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A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Josiane Alves de Souza
Luciana Gonçalves Borges

 

1 INTRODUÇÃO

 

O trabalho a ser apresentado traz como tema: “A importância da música para o desenvolvimento da criança na educação infantil”.

A linha de pesquisa contemplada nesse projeto é a docência na educação infantil. A escolha por essa linha de pesquisa veio da inquietação própria em buscar conhecimentos sobre a melhor maneira de trabalhar com a música na educação infantil.

O tema é importante a ser discutido pois, além de estar a nível de um projeto de ensino na área da pedagogia, aguça o conhecimento sobre a contribuição da música para o desenvolvimento da criança. A música é um recurso muito importante para trabalhar com a criança, e através desse recurso a crianças passa a desenvolver diversas áreas de sua visa pois, a música traz diversos benefícios para seu desenvolvimento.

A ideia principal desse projeto consiste em analisar como melhor trabalhar a música nessa fase e como melhor utilizar a música para tornar o processo de aprendizagem mais prazeroso, e por consequência, mais efetivo.

O objetivo do projeto consiste em adquiri conhecimentos para desenvolver uma metodologia que venha incentivar o uso da música como instrumento facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

O problema de pesquisa surgiu ao questionar: Qual a melhor metodologia a ser utilizada pelo professor no trabalho musical realizado com as crianças, e quais as dificuldades encontradas na realização de atividades musicais aplicadas em sala de aula?

No processo de desenvolvimento desse projeto serão apresentadas algumas abordagens sobre a música na educação infantil e seus benefícios; a contribuição da música para o desenvolvimento da criança; a importância de o professor de preparar para desenvolver um trabalho significativo na Educação Infantil com Música e também ações que ajudam a melhor explorar a música nessa etapa de ensino. Para o desenvolvimento das ações serão utilizados recursos humanos e materiais para tornar o projeto possível de ser aplicável.

A avaliação será continua durante todo o projeto e se dará através da observação e registros.

 

2 OBJETIVOS

 

2.1 OBJETIVO GERAL

 

Explorar e identificar elementos da música com as crianças na educação infantil desenvolvendo atividades que permita a criança se expressar, interagir com os outros e ampliar o conhecimento de mundo utilizando a música enquanto a instrumento de ensino e aprendizagem.

 

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Perceber e expressar sensações e sentimentos através das músicas
  • Ampliar o repertório musical;
  • Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos diversos e ritmos corporais;
  • Desenvolver memória;
  • Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando e ajustando suas habilidades motoras;
  • Desenvolver relações sociais e afetivas através das atividades de música e movimento;
  • Explorar os sons feitos pelo corpo humano: assobiar, bater palmas, bater os pés, barulhos feitos com a boca, etc.;
  • Estimular a interação social por meio da música.

 

 

3 PROBLEMATIZAÇÃO

 

Muitos são os problemas na rotina com as crianças na educação infantil quando o assunto a ser tratado, refere-se à integração do ensino com a música. Nesse momento torna-se clara a existência de uma discrepância entre o trabalho na área musical e as outras áreas do conhecimento, que deixaram de lado a criatividade, para voltarem- se as atividades de imitação e repetição.

Infelizmente alguns professores atuantes da educação infantil cometem equívocos ao alinharem o ensino com as atividades musicais por se julgarem incapazes de realizar certas atividades musicais acreditando que é preciso certas aptidões.

O problema de pesquisa surgiu ao questionar: Qual a melhor metodologia a ser utilizada pelo professor no trabalho musical realizado com as crianças, e quais as dificuldades encontradas na realização de atividades musicais aplicadas em sala de aula?

Entende-se que o que faz bastante diferença para a inclusão de música na educação infantil com metodologias adequadas para garantir a aprendizagem e desenvolvimento da criança através da música é, principalmente, a postura do professor. Sendo assim, mesmo que o professor não tenha uma área específica, faz-se necessário que esse profissional busque alternativas e conhecimento para trabalhar a música com as crianças. O professor precisa saber da utilidade da música, seus benefícios, como ela deve ser trabalhada e também como se aplica a cada faixa etária. Sendo assim, o professor precisa estar sempre na busca por novos conhecimentos, explorando esse assunto e ter interesse em criar um ambiente propício ao ensino-aprendizagem.

O profissional deve se capacitar para proporcionar as crianças uma formação importante em sua trajetória educativa e consegue ir muito bem na missão de trabalhar a musicalização sem que conheça uma nota musical.

Acredito que mediante esse questionamento será possível adquiri mais conhecimento sobre o ensino de música na educação infantil para assim fortalecer a minha formação.

 

4 REFERENCIAL TEÓRICO

 

4.1 A importância da música para o desenvolvimento da criança na educação infantil

 

A Música está presente em tudo e em todos, em diferentes povos desta Terra, ou até mesmo no céu, como relatam as escrituras da Bíblia no livro de Apocalipse e em várias parábolas dizendo sobre sons de trombetas, coral de anjos, canto de querubins e serafins e outras citações. “A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, politicas. ” (BRASIL, 1998, p. 45)

Então, pode-se dizer que a música é até algo divino, que traz várias sensações boas como tranquilidade, reflexão, paz, mas também sensações ruins de tristeza, saudade, solidão, raiva, lembrança de algo acontecido, uma mistura de sensações, sentimentos e pensamentos.

“Como uma das formas de representação simbólica do mundo, a música, em sua diversidade e riqueza, permite-nos conhecer melhor a nós mesmos e ao outro próximo ou distante”. (BRITO, 2003, p.28)

O abarcamento da criança com o mundo dos sons inicia precedentemente ao nascimento, visto que, no período intrauterino os bebês já vivem numa atmosfera de sons gerados pelo corpo da mãe, como o sangue fluindo nas veias, a respiração e o mover-se natural do intestino. A voz materna também constitui material sonoro especial e referência afetuosa para eles. (BRITO, 2003, p.35).

Desde o nascimento entramos em contato com os sons, desde que nascemos já estamos predispostos aos sons e as composições, esse é o início do mundo da linguagem; por esse motivo, essa relação precoce favorece inegavelmente o desenvolvimento de nossas aptidões cognitivas, linguísticas e motoras (CÍCERO, Apud SIMIONATO e TOURINHO, 2007, p.370).

A própria respiração da mãe também gera sonoridade para o bebê, e o que é muito importante e que muita gente não sabe, ou às vezes não acredita, é a voz materna no ato da mãe conversar e cantar para o bebê, mesmo dentro da barriga ainda, é um ato de grande afetividade e aconchego, especial para o bebê que sente todo esse envolvimento acolhedor.

 O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento, pois na fase intrauterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial e referência afetiva para eles. (BRITO,2003, p.35).

Jeandot (1990, p.18), também afirma que, “Na verdade, antes mesmo de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, como o ritmo, através das pulsações do coração de sua mãe”.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI): Pesquisadores e estudiosos vêm traçando paralelos entre o desenvolvimento infantil e o exercício da expressão musical, resultando em propostas que respeitam o modo de perceber, sentir e pensar, em cada fase, e contribuindo para que a construção do conhecimento dessa linguagem ocorra de modo significativo. O trabalho com Música proposto por este documento fundamenta- se nesses estudos, de modo a garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos. (RCNEI, 1998, p.48)

O ensino de música passou a ser obrigatório no currículo da educação básica, conforme prevê a Lei 11.769, de 18 de agosto de 2008. A partir de então, escolas e profissionais da área da de educação passaram a ter esse grande desafio. Previsto pelo Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI) como uma das práticas pedagógicas auxiliares no desenvolvimento da função expressiva da crianças e, é claro, no próprio processo de aprendizagem, 

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, esclarece sobre a conexão entre o movimento corporal e a música.

 

O gesto e o movimento corporal estão intimamente ligados e conectados ao trabalho musical. A realização musical implica tanto em gesto como em movimento, porque o som é, também, gesto e movimento vibratório, e o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexão, balanceio, torção, estiramento etc., e os de locomoção como andar, saltar, correr, saltitar, galopar etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros. (RCN,1998, p.61).

 

É imprescindível que se inicie o trabalho com a linguagem musical utilizando- se de improvisações, estudos corporais, manuseando, qualificando, historiando, identificando, ouvindo sons e música, por fim, gerando e pensando em música. Por intermédio da música a criança se expressa, em virtude disso, não deve ser encarada como um sendo assim não deve ser vista como um divertimento, ou ser trabalhada de forma extrapolada. O educador deve especular aquilo que se tem de melhor a apresentar como sua parte poética, sua composição, sua atração. Deve ser feita uma combinação entre os deleites que a música promove e sua relevância como forma de demonstração e ainda como algo que repreende e modifica os fatos. (MENDES, 2009, p. 39-40)

Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos, etc., são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais elaborados. (RCNEI, 1998, p. 48).

Na educação infantil as crianças costumam usar da música e integrá-la às suas brincadeiras. Geralmente enquanto brincam, fazem sons com a boca, produzem efeitos dos seus carrinhos, dramatizam, dançam, executam gestos e expressões.

Nota-se que são muitas as possibilidades de diversificar uma aula para que a mesma não se torne entediante para as crianças e que consiga prender a atenção dos pequeninos sempre os instigando ao desenvolvimento, dessa forma os resultados serão melhores. Não se esquecendo nunca, da importância em se respeitar a capacidade de cada um e o grau de maturação em que cada aluno se encontra.

 

4.2 POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA A UTILIZAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM SALA DE AULA

 

A mudança no processo de ensino-aprendizagem, de acordo com Sobral e Campos (2012), é árdua, pois busca a ruptura com os modelos de ensino tradicional. Ao abandonar os métodos tradicionais de transmissão de conhecimentos, em que professor fala e os alunos ouvem, o professor assume uma posição de facilitador e técnico no processo de aprendizado (MAZUR, 1996). Há, desta forma, a necessidade de “envolver o aluno enquanto protagonista de sua aprendizagem, desenvolvendo ainda o senso crítico diante do que é aprendido, bem como competências para relacionar esses conhecimentos ao mundo real” (PINTO et al., 2012, p.78).

 

Assim, aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em estudo – ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando – sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA; MOURA, 2013, p.55).

 

As metodologias ativas também proporcionam ao aluno com deficiência e aos seus colegas sem deficiência a interação e integração, em turmas regulares no ambiente escolar, melhorando a aprendizagem de ambos os grupos (Torres & Irala, 2007). Camargo (2016) enfatiza em suas pesquisas na área de educação em ciências para alunos com deficiência visual que a interação e integração em sala de aula entre os alunos com e sem deficiência proporcionam aos estudantes a possibilidade de conhecer o outro, e faz com que os educandos percebam as capacidades, habilidades e limites de cada colega, construindo uma visão mais tolerante com respeito e com solidariedade ao próximo.

Reflexão no artigo “Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda” de José Moran. É possível analisar segundo as ideias do autor nas diversas contribuições que essa ferramenta é capaz de promover no espaço escolar, oferecendo aos professores modelos diversos de ensino, sair do ensino tradicional e através de suas diversas possibilidades os alunos podem aprender na prática, com pesquisa, estudo, investigação, solução de problemas e aulas invertidas.

Através do texto, compreende-se que para o autor a gamificação é uma ferramenta que oferece benefícios significativos a educação e contribui para engajar e motivar os alunos de forma significativa.

 “Metodologia ativa do ensino da matemática na educação infantil” de Bruna Linhares, Iorlete Lima Ferreira e Luciana Salazar dos Reis. Por meio da leitura no texto pode-se afirmar que traz o enfoco para a importância efetiva que as metodologias ativas são capazes de oferecer as escolas, sendo relevante inseri-las nas mais diversas práticas, com objetivo de ampliar e desenvolver a participação dos alunos. Segundo as autoras, a gamificação e a aprendizagem baseada em projetos oferecem um universo encantador e inovador para que os alunos venham aprender através de suas possibilidades, assim sendo, pode-se dizer que são inúmeros os desafios em fazer uso desses recursos significativos na sala de aula.

As metodologias ativas são possibilidades de aprendizagem que nos dias atuais tem se destacado devido as mudanças na educação, com isso, suas ferramentas têm sido eficazes para garantir aos alunos aprender através desse recurso dotado de benefícios a aprendizagem, participação e desenvolvimento dos alunos nas práticas pedagógicas da sala de aula.

Com base no estudo e leitura do artigo “Metodologias ativas de aprendizagem: construção do conhecimento” de Rosimary Batista da Silva e Luciene Lima de Assis Pires. Entende-se que as autoras do artigo frisam os pontos positivos e significativos das metodologias ativas para que a educação dos alunos seja significativa. Deste modo, cabe as escolas e professores inserir suas possibilidades e desafios nas práticas pedagógicas da sala de aula como recursos facilitadores e inovadores de engajamento e motivação. Qualquer uma das metodologias ativas são capazes de desenvolver resultados positivos na aprendizagem dos alunos.

No que se refere ao uso de metodologias ativas no ensino de ciências Basílio e Oliveira (2016) afirmam que “As metodologias de ensino podem contribuir significativamente no processo de ensino aprendizagem. (p. s/p)”. Segundo eles, “a disciplina de ciências está diretamente ligada aos avanços científicos e diretamente articulada com conhecimentos de diversas disciplinas, tanto no ensino fundamental como no ensino médio” (s/p). Para eles, ao considerarmos a inserção de metodologias diferenciadas para o ensino de ciências, contribuiremos significativamente com a aprendizagem – também significativa – dos educandos, visto que, como eles dizem, a proposta de aproximar o conhecimento científico ao aluno tem mais significado do que os conhecimentos transmitidos numa aula expositiva.

As metodologias de aprendizagem são tão relevantes quanto o currículo, de maneira que, planejar, refletir e conhecer os diversos modelos e estratégias, facilita o desenvolvimento de ações efetivas, pois apresenta diversos benefícios e desafios nos diferentes níveis educacionais.

 

4.3 Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom)

 

A Sala de Aula Invertida foi desenvolvida em escolas do ensino médio americano, por professores que precisaram criar estratégias diferenciadas para atender a alunos que se ausentavam por longos períodos de tempo das aulas regulares para jogos, pois muitos eram atletas. Os professores passaram então a gravar as aulas e a postá-las no ambiente virtual, a fim de que os alunos pudessem acompanhar regularmente a turma. Quando regressavam das viagens, após assistirem os vídeos gravados, esses alunos traziam dúvidas e contribuições. Os professores resolveram então inverter a lógica das aulas para todos os alunos: os alunos assistiriam aos vídeos com o conteúdo teórico nos locais e horários mais adequados. Depois, se reuniriam com os professores não mais para assistir a aula expositiva, mas para a aplicação do conteúdo visto previamente (Schneider, Suhr, Rolon & Almeida, 2013).

A sala de aula invertida constitui-se então uma modalidade de e-learning (“aprendizagem eletrônica”), com o conteúdo e as instruções sendo estudados pelos alunos de forma online e a sala de aula sendo o local para trabalhar os conteúdos já estudados de forma colaborativa. Nos momentos de encontro, são realizadas atividades práticas como resolução de problemas e projetos, discussão em grupo, laboratórios etc. (Valente, 2014). A combinação de aprendizagem por desafios, problemas reais e jogos com a aula invertida permite que os alunos aprendam fazendo, juntos e a seu próprio ritmo (Morán, 2015).

A sala de aula invertida é uma das metodologias ativas com pontos positivos na aprendizagem dos alunos, com atividades diversas através de engajamento e participação dos alunos. Assim, suas práxis pedagógicas visam envolver os alunos nos ambientes de casa e na escola com atividades que são desenvolvidas em casa e também na escola, uma forma de ampliar o aprendizado nos diversos contextos.

 

5 MÉTODO

 

Para as crianças nesta faixa etária, os conteúdos relacionados ao fazer musical deverão ser trabalhados em situações lúdicas, fazendo parte do contexto global das atividades.

 

PLANEJAMENTO:

 

  • Organização do tempo
  • Organização das atividades contemplando a faixa etária das crianças;
  • Organização do espaço no qual ocorrerão as atividades de música deve ser dotado de mobiliário que possa ser disposto e reorganizado em função das atividades a serem desenvolvidas.

  

EXECUÇÃO:

Nesta fase, do trabalho será tratado de forma teórica para que ocorra o esclarecimento de quaisquer dúvidas durante o andamento. Através de estudo do tema em questão e entende-se que essa estratégia é a melhor a ser abordada de acordo com as crianças da Educação Infantil. Na próxima etapa será colocado em prática, facilitando assim a orientação, e para que a utilização da música seja desenvolvida de forma a contribuir com o processo de ensino e aprendizagem das crianças.

1ª Etapa: Atividade desencadeadora - Roda de conversa.

Em roda de conversa falar com os alunos sobre os sons, para que servem como seriam viver sem eles. Leve-os para um espaço aberto onde possam se acomodar para desenharem os sons que identificarem no ambiente. Depois, deixe que compartilhem os materiais produzidos, em exposição em sala de aula.

2ª Etapa: Apreciação de músicas e movimentos diversos.

A cada semana utilize um(a) cantor(a) / compositor (a) e gêneros diversos como MPB, música clássica, cantigas de rodas para que as crianças ouçam. Em concomitância com a apreciação musical recomende que os alunos expressem nos movimentos os ritmos, timbres, tonalidades...

3ª Etapa: Identificar sons e movimentos dos animais.

Através da aula invertida, os alunos em sua casa vão assistir as aulas online e interagir com o professor e colegas no desenvolvimento da atividade com música. Apresente um vídeo que mostre movimentos de animais e sons produzidos por eles. Depois sugira um coral com sons de animais. Posicione-se como maestro e combine com os alunos o que devem imitar quando efetuar determinado gesto. Você pode explorar a altura das vozes, o ritmo (mais lento e mais rápido). Nesta aula os alunos vão realizar as imitações de forma dinâmica, lúdica e interativa.

Em seguida, solicitar que os alunos escolham uma música para realizar a criação de algumas coreografias e seus ritmos musicais. Com a ajuda dos seus familiares os alunos devem criar a coreografia através do aplicativo “TIktok”, e juntas realizar a atividade e após, publicar o vídeo no aplicativo para que todos os alunos assistam e o professor também.

4ª Etapa: Identificar os sons e movimentos de elementos da natureza

Leve para a sala de aula um vídeo que apresente sons produzidos pela natureza.

5ª Etapa: Brincar com música utilizando a linguagem corporal.

Brincadeira: Vamos passear na floresta? Em círculo, recite as frases e peça que as crianças repitam e se movimentem de acordo com a representação dos fatos narrados na história. Se desejar pode fazer adaptações.

6ª Etapa: Conhecendo instrumentos musicais.

Apresente diferentes instrumentos musicais e seus sons incentivando os alunos a explorá-los. Recomende a brincadeira: “Descobrindo sons”. Apreciação de músicas e movimentos diversos. Trabalhar sons e movimentos. Que som é esse? Atividade de reconhecimento sonoro, com barulho da chuva, trovões, buzinas de carros, latido de cachorro, canto dos pássaros e outros;

7ª Etapa: Apresentação de uma música.

Atividade brincando com a música – trabalhar a linguagem corporal.

Exibição de animações educativas com conteúdo sobre instrumentos musicais, como por exemplo, o DVD “Abelhinha Listradinha” (2015);

Atividades pedagógicas com temas musicais; usar a música de forma interdisciplinar, aplicando-a em matérias como Português e Matemática. Para isso, é possível explorar o alfabeto e sequências numéricas cantados, por exemplo. Junto, utilize materiais concretos, como letras e números impressos;

Uso de músicas na rotina escolar. Alguns exemplos são a música “Lavar as Mãos” (Arnaldo Antunes, 1995), para cantar antes do lanche e a música “Sai Preguiça” (Palavra Cantada, 2004) no início da aula;

 

6 CRONOGRAMA

 

Etapas do projeto

Período

1. Planejamento

26/08/2021 4 Horas

2. Execução

1ª Etapa: Atividade desencadeadora - Roda de conversa.

2ª Etapa: Apreciação de músicas e movimentos diversos.

3ª Etapa: Identificar sons e movimentos dos animais.

4ª Etapa: Identificar os sons e movimentos de elementos da natureza

5ª Etapa: Brincar com música utilizando a linguagem corporal.

6ª Etapa: Conhecendo instrumentos musicais.

7ª Etapa: Apresentação de uma música.

13/09/2021

A 21/09/2021

4 Horas

3. Avaliação

04/10/2021

4 Horas

 

 

7 RECURSOS

 

 

Recursos humanos: professores e alunos.

 

Recursos materiais: instrumentos musicais, brinquedos, jogos, aparelho de som, TV, DVD, CD, atividades diversas, espaço físico para desenvolvimento das atividades, dentre outros.

 

8 AVALIAÇÃO

 

A avaliação na área de música deve ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor. Deve basear-se na observação cuidadosa do professor. Por meio da voz, do corpo, de instrumentos musicais e objetos sonoros deverão interpretar, improvisar e compor, interessadas, também, pela escuta de diferentes gêneros e estilos musicais e pela confecção de materiais sonoros.

A avaliação deve ocorrer durante o projeto através da observação e registro, considerando a participação, o envolvimento e o interesse dos alunos. No final das atividades sugeridas, converse com os eles e procure saber o que acharam, como se sentiram, se tiveram dificuldades ou não para realizá-las etc.

Também é importante ficar atento aos aspectos musicais envolvidos – propriedades do som, pulsação e ritmo – para observar se foram bem compreendidos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARBOSA, E. F. & MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. B. Tec. Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67, maio/ago. 2013.

 

BASÍLIO, J. C.; OLIVEIRA, V. L. B. Metodologias Ativas para o aprendizado em Ciências Naturais no Ensino Básico. Cadernos PDE: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Vol. 1.

 

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.II.

 

BRITO, TECA ALENCAR DE. Música na Educação Infantil- Propostas Para a Formação Integral da Criança. São Paulo, Peiropolis, 2003.

 

CAMARGO, E. P. (2016) Inclusão e necessidade educacional especial: compreendendo identidade e diferença por meio do ensino de física e da deficiência visual. São Paulo, SP: Editora Livraria da Física.

 

JEANDOT, NICOLE. Explorando o Universo da Música. São Paulo, Scipione, 1990.

 

LINHARES, Bruna; FERREIRA, Iorlete Lima; DOS REIS, Luciana Salazar. Metodologia ativa do ensino da matemática na Educação Infantil. Revista Facimp-Empowerment, v. 1, n. 1, p. 14-20, 2020.

 

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, p. 02-24, 2018.

 

MORÁN, J. M. (2015) Mudando a educação com metodologias ativas. In: Souza, C. A., & Torres-Morales, O. E. (orgs.). Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa, PR: UEPG.

 

MAZUR, E. Instrução de pares: um manual do usuário. Boston: Addison-Wesley, 1996.

 

PINTO, A. S. S.; BUENO, M. R. P.; SILVA, M. A. F. A.; SELLMAN, M. Z. & KOEHLER, S. M. F. Inovação Didática - Projeto de Reflexão e Aplicação de Metodologias Ativas de Aprendizagem no Ensino Superior: uma experiência com “peer instruction”. Janus, Lorena, ano 6, n. 15, 1jan./jul., 2012, pp.75-87.

 

SCHNEIDER, E. I., SUHR, I. R. F., ROLON, V. E. K., & ALMEIDA, C. M. (2013) Sala de Aula Invertida em EAD: uma proposta de Blended Learning. Revista Intersaberes, 8(16), 68-81.

 

SILVA, Rosimary Batista da; PIRES, Luciene Lima de Assis. Metodologias ativas de aprendizagem: construção do conhecimento. VII Congresso Nacional de Educação. Maceió - Alagoas. 15, 16 e 17 de out. 2020.

 

SIMIONATO, L. Cristina e Tourinho Cristina. Contribuição do aprendizado de canções no desenvolvimento da linguagem verbal. In ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COGNIÇÃO E ARTES MUSICAIS. 2007.

 

TORRES, P. L., & IRALA, E. A. F. (2007) Aprendizagem colaborativa. In: Torres, P. L. (org.) Algumas vias para entretecer o pensar e o agir. Curitiba, PR: SENAR.

 

WEIGEL, ANNA MARIA GONÇALVES. Brincando de Música. Porto Alegre, Kuarup, 1988.

 

VALENTE, J. A. (2014) Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista, Edição Especial n.4, 79-97.