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A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Luzinete da Silva Cunha
Marcleide de Souza Pereira
Elizeu Jezimiel Sousa Santos

 

RESUMO

Tanto a família quanto a escola são instituições responsáveis por desencadear processos evolutivos nas pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do crescimento físico, intelectual e social de um indivíduo. Os laços afetivos formados dentro da família, quando positivos, favorecem o ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes de que participa. Assim sendo, o objetivo principal foi o de revisar e refletir sobre a importância da participação da família no processo de alfabetização, considerando que a criança inicia o processo de alfabetização através de atividades da vida diária, a partir do uso de materiais escritos, juntamente com figuras, disponíveis na casa. Neste trabalho foi abordado a diferença entre alfabetização e letramento e uma reflexão acerca da importância da parceria entre escola e família e o envolvimento dos pais na vida escolar da criança.

 

Palavras – chave: Alfabetização. Aprendizagem. Família.

 

INTRODUÇÃO

 

Tanto a família quanto a escola surgem como instituições responsáveis por desencadear processos evolutivos nas pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do crescimento físico, intelectual e social de um indivíduo (POLONIA & DESSEN, 2005). Não se contesta que a criança inicia o processo de alfabetização através de atividades da vida diária, a partir do uso de materiais escritos, juntamente com figurativos, disponíveis na casa (CASTANHEIRA, 1992). Já se efetuaram trabalhos que visavam à caracterização dos usos da escrita pela família como modelos ou condições de estimulação da criança, aproximando-a desses materiais. Através de investigações longitudinais feitas por diversos grupos de pesquisadores (HEATH, 1982; ANDERSON & TEALE, 1987; WOOD 1987 apud PEREIRA &

ALBUQUERQUE, 1994) verificou-se que há diferenças na relação da criança com o processo de aprendizagem, principalmente no que tange à escrita, decorrentes do ambiente no qual está inserida. Tais diferenças parecem existir, em princípio, de acordo com o contexto familiar, isto é, este determinaria em grande parte como a criança estabelece relações com diferentes objetos propícios à alfabetização, e

 

também interferiria na natureza e qualidade de sua interação com os pais. No ambiente escolar, o atendimento às necessidades cognitivas, psicológicas, sociais e culturais da criança é realizado de uma maneira mais estruturada e pedagógica que no ambiente doméstico. Dessa maneira, a família e a escola são parceiras fundamentais no desenvolvimento de ações que favoreceram o sucesso escolar e social das crianças, formando uma equipe. Os laços afetivos formados dentro da família, quando positivos, favorecem o ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes de que participa. Quando negativos, porém, podem dificultar o desenvolvimento, gerando problemas de ajustamento e dificuldades de interação social. Os vínculos afetivos, a autoestima, o autoconceito e as formas de interação social são fortemente influenciados pelas figuras parentais (DESSEN & POLONIA, 2007). Assim, a importância e a influência da família como agente educativo é inquestionável. Por exemplo, o estabelecimento de um vínculo afetivo saudável entre os pais e seus filhos pode desencadear o desenvolvimento de padrões interacionais positivos e de repertórios salutares para enfrentar as situações cotidianas, o que permite um ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes em que ele participa (MARQUES, 2001), incluindo a própria escola. Por outro lado, filhos cujos pais vivem frequentemente situações de estresse, ansiedade e medo têm dificuldades em interagir com outras pessoas e exibem um repertório de comportamentos limitado para lidar com o seu ambiente. A escola, por sua vez, é um contexto multicultural e diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, onde pessoas com características diferenciadas estabelecem interações contínuas e complexas, constroem laços afetivos e se preparam para se inserir na sociedade. É, portanto, uma instituição fundamental não apenas para a transmissão do conhecimento socialmente elaborado, mas também para a preparação dos alunos para a vida, contribuindo para o seu desenvolvimento e propiciando recursos para a evolução intelectual, social e cultural do homem (DESSEN & POLONIA, 2007). Na medida em que constituem os dois principais ambientes do desenvolvimento humano, seria importante existir uma maior ligação entre a escola e a família. No projeto pedagógico da escola deveria ser inserido um espaço para valorização, reconhecimento e trabalho com as práticas educativas familiares, pois esse é um importante recurso nos processos de aprendizagem dos alunos (FERREIRA & BARRERA, 2010). Para as mesmas autoras, as práticas familiares, podem incidir num bom rendimento escolar da criança, na medida em que os pais demonstrem interesse pelas atividades e pelos conteúdos

 

escolares. É importante que a criança sinta que a família valoriza e se preocupa com a sua aprendizagem, estimulando-a na realização das demandas escolares, como a frequência à escola e a realização dos deveres de casa, por exemplo.

Nogueira (1998) explica que a participação dos pais na vida escolar dos filhos pode influenciar de modo efetivo o desenvolvimento escolar dos filhos, visto que o convívio familiar exerce forte influência no desenvolvimento escolar da criança, em especial na educação infantil, pois nessa fase a criança não apresenta maturidade para dissociar o contexto escolar do contexto familiar.

Pode-se perceber que a educação percorre o ambiente escolar e o familiar. A interação entre ambos é de extrema importância para o sucesso do processo ensino- aprendizagem.

Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma pesquisa bibliográfica para descrever brevemente a importância da participação da família no processo de alfabetização.

 

FAMÍLIA E PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

 

Alfabetização e letramento

 

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa apresenta a seguinte definição estrita de alfabetização. Ela é o “ato ou efeito de alfabetizar, de ensinar as primeiras letras”. Assim, uma pessoa alfabetizada é entendida como aquela que domina as “primeiras letras”, que domina as habilidades básicas ou iniciais do ler e do escrever. Ao longo do século XX, porém, esse conceito de alfabetização foi sendo progressivamente ampliado, em razão de necessidades sociais e políticas, a ponto de já não se considerar alfabetizado aquele que apenas domina o sistema de escrita e as capacidades básicas de leitura e escrita, mas aquele que sabe usar a linguagem escrita para exercer uma prática social em que essa modalidade da língua é necessária. Mas não é apenas o ambiente alfabetizador que deve articular, na sala de aula, alfabetização e letramento. Esses dois processos, embora diferentes, são indissociáveis também no processo de aprendizagem inicial da linguagem escrita. O trecho seguinte de Soares (2004) esclarece essa indissociabilidade:

 

“Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização –, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a linguagem escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonemagrafema, isto é, em dependência da alfabetização”

 

A prática pedagógica em relação à leitura e a escrita não nasce de repente, é o resultado de uma tentativa de ruptura com constituído e a procura de uma continuidade, uma ligação com o passado. Por isso, para entender as práticas pedagógicas da alfabetização é necessário que se adote uma perspectiva histórica e se examine a história metodológica. As práticas pedagógicas evoluem de acordo com as necessidades e circunstâncias sociais e econômicas. A escrita e a leitura antes eram privilégio da elite, com as mudanças revolucionárias ocorridas no século XVII passa a ser uma necessidade o uso da escrita, democratizando-a, o que permite que a sociedade passe a ter necessidade de cidadãos alfabetizados e produtivos.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996, p.60): “Educar no âmbito da legislação brasileira é um processo de corresponsabilidade família/ Estado/sociedade e passa necessariamente pela educação escolar”. Por isso, todos têm o direito de ir à escola e o Estado tem o dever de atender a esse direito no Brasil. Em 2006, a duração do ensino fundamental passou a ser de nove anos. As crianças com seis anos de idade já entram no ensino fundamental com um passo importante para o processo de democratização. A proposta de duração de nove anos para o ensino fundamental tem a ver com a ampliação de uma possível educação de qualidade. É obrigatório que as crianças, ao completarem 6 anos de idade, sejam matriculadas no ensino fundamental. Antes da transição de 2006, o ensino fundamental tinha duração de 8 anos e a idade obrigatória para matricular-se no ensino fundamental era de 7 anos de idade.

A inclusão das crianças de seis anos no ensino fundamental provoca uma série de indagações sobre o que e como se deve ou não as ensinar nas diferentes áreas do currículo. Todavia, independentemente de qualquer coisa, as crianças têm o direito de estar numa escola estruturada de acordo com uma das muitas possibilidades de organização curricular que favoreçam a sua inserção crítica na cultura. Elas têm direito

 

a condições oferecidas pelo Estado e pela sociedade que garantam o atendimento de suas necessidades básicas em outras esferas da vida econômica e social, favorecendo mais que uma escola digna, uma vida digna.

 

Conceito de família

 

O ser humano nasce em uma situação de dependência extrema, e tem de ser atendido e alimentado porque não tem como defender-se. É o ser da natureza que mais precisa de ajuda do seu semelhante para tornar-se independente, sendo que nunca o será totalmente. (RAMOS, 1990).

Em um processo histórico, por uma questão de sobrevivência os homens precisaram unir-se em grupos para sobreviver. Chegar à idade adulta era muito difícil, tamanhas as dificuldades enfrentadas na natureza. Essa consciência resultou em centenas de anos de tentativas até que, finalmente, os homens perceberam que em grupos a chance de se manterem vivos era maior. Dessa época, do chamado grupo primitivo, até chegar a nossa atual e complexa formação familiar, passaram- se milênios. (ORSI, 2003).

Movido pelas necessidades básicas de sobrevivência e segurança, foi criando meios de organização e de defesa para sobreviver na natureza. À medida que ia se organizando, ia criando também um jeito todo especial de articulação e hierarquia entre os membros daquela sociedade.

E a humanidade desenvolveu-se a tal ponto que o processo de surgimento das comunidades torna-se uma necessidade. Com os grupos instalados, cultivando a terra, e com os animais domesticados, os instrumentos de trabalho se aperfeiçoam. Até essa época, a família era o grande grupo. Ensinar e aprender eram uma relação quase que hereditária. Dentro do grupo, os conhecimentos eram transmitidos de geração a geração.

Entre os séculos XIV e XVIII, os relatos nos mostram uma sociedade sem adolescentes. A vida é dividida em três grandes momentos: a infância considerada o período da dependência; a idade da guerra, em que os homens vão defender suas terras e seus países; e a idade sedentária, que compreende os homens da lei, adultos. (ARIÈS, 1981).

Diante desse contexto que acontece a Revolução Industrial, que tem como principal característica as grandes máquinas. O sistema capitalista se instala, e estamos, então, no século XVIII. Grandes transformações ocorrem no modo de organização da sociedade. As mulheres, que estavam confinadas em suas casas, são “convocadas”, juntamente com suas crianças, a trabalhar nas indústrias. Indo trabalhar fora de casa, fica com uma carga horária exorbitante (cerca de 17 horas por dia). Dessa forma a mulher ajuda a transformar a família, no cenário social (ORSI, 2003).

E a história não para. Chegamos ao século XX. A ciência avança velozmente: surge a pílula anticoncepcional, garantindo independência à mulher, que pode decidir se quer e quando quer constituir família. Algumas, porém, tornam-se responsáveis sozinhas pelos lares. Então, a mulher, que já tem dupla jornada de trabalho, fica com menos condições de acompanhar os filhos no seu desenvolvimento, e consequentemente no processo escolar. Alguns homens acabam perdendo espaço dentro das famílias. A conquista do divórcio gera novos conceitos de família, que, antes considerada nuclear, ganha novas configurações. (MACEDO, 1994).

Atualmente podemos verificar que o modelo familiar vem sofrendo algumas transformações e para constatar isso Oliveira (2009) explica que essas configurações familiares que vêm ocorrendo são em decorrência do início do processo de industrialização, o advento da urbanização, a abolição da escravatura, a organização da população e a emancipação da mulher. Além disso, a autora ressalta que os costumes que marcaram época podem ou não estar distantes de nossos costumes, pois os conceitos evoluíram ou, até mesmo, mudaram de denominação, mas, se estudarmos esses conceitos atualmente, poderemos verificar que, muitos deles, ainda estão presentes na sociedade, ainda que de forma oculta.

Para compreendermos melhor as transformações ocorridas na instituição familiar, é necessário conhecer o conceito de família. Enfim, o que é família? Qual a sua importância na sociedade e o seu papel?

O termo família origina-se do latim “famulus” que significa conjunto de servos e dependentes, de um chefe ou senhor, que vivem sob um mesmo teto (HOUAISS, 2001). Entre os chamados dependentes inclui-se a esposa e os filhos. Assim, a família greco-romana compunha-se de um patriarca e seus “fâmulos”: esposa, filhos, servos livres e escravos (PRADO, 1981).

Samara (1998) conceitua família como uma instituição social fundamental, de cujas contribuições dependem todas as outras instituições, justifica-se dada a importância do tema para entender a natureza das sociedades, tanto no presente como no passado.

Nader (2006) defende que a família constitui uma instituição social, composta por mais de uma pessoa física, que se irmanam no propósito de desenvolver, entre si, a solidariedade nos planos assistencial e da convivência ou simplesmente descendem uma da outra ou de um tronco comum. No que diz respeito à participação da família na aprendizagem é necessário partir do pressuposto de Souza (2012) que afirma que a criança, desde seu nascimento, ocupa um espaço dentro da família. É nela que se encontram os primeiros professores e ensinamentos, os quais refletirão e perdurarão por toda vida adulta, permitindo que seus membros se desenvolvam em todos os aspectos, de forma integral. No entendimento de Dias (2011), a família é um agrupamento informal, de formação espontânea no meio social, cuja estruturação se dá por meio do direito. A autora ainda reforça que a família é uma construção cultural que dispõe de estruturação psíquica na qual todos ocupam um lugar, ou seja, possuem uma função – lugar do pai, lugar da mãe, lugar dos filhos, sem, entretanto, estarem necessariamente ligados biologicamente. É essa estrutura familiar que interessa investigar para o direito. É a preservação do ‘LAR’ no seu aspecto mais significativo.

Seguindo essa mesma linha de raciocínio Casarin (2007) afirma que a família é um sistema no qual os indivíduos desenvolvem a interação e a percepção de si mesmos e dos outros de forma complexa. É no sistema familiar que são expressas as inquietações, as conquistas, os medos e as metas pessoais. Para tanto, é necessário preservar a individualidade dos seus membros e ao mesmo tempo preservar o sentimento coletivo. Isso representa uma forma de apoio mútuo em família.

Ferrari e Kaloustian (1994) destacam que o papel da família é decisivo tanto na educação formal quanto na informal de modo que os seus valores morais e éticos sejam absorvidos, laços de solidariedade entre os indivíduos sejam aprofundados e os valores culturais de uma geração para a outra construídos.

De acordo com Nascimento (2006), na família os indivíduos se relacionam e trocam experiências, visto que é, ao mesmo tempo, um espaço de conflito cooperativo e um espaço determinante de bem-estar através da distribuição de recursos, passando muitas vezes a refletir diretamente dúvidas, aspirações e questões pessoais. Na família os filhos e demais membros encontram o espaço que lhes garantem a sobrevivência, desenvolvimento, bem-estar e proteção integral através de aportes afetivos e, sobretudo, materiais.

De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil (BRASIL, 1988), o conceito de família foi ampliado, passando a ser intitulada base da sociedade e definida como a união estável entre homem e mulher ou qualquer dos pais e seus descendentes. O que quer dizer que a constituição federal concebe o poder da família e seus membros, sendo a família a base da sociedade.

Queiroz e Torres (2009) afirmam que as relações na família burguesa, eram rigorosas. O marido era autoridade dominante e a mulher menos capaz, preocupava-se com o lar e seu interesse concentravam-se nos filhos. Um novo grau de intimidade e profundidade emocional caracterizou as relações entre pais e filhos dessa classe. Acrescentam ainda que não se deve pensar que a família contemporânea seja um padrão homogêneo, é preciso situá-la historicamente, de acordo com as mudanças no tempo e no espaço considerando fatores econômicos, sociais e culturais.

Como dito inicialmente, existem fatores econômicos e sociais que fizeram com que ocorressem tais mudanças, as autoras mencionadas anteriormente afirmam que esses fatores como a urbanização e a emancipação da mulher ocasionara uma degradação da unidade familiar.

Entretanto, independente da evolução social e das modificações no modelo de família, está ainda é e sempre será a responsável pela formação da personalidade e do caráter da criança. Assim, a família deverá fornecer bases educacionais e todo o apoio necessário à escola para que a criança tenha um desenvolvimento escolar pleno, social e de caráter.

Atualmente, os pais são menos autoritários e mais liberais e por muitas vezes permitem que seus filhos mandem em si mesmos. Segundo Queiroz & Torres (2009) isso acontece por que a contemporaneidade vem culminar em um processo de socialização iniciado com a industrialização. Este proletarizou a mão de obra, do mesmo modo a socialização da reprodução proletarizou a paternidade. A socialização dos filhos abandonou em larga medida a esfera doméstica.

É importante salientar que o amor entre pais e filhos influenciará e muito na aprendizagem da criança fazendo com que a mesma seja satisfatória e saudável. Em um sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A educação vai se desenvolvendo por meio de situações presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida (VELOSO, 2014).

 

Família e escola: parceria necessária

 

Silva (2011) explica que o objetivo central deve ser o desenvolvimento pleno das crianças e o seu bem-estar. Desta forma, a relação família - escola é de relevante importância, pois interfere diretamente no desenvolvimento integral da criança.

Segundo Neta e Silva (2014), as relações e interações entre família - escola- criança funcionam como forte influência para o desenvolvimento da alfabetização da criança.

Galvão (1995), discorre que essa relação família - escola, sendo uma experiência diferente do familiar, também reflete na formação da personalidade da criança. Além disso, é preciso que o ambiente onde a criança convive atenda suas necessidades básicas e lhe ofereça segurança, pois o meio interfere no desenvolvimento da criança.

Para Bispo (2015), essas duas entidades precisam unir-se, com um único objetivo, que é o de educar e fortalecer a criança para enfrentar as barreiras que vão surgindo no meio dessa longa caminhada, que é o desenvolvimento e a aprendizagem. Quando não existe a parceria entre escola e família, ambas as partes ficam enfraquecidas. Dessa forma, a falta da família na escola acaba acarretando vários problemas no processo de ensino e aprendizagem dos filhos e, por outro lado, quando a convivência na escola não é boa, a convivência familiar também é afetada.

Atualmente, há um crescente reconhecimento nas teorias do desenvolvimento, educacional e sociológica de que escola e pais são instituições fundamentais na socialização e educação da criança. Parece que os pais estão buscando uma participação mais efetiva na aprendizagem de seus filhos, assumindo o papel de mediadores entre a bagagem familiar que a criança carrega e a realidade escolar (GROLNICK & SLOWIACZEK, 1994).

Apesar de alguns pais mostrarem interesse na aprendizagem dos filhos, parece ser difícil assumir esse papel. É preciso refletir melhor sobre essa dificuldade e respeitar o interesse dos pais bem como suas ansiedades e angústias como educadores (ALTHUON et al., 1996). Segundo essas mesmas autoras, existe pouca bibliografia que trata especificamente de trabalho com pais na escola, embora seja fundamental essa interação para a aprendizagem da criança. Parece ser difícil e pouco explorada em nossa realidade a parceria entre pais e escola, o que acaba despertando nos pais mais interessados algumas curiosidades em relação à alfabetização de seus filhos e também algumas dificuldades para participar mais efetivamente desse processo.

Para Silva (2011), a equipe escolar desempenha um papel importante, desenvolvendo projetos para que a família seja inserida na escola, de modo que a escola ofereça aos pais, a oportunidade de acompanhar e entender o que é trabalhado na escola e assim, ter um efetivo entendimento quanto ao desenvolvimento de sua criança. Desse modo, conseguiremos ter crianças mais interessadas, bem como se desenvolvendo de acordo com seu potencial.

É importante ressaltar que os primeiros dias na creche e/ou escola de educação infantil são fundamentais para o início da construção de uma relação família - escola baseada na confiança, troca e diálogo. De acordo com Silva (2011), a família precisa estar em parceria com a escola para elevar a qualidade da educação e o respeito ao educando, pois toda forma de diálogo, parceria, ajuda, respeito ao próximo, troca de ideias e experiências, é importante para o desenvolvimento de um relacionamento prazeroso para a escola, família e sobretudo as crianças.

Segundo Casarin (2007), a falta ou escassez de relações familiares adequadas, devido ao pouco tempo de convívio, provoca a carência das funções materna e paterna, fragiliza os laços amorosos. Além disso, é importante discutir a respeito das lições de casa que, na maioria das vezes, ao invés de tornar-se algo prazeroso acaba sendo para alguns alunos um pesadelo. Há pais que são pacientes e que fazem questão de ajudar os filhos na tarefa de casa e a paciência do adulto em ajudar a criança é o que faz com que a aprendizagem seja adequada, por outro lado existem aquelas famílias que não motivam seus filhos a aprender, quando a criança está com dificuldade agride verbalmente e desiste de ajudá-la, isso faz com que autoestima do aluno decaia e que ele perca o interesse em estudar. Fraga (2012) explica que o resultado dessa troca produz efeitos sobre a autoestima da criança e no seu desenvolvimento.

Neste sentido, Goulart (2013) afirma que é crucial que a instituição respeite e valorize a cultura das diferentes famílias envolvidas no processo educativo. Além disso, deve estimular a participação ativa dos pais, padrastos e outras figuras masculinas da família no cuidado e na educação, como base de uma educação não- discriminatória, que contribua para superar a visão (paradigma) de que tal responsabilidade é exclusiva das mulheres. A criança precisa de afetividade e compreensão para sentir-se segura nos processos de aprendizagem. Um ambiente desfavorável provoca a depreciação do amor, do sentimento de incapacidade e, consequentemente, um comportamento social comprometido.

Pais e professores devem estar sempre unidos para que tenham alicerce em uma educação participativa e rentável psicologicamente. O importante não é apenas saber ler e escrever, mas formar e ser formado. Não podemos culpar e escolher um culpado. Devem se unir e trabalhar todos juntos, refletindo na formação do sujeito e em seu futuro cultural e social (FORMIGA, 2007).

Diante disso, família e escola, trabalhando juntas, têm a responsabilidade de transmitir normas e valores necessários para a formação do indivíduo. A responsabilidade maior é da família, pois deve estar constantemente em contato com a criança na fase da formação e do desenvolvimento. Tendo consciência da sua responsabilidade na educação da criança, a família não deve delegar essa responsabilidade para as instituições educacionais, já que as duas instituições têm que estar sempre em parceria para alcançar o crescimento e a inserção do indivíduo na sociedade (STIMIESKI, 2010).

 

Envolvimento dos pais na vida escolar da criança

 

É muito importante para o desenvolvimento, a formação do educando e para a aprendizagem da criança, a participação e a afetividade dos pais no contexto escolar, de forma a apoiar, encorajar e estimular os filhos. O envolvimento, o interesse dos mesmos com a escola vai criar uma relação fundamental e de grande importância para o desenvolvimento cognitivo, cultural, emocional e social da criança.

As crianças, em vários momentos, sentem dificuldades no processo de aprendizagem, nas tarefas escolares que lhes são estabelecidas. Precisam que alguém apoie nesses momentos de dificuldades e lhes restabeleça a confiança nas suas capacidades (VILLAS-BOAS, 2001 apud PICANÇO, 2012).

Assim, cabe aos pais estimular e apoiar seus filhos, independentemente do desempenho dos mesmos, pois o estímulo e o apoio propiciam o bom desenvolvimento e formação do educando.

Os pais devem dar oportunidades para as crianças se desenvolverem, sem muita proteção ou pressão, sem compará-las com outras crianças, com a finalidade de que as crianças possam formar um conceito positivo de si mesmas.

O convívio familiar e suas relações são de grande importância para o processo de alfabetização da criança, principalmente para a lacto-escrita, condição em que as crianças constroem hipóteses sobre a escrita e seus usos a partir da sua vida social (NETA & SILVA, 2014).

Ao interagir em casa nas mais diversas situações com os filhos, os pais podem oferecer objetos e condições que favoreçam a aprendizagem da criança, quando acreditam que fazem parte deste processo. O espaço que os pais identificam como contribuidor da família para o sucesso na alfabetização, seu engajamento e sua responsabilidade nesse processo determinarão em grande parte suas condutas no cotidiano com os filhos, permitindo a esses adultos a identificação de situações promissoras para a aprendizagem da leitura e da escrita da criança (DINUCCI, 1997). Todavia, enxergar a potencialidade de diferentes ocasiões, tais como leitura de rótulos e preços de supermercado, discussões a partir de programas de TV e, naturalmente, uso de livros, revistas e outros impressos do cotidiano da criança, só acontecerá se os pais (e, eventualmente, os demais membros da família) tiverem a convicção de que tais interações são efetivamente contribuidoras para a aprendizagem da leitura e da escrita. Além disso, não basta identificar tais situações, mas perceber que a responsabilidade de as promover é também da família.

Segundo Neta e Silva (2014), as famílias ao interagirem, participarem e integrarem-se nos ambientes escolares e nas atividades pedagógicas contribuirão para o desenvolvimento dos trabalhos e projetos educativos, incluindo seus conhecimentos no ambiente educacional. É importante que os pais tenham conhecimento do projeto político pedagógico da instituição e se interessem pelo desenvolvimento do mesmo, assim têm a oportunidade de participar e entender o que ocorre com seus filhos no ambiente escolar.

Para as mesmas autoras, muitos pais não compreendem sua função e a importância de sua participação na vida escolar de seus filhos, muitos transferem a responsabilidade de educar para a escola, esquecendo que, com isso, podem estar contribuindo para o fracasso ou ruptura do desenvolvimento ensino-aprendizagem da criança.

Nos estudos de Guzzo (1990), Amm & Juan (1994) e Anderson (1995), o envolvimento e acompanhamento dos pais é um fator bastante contribuidor na aprendizagem da criança seja no cotidiano do lar, seja em parceria com a escola. Apesar dos obstáculos encontrados no cotidiano como por exemplo o trabalho fora de casa, pode-se considerar que há pais interessados no processo alfabetização ao que tange à disponibilidade de seu tempo para dedicação à aprendizagem de seus filhos. Isso parece indicar uma conscientização desses pais em relação ao seu papel nesse contexto e também da importância da parceria com a escola.

A pesquisa de Grolnick e Slowiaczeck (1994) descobriu que, se professores percebem que os pais são envolvidos, atendem melhor ao aluno na escola; se o filho percebe pais como envolvidos, podem ser influenciados pelo comportamento dos pais, no que se refere à importância que dão à escola. Por outro lado, filhos que tiram boas notas podem levar mães a serem mais envolvidas e mãe envolvida influencia o envolvimento do pai.

Já a pesquisa brasileira de Freitas et al. (1994) revelou um dado inesperado, pois, das nove variáveis analisadas nesse estudo, como possíveis determinantes do envolvimento de pais na vida escolar do aluno, apenas duas mostraram forte relação com envolvimento: série cursada pelo filho e horário de trabalho do pai, quando se esperava que fosse o horário de trabalho da mãe a mostrar tal resultado. Isso indica que o grau de envolvimento dos pais com os estudos dos filhos parece ser influenciado por duas grandes dimensões: o nível de necessidade do filho e a disponibilidade do pai, e não da mãe. Como a esta vem cabendo, na medida do possível, o acompanhamento escolar do filho, talvez seja preciso reavaliar o papel do pai, quando presente na família, em relação ao aspecto educacional da criança e do jovem.

Muitos estudiosos, preocupados com essa problemática, e no intuito de restituir aos pais a sua capacidade de criar filhos em condição de serem bem-sucedidos em sua vida escolar futura, projetaram formas e torná-los mais envolvidos desde muito cedo, com as aprendizagens importantes para o desenvolvimento da criança. Uma dessas formas foi idealizada por Feuerstein (1980) e recebeu o nome de Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), que visa a uma ampliação do potencial de aprendizagem de crianças, jovens e adultos, mesmo daqueles mais comprometidos cognitivamente. O mesmo objetivo tem o programa MISC (Mediational Intervention Sensitizing) de Pnina Klein (1992), que se preocupa com a preparação de mães ou outras pessoas que cuidem de crianças, para serem boas mediadoras de aprendizagens importantes para o desenvolvimento das mesmas.

Diante do exposto, os pais que cooperarem ativamente da vida escolar de seus filhos, estão colaborando para o desenvolvimento e crescimento da aprendizagem, mas quando não há essa colaboração, participação, por parte dos mesmos, o insucesso escolar emerge, o fracasso escolar e o desgaste familiar têm uma relação no processo ensino-aprendizagem. A educação que a criança recebe dentro do âmbito familiar cumpre um papel primordial na construção do sujeito. As práticas e atitudes dos pais na educação e criação de seus filhos têm influência no desenvolvimento, e logo influenciam o comportamento da criança na escola (VYGOTSKY, 1984 apud MEDEIROS, 2012).

 

METODOLOGIA

 

Para o desenvolvimento deste trabalho, foi utilizada a metodologia descritiva bibliográfica.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

É muito importante para o desenvolvimento, a formação do educando e para a aprendizagem da criança, a participação e a afetividade dos pais no contexto escolar, de forma a apoiar, encorajar e estimular os filhos. O envolvimento, o interesse dos mesmos com a escola vai criar uma relação fundamental e de grande importância para o desenvolvimento cognitivo, cultural, emocional e social da criança.

A escola, em parceria com a família, pode desenvolver uma boa aprendizagem das crianças, uma sociedade mais democrática e pluralista. Ambas desempenham funções muito importantes para desenvolvimento da criança e da alfabetização. É muito importante que se tenha um respeito mútuo entre elas, favorecendo uma confiança e competência na atuação de cada uma.

Alguns pais sentem realmente a necessidade dessa interação com a escola e, por isso, são mais acessíveis. Em contrapartida, outros, precisam ser conscientizados de sua importância no desenvolvimento do processo de aprendizagem de seu filho. Assim sendo, a missão da escola não é fácil, exige preparo e habilidade para conviver com estas situações.

É necessário a busca incansável de ideias que atraiam os pais à escola, para assim, sentirem-se imprescindíveis na formação global de seu filho, não somente na formação do caráter e do comportamento.

 

REFERÊNCIAS

 

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