Buscar artigo ou registro:

 

 

ALFABETIZAR LETRANDO: UM DESAFIO PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Izabel Cristina de Souza Saturnino da Silva[1]

Thelma Pires Gerônimo da Motta[2]

 

 

RESUMO

Este artigo tem por objetivo analisar quais os desafios encontrados pelos os professores da educação básica em alfabetizar uma criança. E como é o processo de Alfabetização e letramento na Educação. Venho registrar os desafios enfrentados pelos os educadores e como são feitos o uso dos métodos nessa fase que é de suma importância na vida de uma criança. A alfabetização e o letramento é um processo na qual uma precisa do outro, os educadores necessitam alfabetizar letrando o sujeito. Sabemos que a escrita a leitura é uma chave fundamental na formação do ser humano. Pois devemos ter consciência de que o ato de ler e escrever nos levar a compreender melhor a sociedade e através dessas informações podemos nos formar cidadãos críticos e pensantes. A família tem um papel importante no desenvolvimento da criança, pois é nessa fase que todas as crianças necessitam desse apoio. O processo de alfabetizar um sujeito não é fácil, pois todos os professores precisam do apoio da família e da instituição. E a utilização dos métodos é de suma importância nesse processo.

 

Palavras chaves: Alfabetização. Letramento. Educadores. Leitura e escrita.

 

ABSTRACT

This article aims to analyze the challenges faced by basic education teachers in teaching a child to read and write. And how is the Literacy and Literacy process in Education. I come to record the challenges faced by educators and how the methods are used in this phase, which is of paramount importance in a child's life. Literacy and literacy is a process in which one needs the other, educators need to teach literacy by literating the subject. We know that writing and reading is a fundamental key in the formation of human beings. Because we must be aware that the act of reading and writing leads us to better understand society and through this information we can form critical and thinking citizens. The family has an important role in the child's development, as it is at this stage that all children need this support. The process of teaching a subject to read and write is not easy, as all teachers need the support of the family and the institution. And the use of methods is of paramount importance in this process.

Keywords: Literacy. Literacy. Educators. Reading and writing.

 

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho tem por fundamentos mostrar como se da o papel de alfabetizar letrando, e como esse desafio é grande para os professores. Compreendemos que ler e o escrever são essenciais na vida de qualquer indivíduo. A leitura nos liberta e leva além do imaginário, a escrita nos da habilidade de expressar sentimentos e escrever belos textos, é claro que a escrita quanto o ler são atos inseparáveis.

Nós docentes sempre iremos nos deparar com diversas dificuldades ao alfabetizar e letrar uma criança. Mesmo tendo conhecimento às vezes sentiremos despreparado quanto o assunto é alfabetizar letrando, pois cada criança tem o seu tempo o seu nível de aprendizagem. Para alcançar sucesso e ter uma boa educação escolar os professores devem recorrer aos diversos métodos estudados, e escolher aquele que melhor adapta aos níveis de aprendizagem de seus alunos e assim por em prática na sala de aula, se esse método estiver dando resultado suficiente ótimo, se porventura não estiver é bom o professor partir para outro método, pois não devemos depreciar a turma por causa de um método escolhido de forma inadequado.

Para realizar esse trabalho recorremos às pesquisas bibliográficas com diversas leituras e pesquisas de vários autores, com o objetivo de apontar como trabalhar na educação o ensinamento de alfabetização e letramento. 

Cabe lembrar que o planejamento e a avaliação são fundamentais para o educador alcançar seus objetivos. E que a família também tem um papel importantíssimo nessa fase de desenvolvimento da criança. a leitura tem um papel de suma importância e contribuem muito na formação do ser humano. Quem tem o hábito de leitura rotineiramente sempre encontrará facilidade na escrita e sempre estará preparado para resolver quaisquer problemas sociais. Portanto a leitura e a escrita devem fazer parte da vida do indivíduo desde pequeno, é através delas que quebraremos barreiras e venceremos qualquer obstáculo que há em nossas vidas.

 

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 

Segundo o dicionário Aurélio, Alfabetização 1. Ato ou efeito, modo ou processo alfabetizar. 2. O tempo desse processo. 3. Turma ou conjunto de turmas de alunos em fase de alfabetização de uma instituição de ensino. 4. O conjunto, em escola, colégio, instituto, dos professores que alfabetizam.

Letramento 1. Ato ou feito de letrar(-se). 2. Bras. Educ. E. Ling. Estado ou condição de indivíduo ou grupo capaz de utilizar-se da leitura e da escrita, ou de exercê-las, como instrumentos de sua realização e de seu desenvolvimento social e cultural: A palavra letramento é conhecida há pouco tempo em nossos vocabulários.

Alfabetização é um processo de aprendizagem onde aumenta as habilidades do ler e escrever enquanto letramento ocorre com o uso adequado da leitura e escrita nas técnicas sociais, contudo essa diferença se dá na condição e no comando da leitura e a escrita. Para SOARES (2005). “Mas não é apenas o ambiente alfabetizador que deve articular, na sala de aula, alfabetização e letramento. Esses dois processos, embora diferentes, são indissociáveis também no processo de aprendizagem inicial da linguagem escrita.” Contudo, não é apenas na sala de aula que acontece o ato de alfabetizar todas as crianças vem com suas histórias de vida e em casa recebem a educação informal.

Alfabetização é um processo de ensino e aprendizagem com sistemas linguísticos, na qual o individuo aprende e faz o uso dessa forma para se comunicar com a sociedade. Entretanto, a alfabetização aumenta a percepção da leitura e da escrita, já o letramento tem o papel da função social de ler e escrever.

O letramento é a forma que o individuo ou grupo social almeja depois de se familiarizar com a tal desejada escrita e leitura. Um ser letrado é capaz de se informar através de jornais, interpretar textos de diversa modalidade, pode criar discursos, entres outros. Para Soares:

 

Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. (SOARES, 1998. p.47) 

 

Ao alfabetizar um indivíduo é importante que os dois níveis devam andar juntos, ou seja, assim que o sujeito aprende escrever ao mesmo tempo deve saber a ler para compreender e interpretar o que está escrevendo. Em uma sociedade que estamos vivendo exigem do ser humano a importância do ler e escrever, pois, é através dessas ferramentas que podemos compreender o que está acontecendo em nosso cotidiano.

Assim que uma criança começa a aprender a escrever e ler, para ela tudo é novidades e descoberta ao ver um a palavra que está aprendendo na escola. Quando ela veja nome de algum estabelecimento, de bebidas ou uma propaganda na televisão, poderá já começa a soletrar a palavra e dizer já sei ler, assim é nesse momento que a criança começa a fazer uso dos códigos.

 

Fazer com que a criança em fase de alfabetização vivencie a leitura, a produção de texto escrito, a produção e compreensão de textos orais e a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética como práticas relevantes e interessantes é um desfio para os professores. (Ministério da Educação, 2012. p. 08)

 

É importante que nessa fase o professor seja um mediador no ensino e aprendizagem, oferecendo para a criança a probabilidade de vencer todos os obstáculos. Na alfabetização é importante que a leitura, produção de textos escritos façam parte da vida da criança, que através das leituras e produções de textos os discentes tenham uma boa compreensão.

Assim alfabetizar e letrar uma criança é um desafio imenso para os professores, pois estes deparam com várias crianças que apresentam diversos níveis de aprendizagem, pois, cada um se desenvolve de forma diferente uma das outras. Isso é um dos desafios encontrados pelos os professores.

De acordo com Soares (2004) a alfabetização é “[...] a ação de ensinar e aprender a ler e a escrever", sendo que letramento “[...] é estado ou condições de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultivar e exercer as práticas sociais que usam a escrita.”

Percebe- se que alfabetização é um caminho para o letramento, na qual um indivíduo alfabetizado conhece o código escrito, sabe ler e escrever, mas esse indivíduo precisa ampliar esses conhecimentos para poder então compreender o sentido dos textos. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar ler e escrever através de um processo em que a escrita e a leitura tenham sentido e começam a fazer parte da vida do discente, designa práticas de leitura e escrita.

A alfabetização por sua vez tem por objetivo criar situações com que a criança reconheça o seu desenvolvimento e naturalmente adquira autonomia, sendo capaz de se tornar um adulto crítico e conhecedor de seus direitos. Assim, pois Carvalho (2010) aponta que:

 

Uma pessoa alfabetizada conhece o código alfabético, domina as relações grafônicas, sem outras palavras, sabe que sons as letras representam, é capaz de ler palavras e textos simples, mas não necessariamente é usuário de leituras e da escrita na vida social. (CARVALHO, 2010, p. 66).

 

Nesse caso alfabetizar vai além de codificar e decodificar o código alfabético, ou esteja, o letramento é uma soma continua com a alfabetização, nesse sentido cabe o educador incentivar a leitura e produção de texto, para que o aluno possa adquirir habilidades e assim tendo a oportunidade de ampliar seu próprio conhecimento. Manter a leitura cotidiana faz você ampliar mais o vocabulário facilitará na compreensão de textos, estimula a criatividade, imaginação, terá facilidade na produção de textos escrito e oral.

Se o aluno não tiver hábito em leitura encontrara muitas dificuldades na escrita o seu desempenho na escola será dificultado, percebe-se que a leitura esta conectada ao processo de aprendizagem. Aquele que têm hábito em ler, fala bem escreve com clareza e está apto pra resolver qualquer problema perante a sociedade.

 

Hoje, os grandes objetivos da Educação são: ensinar a aprender, ensinar a fazer, ensinar a ser, ensinar a conviver em paz, desenvolver a inteligência e ensinar a transformar informações em conhecimento. Para atingir esses objetivos, o trabalho de alfabetização precisa desenvolver o letramento. O letramento é entendido como produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia. (FERNANDES, 2010, p. 19).

 

Porém a alfabetização e letramento tem o papel de estar juntas, pois uma precisa extremamente da outra, no caso as duas tem ações distintas, nunca poderemos alfabetizar sem o ato de letrar, portanto, devemos alfabetizar letrando, pois bem, ensinar a ler e escrever de maneira que a criança torne alfabetizada e letrada sabendo completamente interpretar o que está lendo ou o que se lê.

 

Um outro ponto importante a destacar diz respeito ao domínio do processo de leitura e da compreensão do que se lê. A perspectiva cognitivista considera que o desenvolvimento da fluência em leitura – quer dizer, o desenvolvimento de um processamento automático de palavras e unidades do texto – é uma importante dimensão do processo de alfabetização. A questão é a seguinte: se o leitor tem sua atenção voltada para decodificação de cada unidade das palavras de um texto, ele sobrecarrega sua memória a ponto de dificultar a compreensão. O desenvolvimento de automatismos na leitura de palavras evitaria essa sobrecarga, deixando o leitor livre para voltar sua atenção para processos mais complexos, relacionados à compreensão do sentido de palavras, trechos e textos. (SOARES, 2005, p. 40)

 

O processo da escrita e leitura requer muitos cuidados e atenção, entretanto, é um processo muito lento, cada criança tem o seu desempenho e progresso, cabe o alfabetizador constantemente estar inserido e incentivando práticas de leitura através de livros, revistas, jornais e entre outros matérias de leitura que circulam o ambiente escolar e na sociedade. A leitura tem um papel essencial, é de suma importância desde cedo inserir a leitura na vida da criança.

 

Para alfabetizar letrando, deve haver um trabalho intencional de sensibilização, por meio de atividades específicas de comunicação, como escrever para alguém que não está presente (bilhetes, correspondência escolar), contar uma história por escrito, produzir um jornal escolar, um cartaz etc. Assim a escrita passa a ter função social. (CARVALHO, 2010, p. 69)

 

Compreende-se que para alfabetizar letrando pertence o educador fazer um trabalho social com o intuito de desenvolverem conteúdos pedagógicos inserindo a vida do aluno para que o mesmo tenha no processo de alfabetização e letramento sucesso. A partir do momento que o professor passa a fazer parte da vivencia do aluno, conhecer sua realidade em que meio esse aluno estava inserido, nesse caso o professor terá facilidade em ensinar esse aluno. Para incentivar a escrita cabe o professor trabalhar na sala de aula com conteúdos que levam os alunos a construírem pequenos textos escritos como as cartas, recados, fazer um mural com textos informativos. Construir textos na sala de aula no momento de a leitura fazer a troca com a classe, estimular o discente a ler um livro ou história e fazer um ressumo por escrito sobre o que foi lido.    

 

Não podemos negar que a prática de ensino corresponde à prática específica de leitura e escrita: os alunos leem textos “cartilhados”, vinculados aos fonemas ou as silabas que estão estudando, textos que só são lidos/escritos na escola para cumprir as funções sociais às quais se destinam aprendizagem da leitura e da escrita. (SOARES, 1998, p. 23).

 

O educador tem um papel importantíssimo de estimular as habilidades e o desenvolvimento dos educandos sejam elas nas semelhanças explicadas ou escritas. É necessário que no dia-a-dia na sala de aula  os professores devem fazer o uso constante de diversas leituras com o objetivo de levar para os alunos o incentivo a leitura e fazer que os mesmos tenham contato com diversas palavras e diferentes escritas parecidas, levando o aluno a refletir sobre o conteúdo estudado ou lido.

Podemos dizer que a leitura é um método importante na vida do ser humano, manter o hábito da leitura em nossa vida nos faz crescer e aprimora o nosso conhecimento. Ter o hábito em ler todos os dias nos leva a facilidade em compreender diversos textos, aperfeiçoa a inventividade, o imaginário e melhora muito o nosso vocabulário e nos ajudam na escrita e na edificação de textos.

Se o professor ou alguém da família não estimular desde cedo o hábito da leitura na vida de uma criança a mesma poderá deparar com inúmeros fatores que levará o desinteresse por ler. A falta da leitura na sala de aula contribui para que os alunos percam o gosto por leitura, pois a leitura diária ajuda no processo da escrita do ser humano.

 

DESAFIOS PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA E OS MÉTODOS

 

Os professores visto como mediadores de conhecimento deparam com grandes e inúmeros desafios enfrentados na educação básica em especial relacionada ao alfabetizar e letrando, é claro que esse desafio não pode ser enfrentado apenas pelos os professores, mas, sim a família também poderá contribuir com o processo de leitura e de escrita, incentivando a leitura em casa para a criança, pois, ao chegar à escola não se encontre com dificuldades, assim facilitando seu desempenho e ao mesmo tempo gostando  da leitura e escrita. Manter a sala bem organizada e informada, pois, a leitura ajuda na disciplina e no comportamento da criança.

 

Metodologicamente, a criação desse ambiente se concretizaria na busca de levar as crianças em fase de alfabetização a usar a linguagem escrita, mesmo antes de dominar as “primeiras letras”, organizando a sala de aula com base na escrita (registro de rotinas, uso de etiquetas para organização do material, emprego de quadros para controlar frequência, por exemplo). Conceitualmente, a defesa da criação de um ambiente alfabetizador estaria baseada na constatação de que saber para que a escrita serve (suas funções de registro, de comunicação à distância, por exemplo) e saber como é  usada em práticas sociais (organizar a sala de aula, fixar regras de comportamento na escola, transmitir informações, divertir, convencer, por exemplo) auxiliariam a criança em sua alfabetização. Auxiliariam por dar significado e função à alfabetização; auxiliariam por criar a necessidade da alfabetização; auxiliariam, enfim, por favorecer a exploração, pela criança, do funcionamento da linguagem escrita. (SOARES, 2005, p. 53).

 

Na escola, ao iniciar a aula a leitura deleite feita todos os dias pelo o professor (a) é uma maneira de incentivar a leitura. Trabalhos feitos por pesquisas em livros realizadas em bibliotecas com os alunos também é uma forma de incentivar a leitura, projetos de leitura realizados pela a instituição é um meio que podem impulsionar a leitura e escrita.

Na fase de alfabetização é fundamental que os pais participam do aprendizado dos filhos, pois, é nesse momento que os professores precisam do auxílio da família, na qual esse processo é importante para a vida do discente. Para os autores REGO, 1988: MORAIS e ALBURQUERQUE, 2004. ”Criança ou adulto que ainda não se apropriou da escrita alfabética, envolve-se em práticas de leitura e escrita por meio da mediação de uma pessoa que sabe ler e escrever, nessas práticas, desenvolve conhecimentos sobre os textos que circulam na sociedade.” p17. Toda vez que crianças pequenas ouvirem histórias, frequentemente lidas ou contadas por adultos, seja elas em casa ou no âmbito escolar, essas crianças são capazes de pegar um livro, revistas ou até mesmo um jornal e imaginarem que estão lendo ou contando histórias, porque nos adultos somos reflexos de incentivos para uma criança. Os pais que tem hábito de leitura em casa ou contar histórias para seu filho, futuramente essa criança crescerá com o prazer em leituras, pois, desde pequena presenciaram seus pais lendo.

A maior parte do analfabetismo ocorrido no nosso país é cobrada dos profissionais da educação, às vezes esquecem que a família também tem um papel importante nesse processo. No momento que o educador vai ensinar uma criança a ler e escrever, esse profissional recorre aos diversos métodos encontrados ou estudados, lembrando que não existe um método específico para alfabetizar, pois, cada criança tem o seu próprio avanço na aprendizagem. Cabe aos professores conhecer a sua turma o nível de aprendizagem e por em pratica o método que mais encaixa. Podemos lembrar que aquelas pessoas que foram alfabetizados há mais tempo pois tiveram o uso de cartilhas e livros e materiais impressos, os ensinamentos eram mais rígidos. 

Os métodos analíticos e sintéticos foram criados há anos, para ajudar os professores na educação, mas com o passar dos tempos os métodos foram aprimorando cada vez mais. Portanto, percebe-se que quando um docente for alfabetizar os seus alunos, pois esse educador precisa de um método, é importante que o professor escolha ou façam uso do método que possam ser trabalhados de acordo com a realidade de cada aluno. Para FRADE (2005).

 

Os métodos sintéticos vão das partes para o todo. Nos métodos sintéticos, temos a eleição de princípios organizativos diferenciados, que privilegiam as correspondências fonográficas. Essa tendência compreende o método alfabético, que toma como unidade a letra; o método fônico, que toma como unidade o fonema; o método silábico, que toma como unidade um segmento fonológico mais facilmente pronunciável, que é a sílaba. A disputa sobre qual unidade de análise a ser considerada- a letra, o fonema ou a sílaba-, é que deu o tom das diferenciações em torno das correspondências fonográficas. Para esse conjunto de métodos denominados sintéticos, propõe-se um distanciamento da situação de uso e do significado, para a promoção de estratégias de análise do sistema de escrita. (FRADE 2005, p. 22)

  

Ao analisar a fala da autora percebemos que o método sintético se divide em três métodos, na qual o método alfabético tem por objetivo levar o aluno a decorar as silabas e os silabários. O método fônico tem por finalidade a ensinar o aluno as semelhanças entre sons e letras, assim fazendo com que o aluno possa compreender a palavra falada com a escrita. Já o método silábico se trabalha com a silabação faz com que o aluno conheça a família silábica e compreendam as silabas simples e complexas.

Nesse sentido podemos observar que a utilização de um método pode fazer toda a diferença no momento de alfabetizar e letrar um sujeito. Antes os professores trabalhavam com poucos recursos em sala de aula à aprendizagem era feita de maneira diferente quanto a de hoje.  Outro método importante na aprendizagem é os métodos analíticos, onde FRADE (2005) ressalta que;

 

Os métodos analíticos partem do todo para as partes e procuram romper radicalmente com o princípio da decifração. São mais conhecidos os métodos globais de contos, o de sentenciação e o de palavração. Está presente nesse movimento metodológico a defesa do trabalho com sentido, na alfabetização. Assim, esses métodos buscam atuar na compreensão, por entenderem que a linguagem escrita deve ser ensinada à criança respeitando-se sua percepção global dos fenômenos e da própria língua. São tomados como unidade de análise a palavra, a frase e o texto. Esses métodos supõem que, baseando-se no reconhecimento global, como estratégia inicial, os aprendizes podem realizar, posteriormente, um processo de análise de unidades menores da língua. (FRADE 2005, p. 22)

 

Desse modo podemos considerar que o método analítico divide em métodos global de contos com o proposito de fazer o aluno a compreender a escrita através de leituras de contos, com a utilização de pré-livro e com a memorização de textos lidos. Já o método de sentenciação mostrar-se uma palavra que depois é transformada em silabas, o método de palavração as palavras são expostas e os alunos aprendem a distinguir através de imagens e figuras visualizadas.  

Com base na ideia de vários autores e pesquisas percebemos que os velhos métodos de alfabetização formados em épocas, na qual não tinham conhecimento que hoje tem, alguns desses métodos como o método silábico ou fônico nos levar a perceber que para alfabetizar tinha que fazer o aluno a memorizar as silabas, a criança era vista como uma “tabua rasa” tinham que repetir todos os elementos dito pela a professora ou pelo o criador da cartilha. Nos dias atuais a aprendizagem passou por varias mudanças, na qual a alfabetização deve ser feita através da participação dos alunos de varias disponibilização de matérias e da tecnologia. Não importa a escolha do método feito pelo professor o importante, é ter reponsabilidade no momento da alfabetização, pois estamos aqui para formar sujeitos aptos para uma sociedade.

Portanto, os métodos foram criados para que os professores façam uso de forma adequada que tragam bons resultados. É importante que os profissionais da educação se dediquem a conhecer melhor cada método, pois para alfabetizar não existe uma receita pronta e nem existem um método melhor do que o outro. Cabe o professor usar cada método e escolher o que mais enquadra com sua turma. Pois alfabetizar e letrar são responsabilidade dos professores.

Veremos que nós professores não devemos se apegar nos métodos e esquecer que a educação necessita de profissionais competentes que estejam aptos e preparados para atuar.  

 

CONSIDERAÇÕES

 

Naturalmente ouviremos muitos profissionais da educação a dizer que ensinar uma criança ler e escrever não são tão simples. Com isso percebemos que para educar é necessário que o professor esteja preparado para as grandes provocações encontradas no dia- a dia, alguns desses desafios são a atenção que cada indivíduo precisa. Para alguns alunos necessita de cuidado diferenciado no processo de aprendizagem é através dessa atenção podemos identificar suas evoluções e os problemas.

Com a realização desse trabalho possibilitou a compreender melhor que o ato de alfabetizar letrando permite ao indivíduo compreender melhor o que à em nossa volta. É possível afirmar que um sujeito letrado deixa de ser indiferente para ser ativo, com a probabilidade de concepção, de divulgar, de ver e resolver problemas diante uma sociedade, constituindo um cidadão crítico, pensante e conhecedor de seus direitos e deveres.

Percebemos que a leitura tem base importante no momento do alfabetizar e letrar um indivíduo. Através da leitura podemos conquistar grandes resultados. Incentivar uma criança desde cedo ler e escrever é um papel da família quanto do professor. Os educadores e os familiares são reflexão dessa nova geração, crianças que tem o costume de ver qualquer membro da família lendo em casa, essa criança automaticamente irá fazer o mesmo.

 Pois bem, esse trabalho que concluo fez pensar e refletir que alfabetizar e letrar não são uma tarefa fácil, mas, não é impossível, portanto, são responsabilidades dos educadores formar cidadãos críticos e pensantes para uma sociedade.

 

Referências

 

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 7.ed. Petrópolis, RJ: vozes, 2010.

CORREIA, Djane Antonucci, SALCH, Bailon de Oliveira. Práticas de letramento: leitura, escrita e discurso. 1 ed. São Paulo:  parábola editorial, 2007.

FERNANDES, Maria. Os segredos da alfabetização. 2.ed. São Paulo: cortez,2010.

FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. Métodos e didáticas de alfabetização: história, características e modos de fazer de professores: caderno do professor/Isabel Cristina Alves da Silva Frade. – Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.

MORAIS, Artur e ALBUQUERQUE, Eliana. Alfabetização e letramento: o que são? Como se relacionam? Como alfabetizar letrando? In: LEAL. Telma Ferraz e ALBUQUERQUE, Eliana (Org). Alfabetização de jovens e adultos em uma perspectiva de letramento. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

RECO, Lúcia. L.B. A Literatura Infantil: Uma Nova Perspectiva da Alfabetização. 3. Ed. São Paulo: FTD. 1988.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica. 1998.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento, caminhos e descaminhos. Revista. Patio, ano VIII, n. 29, p.20, fev/abr. 2004.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caderno do professor/ Magda Becker Soares; Antônio Augusto Gomes Batista. Belo Horizonte: Ceale/ FaE/UFMG,2005

 

[1]  Professora especialista em Lúdico, lotada na Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Sábio, Cáceres, MT.,2021; E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[2] Professora especialista em AEE, lotada na Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Sábio, Cáceres, MT.,2021.E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.