A IMPORTANCIA DO OLHAR PEDAGOGICO JUNTO A EQUIPE ESCOLAR PARA COM OS ALUNOS QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
Luciene da Silva Ribeiro e Silva
Marcelo Daniel da Silva
Mariza Aparecida Neves Rocha
Juliana Cavalcante de Araujo
Doriana Luzia dos Santos
RESUMO:
O eixo norteador da educação inclusiva é a atenção à diversidade, a fim de se evitar rótulos e preconceitos. É para essa enorme diversidade, representada pelo alunado que hoje a educação é desafiada a promover respostas educativas, tendo por objetivo o desenvolvimento pleno de suas potencialidades, a participação ativa na vida social, no mundo do trabalho, a aquisição e elaboração de conhecimentos e habilidades acadêmicas, o que constitui o processo de inclusão escolar. As escolas inclusivas viabilizam o acesso e a permanência de alunos com limitações na mobilidade e/ou na comunicação interpessoal, eliminando barreiras arquitetônicas, programática, comunicacionais e atitudinais, bem como promovendo apoio humano e tecnológico. Destacando-se também como principal necessidade o desejo de conhecer e aprofundar os estudos sobre a política que embolsa o trabalho das escolas “ditas” inclusivas. Para isso voltamos a atenção para verificar a qualificação e integração dos professores com alunos especiais, investigando aspectos relacionados a Infra - estrutura a falta de profissionais especializados e a falta de recursos didáticos. Reconhecendo as necessidades especiais dos diversos grupos de pessoas. O progresso no sentido de uma educação integradora exige em última instância uma profunda mudança de atitude em todas as pessoas que têm alguma intervenção no Âmbito Educativo. Os resultados, utilizados como referência para a formulação de subsídios as práticas educacionais inclusivas, apontam para a necessidade de uma concepção sistemática do aluno e para compreensão da aprendizagem significativa como um processo social em que os pontos fortes e a competência de cada criança são trabalhados.
PALAVRAS-CHAVE: Socialização. Educação. Aprendizado.
INTRODUÇÃO:
Na perspectiva da educação inclusiva, a escola é concebida como uma instituição de educação formal, que fundamentada na concepção de direitos humanos, combina igualdade e diferença como valores indissociáveis, avança na proposta de promover o desenvolvimento de todos os alunos atrelado à garantia da qualidade de ensino. A educação inclusiva pode ser definida como uma prática para todos. A construção de uma sociedade inclusiva vai além da teoria. A importância da inclusão está relacionada com o respeito à diferença; somos diferentes uns dos outros, eis o ponto que nos torna iguais. A inclusão escolar é uma realidade e vai além de uma simples matrícula, existe toda uma complexidade, exige um novo olhar dos nossos legisladores, um novo modelo organizacional, professores comprometidos, valorizando as diferenças, visando uma educação voltada para a igualdade. A inclusão é um elemento de fundamental importância, uma vez que movimenta e mobiliza, contribuindo para a transformação, interação. Assim, tem-se como problema: De que maneira a inclusão das crianças portadoras de necessidades educacionais especiais pode auxiliar no desenvolvimento integral e pleno da criança? A escola pode desenvolver na criança várias capacidades, habilidades através da música, jogos, histórias, teatros entre outros. Sendo assim, o professor ao receber uma criança “especial” pode criar um ambiente educativo que propicie a realização de atividades em que a criança procura e explicar o mundo em que vive e compreender-se.
Desenvolvimento:
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é o conjunto de atividades e recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente para atender exclusivamente alunos com algum tipo de necessidade especial, no contra turno escolar. Pode ser realizado em salas de recursos especiais na escola regular ou em instituições especializadas. O Objetivo do Atendimento Educacional Especializado (AEE) é complementar ou suplementar a formação do estudante por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem.
O público-alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE) está relacionado com:
I- Estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.
II- Estudantes com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nesta definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno degenerativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
III-Estudantes com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas, como intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
O atendimento educacional especializado - AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Consideram-se serviços e recursos da educação especial àqueles que asseguram condições de acesso ao currículo por meio da promoção da acessibilidade aos materiais didáticos, aos espaços e equipamentos, aos sistemas de comunicação e informação e ao conjunto das atividades escolares. Para o atendimento às necessidades específicas relacionadas às altas habilidades/ superdotação, são desenvolvidas atividades de enriquecimento curricular nas escolas de ensino regular em articulação com as instituições de educação superior, profissional e tecnológica, de pesquisa, de artes, de esportes, entre outros. O AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, podendo ser realizado, também, em centro de atendimento educacional especializado público ou privado sem fins lucrativos, conveniado com a Secretaria de Educação.
CONCLUSÃO:
Sendo preceito o artigo acima, sabemos que a educação expande um grande campo de aceitação e premediação aos campos de abrangência de ensino aprendizado, quando o aluno vem para a escola regular, laudado ou não, mas que possua dificuldades tanto cognitivas, quanto afetivas ou motoras, é função da escola recebe-lo e propicia-lo um ensino aprendizado adequado, buscando metodologias e recursos que o ajude a alcançar os objetivos educacionais. A sala de AEE é primordialmente importante por trabalhar em junção com o corpo educativo enfatizando nas dificuldades maiores desses alunos, dentro de sala de aula. Aprender Língua Portuguesa, Matemática ou qualquer componente curricular é necessário ter uma metodologia especifica que atenda todos os alunos de uma unanime, e para com os alunos com dificuldades especiais é necessária uma busca adaptada para que o mesmo consiga aprender da mesma forma que os demais colegas em sala de aula.
Mas a acomodação dos profissionais, a falta de recursos e a falta de informação sobre o tema, geram uma educação desfalcada e falha na educação inclusiva, onde de fato a socialização não acontece.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.
Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. 2. ed. Brasília: MEC; SEESP, maio 2002. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.
BRASIL Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial.
Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Decreto no. 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana Para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001.
KASAR, Mc. M. Políticas Nacionais de Educação Inclusiva- discussão crítica da Resolução nº 02/2001. Revista Ponto de Vista, Florianópolis, n.3/4 p.013-025, 2002.