A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Marta Matos Lima
Ana Maria dos Santos Barbosa Khippaiz
Elizangela Pinheiro de Almeida
Wanderleia Puger Evangelista
Regiane Fátima Pazeto
RESUMO
O presente trabalho tem como proposta estudar formas eficazes de inclusão de todos os alunos, inclusive os alunos portadores de necessidades educativas especiais na educação infantil. Observa-se uma enorme falha no sistema educacional brasileiro quanto ao verdadeiro papel da inclusão. O principal objetivo deste trabalho é tentar encontrar formas concretas e eficientes de se fazer realmente a inclusão nas escolas.
Palavras chaves: Acesso. Qualidade. Desafio. Igualdade.
Introdução:
Em meio a tantos avanços tecnológicos, a sociedade não conseguiu evoluir seu pensamento e exterminar seus preconceitos. Todos dizem buscar uma educação igualitária, porém não é algo fácil de encontrar.
A inclusão é um processo dinâmico e gradual, que se resume em “cooperação
/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva” (SANCHEZ, 2005. p.17).
O educador é o mediador responsável pela construção do conhecimento, interação e socialização do aluno com Necessidades educativas Especiais, sendo a inclusão considerada uma tentativa de reedificar este público, analisando desde os casos mais complexos aos mais singelos, pois uma educação de qualidade é direito de todos.
DESENVOLVIMENTO:
A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Mas na verdade o que vemos são escolas e profissionais despreparados para receber os alunos que sofrem qualquer transtorno de aprendizagem, sejam físicas, mentais ou intelectuais.
Baseada na declaração de SALAMANCA que coloca:
... o princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiências e bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes, ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas.
Observamos que se tem muito a fazer para que a inclusão venha realmente acontecer.
Para que aconteça de fato a inclusão é necessário que haja uma verdadeira integração entre os autores da educação. Estes autores são professores, alunos, escola e comunidade.
Não são possíveis ações dissonantes entre estes autores. É preciso que aconteça uma troca de ideias e saberes diferentes em função de um bem comum.
A inclusão só se concretizará de maneira mais consistente quando houver uma harmonia, interação e o sentimento de ajuda mútua entre os alunos portadores de deficiência e os ditos normais e toda a comunidade escolar. Pois a partir desta relação harmoniosa crescerá o sentimento de solidariedade, habilidades e aptidões serão desenvolvidas e se dará a oportunidade de haver a inclusão no ensino regular. Ela é um processo educacional que visa atender a criança portadora de deficiência na escola ou na classe do ensino regular para que ela possa potencializar as suas capacidades inatas.
CONCLUSÃO:
A educação inclusiva é um processo em pleno desenvolvimento, sujeitando de reflexões e especialmente ações concretas para alcançar práticas eficientes. Entretanto, é inegável o avanço da educação inclusiva historicamente, conforme reparado pelo presente estudo. A promoção do acesso educacional a todos os indivíduos, a legislação vigente a Declaração de Salamanca e a LDB que abriram portas para as pessoas com NEE em prol da inclusão de uma sociedade mais justa. Contudo, é questionável o alcance de tais iniciativas e legislação vigente quando se pretende analisar a qualidade da educação ofertada.
Através da pesquisa é possível reconhecer que para a educação inclusiva acontecer na prática, é necessária a qualidade, eficiência e competência dos gestores educacionais, bem como a disponibilidade de recursos e oferecimento de boa estrutura escolar pelas políticas públicas, pois a educação inclusiva necessita do seu cumprimento, acordado à qualidade que a legislação brasileira oferece.
Observa-se por meio dessa pesquisa que na organização para educação inclusiva há muitos ajustes a serem feitos que a educação chegue de forma unânime para todos.
REFERENCIAS:
BRASIL. Constituição (1988).
Constituição da República Federativa do Brasil
: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716&Itemid=863.
______.
Declaração de Salamanca
. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Áreadas Necessidades Educativas Especiais. Brasília: UNESCO, 1994. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf.
SANCHEZ, Pilar Arnaiz. A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. Revista da Educação Especial – Out/2005, Nº 07.