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O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E PRÁTICAS DIDÁTICAS

Artenisa Aparecida dos Santos Oliveira

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI como requisito parcial para obtenção de título em Licenciatura em Letras e respectiva a literatura – Projeto de Ensino - 28/10/19.

 

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar um breve panorama sobre a história da educação, pois através da análise de estudo adquirimos a consciência que mesmo sem a prévia existência da escolarização, é possível perceber que as sociedades tribais, já mantinham um possível sistema educacional. Ao descrever sobre a trajetória do ensino de língua portuguesa, entendemos que só depois da independência do Brasil, oficializou se o ensino de língua portuguesa, verificamos que em um primeiro momento, a cobrança se relacionava exclusivamente com o latim. Sobre as práticas didáticas e os desafios do educador que se tornam cada vez mais presente e intenso em nossa sociedade. Dentre dos estudos a respeito desta última, surge a necessidade da realização de uma entrevista em busca de similar melhor o conteúdo encontrado de maneira bibliográfica com a realidade atual do profissional de língua portuguesa. Diante dos desafios do docente, percebe-se a necessidade, do educador permanecer sempre atualizado, e a procura de novas propostas e instrumentos com procedimentos mais atrativos de maneira que possa chamar a atenção dos estudantes,  o professor perante a sala de aula, exerce a real função de auxiliar o aluno no caminho à procura dos conhecimentos necessários pra que este ao final da sua jornada escolar, possa desenvolver as características primordiais de um ser crítico e posteriormente exercer a cidadania.

 

Palavras-chave: Língua Portuguesa. Docente. Praticas Didáticas.

 

1 INTRODUÇÃO

Área de Concentração: Ensino de Língua Portuguesa

Tema: Ensino de Língua Portuguesa e Práticas Didáticas

 

Diante da atual sociedade em que vivemos, encontramos algumas áreas que precisam de um olhar atento dos governantes do nosso país, um exemplo de uma dessas áreas é a educação, que cada vez mais tem se tornado alvo de muitas críticas e controvérsias. A história da educação e seus primeiros conceitos são resultados de uma grande mistura de culturas, as quais geralmente atribuíam um sentido para a educação. Com o passar do tempo, por volta do ano 4.000 a.C, surgem os primeiros traços da escrita, o ser humano alcançou, através da sistematização um novo sistema educacional e as primeiras escolas da idade média foram se formando, porém sabe-se que nesta fase da educação apenas os mais privilegiados tinham acesso a escolarização.

Posteriormente, por volta do ano de 1500, ocorre o descobrimento e colonização do Brasil, procede a chegada das caravanas e juntamente com as caravanas, chegam os jesuítas que introduz um processo de catequização, surgindo os primeiros traços da educação no Brasil, porém esse ensino era voltado para os dogmas cristãos. O ensino a partir de um dado momento, vencendo inúmeras dificuldades começa a se difundir surgindo as primeiras escolas brasileiras, porém novamente apenas os mais privilegiados, ou de classes superiores tinham acesso a este ensino, crescendo de forma gradativa e lenta as escolas foram se multiplicando tornando o ensino mais acessível aos menos privilegiados.

O ensino era basicamente transmitido aos alunos, primeiramente era voltado para a memorização, ou seja, os estudantes tinham que repetir aquilo que seus professores lhe ensinavam. Este ensino, com o decorrer do tempo trouxe um grande problema para a sociedade brasileira, pois os alunos saíam da escola repetindo tudo aquilo que o professor lhe havia passado, porém os estudantes não encontravam sentido, não compreendiam aquilo que superficialmente sabiam. Resultado deste ensino alunos alfabetizados, porém não letrados, capazes de reconhecer as palavras, mais incapaz de atribuir sentido, significado as mesmas palavras em diferentes contextos.

Hoje se entende diferente a prática docente, compreende-se a necessidade de letrar os alunos ainda nas séries iniciais, houve grande mudanças no processo de escolarização, afim de suprir os problemas que até então foram amenizados e disfarçados na educação. Dentre todo o processo de ensino este artigo visa direcionar um olhar amplo para o ensino de língua portuguesa, com o objetivo de levantar um breve panorama sobre como era este ensino, e quais mudanças este sofreu além do tempo.

É indiscutível a relevância para este artigo, pois a partir do estudo sobre o “Ensino de Língua Portuguesa”, tornam-se perceptíveis algumas gafes no sistema educacional e em consequência dessas falhas, conseguimos direcionar um olhar diferenciado para o ensino de língua. A principal problemática desta pesquisa é verificar alguns pontos que também influenciam o resultado do ensino, como é o caso das metodologias adotadas pelo educador e entender os desafios que o docente enfrenta atualmente em nossa sociedade. Dentre as metodologias adotadas pelo educador e os desafios do docente, pretende se responder as seguintes perguntas: Como adaptar as metodologias a fim de melhorá-las? Quais são os principais desafios do educador hoje? Como amenizar os desafios encontrados no ambiente escolar?

Estas perguntas, e a problemática mencionada acima irá sustentar a fundamentação teórica que segue. Ao elaborar este artigo, usa-se a prática documental, bibliográfica e a de campo, pretende-se com auxílio de entrevista, fornecer informações coletadas com docentes que já atuam no campo escolar, através de suas experiências e dando mais veracidade ao atual estudo. A fundamentação teórica que segue esta dividida da seguinte maneira: um breve panorama sobre a educação, o ensino de língua antigamente versus o ensino de língua hoje, praticas docentes, planejamento, metodologias de ensino, relatório de entrevista e desafios encontrados pelos docentes. O presente artigo foi desenvolvido embasado na área de concentração acerca do “Ensino de Língua Portuguesa” adotada durante o período de estágio.

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

2.1 BREVE PANORAMA SOBRE A EDUCAÇÃO

A história da educação está interligada, com os primeiros conceitos educacionais originados de diferentes culturas, como as comunidades tribais, egípcias entre outras, assim é possível encontrar distintas concepções acerca deste conceito. Burg e Fronza (2013, p.4) sugerem “a história da educação está diretamente ligada aos primeiros registros do homem e às primeiras produções escritas na Terra”. Enquanto os seres humanos ainda não possuíam a escrita estima se que a educação de crianças e jovens ocorria através da imitação, os mais novos imitavam os mais velhos e assim o conhecimento era passado.

 A partir de um certo momento, de acordo com os mesmos autores, por volta de 4.000 a.C., ocorre o surgimento da escrita, houve os primeiros registros da escrita em paredes de cavernas rochosas, conhecidos como pictogravuras, pois estas escritas na verdade eram uma sequência de símbolos que representavam ações realizadas pelos seres humanos daquela época. Com o passar do tempo houve a evolução da escrita, e surgiram então os primeiros sinais gráficos que representavam a fala dos seres humanos.

Por volta dos anos 1500, ocorre o descobrimento do Brasil, quando os portugueses aqui chegaram através das caravanas encontraram as tribos indígenas, posteriormente de acordo com Burg e Fronza (2013, p.94) “no ano de 1534 surge a Companhia  de Jesus uma congregação religiosa fundada por um grupo de estudantes da universidade de Paris, liderados pelo basco Inácio de Loyola com o intuito de catequizar os índios”, sabe-se que a catequese dos jesuítas era voltada aos dogmas cristão, cada tribo tinha e viviam um possível sistema educacional, mas não tinha escolarização.

Posteriormente ocorre a expulsão dos jesuítas, dando início a uma suposta reforma social e educacional. Compreende-se que o Brasil sempre esteve em um estado de dependência, principalmente de Portugal, e isso o afetou grandemente especialmente no ramo educacional. Por volta do ano de 1834, ocorre o surgimento das Escolas Normais, porém com a falta de professores, estes escolhiam entre os seus alunos os melhores para ajuda-los com os demais (FÁVERO, 2002 apud BURG e FRONZA, 2013, p. 115) porém com professores mal preparados e mal renumerados, grande dificuldade de locomoção dos alunos e o desinteresse do governo, a educação continuou sendo deixada de lado por um dado tempo. (AZEVEDO, 1984, apud BURG e FRONZA, 2013, p. 115).

A partir do período republicano e a redemocratização da nova república, mais precisamente após a revolução de 1930, a educação sofre novamente algumas mudanças como a criação do Ministério da Educação e Secretarias de Educação dos Estados, após 1955 começam a ser fundadas as universidades federais em quase todos os estados. Cabe a nós salientarmos a figura de Paulo Freire, um dos maiores pedagogos brasileiros, através de Freire a educação e o papel do professor começam a ser visto de maneira diferente, o professor se torna um mediador do conhecimento, sobre Freire

 

[...] foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. (FERRARI.2008)

 

FIGURA 1.0: Paulo Freire.

FONTE: Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia >. Acesso em 06 de out. de 2019.

 

Entre os anos de 1964-1985, com a ditadura militar novamente a educação se torna alvo de uma nova reforma, atingindo todos os níveis de ensino e tornando o ensino de língua inglesa obrigatório nas escolas.

No plano educacional, o governo militar-autoritário, sob pressão social, buscou aumentar produtividade das escolas públicas com a adoção de princípios administrativos empresariais, além de, desde o início, acenar com uma tendência privatizante da educação. Mostram essas afirmações os decretos-lei baixados pelo Estado brasileiro, bem como os diversos acordos firmados entre o Ministério da Educação e Cultura e a Agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento internacional (Usaid), que supervisionou e financiou parcialmente a economia brasileira nos primeiros governos militares. Dito decorreu a reforma universitária de 1968 (Lei nº 5.540), bem como a reforma do ensino de primeiro e segundo grau em 1971 (Lei nº 5.5692). (SILVA JR., 2005, p.63 apud BURG e FRONZA, p. 144-145).

Hoje temos a LDB (lei de diretrizes e bases da educação), que foi criada a alguns anos atrás, que são um conjunto de leis que fornecem ao educador o suporte que necessitam para indicar os conteúdos a serem trabalhados em cada nível da educação básica. Desde o ano 2002, a educação sofre uma expansão significativa no Brasil, como a obrigatoriedade do ensino da cultura afro e indígena. O governo até então começa a lançar um olhar diferenciado para a educação visando a qualidade do ensino, e exigindo do educador melhor preparação e profissionalização para atuar em sala.

Se a educação é o instrumento responsável pelo progresso de um país que o faz desenvolver tanto na renda quanto no nível de vida de uma nação, é preciso tê-la como prioridade, diminuindo os discursos e aumentando a didaticidade. Infelizmente os professores tornam-se verdadeiros alvos na culpabilidade da defasagem da educação, sendo cobrados pelo sistema educacional e criticados pela sociedade, como se fossem os salvadores da pátria capazes de resolver todos os problemas sociais sozinhos. (BASTOS, 2017)

Ocorre uma remodelação na educação, colocando pontos a serem observados no ensino fundamental e médio. De acordo com Oliveira (2015, p. 41-42) para o E. F[1] os PCN destacam que ter o pleno domínio da língua é participar inteiramente da sociedade, é de suma importância, trabalhar, no espaço escolar, a diversidade de gêneros textuais, permitindo ao aluno que desenvolva satisfatoriamente suas competências linguísticas.

Segundo a mesma autora para o ensino médio os PCN (2015, p. 46-49) diz o E.M[2] deve priorizar o estudo da língua portuguesa como um elemento importante do ser social, o aluno deve compreender e utilizar a língua portuguesa como língua materna, bem como aprofundamento do conteúdo estudado no E.F, e domínio de linguagem e suas variantes, estes são alguns dos princípios básicos que se espera ser alcançados para o E.M.

A partir de todo resgaste acerca da educação, observa-se que a trajetória da educação é longa, e foi se formando com o passar do tempo, se enriquecendo após o contato com diversas culturas. Sobre a história da educação no Brasil percebe-se uma grande mudança ao longo do tempo, porém tem se consciência que por mais que educação tenha melhorado, está ainda precisa de um olhar atento dos governantes em busca de suprir todas as necessidades e carências ainda encontradas no sistema educacional. E em consequência de todas as carências educacionais podemos encontrar também falhas no ensino das disciplinas escolares, e no ensino de língua essas falhas se tornam visíveis, destacadas e apontadas pela sociedade o que realmente se pretende esclarecer é que o meio educacional é formado por um todo, e quando esse todo é atingido positivamente ou negativamente, torna-se perceptíveis em outros ramos que também fazem parte do contexto educacional.

 

2.2 O ENSINO DE LÍNGUA ANTIGAMENTE VERSUS O ENSINO DE LÍNGUA HOJE

Em todos os campos de conhecimento, existe numerosos desafios, no ensino de língua portuguesa não é diferente, seja pelas normas da gramática, pelas variações linguísticas, entre tantos outros conceitos que são abordados nesta disciplina. Em um primeiro momento, os estudos eram direcionados somente ao latim, existia uma breve alfabetização apenas para a compreensão da língua, no entanto, as práticas escolares como a leitura eram realizadas através do latim. De acordo com Pimentel (2017)

 

“[...] a formulação dos conteúdos da disciplina só começou a ser construídos praticamente a partir de meados do século XIX. É verdade que, nos tempos coloniais, os mais privilegiados aprendiam a ler e escrever em português com os jesuítas. Mas, segundo a pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Magda Soares, isso ocorria sem qualquer componente curricular. Tratava-se apenas de um processo de alfabetização, e, uma vez alfabetizado, o aluno passava direto para a aprendizagem da gramática em latim, a partir de livros escritos na Roma Antiga.” (grifos da autora).

 

Posteriormente, o ensino da gramática passa a ser introduzido, porém este é visto apenas como um apoio, então com a independência do Brasil, surge a necessidade de distinguir um idioma oficial, o ensino de língua Portuguesa passa a ser aprimorado nas escolas, apesar que este ensino não apresentava uma uniformização. De acordo com Pimentel (2017) “[...] o fato é que, na década de 1940, não havia mais consenso sobre o que ensinar e como ensinar Português. Cada professor estabelecia seu próprio planejamento e ensinava o que julgava importante.” Perante tal situação nas palavras da mesma autora

 

[...] Diante da falta de uniformidade no ensino da língua, o governo federal incumbiu um grupo de gramáticos da tarefa de padronizar os termos técnicos a serem empregados de maneira uniforme em todo o país. E assim, em 1959, por meio de uma portaria, foi instituída a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) – até hoje em vigor, embora submetida a muitas críticas e necessitando de revisão.

 

Com a expansão do acesso à educação, a camada e o número dos estudantes mudaram rapidamente trazendo grandes dificuldades para o educador em sala, até então acostumado com a minoria de alunos. Pimentel, (2017) afirma

 

... a expansão do acesso à educação trouxe novos tipos de desafios aos professores de Língua Portuguesa [...] o perfil dos alunos das escolas públicas mudou rapidamente: já não eram mais os filhos das elites letradas que nelas estudavam, mas os filhos da massa analfabeta do país.

 

Neste contexto em que o docente se encontrava, sem a devida profissionalização e com o rápido aumento de estudantes começa a surgir cada vez mais, traços negativos no processo de escolarização alunos com uma infinidade de erros ortográficos encontrados na escrita, dificuldades de leitura, compreensão e interpretação.

Hoje o ensino de língua Portuguesa passou a ser visto, como um processo contínuo, contribuindo para que o indivíduo aprenda a ouvir, a produzir, tanto escrita quanto oralmente, a desenvolver o raciocínio e a interpretar o mundo no qual vive, trabalhar língua portuguesa tem sido saber lidar com diversas experiências dialetais que são introduzidas na escola juntamente com os alunos, é poder olhar para a língua de uma maneira distinta, enxergando a grandeza das palavras que nos cercam. O ensino da língua portuguesa antes era visto como o responsável para que as crianças soubessem a ler e a escrever. Atualmente este pensamento se tornou mais reflexivo, ler e escrever então passou a ser visto como ato compreensivo. Segundo Santomauro (2009) apud Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS)

 

O ensino de língua portuguesa era visto como um foguete de dois estágios [...] O primeiro ia até a criança ser alfabetizada, aprendendo o sistema de escrita. Já o seguinte começaria quando ela tivesse o domínio básico dessa habilidade e seria convidada a produzir textos, anotar as normas gramaticais e ler produções clássicas.

 

No entanto, hoje temos uma mudança significava diante do ensino de língua, este não é mais considerado como partes fragmentadas, mas como um procedimento sucessivo. Ainda de acordo com a mesma autora encontramos o seguinte:

 

As situações didáticas essenciais para o Ensino Fundamental passaram a ser: ler e ouvir a leitura do docente, escrever, produzir textos oralmente para um educador escriba (quando o aluno ainda não compreende o sistema) e fazer atividades para desenvolver a linguagem oral, além de enfrentar situações de análise e reflexão sobre a língua e a sistematização de suas características e normas.

 

2.3 PRÁTICAS DOCENTES

Na educação, atualmente, de modo geral, é pretensão do professor estimular a reflexão sobre o ensino de Língua Portuguesa, é preciso se atentar para o fato de que o papel do professor se objetiva em conquistar seus alunos e fazer deles indivíduos conscientes e capazes de fundamentar, e expressar suas opiniões. Há a necessidade de fazer com que os alunos consigam atribuir significação as palavras, o docente também precisam trabalhar com a realidade dos estudantes, para que assim estes possam interagir da melhor maneira possível em sala, obtendo mais qualidade no rendimento escolar.

Se espera do docente que este procure, além dos conhecimentos que já possuí, instrumentos e procedimentos mais atrativos aos educandos, o educador independente de sua área de conhecimento, tem sua principal função como mediador, ou seja, auxiliar e orientar o aluno em seu processo de construção do conhecimento.

 

Trata-se de uma experiência que leva em conta o fato de que os professores produzem em suas práticas uma riqueza de conhecimentos que precisa ser, juntamente com as suas vivências, assumida como ponto de partida de qualquer processo de aperfeiçoamento de seu trabalho e de mudança curricular. (CRUZ, 2007)

 

O profissional que trabalha com o ensino de língua, também tem esse mesmo papel em orientar, e motivar a descoberta de novas letras, bem como a responsabilidade de ensinar o indivíduo a utilizar de forma eficiente e eficaz sua língua, de forma que possa se inserir na sociedade exercendo seu papel de cidadão, ensinando os estudantes atribuir sentido a cada palavra, entendendo sua definição e ampliando todo processo de construção de textos sejam eles produzidos através da escrita ou verbalmente. Porém a prática docente começa antes mesmo da atuação do professor na educação, quando este ainda está no seu processo de formação acadêmica, pois sem dúvidas a formação acadêmica de qualidade, se torna resultado de um bom profissional.

 

2.3.1 Planejamento

 

Sabemos que a sala de aula é um ambiente complexo, o professor já não pode pensar mais em uma didática pautada no improviso, então, o planejamento se torna algo fundamental para o docente, especialmente em sua pratica, pois este além de proporcionar uma ordem para a explanação do conteúdo, através do planejamento o educador também consegue verificar se os objetivos propostos para cada aula, foram alcançados e assim melhorar a metodologia adotada e se necessário retomar a aula novamente para melhor explicação. Segundo Vasconcellos (2000, p. 79)

 

O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo.

 

Com o auxílio do planejamento, o educador encontra uma maneira de estar organizado com suas práticas em sala, e com sequencia didática estabelecida, porém nem sempre é possível que o educador permaneça fechado com seu plano de aula, pois dentro da sala encontramos um ambiente repletos de diversidades e imprevisível. Ainda segundo Libâneo (2001, p. 223),

 

... o plano é um guia de orientação, pois nele são estabelecidos as diretrizes e os meios de realização do trabalho docente. Como sua função é orientar a prática, partindo das exigências da própria prática, ele não pode ser um documento rígido e absoluto, pois uma das características do processo de ensino é que está sempre em movimento, está sempre sofrendo modificações face as condições reais.

 

Por meio do planejamento escolar ocorre toda a organização da escola, tanto nas dimensões administrativas, como no plano de ensino e os planos de aula.

 

2.3.2 Metodologias de Ensino

Para o educador se torna indiscutível a necessidade de se atualizar e desenvolver novas metodologias pedagógicas. As práticas didáticas se desenvolvem em um contexto inacabado e mutável, ou seja, está em constante mudança se adequando sempre de acordo com a realidade de novos estudantes.

 

[...] além do domínio de conteúdos referentes a teoria e histórias da literatura, dispor do embasamento teórico metodológico que lhe forneça, pelo menos, conceitos fundamentais sobre educação, procedimentos, habilidades e competências que podem melhorar seu desempenho na prática da sala de aula (CALVACANTE, 2004, p. 139 apud POSSAMAI, 2011, p.261).

 

Faz parte da missão do educador em suas práticas didáticas utilizar todo material que se encontra disponível como é o caso de novas tecnologias que o auxilia na explanação das aulas. A procura por aulas atrativas e que se aproximam da realidade dos jovens estudantes e assim remete a interação do aluno com a aula. Com olhar específico para o professor de Língua Portuguesa, existe algumas estratégias que estes podem estar utilizando em seu fazer docente para a interação dos alunos e provocação do conhecimento.

A tecnologia, se bem utilizada em sala, tem muito a proporcionar, desde o auxílio do educador na prática como também aos estudantes, como fonte de pesquisa e informação,

 

Vivemos uma situação paradoxal. Por um lado, no contexto de revolução tecnológica, a Internet torna-se uma ferramenta importante para a socialização e crescente divulgação do conhecimento. O indivíduo precisa cada vez mais ler, a fim de aumentar sua bagagem cultural e suas experiências de leitura. Por outro lado, apesar desses avanços nas novas tecnologias, enfrentamos um processo de massificação cultural, em que a maioria dos indivíduos não consegue fazer uma leitura crítica do mundo. Nesse contexto, a leitura é praticada de modo superficial, devido à rapidez e à velocidade das informações que trafegam na Internet. (SILVA 2005 p.519)

 

A metodologia de ensino utilizada pelo educador influência sobre maneira no resultado do processo de ensino aprendizagem alcançados pelos alunos, o educador deve inovar seus métodos sempre que se fazer necessário, a fim de suprir as dificuldades dos estudantes que podem surgir ao longo de cada aula.

O professor de língua portuguesa pode explorar algumas soluções pra aprimorar suas aulas e despertar o interesse do aluno, cabe a este profissional se manter atualizado e adotar os recursos disponíveis para explanação de aula. Como é o caso do uso de tecnologias, exploração de gêneros literários, como contos, crônicas, teatros, e recorrer a atividades que podem ser realizadas em grupos como, por exemplo a feira literária, acerca do teatro por sua vez proporciona a qualidade da arte da interpretação, diante da apresentação com o contexto literário de forma artística possibilitando a compreensão e interação do aluno com o texto. A feira literária em sala seria uma prática adotada pelo professor de maneira que os estudantes são instigados a apreciar diferentes livros, sugerindo a aproximação do aluno com diferentes gêneros literários como ficções, poesias, romances etc. Esta prática também oferece aos alunos a oportunidade de conhecer seus interesses perante os diferentes gêneros literários. Pretende-se esclarecer que o estudo da língua portuguesa não agrega somente o uso da gramática normativa, existe um mundo ao qual os alunos devem ser apresentados, o mundo dos livros, sendo assim o professor precisa encontrar uma maneira de interligar o ensino de literatura com o ensino da gramática.

 

2.4 RELATÓRIO DE ENTREVISTA

Referente as questões lançadas durante o processo de construção da introdução do presente artigo, houve a realização de entrevista com a professora Eloa dos Santos, licenciada em letras/ inglês pela UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) com experiência profissional de 19 anos, se disponibilizando a oferecer informações a partir de sua experiência no campo educacional, com o intuito de agregar subsídios que possam colaborar na construção do caráter profissional que pretende ser atingido com a finalização da vida acadêmica esperada, surge novamente as questões mencionada na introdução do atual artigo.

 

Como adaptar as metodologias a fim de melhorá-las?

De acordo com Santos (2019), participar de formações continuada, é uma forma de aprimorar a prática pedagógica. Conhecer os alunos, suas fragilidades, bem como suas habilidades também ajuda a encontrar as metodologias mais adequadas para cada turma”.

 

Quais são os principais desafios do educador hoje?

Santos (2019) nos diz

 

... os principais desafios estão relacionados a levar para sala todo conteúdo necessário para cada fase/ano de forma que os alunos sintam interesse pelos mesmos. Fazer relação do conteúdo com a necessidade, ou utilização deles no dia a dia do aluno é também um desafio. Outro desafio também é a interferência externa em nossa prática docente, por exemplo ao dar sequência em nosso planejamento, as vezes temos que pará-lo para participar de olímpiadas, concursos e outras atividades sem haver um planejamento prévio.

 

 

Como amenizar os desafios encontrados no Ambiente Escolar?

“O planejamento coletivo, reuniões pedagógicas mais frequentes, respeitar o docente e o seu planejamento são algumas das formas de amenizar os desafios do docente. A escola precisa entender melhor a sua função e começar a recusar algumas tarefas que as vezes não dizem respeito ao fazer docente.”

A partir da entrevista com Santos (2019) conseguimos direcionar um olhar amplo para o ponto de vista da docente que ao finalizar a entrevista deixa bem claro sua opinião em relação à prática docente: “Eu sou professora, não educadora. Educar é tarefa da família, independentemente de como ela está organizada.”

 

2.5 DESAFIOS ENCONTRADO PELOS DOCENTES

O professor em seu cotidiano escolar, encontra na sala de aula um ambiente repleto de desafios cotidianos que se instalam durante todo o processo de sua prática em sala. Surge a seguinte pergunta: “Quais são os principais desafios do educador hoje?”

O maior desafio do professor hoje de uma forma geral está ligado à falta do verdadeiro interesse em busca do saber que infelizmente arrasta grande parte da juventude atual. Um dos desafios do educador diz respeito a maneira como instiga o conhecimento do aluno, principalmente quando este conhecimento é acerca da língua, pois antes mesmo de saber escrever, aprendemos a falar e essa situação, juntamente com as variações linguísticas existentes pode se tornar um obstáculo para o educador, principalmente nas aulas voltadas para a utilização da gramatica, pois os estudantes geralmente escrevem como falam.

Quando se menciona a respeito das “metodologias utilizadas pelo educador”, surge a necessidade de contextualizar acerca de uma situação mais ampla, se nos permitimos neste momento uma situação de devaneio, onde o nosso ponto central é a sala de aula podemos observar uma imagem como o professor diante da lousa, explicando um determinado conteúdo, os estudantes por sua vez aparentemente estão prestando atenção ao temas abordados na aula, e assim ao finalizar a aula o educador consegue sentir a sensação de tarefa comprida. Porém no dia seguinte com a intenção de relembrar os estudos expostos na aula anterior, o professor faz a seguinte pergunta: alguém pode me dizer o que foi tratado na aula anterior? Então apenas dois ou três alunos levantam a mão, ou em uma situação pior, nenhum dos estudantes se disponibiliza a responder à pergunta.

Assim aquele sentimento de “tarefa comprida” que antes se fazia presente no educador agora acaba cedendo lugar a sensação de mais um dia com pouca produtividade, surge as seguintes alternativas: o educador faz uma breve revisão com a intenção de os alunos relembrar algo que provavelmente nem tenham aprendido; o profissional continua a aula com a introdução de mais um conteúdo, sem os estudantes não terem aprendido, nem mesmo o conteúdo anterior, ou quase sempre em último caso, os docentes se disponibilizam a apresentar, e contextualizar toda aula passada novamente.

Diante de toda esta situação descrita que é vivenciada em sala, cabe aos profissionais da educação, bem como professores de todas as áreas de conhecimento, gestores, coordenadores pedagógicos, entre outros, refletir sobre a determinada questão: O fato de que ao decorrer do tempo nossos estudantes continuam apresentando os mesmos sinais a respeito da aprendizagem, será que estes problemas estão ligados apenas aos alunos? Ou se relaciona extremamente com a prática repetitiva e exaustiva que os profissionais da educação, vem adotando com a intenção de capacitar alunos a uma linha mais intelectual?

Cabe a nós refletir sobre a metodologia que os docentes estão adotando para auxiliá-los neste caminho. Perante os desafios que o educador encontra em sua prática, é indiscutível a necessidade de se atualizar e desenvolver novas metodologias pedagógicas. As práticas didáticas se desenvolvem em um contexto inacabado e mutável, ou seja, está em constante mudança se adequando sempre de acordo com a realidade de novos estudantes.

 

3 MATERIAIS E MÉTODOS

 

Esta pesquisa é de natureza básica, com o intuito de gerar conhecimento acerca do ensino de Língua portuguesa e práticas didáticas, a partir de um breve relato sobre a história da educação, e do ensino de língua utilizado antigamente versus o ensino de língua hoje, ampliando os estudos realizados adquire-se a tarefa de analisar e refletir a respeito da importância da busca de novas metodologias, a inovação do docente em sala e os desafios do professor como mediador e auxiliador do conhecimento, especificamente em relação a Língua Portuguesa. A abordagem do problema de pesquisa, obteve-se de forma qualitativa, com o uso de coleta de dados valendo-se de fontes como: livros, internet e entrevista com docente atuante no campo educacional.

O problema de pesquisa refere-se à verificação de alguns pontos que influencia o resultado do ensino e rendimento escolar, como é o caso das metodologias adotadas pelo educador e entender os desafios que o docente enfrenta atualmente em nossa sociedade. Ao decorrer da construção do presente artigo surge algumas perguntas, que pretendia ser respondidas com auxílio de entrevista com profissionais que já atuam no ramo educacional, a partir de experiencias vivenciada durante a prática docente, no decorrer da formulação da entrevista optou se por questões que ocasionasse a possibilidade do docente argumentar e esclarecer seu ponto de vista, segue as perguntas utilizadas durante a entrevista: Como adaptar as metodologias afim de melhorá-las? Quais são os principais desafios do educador hoje?  E como amenizar os desafios encontrado no ambiente escolar?

Para alcançar os objetivos propostos, adquiriu-se a busca da metodologia descritiva, os procedimentos técnicos ocorreram de forma bibliográfica, documental, e o uso de levantamento de dados através de entrevista. Durante o desenvolvimento do questionário, para coleta de dados (entrevista) as perguntas foram escolhidas minunciosamente, com intuito de agregar mais informações a pesquisa, pois além de referências bibliográficas, houve o levantamento de dados, sendo observados os aspectos teóricos e analisados junto com a prática em sala, de acordo com as informações que foram coletadas.

Para a realização de entrevista, foi estabelecido, um momento em que a professora Eloa dos Santos, tivesse a oportunidade de responder as perguntas sem ser interrompida, não houve a necessidade de uso de gravadores, ou aparelhos eletrônicos, pois a entrevista foi registrada em um caderno de anotações, e posteriormente digitada na fundamentação teórica.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A pesquisa em questão teve o intuito de descrever sobre o ensino de língua portuguesa e práticas didáticas, afim de entendermos primeiramente um pouco sobre a história da educação e posteriormente relacionar o ensino de língua portuguesa que era aplicado alguns anos atrás, e como este estudo é direcionado hoje nas escolas. A partir deste olhar entendemos que o ensino de língua portuguesa, passou a ser valorizado e realmente implementado nas escolas somente após a independência do Brasil, pois diante deste fato, surge a necessidade de o Brasil apresentar um idioma oficial.

Diante da oficialização da língua portuguesa, e da expansão do acesso à educação começa ser implementado alguns desafios ao docente, primeiramente pela demanda de alunos que aumentou rapidamente, e a mudança do caráter dos alunos, pois os estudantes que agora ingressavam no ambiente escolar era filhos da grande massa analfabeta, outro desafio mais precisamente relacionado ao professor de língua é que até então não existia um documento, ou artigo que visava sobre a prioridade do ensino de língua que orientasse os professores, então cada um ensinava o que julgava necessário para o conhecimento dos alunos.

Hoje temos alguns documentos que norteiam sobre as práticas docentes, e o papel do professor de língua bem como concepções sobre o ensino, que buscam igualar a aplicação dos conteúdos imprescindíveis para que os estudantes possam ser fluentes em língua portuguesa, reconhecendo esta como sua língua materna, e ser capaz de exercer a cidadania. Dentro do fazer docente encontramos itens primordiais, como o planejamento que além de estabelecer toda a organização escolar, reflete sobre maneira no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, facilitado a atividade do professor em sala e mantendo a organização da aula. Sobre o planejamento, Vasconcellos (2000, p. 79), nos diz:

 

O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo.

 

Observa-se ainda a seguinte concepção, acerca do ato de planejar, de acordo com Gama e Figueiredo, (p.1)

 

O planejamento está presente em nosso dia-a-dia, mesmo que implícito, como o caso da pessoa que, ao levantar-se pela manhã, pensa no seu dia, no que vai acontecer ao longo dele. Como não se tem certeza do que realmente irá acontecer no passar dessas vinte e quatro horas, a pessoa obriga-se a pesar, prever, imaginar e tomar decisões, contudo, ela sempre espera tomar as decisões mais acertadas, para que sua ação alcance os objetivos esperados; mesmo não tendo consciência de que está realizando um planejamento, esta pessoa está fazendo o uso do ato de planejar.

 

No meio educacional o planejamento torna-se mais imprescindível, pois através deste o educador pode definir melhor os objetivos propostos pra cada aula, sobre o planejamento de aula nos atentemos para o seguinte:

 

O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profissional de educação escolar. Nada substitui a tarefa de preparação da aula em si. Cada aula é um encontro curricular, no qual, nó a nó, vai-se tecendo a rede do currículo escolar proposto para determinada faixa etária, modalidade ou grau de ensino (FUSARI, p. 47).  

 

Em análise da entrevista com Santos (2019), foram encontrados os seguintes dados, sobre o ato de planejar, com maior atenção à terceira coluna da tabela abaixo.

TABELA 1: RESULTADOS DE ENTREVISTA

Como adaptar as metodologias afim de melhorá-las?

 

Quais são os principais desafios do educador hoje?

 

Como amenizar os desafios encontrados no Ambiente Escolar?

 

Participar de processo de formações continuada;

Conhecer os alunos, suas fragilidades, bem como suas habilidades também ajuda a encontrar as metodologias mais adequadas para cada turma.

 

Levar para sala todo conteúdo necessário para cada fase/ano de forma que os alunos sintam interesse pelos mesmos;

Fazer relação do conteúdo com a necessidade, ou utilização deles no dia a dia do aluno;

A interferência externa em nossa prática docente, por exemplo ao dar sequência em nosso planejamento, as vezes temos que pará-lo para participar de olímpiadas, concursos e outras atividades sem haver um planejamento prévio.

 

O planejamento coletivo;

Reuniões pedagógicas mais frequentes;

Respeitar o docente e o seu planejamento;

A escola entenda melhor a sua função e começa a recusar algumas tarefas que as vezes não dizem respeito ao fazer docente.

FONTE: DA AUTORA.

 

Perante a prática docente encontrarmos recursos que podem ser explorados pelo professor, como as metodologias de ensino e a necessidade de o professor estar em um contínuo processo de renovação e estruturação para receber a demanda de alunos que se faz presente no meio escolar. Os desafios do docente, vem aumentado hoje encontramos certas dificuldades como a falta de interesse que se faz presente nos jovens, (coluna 2, item 1 da tabela acima), a dificuldade que o docente sofre para estar em processo contínuo de restruturação e práticas didáticas, (coluna 1, item 1).

De acordo com os estudos abordados, e com a coleta de dados à campo, através da entrevista executada durante a construção deste artigo, pode-se perceber a estreita relação entre teoria e a prática em sala, ambiente natural do docente. Através das informações coletadas com a professora entende-se melhor o fazer docente, pois as informações fornecidas pela mesma são embasadas em experiências e vivencias adquiridas durante todo o período em que a mesma atua no meio educacional, faz com que nossos olhares sejam realmente direcionados para a prática em sala.

 

5 CONCLUSÃO

 

A trajetória da educação tem sido longa, durante todo o processo de sua formação entendemos que diversas são as culturas que tem contribuído com todo este processo, mesmo sem existir a escolarização, entendemos que desde a antiguidade encontramos traços de um possível sistema educacional, pois nas sociedades tribais a aprendizagem dos mais novos ocorria, através da repetição. Após o ano de 1500, ocorre o descobrimento e a colonização do Brasil durante este processo surge a chegada dos jesuítas no Brasil, com a intenção de catequizar os índios, a partir deste momento constatamos os primeiros sinais da escolarização no Brasil, porém sabe-se que a catequese dos jesuítas era voltada aos dogmas cristãos.

Diante do novo sistema educacional, a escolarização começa a surgir as primeiras escolas brasileiras, porém o acesso as essas redes de ensino atendia somente os de classes superiores, posteriormente ocorre a democratização da escola, e os desafios do educador começam a ser evidenciados, pois os filhos da grande massa analfabeta do país começa a frequentar as redes escolares, com o grande numero de alunos há uma gafe no sistema educacional, pois as instituições e os docentes não estavam aptos para receber a nova demanda de estudantes. Sobre o ensino da língua portuguesa, identificamos que somete após a independência do Brasil, surge e necessidade de oficializar um idioma, pois durante muito tempo, o estudo de língua era voltado ao latim.

Entendemos que o papel do educador é de suma importância, durante todo o processo de construção de conhecimento, no ensino de língua portuguesa é pretensão do docente estimular o uso da língua, seja de forma oral ou escrita, pois através dessas práticas consegue se atingir oque os parâmetros curriculares nacionais pedem tanto no ensino fundamental, como no ensino médio, dentro das práticas didáticas realizadas pelo professor encontramos itens totalmente necessários, e que se tornam presente durante a caminhada do educador, como o ato de planejar, através deste o professor é capaz de expor conteúdo específicos pra cada aula e listar objetivos que depois podem ser analisados e verificados.

Menciona-se novamente a entrevista realizada com Santos (2019), que após dedicar uma parte do seu tempo, contribui sobre maneira para que todos os objetivos descritos na introdução do presente artigo, conseguissem ser atingidos, pois através dos dados coletados foi possível estabelecer ligações com o material encontrado bibliograficamente com a prática do educador em sala.

 

REFERÊNCIAS

 

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FERRARI, Márcio. Paulo Freire, o mentor da Educação para a consciência. 2008. Disponível em:< https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia >. Acesso em 06 de out. de 2019.

 

FUSARI, José C. O planejamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e tentativas de respostas. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p044-053_c.pdf>. Acesso em: 07 de nov. de 2019.

 

GAMA, Anailton de S.; FIGUEIREDO, Sonner A. de. O Planejamento no Contexto Escolar. Disponível em <http://www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/04/Arquivos04/05.pdf>. Acesso em: 07 de nov. de 2019.

 

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VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.

 

[1] Sigla adotada pela autora para se referir a expressão Ensino Fundamental.

[2] Sigla utilizada pela autora para se referir a expressão Ensino Médio.