Buscar artigo ou registro:

 

 

APLICAÇÃO DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS EM SÉRIES INICIAIS

THE APPLICATION OF TECHNOLOGY IN THE EDUCATION OF STUDENTS WITH LEARNING DIFFICULTY

                                                                                                  Iara Lirian Valim Alves
Luciana de Fatima Fabrício
Maria Vanda Batista Ribeiro Delalibera
Andreia Conceição Batezini
Tânia Inês Perondi

 

 

RESUMO

O presente tema foi realizado a partir da minha observação e experiência como docente de séries iniciais, onde percebi que a tecnologia constantemente presente em salas de aulas é pouco aproveitada pelos professores. O uso de celulares, tablets, trazidos pelos alunos para sala de aula é visto pelos educadores como adversário no processo ensino-aprendizagem e as televisões, vídeos e computadores não são explorados de maneira produtiva. Com esse estudo veremos que essa tecnologia pode e deve ser agregada as salas de aulas. A capacitação de professores deve estar atenta aos benefícios que essa nova forma de conhecimento pode trazer para chamar a atenção de seus alunos em sala de aula. O objetivo desse trabalho e averiguar como os educadores estão utilizando a tecnologia como ferramenta auxiliar no processo educativo antenados nessa geração online. Como essa ferramenta pode ser um aliado positivo na inclusão de diferentes formas de aprendizagem.

Palavras chave: tecnologia, inclusão digital, capacitação da comunidade escolar.

 

ABSTRACT

The presente theme wasbesed on my observation ande experience as the a teacher of initial series, where l realized that the techcnology constantly presente in classrooms is little used by teachers. The use of mobile, phones, tablets, bought by students to the classroom is see by educators as na adversary in the teaching-leaming process end televisions, vídeos and computers are not exploited productively. With this study we will see that this technology can and should be added to the classroms. Theatcher empowerrment must be attentive to the benefits that this new formo f knowledge can bring tothe attention of its students in the classroom. The objective of this work is find out how educators are using technology as na auxiliary tool in the education process that is in thisonline generation. How this tool can be a positive ally in the inclusion of diferente forrms of  learrning.

Keywords: technology, digital inclusion, capacity building of the school community.

 

 

 

INTRODUÇÃO

O tema abordado nesse artigo tem o propósito de questionar o uso da tecnologia abordada nas séries iniciais do ensino fundamental. O indivíduo é influenciado durante toda sua vida por agentes externos que diretamente são absorvidos por corpo e mente, desenvolvendo assim suas aptidões e saberes.  O quadro, os livros e a fala dos professores já não são suficientes para conquistar a atenção dos alunos em sala de aula, a escola não deve ser somente uma alfabetização uniliteral. O acesso às tecnologias vem trazendo cada vez mais distração em salas de aula, com isso é fato que é melhor tê-la como aliada do que como inimiga. Não há como retroceder e trabalhar alheio a tecnologia existente no mundo moderno.  Ë papel de o educador preparar-se para absorver e utilizar todas as formas de linguagem que esse mundo digital proporciona, como se pode observar nas palavras abaixo, pois

 

“Nós educadores, temos de nos preparar e preparar nossos alunos para enfrentar exigências desta nova tecnologia, e de todas que estão a sua volta – A TV, o vídeo, a telefonia celular. A informática aplicada à educação tem dimensões mais profundas que não aparecem a primeira vista”. (ALMEIDA, 2000, p. 78)

 

Na vida atual, o educador tem uma responsabilidade maior com o educando, pois o mesmo tem um acesso ilimitado e constante; cabe ao professor, além de alfabetizar, integrar com clareza e perspicácia o individuo e sua comunidade física e virtual. A tecnologia veio para ficar, portanto não é possível trabalhar sem estar atento as possibilidades que o mundo virtual oferece. Atrair a atenção dos educandos se transformou em desafio para professores e comunidade escolar, pois as distrações tecnológicas estão por toda parte, todo tempo. A introdução de conteúdos obrigatórios em sala de aula passou a ser uma tarefa quase impossível para os educadores, isso porque os educandos vêm com informações distorcida sobre os assuntos abordados e o professor despreparado vê isso geralmente como um inimigo, dificultando assim o andamento do processo ensino-aprendizagem, pois nem o professor nem o aluno processam as informação recebidas, causando um caos em sala de aula. É desafiador encontrar maneiras de aprender e transmitir as faces que a tecnologia apresenta diariamente.

 

 “As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano, independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e convivência que precisam ser analisados no espaço escolar. A televisão, o rádio, a informática, entre outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundo antes inimagináveis. (...) os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem parte do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um poder de onipresença”. (PCN’s 2000. P.11-1).

 

A vivência dos professores na inclusão digital também é nova, pois, tanto essa geração atual, como as que posteriormente virão, já se encontrarão totalmente imersas nesse mundo digital. Cabe, portanto, ao professor, procurar formas de capacitação e ter a constante percepção das infinitas formas de conhecimento que se apresentam nas salas de aulas hoje em dia. A comunidade escolar, preocupada em seguir o PPP (Projeto Politico Pedagógico) vigente, não está atenta às formas de ensino/aprendizagem que se apresentam com a evolução tecnológica.

Os alunos, pela falta de limites de acesso à informação, estão constantemente confusos e, ao mesmo tempo, curiosos. O professor, por sua vez, é obrigado a ter conhecimento e domínio suficiente do conteúdo que aborda, pois, certamente, os questionamentos virão de várias formas e bem mais intensas que vinham outrora. Dificilmente se consegue surpreender ou atrair o desejo de aprender para uma equipe de alunos com uma aula trivial e comum. Há que se ter sempre uma novidade para segurar a atenção dos docentes e que eles possam aprender o modo como se aprende e, ao mesmo tempo, assegurar a permanência e aquisição do que foi estudado.

            O pesquisador Piaget (1969) contribui para esse assunto. Mesmo quem não tem convivido a tecnologia, pode melhor compreender o processo de construção e conhecimento do individuo a partir das ideias básicas do teórico supra mencionado, que são: adaptação, assimilação e acomodação.  O individuo está, constantemente, interagindo com o meio em que vive. Uma mudança contínua resulta dessa relação; tal qual na Biologia, que coloca a palavra “adaptação somática” como causa de uma mudança contínua do individuo com sua constante interação com o meio ambiente, adquirindo caracteres que possibilita-o a viver em um espaço novo.

            Essa adaptação é constituída de dois subprocessos, que são: assimilação e acomodação. A assimilação que é um dos conceitos fundamentais da teoria do ensino/aprendizagem e está relacionada à apropriação de conhecimentos e habilidades;  que nos permitem compreender que o aprender é um  que ato de aquisição de conhecimento, através do qual se assimila os fatos, fenômenos vivenciados em sociedade correlacionando sujeito e objetos de conhecimento.

            A acomodação pode ser o “start” para a reorganização e modificação das assimilações anteriores do indivíduo, preparando-o para novas experiências, agregando, dessa maneira, as estruturas mentais já existentes. A adaptação e o equilíbrio entre assimilação e acomodação muda o indivíduo por completo.

            A pessoa que recebe as informações do meio e as organiza, de forma a interpretar e compreender a realidade em que está agindo e que pode transformá-la. Segundo Piaget (1969, P.38) “A inteligência é adaptação na sua forma mais elevada, isto é, desenvolvimento mental com sua organização progressiva, é uma forma de adaptação, sempre mais precisa à realidade”. Portanto, explorar as várias formas que a inteligência se apresenta, com a individualidade e ao mesmo tempo a globalização, realidade de um mundo moderno diante da tecnologia, é, sem dúvida, o maior desafio, tanto do educador como do educando em salas de aula do presente século. É necessário aprender para que se possa ensinar e receber para poder transmitir.

            Muitos educadores agem como se a tecnologia pudesse ser uma formula mágica para obter a atenção de seus educandos, porém, exploram muito pouco tudo o que ela tem a oferecer; não como distração e sim como objeto de pesquisa e aquisição de conhecimentos múltiplos para ambas as partes. Ainda, seguindo essa linha de raciocínio, Almeida (2000. p.78) diz: “Nós, educadores, temos que nos preparar e preparar nossos alunos para enfrentar exigências desta nova tecnologia. A informática aplicada à educação tem dimensões que não aparecem a primeira vista”. Portanto a introdução da tecnologia em sala de aula está totalmente ligada à forma que o educador decide trabalhar com ela.

            As ideias de Piaget de “adaptação, assimilação e acomodação” se encaixa nesse contexto digital, pois, ao mesmo tempo que se assimila tudo que é ofertado tecnologicamente, tem que adaptar e acomodar esse aprendizado para transmiti-lo ao individuo de forma que contribua, efetivamente, para sua visão de mundo e o seu próprio senso crítico. Muitas vezes o professor tem que fazer isso sozinho, pois o sistema educacional ainda está atrasado nessa matéria, esse desafio normalmente não está presente nos projetos políticos pedagógicos das escolas, tampouco nas formações continuadas que o educador é obrigado a praticar, para tornar-se , no decorrer do tempo, um melhor profissional da educação..

 

“A educação em suas relações com a tecnologia pressupõe uma rediscussão de seus fundamentos em termos de desenvolvimento curricular e formação de professores, assim como a exploração de novas formas de incrementar o processo ensino-aprendizagem”. (CARVALHO, KRUGER, BASTOS, 2000,p.15)

 

É de suma importância que se tenha um olhar cada vez mais crítico sobre esse assunto, pois, não se pode separar o uso da tecnologia, dos conteúdos curriculares. O papel das tecnologias ofertadas é de agregar, trazendo formas diferentes de conduzir o processo ensino/aprendizagem de tal maneira que o aluno possa interagir e integrar-se em uma nova forma de aprender, onde os benefícios devem ser, infinitamente, maiores que algum mal que, eventualmente, essa interatividade possa trazer.

A sociedade contemporânea está caracterizada pela diversidade de linguagens, devido a constante influência das ideias inseridas através dos meios de comunicação; inteirar-se dessas novas linguagens é papel fundamental do educador, que pode usar o seu conhecimento para transmiti-las de modo mais adequado ao estudante. Porém, maior desafio de um docente é adquirir, assimilar, acomodar e transmitir esse conhecimento.

 

CONSIDERAÇOES FINAIS

Conclui-se que é papel do educador e da comunidade escolar, preparar os alunos, a partir das séries iniciais e coloca-los dentro dos novos parâmetros educacionais e dasas novas formas de linguagens que a tecnologia vem apresentando.

Portanto, é primordial, antes de introduzir o mundo digital em sala de aula, expor aos alunos as formas corretas de usar a tecnologia para aprendizagem, não como distração ou fuga das aulas, mas sim, como aquisição e exploração com consciência e clareza desse mundo tão amplo em que eles estão inseridos.

É essencial que haja um planejamento minucioso por parte do docente, introduzindo, sempre, linguagens tecnológicas e práticas convencionais de ensino, considerando que os alunos, por já estarem em contato com a tecnologia antes da sala de aula, já vêm com uma considerável carga de questionamentos absorvidos de diversas fontes que se tem acesso.

É necessário, absorver e observar o processo em que os alunos estão inseridos, respeitando seus conhecimentos e suas ideias adquiridas pelo contato com as novas tecnologias. Essa passagem deve ser gradativa, causando assim um impacto suave e necessariamente positivo na formação do arcabouço tecnológico nas séries iniciais, oferecendo aos educandos, opções de novos aprendizados e de novas formas de aprender a pesquisar utilizando a tecnologia de forma a somar em suas vidas e não apenas como elemento de distração.

Os estudos feitos até agora, mostram que a reciprocidade em sala de aula se faz cada vez mais necessária, pois a educação mecânica, que outrora já funcionara, não serve mais para educação em um mundo moderno e muito mais complexo. Desse modo, ter consciência de que o ensino está diretamente ligado a aprendizagem, é uma espécie de mola propulsora para um educador conseguir seu objetivo, que é, necessariamente, inserir o educando na sociedade como um individuo cuja visão de mundo seja mais ampla possível e ao mesmo tempo ele esteja consciente de sua capacidade de sucesso na vivência com outros seres humanos e com o meio ambiente propriamente dito.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth de; Prolfo: Irformática e Formação de Professores – Vol. 1; Brasília: MEC/Secretaria de Educação à Distância – 2000

MEC – Ministério da Educação; Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2000

CARVALHO, Marília G; João A. de S. L., Kruger, Eduardo L. de A./ Apropriação do conhecimento tecnológico. CEEFET-PR, 2000. Cap. Primeiro

Piaget. J. O nascimento do raciocínio na criança. 5. Ed. São Paulo: El Ateneo, 1993