opiniões (sobre determinados pontos) de alguns professores (as) /pedagogos (as) de certo Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEIS) da cidade Sorriso;

A partir desse critério identifiquei seis professores (as) do CEMEIS; Como instrumento de pesquisa foi utilizado um questionário com perguntas abertas, a afetividade como facilitadora no ensino aprendizado, como recurso metodológico e ainda, verificar a importância desse sentimento no desenvolvimento da criança. (Obs.: esse questionário está incluído no anexo desse trabalho).

Foram analisadas de forma interpretativa todas as respostas; Finalmente, com o levantamento bibliográfico, o questionário e sua análise, me possibilitaram fundamentar a análise da prática pedagógica do professor da Educação Infantil e, a inserção da afetividade como meio de aprendizagem.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como um suporte à prática pedagógica de educadores a tempos se tem discutido sobre a afetividade e suas atribuições no processo educativo.

Durante todo desenvolvimento deste trabalho, observamos a importância que da afetividade como ferramenta facilitadora no processo ensino aprendizagem e entendemos que a aprendizagem sendo trabalhada em sala de aula tendo o professor como mediador que facilita suas conquistas.

Precisou-se refletir e analisar a maneira de como sentimentos positivos como afeto, amor, carinho, compreensão e paciência podem contribuir para o desenvolvimento do ensino, principalmente quando trabalhado com crianças de 3 e 4 anos de idade.

Para aprofundar o conhecimento sobre a afetividade, foram entrevistadas quatro professoras, as quais responderam as questões propostas de acordo com o tema aqui estudado. A fundamentação teórica foi subsidiada pela pesquisa bibliográfica, podendo assim, explicitar as teorias de vários autores acerca do problema e do tema.

De cunho significativo, pudemos perceber que a Instituição tem como preocupação fundamental, a formação integral de todos os seres humanos. Foi possível analisar que é preciso que todos percebam a necessidade de se desenvolver um trabalho contínuo em sala, já que a afetividade funciona como facilitador da aprendizagem, colaborando para uma boa saúde mental e social; desenvolvendo processos sociais de comunicação, de expressão e construção do conhecimento, explorando a criatividade, propiciando a autonomia, além de melhorar a conduta e a autoestima, permitindo que a criança extravase angústias e paixões, alegrias e tristezas, agressividade e passividade.

Ao final dessa pesquisa o resultado nos mostrou que a afetividade, além de mediar o aprendizado torna possível melhorar as relações interpessoais, fortalecendo os laços de amizade, permitindo existir o respeito, amizade, generosidade, solidariedade e confiança.

Portanto, a conclusão obtida foi que todos os objetivos que nos guiaram foram alcançados. Nos fez compreender a importância e as contribuições da afetividade na Educação Infantil, assim percebendo o qual valioso é a inserção do afeto no ensino aprendizagem de nossos alunos.

 

REFERÊNCIAS

 

 

FREIRE, Paulo. A educação na cidade, São Paulo, Cortez,1995.

 

GOLEMAM, D. Inteligência emocional. LISBOA: Temas e debates, 1997.

 

GUILLOT, Gerard. Artigo, Revista Pátio nº 17, 2008.

 

NÓVOA, A. Os professores e a formação. São Paulo, Dom Quixote, 1995.

 

PIAGET, Gean. Estudos de psicologia genética. Rio de Janeiro: Forense, 1973.

 

SALTINI, Claúdio J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: 2007.

 

SISTO, F.; MARTINELLI, S. Afetividade e Dificuldades de Aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 1. ed. São Paulo: p. 32.

 

SNYDERS, Geoges. A alegria na escola. São Paulo: MANOELE, 1998.

 

VYGOTSKY, L. S. A educação do comportamento emocional. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

WALLON, Henry. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Fontes, 2007.

 

WINNICOTT, D.W. A criança e o seu mundo. Rio de Janeiro: Zahar, editores, 1971.

 

ZABALZA, Miguel. A qualidade em educação infantil. PORTO ALEGRE: Artmed, 1998.

 

Profissionais na área da Educação Infantil de um CEMEIS da cidade de Sorriso-MT.

 

ANEXOS

 

QUESTIONÁRIO:

1- A afetividade e a prática pedagógica

A atuação do professor e do pedagogo tem proporcionado diversas experiências de ensino. Assim, os últimos anos têm sido marcados por reflexões que levam a transformações que possam melhorar a qualidade de ensino nas escolas de nosso país. Faz-se necessário pensar num perfil profissional capaz de atender às necessidades do aluno. Deve-se, portanto, buscar a formação de um sujeito extremamente ativo, dinâmico, curioso e construtor de conhecimento. Para acompanhar essa formação, precisamos de um educador qualificado, que apresente propostas pedagógicas inovadoras e desafiantes, comprometido com a função para que junto com os alunos possa construir novos conhecimentos.

O que você entende por afetividade na educação infantil?

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2- A afetividade como fator de qualidade na aprendizagem

A qualidade na educação infantil está relacionada com o desenvolvimento e aprendizagem e estes juntamente com o afeto e a cognição são inseparáveis. Desse modo, é fato que a afetividade é muito importante para que isso aconteça. Ou seja, a afetividade está vinculada a qualidade e, como tal, pode ser considerada como um dos seus indicadores a ser dada atenção na instituição de educação infantil.

A afetividade é um assunto que tem conquistado espaço no contexto educacional. O afeto traz-nos sensações prazerosas e sua presença em trabalhos do dia-a-dia possibilitam por meio de procedimentos metodológicos a produção de conhecimento. Você se entende quando se fala em uma educação de qualidade na educação Infantil?

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3- Relações professor e aluno

Na educação infantil a relação afetiva entre professor e aluno é fundamental para a formação desses vínculos afetivos. O professor que consegue estabelecer uma relação afetiva positiva com seus alunos, geralmente, consegue o melhor desenvolvimento por parte dos mesmos. A qualidade da relação professor-aluno está também na capacidade do cuidar, a afetividade, também, colabora com a criação de laços de confiança, liberdade e respeito com o professor, além de contribuir para o bem-estar da criança.

E como deve ser a relação afetiva entre professor e aluno?

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Diante dessas questões os questionados responderam o seguinte:

1° professor (a):

1ª questão. Afetividade é a forma como você trata a criança, e a forma como a criança recebe emocionalmente o que você trabalha com ela.

 

2ª questão: Passar o conteúdo da melhor forma para eles, não só em sala de aula, mas também na quadra, no pátio da escola, a maneira a serem contadas as historinhas, músicas, dançar com eles, brincar com eles também, acredito que isso seja trabalhar com qualidade.

 

3ª questão: Conversando muito com eles, dando carinho, explicando para eles que não é bem assim e quando eles fizerem alguma coisa de errado, passar só as coisas boas, o certo para eles, se fazer alguma coisa de errado, sempre procurar o certo.

 

2° professor (a):

1ª questão: A afetividade é um sentimento que quando utilizado pelo professor no decorrer de suas aulas faz com que a criança aprenda de maneira prazerosa. É preciso destacar a intencionalidade na hora de trabalhar as atividades, não é apenas brincar por brincar, o professor precisa planejar a atividade visando o desenvolvimento do aluno num todo: psicológico, motor, afetivo, etc.

 

2ª questão: A qualidade é o professor dar o melhor dele para a criança, para que ela aprenda, para que assimile, para ter o aconchego, porque ela sai do mundo que ela sempre viveu, do lado dos seus pais, do lado dos seus irmãos.

 

3ª questão: O professor e o aluno têm que manter essa relação, porque para a criança se sentir segura, para que possa aprender, tem que haver essa afeição, o professor tem que olhar à todos os alunos com amor e não pode ter diferenciação, de sentimentos entre os mesmos.

 

3° professor (a):

1ª questão: A afetividade aplicada à prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais prazerosas e tranquilas.

 

2ª questão: Vejo que o conteúdo a ser planejado deve ser desenvolvimento sempre bem planejado para que seja de qualidade, ou seja, coerente ao contexto e a realidade do aluno.

 

3ª questão: Penso que o educador deve refletir sobre sua postura em relação ao ensinar, aprender e do avaliar seu educando dentro da sala de aula.

 

4° professor (a):

1ª questão: Os sentimentos que envolvem a criança, são altamente importantes na vida das mesmas, quando o conteúdo a ser trabalhado tiver maior demonstração de amor, carinho e afeto fará com que a criança se sinta mais segura, e melhor será o seu desenvolvimento.

 

2ª questão: É preciso que a escola e o professor trabalhem juntos de forma positiva para que a educação de qualidade aconteça; o professor deve dar o ser melhor dentro da sala de aula; e os coordenadores precisam pensar sempre no bem estar do aluno.

 

3ª questão: É preciso que o professor tenha uma boa relação com os alunos para que consiga desenvolver um ensino de qualidade, à medida que as crianças se sintam acolhidas melhor será o seu desempenho.

1 Licenciado em Pedagogia – UNOPAR. Atua na área de Educação.