Buscar artigo ou registro:

 

 

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O JOGO COMO ESTRATÉGIA PARA ALFABETIZAR LETRANDO

Adriana Gesiele Teixeira dos Santos

Janaina de Souza Pinto

Marineide da Silva

Suzana Nagadori Mizote

 

INTRODUÇÃO

 

Alguns autores distinguem o jogo como uma tática eficiente para a ascensão da alfabetização e letramento, por sua grande capacidade de ampliar a concentração e atenção, interação social e ludicidade nos mais distintos conteúdos que podem estar presentes no planejamento e no seu emprego.

A alfabetização e o letramento agregados ao jogo como formato de alfabetizar letrando consistem em eixos que guiaram esse projeto, por se debaterem de temas tão primordiais no mundo contemporâneo, para a aprimoração do professor, onde não satisfaz saber ler e escrever a língua materna e sim fazer uso de uma leitura critica do mundo com o desígnio de aperfeiçoar cidadãos autônomos, para alcançarem progressos positivos para todos os contextos onde serão implantados.

Contudo, nos dias atuais o trabalho do professor vem se tornando cada vez mais desafiador necessitando a grande quantidade de elementos diretos e indiretamente que os estudantes vêm apanhando em um ritmo cada vez mais apressado fruto das mídias em âmbito geral, obrigando assim a escola se modernizar e acompanhar esse ritmo, interlaçando assim o repto de promover a alfabetização coesa ao letramento, nesse universo tão eficaz.

Diante deste foco almeja-se apresentar para o publico de estudantes dos anos iniciais formas lúdicas que excitem a alfabetização e o letramento de maneira articulada mediante as obras dos autores consultados.

De maneira lúdica como são sobrepostos os jogos e brincadeiras no ambiente escolar este projeto adapta uma oportunidade aos docentes de consagrarem um elemento já inserido na rotina dos alunos, inserindo assim componentes que se almejam trabalharem em relação à alfabetização e o letramento, de forma estruturada, além de temas proeminentes como a interdisciplinaridade e o trabalho com diversos temas transversais, determinados durante o planejamento das atividades e também durante a sua avaliação.

O referencial teórico para o referido projeto foi baseado por meio de pesquisas bibliográficas descritivas, na qual se utilizou pesquisas em livros, sites e artigos acadêmicos onde autores como Magda Soares, Paulo Freire, Emília Ferreiro, Libâneo, Vygotsky entre outros abasteceram para a concepção dos conceitos necessários para o alargamento deste projeto, a fim de serem aplicadas suas ideias.

 

1 TEMA

 

O tema abordado neste projeto constituirá a alfabetização e o letramento, os quais, na presente circunstância estão cada vez mais acoplados em discussões pedagógicas e acadêmicas a consideração dos processos educativos, principalmente por estarem abertamente ligados com o desenvolvimento humano e integral no exercício do uso formal e social da língua materna, ou seja, o integral exercício da cidadania nos momentos atuais.

Logo, ao indicar e levantar um tema tão importante como eixo deste projeto considerando as altercações sobre a alfabetização e o letramento, o que se almeja é requerer a prática de seu aproveitamento em interface, aproximando o aluno do colégio e, principalmente, do fato social na qual está implantado, afim de que este desempenhe na prática social o que aprende em sala de aula.

A linha de pesquisa utilizada é a pesquisa bibliográfica descritiva. A pesquisa para este estudo foi alargada através de leitura de material impresso, e PDF na biblioteca virtual da UNOPAR, além de procura em sites especializados na internet.

Este estudo está estruturado e referenciam os idênticos textos e estudos de autores que se aproximam do tema escolhido, estes lidos e sintetizados durante o incremento deste projeto de ensino, correspondendo a critérios de consenso com o tema proposto, coerência e estética na construção do próprio.

 

2 JUSTIFICATIVA

 

Nas diferentes funções e nos díspares meios formais pelos quais as pessoas tem ingresso a língua escrita e oral, nota-se que as considerações de alfabetização e letramento, estão verdadeiramente ligadas tanto que, na conjuntura atual é indiscutível que para haver total aplicação do ensino linguístico, um depende do outro em uma relação de simbiose.

Uma criança tem potencial de ser alfabetizada já no semestre inicial de alfabetização. No entanto, um dos grandes desafios para os educadores contemporâneos está em agregar o aprendizado do sistema de signos da língua ao letramento em seu método e funções educacionais e sociais, consiste em que o contato com o mundo letrado está em muito antes da formalização dos sistemas de leitura e escrita da língua e vai bem além deles.

Assim sendo, neste projeto se justifica em razão da indigência cada vez mais latente de se ampliar simultânea e articuladamente o letramento e a alfabetização para o alargamento integral do indivíduo e pleno exercício de autonomia e cidadania.

 

3 PARTICIPANTES

 

No âmbito geral, almejamos expor este projeto de educação, com foco exclusivo para o público de estudantes dos anos iniciais, que promova atividades instigando a alfabetização articulada ao letramento, de acordo com as hipóteses estudadas junto às obras dos autores refletidos.

 

4 OBJETOS

 

 

.Este projeto pretende, especificamente:

  • Promover a interdisciplinaridade;
  • Trabalhar temas transversais à educação;
  • Trabalhar os jogos como estratégia para promover o “alfabetizar letrando”;

 

5 PROBLEMATIZAÇÃO

 

Muitos fatores, nos dias de hoje, tornam o trabalho do educador bem desafiador. Há de se analisar que a sociedade em que vivemos inclusive os educandos, passa por transformações num compasso cada vez mais frenético. Carecido à grande quantidade de informação que direta e indiretamente os educandos já levam consigo frutos da influência das mídias em campo geral, a escola fornece estímulo de se modernizar e seguir este ritmo.

Para os profissionais da educação inteiramente envolvidos com as séries iniciais um dos amplos desafios é gerar a alfabetização conectada ao letramento, neste mundo tão dinâmico.

Desta maneira, a pergunta que orienta esse projeto gira em volta dessa relação: Na prática, é verdadeiramente plausível promover a alfabetização conjuntamente ao letramento de feitio fluente e pedagogicamente adequado?

Para responder a essa questão, procuramos referências na bibliografia, de autores que defendem algumas teorias e altercações teóricas que contribuam com a hipótese afirmativa, afim de que possua respaldo teórico e seja comprovado isso no método docente e pedagógico.

 

6 REFERENCIAL TEÓRICO

 

Nas muitas funções e nos mais distintos meios pelos quais as pessoas tem ingresso a língua oral e escrita, observa-se que os conceitos de alfabetização e letramento, são de fato ligados, tanto que, presentemente é ponto indiscutível que para existir total aproveitamento do ensino linguístico, um não pode estar sem o outro.

Uma criança consegue ser alfabetizada já no início do semestre da alfabetização, porém deve integrar essa aquisição ao letramento em sua prática e função educacional e social. A criança, mesmo não sendo alfabetizada, já deve ser inserida em um processo de letramento, pois ela, aleatoriamente, faz a leitura fortuita de rótulos, imagens, emoções, gestos. O entendimento com o mundo letrado se dá bem antes da formalização dos sistemas de leitura e escrita da língua e, muito além delas.

Desta forma, o letramento advém a ter a função de arraigar-se o educando na cultura escrita, começando assim um processo onde este principia a conviver com as díspares maneiras de escritas na sociedade, percebendo e valorizando o uso da escrita em distintas funções e díspares gêneros.

A alfabetização, de outro lado, ocorre a compreender o método específico e imperioso para a aprimorarão do sistema de escrita, tornando-se a internalização das considerações ortográficos e alfabéticos, consentindo ao aluno a autonomia de ler e escrever. Assim estando, a ação pedagógica concebida é aquela que admira o letramento e a alfabetização de maneira articulada e simultânea. Soares (1998) diferencia a alfabetização e o letramento, ampliando o conceito de alfabetização e apreciando o conjunto de práticas sociais de linguagem, desempenhando sua importância para o sujeito. Para Soares:

“Alfabetização é o método pelo qual se contrai o domínio de um código e das capacidades de utiliza-los para ler e escrever, ou seja: o comando da tecnologia - do conjunto de técnicas – para cumprir a arte e a ciência da escrita. Ao exercício eficaz e competente da tecnologia da escrita designa-se letramento que sugere várias habilidades, tais como: habilidade de ler ou escrever para alcançar diferentes objetivos” (Soares, 2004. P.91). É no procedimento de alfabetizar letrando que o educador fornece ao sujeito à aptidão de concepção dos símbolos da comunicação, capacidade fundamental no mundo atual.

Segundo recomenda Soares (1998) até os anos 80, o intuito maior do método educacional brasileiro era a alfabetização, ou seja, destacava-se fundamentalmente a preocupação, pelo sujeito, do sistema aplicado da escrita.

Soares (1998) continua afirmando que a partir dos anos 80, o construtivismo ocasionou uma evidente modificação de teorias e finalidades para a área da alfabetização, pois transformou essencialmente o entrosamento do processo de aprendizagem, destruindo a diferença entre aprendizagens do sistema de escrita e praticas efetiva de leitura e escrita. A autora menciona o conceito de letramento. Ela sobressai que tanto a alfabetização quanto o letramento são empregados separadamente, sem junção com o outro. Assim sendo a autora entende que o objetivo principal seria catalogar como processos diferentes, porém, indissociáveis.

Alfabetizar, de formato concreto, aparta-se do ato automático de decodificar uma língua apenas através da sua escrita; nesse sentido embarca o letramento como peça fundamental para infligir significados e esse processo. Juntamente com a alfabetização e o letramento ingressa o respeito, as pluralidades culturais e linguísticas, que várias vezes não são poupadas na ação da escolarização.

As práticas de alfabetização consistem as que envolvem a descoberta do sistema alfanumérico de escrita catalogando a automatização das relações entre grafemas e fonemas, ou seja, moderadas na obtenção da base alfabética.

Já as práticas que abarcam letramento são aquelas onde permanece interação com o material escrito, com leitura e escrita por diversos interlocutores, isto é, com um determinado cuidado com os usos sociais da leitura e da escrita. Ser alfabetizado de maneira letrada contorna o indivíduo do aprendizado parecido aos demais cidadãos que fazem o uso das letras. É uma atitude de indivíduo se tornar autônomo em uma sociedade muito individualista, em um ambiente fortemente competitivo.

Alfabetização e letramento abrangem objetivos de conhecimentos característicos, sendo assim, os processos cognitivos para o alargamento de cada um se tornam distintos. Alfabetização e letramento contornam processos inseparáveis. A alfabetização deve acontecer em meio à utilização de várias formas da leitura e escrita, assim como por díspares interlocutores, ou seja, o educando deve adaptar da língua em constante relação com as práticas sociais que dão significado real ao uso da língua como configuração emancipatória.

 

A HISTÓRIA E A CIÊNCIA PARA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

De acordo com a história, o conceito de alfabetização se adaptou ao ensino e aprendizado da tecnologia da escrita, ou seja, do sistema de alfabetização e escrita. Isso em sentido extenso sugere que a leitura torna-se habilidade de decifrar os sinais gráficos, alterando em sinais gráficos.

Anteriormente apenas referia-se ao termo alfabetização que é, necessariamente, o processo de ensinar a ler e a escrever. Entretanto, deparou-se que mesmo os adultos duramente dominavam todos os tipos de textos, e que permaneciam firmemente se alfabetizando, pois continuamente haveria coisas a se estudar ao longo da sua vida. Todavia Soares (2003), assegura que no transcorrer dos anos desvendou ainda que ser alfabetizado é mais que cometer junções de letras compondo sílabas e sucessivamente palavras escritas, mas é além de escolher as letras com os relativos sons, o que elas de fato denotam na nossa realidade social. Com o desígnio de que não advenha somente o tipo de alfabetização dominante do passado, atualmente recorremos a adotar dois conceitos: o de alfabetizar e o de letrar.

Um sujeito para se alfabetizar ou letrar, necessita ter noções claras a respeito da diferença entre falar e escrever, distinguir o som da escrita, reconhecer a função das letras juntas e separadas, integrar a fala e a escrita em todos os sentidos. Pesquisadores com Soares (2003) garantem que a ciência pedagógica aponta que um conceito depende do outro necessariamente. As crianças necessitam além de ler e escrever, integrar as letras aos sons, igualmente apreender a implicação social do texto que lê, explanando sua sequência lógica, procurando assim alcançar o êxito aproveitando dos dois conceitos juntos.

 

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO TEMPO CERTO.

A construção do método de alfabetização e letramento altera muito de educando para educando. Às vezes é complexo para o educador apreender o desenvolvimento da escrita em relação a cada indivíduo, mas é essencial que o profissional consiga interpretar essas evoluções, fundamentando-os nos diversos fatores possíveis, notadamente o contexto familiar e social onde os educandos e a própria escola estão implantados.

Não se pode permitir de sobressair a importância das práticas socioculturais da leitura e a assimilação da língua escrita, que é fato certíssimo, que só a partir da descoberta dos princípios alfabéticos e das concordatas ortográficas se torna um leitor e escritor autentico.

Albuquerque (2005) garante que as crianças que convivem em ambientes ricos em experiências de leitura e escrita, não só motivam para ler e escrever, mas começam, desde cedo, a fazer reflexão sobre características dos diferentes textos que circundam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades. Isso acaba por motivar uma ação pedagógica fundamental: para diminuir as diferenças sociais à escola deve garantir a todos os estudantes diariamente, a vivencia de aprendizados reais de leitura e produção de textos diversificados.

É fundamental que em meio a organização das atividades o professor busque planejar de maneira simples e objetiva, aproximando os alunos da leitura, da prática social e da escrita do dia-a-dia. O educador deve respeitar os empenhos que os educandos permanecem tendo para compreender o sistema alfabético da escrita e oralidade, sendo que cada sujeito possui seu momento de acordo com sua habilidade.

Apesar disso, não se trata de preferir entre alfabetizar ou letrar, trata-se de alfabetizar letrando. Igualmente não se trata de refletir dois processos como sequenciais, isto é, procedendo a um após o outro, como se letramento significasse uma espécie de preparado para a alfabetização, ou então, como se alfabetização fosse condição indispensável para o princípio do processo de letramento.

Não somente observar o desenvolvimento da escrita em relação a cada indivíduo, mas é essencial que o profissional saiba decodificar essas evoluções, baseando-se nos múltiplos fatores possíveis, principalmente o contexto familiar e social onde os alunos e a própria escola estão implantados.

Não se pode deixar de sobressair a importância das práticas socioculturais da leitura e a assimilação da língua escrita, que é fato irrefragável, que só a partir da descoberta dos princípios alfabéticos e das convenções ortográficas se configura um leitor e escritor independente.

Albuquerque (2005) assegura que as crianças que convivem em ambientes ricos em experiências de leitura e escrita, não só motivam para ler e escrever, mas iniciam, desde cedo, a fazer reflexão sobre particularidades dos diferentes textos que rodeiam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades. Isso acaba por determinar uma ação pedagógica essencial: para diminuir as altercações sociais à escola necessita assegurar a todos os estudantes, no dia-a-dia, a vivência de práticas reais de leitura e produção de textos diversos.

É essencial que durante o preparo das atividades o professor busque planejar de forma simples e objetiva, aproximando os alunos da leitura, da prática social e da escrita do dia-a-dia. O docente deve respeitar o desenvolvimento que cada educando vem apresentando para compreender o sistema alfabético da escrita e oralidade, significando que cada indivíduo tem seu tempo de acordo com sua competência.

Entretanto, não se trata de propor entre alfabetizar ou letrar, aborda-se de alfabetizar letrando. Do mesmo modo não se trata de pensarmos nos dois processos como sequenciais, isto é, oriundo um após o outro, como se letramento significasse uma espécie de preparação para a alfabetização, ou então, como se alfabetização significasse condição indispensável para o início do procedimento de letramento.

 

A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA.

O modo mais simples de proporcionar uma aprendizagem de qualidade é impulsionar os alunos a pôr a mão na massa, decompondo as experiências em algo produtivo. A escola tem um desígnio a alcançar para conseguir uma boa proposta pedagógica, que é com certeza o apoio para o sucesso da mesma.

Então requer vários espaços de ensino e aprendizado da leitura, da escrita e também a resolução de problemas abarcando atividades lúdicas e extracurriculares.

Os princípios pedagógicos carecem obedecer ao contexto e a prática na sala de aula. A instituição deve optar por concepções pedagógicas e eixos temáticos que de preferência a temas abordados ou relacionados com as mídias atuais e abertos aos educandos, beneficiando a fácil procura e a fácil atuação do aluno, já que os conteúdos são localizados com maior facilidade. Vale lembrar que o docente deve ter autoridade do currículo de sua disciplina, apreciando os conhecimentos de seus alunos. A valorização do conhecimento que os alunos apresentam de casa leva o professor a refletir sobre sua prática pedagógica. É necessário que o docente, além de notar a realidade de cada discente, tenha em mente a altivez e as relações entre o fenômeno da alfabetização e do letramento para só então abalizar objetivos que ponderem tanto o método de desenvolvimento do aprender a ler e a escrever, quanto o uso da escrita e da leitura nas práticas sociais. A leitura não esta acoplada somente ao ato de ler, a leitura é, acima de tudo, a chave para a ascensão social. É a própria mutação que a sociedade dispõe como definição para aperfeiçoar as práticas sociais, abrangendo o uso constante da leitura e da escrita como circunstância para se volver um cidadão no sentido completo da palavra letramento. Uma atividade de leitura pode ser pretexto de importância para o indivíduo se o conteúdo ou o objetivo permanecer correspondendo com a tarefa a ser atingida com continuidade ao ato de aprender. Nesse modo Ferreiro (2001) garante que uma atividade de leitura constituirá motivacional para alguém, se o conteúdo permanecer legado aos seus interesses pessoais.

O empenho pela leitura pode ser adquirido pelo aluno através do professor, permitindo ao mesmo a posse da leitura. Os textos proporcionados aos discentes precisam ser de forma simplificada sua interpretação, para não desmotiva-lo, pois os textos de compreensão complicada cometem com que o leitor arruíne o seu interesse, especialmente se o leitor for principiante. A leitura ocasiona informação e configura opinião, além de abeirar as culturas, motivando assim o prazer em quem lê. Tanto a leitura quanto escrita promove acompanhamento de um adulto, a fim de auxiliar no desenvolvimento do processo de aprendizagem, analisando que a criança depende da direção de um adulto para ser alfabetizado. O autor Solé (1998) assegura que, em ambos os casos, torna-se imprescindível a presença essencial de um adulto intercedendo, em um meio social que auxilie a criança no procedimento de aprendizagem, em interação educativa.

A aprendizagem da leitura e da escrita é cometida nas series iniciais e não é simplificada nem para quem leciona e nem para quem esta estudando, pois aborda várias dúvidas, principalmente por não ser um procedimento simples, estabelecendo muito esforço e superação de desafios. Porém, essa etapa da vida escolar necessita ser tratada com atenção e apresentada com metodologias que sejam úteis e expressivos para a criança. Perpetrando assim, a leitura se volve prazerosa e construtiva. O desígnio central e mais extraordinário além da criança saber ler é que ela entenda o que lê.

 

REFLETINDO CONCEITOS.

A Ampliação do conceito de alfabetização em semelhança ao conceito mais compreensivo de letramento é aparente nos censos demográficos. Soares (1998), afirma que em 1940 era alfabetizado quem conseguisse escrever o próprio nome. A partir do censo de 1950 era alfabetizado aquele que fosse capaz de ler e escrever uma mensagem simples. A partir da década de 1990, segundo Soares (1998), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) sucederam a tomar como base o número de series escolares com aceitação.

“A alfabetização em sentido correto de signa, na leitura, a competência de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e na escrita, a competência decodificar os sons da língua, transformando-os em sinais gráficos” (BATISTA, 2006, p.16).

Entretanto, esse conceito de alfabetização foi constituindo progressivamente expandido em função das precisões sociais e políticas, sendo que atualmente já não se considera alfabetizado quem somente codifica ou decodifica os sinais gráficos. Esse alargamento no conceito de alfabetização derivou em um novo conceito de letramento, que pode ser deliberado como: “O processo de inserção e participação na cultura escrita aborda-se sobre um processo que tem principio quando a criança inicia a conviver com as distintas manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos, embalagens comerciais, revistas, etc.) e se difere por toda a vida, como a crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que abarcam a língua escrita, a modelo da leitura e redação de contrato de livros científicos, de obras literárias” (NACARATO E PAIVA, 2006, p. 19).

Desta maneira, tanto o letramento quanto a alfabetização, são essenciais para a educação, pois são os inícios para uma educação de qualidade. A alfabetização e o letramento são alicerces da educação e devem ser ponderados eficazes para que a criança atinja um nível satisfatório de entendimento do mundo. Ou seja, é o que a alfabetização e o letramento faz além de proporcionar signos e símbolos: faz com que a criança entenda o mundo em que vivem. Para SOARES (1998) a palavra letramento, principia a ser utilizada no momento seguinte a que o conceito de alfabetização se contornou insuficiente e pode ser determinado como estado do sujeito que foi alfabetizado e desempenha as práticas sociais de leitura e escrita que circundam no contexto social em que vive.

“Só nos demos conta da precisão de letramento quando o ingresso à escolarização se alargou e apresentamos mais pessoas sabendo ler e escrever, ocorrendo a aspirar a um pouco mais do que unicamente aprender a ler e a escrever” (SOARES, 1998, P. 58).

Tfouni (1995), ao considerar o conceito de letramento, analisando os aspectos sócios históricos da obtenção de um sistema escrito por uma sociedade, além das modificações sociais e discursivas que afluem em uma sociedade quando ela se torna instruída.

 

O MÉTODO DA ALFABETIZAÇÃO.

O espaço da sala de aula é essencial para as crianças no processo de alfabetização, porque comporta a real aprendizagem da leitura e da escrita. O docente deve trabalhar a leitura de modo lúdico e criativo, onde o discente através da brincadeira viva a sua realidade. O aluno por meio de textos livres instrui-se a escrever e expressar suas opiniões, pensamentos e suas informações sobre o mundo em que vive, onde seu empenho não esta interiorizado para a escrita apropriada da palavra, mas para sua colocação no texto. O método do aprendizado da leitura e da escrita ocorre através do uso da linguagem e da apreensão de seus usos, sendo um método continuo de descobrimento e investigação.

Tfouni (1995) determina que o docente é um construtor de conhecimento e deve dar aos alunos qualidades de estarem sempre encontrando um novo saber, sendo necessário trabalhar na alfabetização sucessivamente elementos verbais plenos, contendo significado para a criança e com atividades expressivas de leitura e escrita. A aprendizagem do aluno advém através da influência mútua com o mundo, onde ela se amplia estudando e estuda se desenvolvendo.

No entanto com Vygotski (1989), o aprendizado e o desenvolvimento total ficam inter-relacionados desde o primeiro dia de vida de uma criança. Consisti que, a aprendizagem e o desenvolvimento no sentido global e integral se tornam de suma importância para a criança, permitindo que a mesma possa compreender o que não sabe, mas admitindo que, em determinada situação, possa vir, a adquirir o conhecimento.

Ferreiro (2002) distingue que o desenvolvimento da alfabetização acontece, sem dúvida, em um ambiente social. No entanto com suas experimentações com crianças, Ferreiro (2002) esboça algumas funções e propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização inicial: Restabelecer à língua escrita seu estilo de objetivo social; Desde o principio se aceita que todos na escola podem produzir e explanar escritas, cada qual em sua condição. Se aceita que a criança apresente interação com a língua escrita, nos mais diversos contextos. Aceitando o ingresso o quanto antes plausível à escrita do seu próprio nome; Não se supervaloriza a criança vislumbrando que de imediato compreende a semelhança entre escrita e linguagem; não se pode seguidamente acontecer correção gráfica nem correção ortográfica.

Ferreiro (2002) ainda assegura que a alfabetização não é um estudo ao qual se chega, mas um método cujo principio e na maioria das ocorrências anterior a escola e que não finaliza ao completar a escola primária.

 

O LETRAMENTO

Cagliari (2002) assegura que a composição da linguagem escrita pela criança faz parte do método geral da composição da linguagem. Qualquer criança que entra na escola aprende a falar e a apreender a linguagem sem precisar de treinamento explicito ou de presteza para isso. Ninguém necessitou alcançar a linguagem em nível de dificuldades crescentes para facilitar o aprendizado da criança.

Em saberes que fala sobre a má relação oral e escrita, Rojo (2006) aborda que muito se tem ponderado sobre os problemas das escolas em cumprirem, sua tarefa de alfabetizar e de colocar nas práticas concretas da leitura e da escrita aqueles que delas estão eliminados, dadas a marginalidade de sua participação em sociedade entendedora.

O que é ressaltado é que as crianças cujas famílias são letradas e que compartilham de atos de leitura e escrita desde muito pequenas, vendo familiares escrevendo e lendo, escutando histórias, chegam à escola distinguindo muito dos usos e colocações sociais da língua escrita.

Heath (1982) afirma que o letramento esta pertinente à assimilação de conhecimentos que se compõem na participação crítica nas práticas sociais que envolvem a escrita, mas também no sentido de analisar o discorro entre os conhecimentos da vida habitual, essenciais de nossa analogia cultural primária, com os conhecimentos mais sofisticados de explicar aspectos da realidade. O autor sobressai ainda o modelo ideológico de letramento, idealizados por Street (1984), ao lado de um modelo independente de letrado, destacando que todas as práticas de letramento, são aspectos não somente as culturas, mas também as estruturas de poder em uma coletividade.

 

PROCESSOS DE OBTENÇÃO DA LINGUA ESCRITA.

Baseada como sistema de representação, no método ativo do qual através de seus primeiros contatos com a escrita, a criança estabeleceria hipótese sobre a natureza e o comportamento da língua escrita. Esse marco se tornou o processo não apenas de lecionar e estudar as habilidades de codificação e decodificação, mas também como domínio dos conhecimentos, consentindo o uso dessas capacidades dos métodos sociais de leitura e escrita. Com essas capacidades os educandos têm o desígnio de agregar o uso da leitura e da escrita em circunstâncias sociais, originando assim a palavra letramento.

O letramento advém a ser o processo de introduzir, colocar e participar na cultura escrita, principiando um processo onde a criança inicia a conviver com as distintas manifestações da escrita em sociedade, abarcando e apreciando o uso da escrita em díspares funções e díspares gêneros.

Alfabetização por sua vez passa a ser o método específico e imprescindível na apropriação do sistema da escrita, tornando se princípios conquistados alfabéticos e ortográficos, permitindo ao aluno a autonomia de ler e escrever. Para que a regra de escrita aconteça é imprescindível que o docente alfabetizador abarque processos alfabéticos, permitindo ao aluno o domínio nos campos da leitura, da obra de textos escritos e a compreensão na obra de textos orais nas distintas situações que acontecem no cotidiano da criança. A importância do alfabeto na fase primária da alfabetização esta na necessidade do aluno identificar e saber as denominações das letras, reconhecendo os sons das mesmas. É extraordinário que todas as letras do alfabeto fiquem visíveis na sala de aula, para que o educando possa consultar sempre que for preciso, com isso o domínio do nome das letras podem promover na leitura e na compreensão da escrita das palavras. Durante o procedimento de alfabetização é primordial para os alunos o conhecimento da escrita e a analogia sonora das palavras que elas tentam escrever e ler, estando ponderada uma relação entre o processo utilizado e o estado de naturalidade ou de presteza da criança. As crianças ao começarem seu processo de alfabetização, estão abertas ao processo real de aprendizagem, para isso é necessário saber que tipo de prática a criança é colocada na língua escrita, qual o método deste objetivo no contexto escolar, quais os métodos que levam as crianças ao conhecimento, uma vez que as mesmas se sentem desnorteadas no início da aprendizagem, mas ao mesmo tempo estão abertas ao aprendizado, sendo capazes de edificar e ultrapassar as dificuldades. De acordo com Gontijo:

“Desse modo, as crianças, em sua fase primária de alfabetização alcançam atividades preparadas pelo educador intencionalmente para que lhes seja admitido estudar a ler estritamente no sentido de estudar e decodificar o que esta escrito” (GONTIJO, 2002, p. 53).

Um dos problemas que as crianças encaram está catalogado na construção do sistema, uma vez que para o aluno uma letra pode simular uma palavra. Através da interação as crianças conseguem suas produções escritas e vão estabelecendo o seu saber e fazer. O conteúdo da aprendizagem do aluno necessita estar proferido na sua realidade, onde é essencial que os espaços estabelecidos permitam a elas escreverem o que raciocinam, sendo capazes de apreender o que os outros escrevem, compreendendo a linguagem escrita. Quando o aluno constrói conhecimento sobre a língua escrita, e vai estabelecendo seu saber ortográfico. É imprescindível que a criança se sinta acoroçoada para empregar a escrita como meio de expressão e conhecimento, mesmo que não dome o código convencional, é escrevendo que ela vai edificando seus conhecimentos sobre a escrita. Ao contrair confiança e respeito à criança tem a propriedade de desempenhar com segurança o seu potencial inventivo e significativo.

As crianças têm a competência de raciocinar mais na forma como discorrem, do que na maneira ortográfica de se escrever, enquanto os adultos já refletem em como falar sem a influência da ortografia. A escola necessita ser clara e objetiva nesse sentido em meio: letra e som, para que a criança possa ampliar o processo de alfabetização.

Os métodos socioculturais da leitura e a assimilação da língua escrita enquanto forma de diálogo, pois se deve ponderar que também é um fato certíssimo e que só a partir da descoberta do princípio alfabético e das combinações ortográficas aperfeiçoamos um leitor e escritor independente. Assim, tem-se defendido uma sugestão pedagógica que dê apoio ao pleno alargamento desses dois aspectos submergidos na aprendizagem da leitura e da escrita desde o início da escolaridade, disseminando o andamento pedagógico de maneira equilibrada e individualizada entre atividades que excitem esses dois elementos: a língua através de seus usos sociais e o preceito de escrita através de atividades que excitem a consciência fonológica e corrobore de forma mais direta para as crianças as relações viventes entre as unidades harmônicas da palavra e sua forma gráfica.

“Alfabetizado é aquele sujeito que sabe ler e escrever. Já o sujeito letrado, é sujeito que vive em estado de letramento, é não só aquele que consegue ler e escrever, mas aquele que emprega socialmente a leitura e a escrita, prática a leitura e escrita, contestam adequadamente as demandas sociais de leitura e escrita” (SOARES, 1998, p. 22).

É extraordinário pensar que o desígnio é “alfabetizar letrando”, confinando de algumas premissas, aprimorar o desenvolvimento na compreensão dos alunos. No sentido de obtenção da linguagem escrita como parte do método de letramento, isto é, de um aprendizado que se dá nos métodos sociais reais de leitura e escrita, vivenciadas pelos alunos e que, assim, não se diminui ao domínio do código. Uma visão de educação da linguagem escrita como uma ação propositada do educador, que deve ser refletida, nas propostas pedagógicas, na totalidade de aprendizagem de outras linguagens. O direito do educando a um maior tempo de escolarização, tendo em vista o alargamento de suas probabilidades de aprender no domínio de uma cultura letrada, com ingresso, desde muito cedo, as produções culturais de atributo, instituídas pelo homem na sua direção histórica.

 

O DOCENTE E SUAS PRÁTICAS PEDAGOGICAS.

O educador com a sua prática deve ultrapassar todos os desafios e ter a clareza de seu cumprimento, ultrapassando as fronteiras que a mesma atribui e permitir a exploração para acoplar as disciplinas, e demostrar afinidade entre aluno e professor, sendo capaz de gerar a interdisciplinaridade.

“A prática pedagógica do docente não se restringe unicamente à ação pedagógica. A mesma é a interação de distintos contextos e sofre influência direta das práticas competidoras (da sociedade, das políticas educativas, da cultura escolar que disponibiliza a administração e o ingresso a informações), além de outros métodos das licenciaturas” (NACARATO E PAIVA, 2006, p. 84).

O docente deve ampliar uma prática que seja transformadora, significativa, referente ao contexto social dos alunos. O mesmo deve estar habilitado a refletir sobre seus atos. Assim, a noção do educador depende de um pensamento prático e deliberativo. Ou seja, depende, por um lado, de uma reelaboração de conhecimento a partir da análise sistemática dos métodos.

É essa reflexão que admite evitar as armadilhas de uma mera representação de ideias feitas. Nóvoa (2003) adverte que depende, por outro lado, de um empenho de deliberação de desígnio e de decisão que advém por uma intencionalidade de sentidos.

Dessa maneira, Libâneo (2002) aborda que aprender a ser educador, na formação inicial ou continuada, se modera por objetivos de aprendizagem que compreendem as capacidades e competências almejadas no exercício profissional do educador.

Já Britto (2003) adverte que a concepção do educador deve fundamentar-se na percepção de um docente que repense constantemente sua prática educadora. A prática pedagógica pode ser analisada como o trabalho de repensar, ou conduzir, saberes peculiar.

 

O PAPEL DO DOCENTE

O educador tem o papel de conduzir o conhecimento e ainda mais. De acordo com Tardif (2002) o papel do educador é muito mais do que isso. O docente pode ser estimado um produtor de informação e de saberes, que supera as visões tradicionais de concepção, que busca maneiras inovadoras que o contornem sujeitos do seu próprio método educacional.

O papel do educador é acordar no aluno o empenho por conhecimento que trará benfeitorias no futuro. O conhecimento por significado envolve encargo e ética, e os educadores têm em suas mãos a probabilidade de despertar nos alunos uma atitude de ética e crítica também em semelhança à vida.

É necessário desenvolver cidadãos que desempenhem a construção de uma sociedade mais digna e mais justa, com a incumbência de desenvolver indivíduos mais conscientes de seus deveres, de seu papel em meio à sociedade. O docente deve ter a persuasão de que seu trabalho é essencial para as mudanças sociais, pois instruir uma pessoa a viver de forma ética, proporcionando auxílio para que conscientemente adote seu papel de cidadão, é, com certeza, a abertura para uma sociedade mais crítica e competente.

A ação do educador é a base de uma boa concepção escolar e colabora para a construção de uma sociedade pensante. Contudo, segundo Freire (2000), para que isso seja plausível, o educador necessita admitir seu verdadeiro compromisso e afrontar o caminho do aprender a ensinar. Evidentemente, lecionar é uma responsabilidade que necessita ser trabalhada e ampliada. Um docente necessita, a cada dia, restaurar sua forma pedagógica para de um melhor modo atender a seus educandos, pois é por meio do empenho e da paixão pela profissão e pela educação que o professor pode, verdadeiramente, admitir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar.

Na busca de atributo total no ensino, o pensamento para o aperfeiçoamento do educador torna-se um ponto chave imprescindível no processo pedagógico.

Gadotti (1998) alega que o conhecimento e atuação eficaz da atividade pedagógica não promovem apenas o domínio de conteúdos e dos procedimentos e rotinas de trabalho essenciais ao educador, mas também o potencial de criatividade do docente.

Para que tenha uma educação de qualidade, o trabalho do educador, no seu fazer comunicativo, deve ser pontuado por ações propositadas que estimem o conhecimento contextualizado do educando.

 

O JOGO COMO ESTRATÉGIA PARA AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO.

Existem diversas formas para se trabalhar os mais diferentes tipos de conhecimento na escola, de maneira lúdica e coletiva. O que se deve ponderar é que o ambiente escolar é composto basicamente por turmas, normalmente numerosas, determinando que o professor, além da pesquisa e planejamento, a ação e o dinamismo para a elevação do trabalho a ser desenvolvido coletivamente unido a sua classe.

Santos (2012) afirma que o docente assume a postura de organizador das atividades, animador e mediador entre o conhecimento e seus alunos, alvos das estratégias empregadas por ele, para que exista, efetivamente, o aprendizado.

Exatamente por ser um trabalho coletivo, a idealização e traçado de táticas devem considerar atividades que abranjam, indistintamente, todos os educandos que fazem parte da turma, ponderando suas individualidades, entretanto, tendo em vista a inquietação coletivados conhecimentos proporcionados pelo professor.

Ao dar início ao trabalho com os jogos, o docente deve motivar o grupo para que as atividades escolhidas por ele decorram conforme o esquematizado, atingindo os objetivos abalizados. Igualmente, deve estar informado da realidade interacional do grupo. Além disso, o “pós-jogo” torna-se novamente importante no sentido de se escrever e refletir a atividade alcançada, durante a observação do jogo indicado, em si, nos procedimentos individuais, socialização e relacionamento interpessoal dos educandos, comprometimento e interesse na ação sugerida e demais parâmetros situados pelo professor, para a avaliação da atividade, levando-o a habituar-se ou alterar regras e, mesmo, inventar novos jogos decorridos do aplicado, como forma de afeiçoar-se o jogo ao contexto de sua classe.

“Vários autores, unanimemente aconselham o cuidado no trato com os jogos a fim de que não se coloque por parte dos alunos uma relação superficial, agressivamente competidora, visando à vitória, afastando a derrota, tratando o jogo como meio para elevação social entre os alunos” (SANTOS, 2012, p.40).

Storms (1989) esclarece que jogar é sair do hábito. Para aqueles que embarcam totalmente no espírito do jogo, o fato do dia-a-dia deixa de existir, aniquilando de sua consciência durante o jogo. Apenas depois do jogo acabado é que a acepção de realidade reaparece. Jogar é reagir a uma determinada incitação e situação, com comprometimento e consignação.

Os jogos têm o poder de deslumbrar quem joga, além de estimular a ação, até que possua a absorção completa do sentido recomendado por ele. Jogar é gerar a sincronia do pensamento, do sentimento, da reflexão e da ação, assim incidindo em é uma convenção de faculdades intelectuais, emocionais e motoras. Ao concretizarmos nossas tarefas corriqueiras nos empregamos em uma ou outra capacidade, enquanto durante o jogo é imprescindível total atenção e reunião de todas as habilidades dos jogadores.

Santos (2012) destaca que os jogos não incidem em um fim em si, mas são planejados para fins educacionais e formativos; são táticas para se impetrarem os fins traçados pelo educador em seu planejamento. Através do jogo os educandos entram em contato com noções educativas previamente planejadas pelo professor, em grupo, já analisando a dessemelhança de conhecimentos característicos de cada aluno particularmente, aproveitando isso se requerer a inclusão e aprendizado dos alunos que eventualmente não dominem esta ou aquela capacidade.

Schafer (apud Santos, 2012) considera que a atmosfera que deve ser inventada pelo docente é de total informalidade, confiança, e tranquilidade, determinando a desinibição de todos os sujeitos à atividade, para que esta aconteça em total harmonia e os efeitos sejam exitosos.

Através das observações e ponderações do educador, antes, durante e após os jogos, é plausível injetar cada vez mais conteúdos relacionados aos objetivos específicos de cada aula ou período letivo, gradualmente formalizando as considerações dominadas pelo grupo, de uma maneira mais elaborada.

Porém como em todos os empenhos do conhecimento educacional, a inventividade e o planejamento precisam ser constantes na vida do docente, estando claros os desígnios e informações a serem dominadas ao término de cada atividade aplicada junto aos discentes.

O fato de se empregar o jogo como tática para a inserção de objetivos pedagógicos requer a gradual trajetória do ambiente lúdico da educação infantil para a formalização do conhecimento, de modo a não arrebatar o aluno de sua infância, mas sim de usar elementos e embasamentos dela para atingir uma educação de qualidade, colocando o educando ao conhecimento formal de maneira intuitiva e espontânea.

 

7 METODOLOGIA

 

O jogo é aceito como algo impecavelmente natural para os alunos, justamente pelo fato de permanecerem fruindo de sua infância, já estando presente nas rotinas habituais do espaço educativo escolar.

O que se anseia neste projeto é direcionar os jogos de maneira a abordar objetivos educativos e pedagógicos, projetados pelo docente, envolvendo intenções que gerem a alfabetização em conjunto como o letramento, de forma gradativa e espontânea para os discentes.

O projeto se dá inicio ainda no planejamento das atividades educativas da escola, no começo do período letivo, através da análise de jogos e estratégias que possam considerar a alfabetização e o letramento, assim como jogos da memória com ilustrações abrangendo explanação de imagens e contextos, de mímica e adivinhação, jogo de teste joga de “stop” (concluir campos antecipadamente acordados nas regras com palavras simples para explanar situações), de perguntas e respostas, concluir palavras, simulação de trânsito, jogos da forca, leitura e interpretação de avisos e placas, periodicamente concretizar gincanas organizadas com os mesmos fins do projeto, além de demais jogos já conhecidos e praticados, habituados de acordo com os desígnios e conteúdos conexos ao projeto e grade curricular trabalhado pelo educador.

A fim de gerar a interdisciplinaridade o professor procura também no momento do planejamento grupal, parcerias entre colegas para o alargamento de temas, inclusive transversais como educação para o trânsito, saúde, cooperativismo, e muitos outros, que igualmente sejam relacionados às suas disciplinas apontam e possam ser compreendidos nos objetivos dos jogos a serem executados, adaptados ou mesmo designados com estes objetivos.

Informado dessa realidade, o educador começa o projeto na prática, unido à turma, estrategicamente nas quartas feiras, por ser o dia precisamente no meio da semana letiva, em que os educandos estão determinados sem terem saído do fim de semana e, igualmente sem ficarem na perspectiva do próximo. Prontamente após o momento de recreio, por volta das 15h 20min normalmente, o professor coloca a turma ao jogo e suas regras, repartindo os grupos quando imprescindível, coordenando o método do jogo.

Durante o próprio jogo, quando necessário, o educador deve interceder e fazer interferências, a fim de formalizar efetivamente os conhecimentos por ele planejados para o mesmo.

O momento do jogo pode alterar, mas é desejável que dure por volta de uma hora, pois a partir daí alguns pais devem começar a chegar para levar seus filhos, extinguindo o clima do jogo e desestruturando as equipes eventualmente formadas.

O docente deve diagnosticar sua turma, compreendendo o contexto geral e particular de cada aluno, suas necessidades educativas exclusivas e mais extensas, e os conteúdos que estiver trabalhando em classe, de acordo com a grade curricular, a fim de que o seu planejamento para este projeto seja competente quanto aos objetivos ansiados por meio das atividades.

Deve se ter extraordinário cuidado para que os grupos, em cada dia de jogo no projeto, não sejam reproduzidos, pois a repetição pode gerar o acirramento competitivo, empenhando a essência do projeto. Deve-se, sim, miscigenar alunos de todos os departamentos da sala, por sorteio ou mesmo por recomendação do docente, a fim de que se extinga essa probabilidade.

A pesquisa para o projeto deve ser constante, analisando que o docente, ao aprofundar o conhecimento sobre o assunto de sua turma, pode atuar no planejamento e adequação dos jogos do projeto, cada vez mais designadamente, amoldando os objetivos de cada jogo às precisões do grupo.

 

8 CRONOGRAMA

 

A primeira etapa deste projeto é a da pesquisa e idealização inicial ainda no planejamento das atividades educacionais da escola, no começo do período letivo, através da pesquisa de jogos e táticas que possam considerar os desígnios do projeto e conteúdos relacionados, seguindo a grade curricular vigente, trabalhados pelo professor. Igualmente, o docente procura também no momento do planejamento em grupo, parcerias entre colegas para o alargamento do projeto que, igualmente, sejam relacionados às suas disciplinas exclusivas e possam ser abarcados nos objetivos dos jogos a serem destacados, adaptados ou mesmo criados para efetivação no projeto.

A segunda etapa do projeto será o método efetivo das atividades e jogos esquematizados, executada todas as quartas feiras, prontamente após o momento de recreio, em torno das 15h 20min, com permanência de uma hora, por semana, durante um ano letivo inteiro.

 

9 RECURSOS

  

serão:

Os recursos humanos indispensáveis para o desempenho deste projeto

  • Docente titular da turma;
  • Discentes satisfatórios da turma;
  • Grupo dos demais docentes;
  • Pais e responsáveis.
  • Equipe de gestora da unidade escolar;

Os recursos materiais imprescindíveis para o desempenho deste projeto são os próprios materiais requeridos para as atividades habituais da sala de aula, conduzidos em lista abastecida antes do começo do período letivo, tais como folhas sulfite, cartolinas, giz de cera, lápis, entre outros, além de serem aproveitados materiais para reciclagem, angariados no colégio e em casa.

 

AVALIAÇÃO

 

A avaliação para este projeto necessita ser feita permanentemente, toda semana, pelo educador, a fim de executar o projeto em satisfeita harmonia com os conteúdos trabalhados por ele em sala, além de seguir a evolução dos educandos e as alterações de dinâmica do grupo. Desta maneira, aos poucos, o projeto vai sendo ajustado conforme as demandas dos próprios estudantes, tornando aceitável com mais tranquilidade seu aproveitamento e aquisição de seus objetivos almejados.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O letramento e a alfabetização foram os focos indispensáveis para este projeto, foi abordado temas tão importantes no mundo atual, onde não bastou apenas o domínio da norma de leitura e escrita formal da língua maternal e sim uma leitura aprofundada de mundo, com vistas que constituiu cidadãos independentes, com possibilidades de alcançarem evoluções positivas para todo o conjunto onde foram implantados.

Por meio da construção deste projeto, em todo seu andamento, foi averiguado quão essencial é a articulação do letramento simultâneo a alfabetização.

Vários educadores, acadêmicos e teóricos da educação frisaram a ideia que, no aprendizado, o mundo, a sociedade, afinal cada totalidade, apenas irá crescer, ou seja, aprimorar, partindo do tempo em que se refletiu no letramento como algo que nunca pode estar apartado da alfabetização e vice-versa.

O uso do jogo como tática para se alfabetizar letrando, aproveitou o elemento lúdico da educação, tão caseiro e tão contemplado pelos educandos, como maneira de enxertar os mais variáveis tipos de conhecimento nos preceitos e na organização de atividades que submergiram os jogos para serem aproveitados no projeto.

O aluno acabou apresentando prazer em brincar, socializando, se agregando, venceu empecilhos de preconceito e exclusão, contraiu novas capacidades, ao mesmo tempo em que estudou conceitos e conteúdos projetados criteriosamente pelo docente de sala, para a aplicação introduzida nos jogos do projeto, frutos do projeto e pesquisa para tanto, além de atuarem e criarem novos jogos, seguindo as demandas que apareceram em sua aplicação.

Este projeto se encaixou e se associou com naturalidade às rotinas das salas onde foi proposto devido ao fato de que, normalmente já permaneceram momentos pressagiados para a ludicidade e integração social em cada turma, sendo o mesmo um ensejo que gerou estes momentos, aliando a desígnios pedagógicos claros e concisos, esquematizados criteriosamente, aplicados e medidos permanentemente.

Da mesma maneira, nos jogos que foram sobrepostos no projeto, houve a interdisciplinaridade que é essencial no planejamento grupal dos jogos, agregou não somente conteúdos e capacidades que estavam previstos no currículo escolar, mas agregou pessoas, profissionais, aspirações em comum, promoveu a atuação de toda a equipe no processo de educação, principalmente de educadores e educandos.

Uma das principais premissas e finalidades deste projeto para que se pondere um aluno alfabetizado e letrado é que ele alcance escrever, ler, explanar textos e fazer o uso social do texto em questão, além de inventar uma leitura de mundo que admita perceber-se como cidadão que comunica sócio historicamente, ou seja, que pode alterar seu contexto familiar e social, constituindo sujeito ativo na sociedade em que está vivendo.

As reflexões atuais neste projeto podem assistenciar professores em sua ação pedagógica para que se gere um ensino de qualidade, compreensível a todos, letrando, alfabetizando e constituindo cidadãos de forma lúdica, entretanto responsável, para que sejam sujeitos de seu alargamento individual e social.

 

REFERÊNCIAS

 

ALBUQUERQUE, E.B.C. Conceituando alfabetização e letramento. In: SANTOS,

C.F. Alfabetização e Letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

 

BRITTO, L.P.L. Educação e política – sobre o conceito de letramento . In:             . Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

 

CAGLIARI, L.C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2002.

 

FERREIRO, E. Passado e presente dos verbos ler e escrever. São Paulo: Cortez, 2002.

 

FERREIRO, E. Uma aula inédita para 10 mil professores. Nova escola. nº139, jan./fev. 2001.

 

           . Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzales, 24. ed. Atualizada. São Paulo: Cortez, 2001.

 

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, SP: Editora Paz e Terra, 2000.

 

GADOTTI, M. Pedagogia da práxis. 2.º ed., São Paulo, Cortez, 1998.

 

GONTIJO, C. M. M. O processo de alfabetização: novas contribuições. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

 

LIBÂNEO, J. “Ainda as perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de Pedagogia” IN: PIMENTA, S. G. (Org.) Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002.

 

NA CARATO, A. M.; PAIVA, M. A. V. A formação do Professor que ensina matemática: estudos e perspectivas a partir das investigações realizadas pelos pesquisadores do GT7 da SBE M. In                                                                                 (Orgs.). A formação do professor que ensina matemática: perspectivas e pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.p.7- 26.

 

ROJO, R. H. R. As relações entre fala e escrita: Mitos e perspectivas. Belo Horizonte, MG, CEALE, Rede Nacional de Centros de Formação Continuada, MEC, v.1,2006.

 

SANTOS. F. J. D. A música na escola: um manual para professores e pedagogos. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Pedagogia, Universidade Norte do Paraná, Concórdia, 2012.

 

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2º ed. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

 

SOARES, M. As muitas facetas da alfabetização. In: Alfabetização e letramento. São Paulo: Contextos, 2003.

 

SOARES, M. Alfabetização e letramento, 2° ed. São Paulo: Contexto, 2004.

 

STORMS, G. 100 jogos musicais. Lisboa: Asa Editores S. A., 1989.

 

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

 

TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995.

 

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3ª.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.168p.