Buscar artigo ou registro:

 

 

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Iara Lirian Valim Alves
Luciana de Fatima Fabrício
Gislaine Oliveira Carvalho
Maria Aparecida da Silva
Maria Vanda Batista Ribeiro Delalibera

 

 

RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar a importância da Educação Ambiental (EA) na Educação Infantil (EI). Para isso faz uma pequena exposição da EA e da EI, conceituando-as, e mostrando suas possíveis relações. O tópico seguinte aborda as interações entre a criança e o meio ambiente, onde tem por propósito mostrar o prazer da criança em estar em contato com a natureza, a importância deste contato para o desenvolvimento da criança e algumas formas de abalizá-lo. Mostra, por meio do trabalho de alguns autores, uma sugestão de aulas diferenciadas usando a natureza como pano de fundo, construindo o conhecimento a partir de experiências reais, dando a oportunidade de maior interação do aluno nas aulas, sensibilizando-os a perceberem   o   encanto   que   a   natureza    pode    nos    proporcionar. Foram desenvolvidas questões que permitem refletir a quem cabe a responsabilidade de ajudar as crianças a desenvolverem comportamentos e características de personalidades aceitáveis aos grupos sociais a que pertencem e em que resultará o tipo de ambiente familiar quanto à capacidade da criança em enfrentar determinadas situações. Essa desagregação da família tem várias consequências. Uma delas é um grande número de crianças encaminhadas às instituições, tendo em vista a impossibilidade de uma ou de outra dos parentes de manter a criança. Uma segunda consequência diz respeito à ausência de pai e as relações entre ele e a criança se acham interrompidas.

 

Palavras-chave: Dificuldade. Aprendizado. Relacionamento. Ambiente.

 

 

ABSTRACT

This article aims to show the importance of Environmental Education (EA) in Early Childhood Education (EI). For this he makes a small exposition of EA and EI, conceptualizing them, and showing their possible relations. The following topic discusses the interactions between the child and the environment, where the purpose is to show the child's pleasure in being in touch with nature, the importance of this contact for the development of the child and some ways of achieving it. It shows, through the work of some authors, a suggestion of differentiated classes using nature as background, constructing the knowledge from real experiences, giving the opportunity for greater student interaction in the classes, sensitizing them to perceive the charm that nature can provide us. Questions have been developed that reflect the responsibility of helping children to develop behaviors and characteristics of personalities acceptable to the social groups to which they belong and in which the type of family environment will result in the child's ability to cope with certain situations. This breakdown of the family has several consequences. One of them is a large number of children referred to the institutions, due to the impossibility of one or another of the relatives to keep the child. A second consequence is the absence of a father and the relationship between him and the child is interrupted.

 

Key words: Difficulty. Apprenticeship. Relationship. Environment.


INTRODUÇÃO

 

Esse estudo surgiu da vontade de buscar um melhor entendimento dos problemas e suas causas sobre as dificuldades de aprendizagem e adaptação da criança nas series iniciais nas escolas municipais de Sorriso- MT. O intuito único de entender os motivos que leva um educando que tem os mesmos conteúdos e tratamento, os mesmos materiais, com o mesmo ou os mesmos professores apresentarem dificuldades na aprendizagem. Um dos fatores mais importante são as dificuldades que as famílias vêm enfrentando em dar suporte aos filhos tanto financeiro como emocional, as crianças chegam até a escola sem muito incentivo e motivação para estudar, chega agressivos, rebeldes, descarregando todas suas inseguranças na escola, pois as famílias estão desorientadas, desestruturadas, sem maiores aspirações, em função das diversas pressões econômicas. As dificuldades são definidas como problemas que interferem no domínio de habilidades escolares básicas, e eles só podem ser formalmente identificadas até que uma criança comece a ter problemas na escola. As crianças com dificuldades de aprendizagem são crianças suficientemente inteligentes, mas enfrentam muitos obstáculos na escola na fase de adaptação. Todas as crianças têm possibilidades para aprender e gostam de fazê-lo e, quando isto não ocorre e porque alguma coisa não está indo muito bem, cabe a equipe multidisciplinar da escola principalmente a pedagoga, intervir juntamente com a família para descobrir possíveis causas através do diálogo com a criança e realizar um trabalho em conjunto visando o sucesso da mesma com atividades diferenciadas envolvendo jogos para elevar seu auto estima. (MORAIS 1986, p.45). Ela não aprende, mas não apresenta qualquer incapacidade particular. O professor como mediador do ensino- aprendizagem fica sem saber trabalhar com ela devido á recusa em aprender é um ato agressivo diante de seu fracasso e frustração. Ao entrar na escola, a criança perturba-se devido à dificuldade que encontra na transição da família e do aprendizado para eles tudo e novo e diferente. Com base apenas em pesquisas bibliográficas é que pretendo elaborar meu TCC buscando respostas para o tema ao qual me chama a atenção.

 

FUNDAMENTAÇÃO: TEÓRICA CONTEXTO FAMILIAR X CONTEXTO ESCOLAR: UM BINÔMIO INDISSOCIÁVEL

 

De acordo com WEIL (1998), antes de procurar saber como estabelecer relações eficientes entre a família e escola é indispensável o pai escolherem bem a escola de modo de garantir o estabelecimento dessas boas relações. Mas são poucas as famílias que gozam deste privilégio, cabe a escola que se propõe a construir um projeto político pedagógico contando com a participação efetiva dos pais, alunos, professores, direção e coordenação sê atraindo pais comprometidos com a escola. Assim a escola fundamentada teoricamente assegura os pais de seus direitos e deveres.

A evolução de vida da criança é acompanhada diretamente com os adultos, compartilhando modos de viver, de pensar, integrando significados acumulados historicamente. As ações adquirem significados no sistema do comportamento social do grupo a que pertence. Quando se analisa a criança em desenvolvimento no seu contexto familiar, tende-se a analisar a importância da figura materna, a quem cabe cuidar do filho ainda que sendo um papel central no processo de socialização infantil.

 

De acordo com ZAGO (1995), uma tendência a desassociação da família, hoje sem dúvida, um acontecimento pertinente e crescente. A família chamada nuclear, composta de pai, mãe e filhos, estão se tornando cada vez mais difícil de encontrar, dando lugar a uma família cada vez mais dispersa e fragmentada.

 

Essa desagregação da família tem várias consequências. Uma delas é um grande número de crianças encaminhadas às instituições, tendo em vista a impossibilidade de um ou de outro dos parentes de manter a criança. Uma segunda consequência diz respeito a ausência de pai e as relações entre ele e a criança se acham interrompidas. Existem dois tipos básicos de desarmonia familiar que poderiam proporcionar efeitos no comportamento social da criança estudados por:

 

RUTTER diz que em uns a presença de hostilidade, brigas e discussões, em outro, por uma falta geral de sentimentos positivos com relações frias e formais, falta. De envolvimento emocional, indicam que os problemas são maiores em famílias com alta tensão psicológica e ausência de sentimentos positivos entre os membros. (In: ALENCAR, 1985, p. 11).

 

 

É através do mecanismo de identificação que a criança tende a ter o pai e a mãe como modelos, imitando-os e comportando-se de acordo com suas expectativas. No entanto uma atitude de rejeição se dá quando o relacionamento entre os pais e a criança, se caracteriza por falta de afeto, atenção, punição e frequentemente criticada, a criança tende a negar qualquer semelhança com os mesmos, dificultando todo processo de aquisição de comportamento adequado as regras gerais da sociedade.

 

ZAGO (1995, p. 38) enfatiza, Que a organização da vida familiar depende do que a sociedade através dos seus usos e costumes espera de um pai, de uma mãe, dos filhos e de todos os seus membros, enfim nem sempre a opinião geral é unânime, o que resulta em formas diversas de família além do modelo social preconizado e valorizado.

 

O clima emocional que a família apresenta seja de classe baixa, média ou alta é muito importante: tipos de atitudes e sentimentos que as pessoas da família têm em relação aos outros, o tipo de relação que existe entre pais e a criança, a verdade de expressão e iniciativas, são condições essenciais para uma criança desenvolver suas potencialidades e construir sua própria personalidade. Acreditamos que, para a família compreender a criança, é preciso saber do que esta realmente necessita, qual é realmente seu mundo. Que deve ser usado para completar o seu próprio aprendizado, a importância que os pais derem ao estudo do seu filho, principalmente acompanhando-o e ajudando nas atividades escolares de casa será de grande proveito no processo ensino aprendizagem.

 

A IMPORTANCIA DO ACOMPANHAMENTO DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DE SEUS FILHOS

 

Nos dias atuais, a importância da relação família-escola é um dos fatores essenciais no que se refere ao processo de aquisição da aprendizagem são estas instruções sociais mais importantes durante os anos de formação da criança. Cabe a elas transformar uma criança dependente e imatura em um membro responsável de contribuir para o bem estar de sua comunidade. A família e a escola como força modeladora contribuem de maneira marcante na vida do ser humano.

Quando a criança vai mal à escola, vários fatores são levantados pela escola e pelos pais automaticamente. O envolvimento entre escola e família contribui não só no contexto escolar como também no contexto familiar a

família é a base para toda a criança crescer com uma estrutura adequada aos padrões normais da sociedade.

É no ambiente familiar que o indivíduo se fortalece, ganhando suporte para enfrentar os desafios do seu futuro. As pesquisas indicam que as mães na maioria são responsáveis pela orientação das crianças. Isto quer dizer que os pais precisam se envolver com mais frequência nos estudos de seus filhos para ajudar no equilíbrio emocional das crianças necessitadas neste aspecto. A falta de participação dos pais no estudo dos seus filhos acarreta de certa forma um processo de desmotivação pelo estudo. Acreditamos que o fortalecimento da relação escola-família e vice-versa amenizaria esta situação.

Essa interação fará com que pai e professores procurassem descobrir as falhas de uma e de outra, tentando solucionar os problemas na aprendizagem.

Só com muito compromisso das ações dessas instituições haverá transformação pessoal e social do educando. A criança observando o interesse dos pais e dos professores não terá desculpa para fugir ou sentir-se sozinha no enfrentamento de suas dificuldades nos estudos.

 

SÁ TELLES ressalta que: “(...) a força do exemplo dos pais é decisiva na educação doméstica. Todo esforço que os pais fizerem para se tornarem modelos de vida e educação para os filhos sempre será desejável. Daí porque a conduta cívica moral, religiosa intelectual e social dos pais deverá sempre ser espelho, modelo e lição para os filhos com vistas à sua educação. ” (1993: p.17).

 

A importância que os pais devem ao ato da leitura como exemplo aos seus filhos, virá como recompensa e a criança construirá seus valores, aumentando seu auto reconhecimento.

 

Segundo LAHIRE (1997, p.20), “Quando a criança conhece, ainda que oralmente, histórias escritas lidas por seus pais, ela capitaliza na relação afetiva com seus pais – estruturas textuais que poderá reinvestir em suas leituras ou nos atos na produção escrita.”

 

A familiaridade com a leitura pode conduzir de maneira natural para o sucesso escolar. Devido as mudanças no sistema educacional, a pouca formação cultural das famílias de classes populares, pode, com o decorrer do tempo, vir a ser um obstáculo quanto a tarefa de acompanhar os filhos na escola.

 

Como diz HOEPERS (1999:p.10): “[...] Quando se trata então de educar, de dar orientação aos seus filhos, eles estão simplesmente inábeis para darem qualquer contribuição, pois, eles mesmos não possuem um mínimo de cultura geral que eles possam facilitar a sua tarefa educativa.”

 

HOEPERS (1999:p.25) ressalta que “certamente existe boa vontade dos pais, mais isso não é suficiente, pois a educação é um processo e não atividades isoladas e esporádicas que se realizam quando se pode.”

 

Embora a influência dos pais seja muito grande no desenvolvimento afetivo da criança nos primeiros anos de vida. A família e a escola precisam respeitar o educando como um ser capaz, com carinho e afeto, não como objeto de posse.Uma palestra realizada em Florianópolis–SC, em 1995, ZAGO, expõe sobre a pesquisa que realizou com famílias de classes populares e conclui que a escola precisa conhecer bem a forma de organização da família na sociedade.

 

ZAGO, na mesma palestra relata ainda um ponto comum nas pesquisas de outros autores, que as classes populares atribuem valorização a escolarização dos filhos, mesmo entre aquelas com problemas de sobrevivência e , encontra partida, outros relatam que o fracasso escolar advém da falta de importância que as famílias dão ao ensino.

 

Enfatiza que o modelo de família que os educadores têm de referência é um modelo dominante e está muito destacado na mente dos professores. Nem sempre a família é composta de pai, mãe e filhos. Professor precisa conhecer a realidade onde vive o aluno e com quem passa o seu dia a dia. Analisa que a família é uma instituição que muda conforma a situação realidade histórico- social muda com o tempo.

 

De acordo com CHARLOT e ROCHEX, apud VIANA (1998:p 29). Existe segundo modo de análise da questão acima, que determinados investimentos familiares podem provocar efeitos negativos. Dois sentidos diferentes podem assumir essa negatividade: no primeiro, implicância em conflitos intergeracionais, entre pais e filhos discutindo sobre que tipo de curso deverá fazer, por exemplo. Segundo sofrimentos pessoais do aluno-filho, quanto ao sentido de impedir o prosseguimento dos estudos, quando os pais não puderem mais financiar os estudos de seus filhos.

 

É muito importante que a família se reúna e consiga discutir sobre a organização familiar, devido ao corre-corre do dia-a-dia. A criança que pouco vê os pais durante o dia precisa saber que estes estão preocupados com o seu bem estar, na luta pela sobrevivência.

Para enfrentar o problema da educação, precisamos defrontar com a sociedade atual, de que não são todas as crianças, que aprendem igualmente. Muitas têm dificuldades para aprender: Essas dificuldades, como, por exemplo, aprender a resolver situações problemáticas poderão ocasionar o desinteresse pelos estudos e abandono da escola.

 

A    RELAÇÃO    FAMÍLIA     X    ESCOLA:    UM    LAÇO    IMPORTANTE    NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

 

No momento em que a criança inicia sua escolaridade é necessário que tenha a presença do pai, da mãe ou de uma pessoa da família, para acompanhá-la. Fica claro que pais, filhos e escola devem caminhar juntos. É uma relação necessária: os pais precisam da escola para dar continuidade a educação de seus filhos, a escola precisa dos pais como companheiros nesta tarefa, e os filhos nosso objetivo maior, sendo a ponte para a concretização dessa relação.

No item a seguir, discutiremos fundamentos teóricos apresentados por outros autores sobre a importância da família interagindo com a escola no processo ensino aprendizagem.

 

PROCESSOS ENSINO-APRENDIZAGEM: UMA TAREFA DA ESCOLA E DA FAMÌLIA

 

Em um sistema democrático, a escola é a instituição privilegiada para aquisição do conhecimento e consequentemente do processo de transformação social. Nela a criança entra em contato, pela primeira vez, com uma realidade mais ampla do que a que já pertencia (família).

Seu mundo adquire outra dimensão.

Inicia-se um processo de atuação como ser social.

Então chega certo momento em que a escola observa, que determinado aluno não consegue aprender conteúdos que outras da sua idade aprendem com facilidade. É sinal de que algo está acontecendo. A escola já o diferencia das outras crianças, destacando-a ou até mesmo rotulando-a com dificuldade de aprendizagem.

 

Para DUM (1997, p.32) “dificuldade de aprendizagem é um transtorno permanente que afeta a maneira pela qual os indivíduos com inteligência normal ou dentro da média relacionar, retêm ou expressam informações.”

 

A escola então, pesquisa problema. As causas podem ser várias dentre vários distúrbios de aprendizagem fazem parte das dificuldades de aprendizagem, sendo detectados; eficiência sensorial, mental, distúrbios sócio- emocionais. São características orgânicas, tornando-se um grande desafio para os profissionais da educação, necessitando acompanhamento com outros profissionais especializados da área clínica. As condições sócio econômicas da família, bem como o nível educacional dos pais, são variáveis que afetam o rendimento escolar do aluno.

 

As pesquisas conduzidas pela Fundação Carlos Chagas, em São Paulo SIPAVICIUS, (1987: p.7), relatam que os alunos em condições sócio econômica têm mais chances de tirarem notas mais altas, serem promovidos e permanecerem na escola. Geralmente, costuma- se verificar que os alunos de classe pobre apresentam baixo rendimento escolar. Este problema vem associado a fatores de desnutrição.

 

Assim, conclui-se que quanto menos favorecida é a criança sócio economicamente, menos nutrida ela é, menos preparada. SIPAVICIUS (1987:p.11) “Sua aprendizagem escolar depende da escola, e tão somente dela.”

Assim, conclui-se que quanto menos favorecida é a criança socioeconomicamente, menos nutrida ela é, menos preparação específica tem e piores lhe são oferecidos.

Ainda, analisando a pesquisa por esta autora ela relata que: melhores condições ambientais físicas, isto é, casas maiores espaços e higiênicas, associam-se ao melhor rendimento escolar, famílias com maior renda, melhores graus de estudos, cujos pais tem ocupações com maiores rendas e que as mães permanecem no lar, sem precisarem trabalhar fora, associam-se ao melhor sentimento escolar.

 

SIPAVICIUS (1987:p.11) “Sua aprendizagem escolar depende da escola, e tão somente dela”.

LEGER e TRIPIER, apud ZAGO (1995:p.105) mostram que as análises feitas com professores sobre o básico rendimento escolar está relacionadas com o social dos alunos.

SIPAVICIUS (1987: p.6) “Embora o imposto de fatores sócio econômico sobre o desempenho escolar do aluno seja grande, a escola ainda pode fornecer esquemas compensatórios”.

 

É necessário um esforço político persistente, em superar e melhorar as dificuldades das crianças e da própria escola, a fim de garantir a maioria de nossa população o direito a educação (de boa qualidade).

Nas últimas décadas, a escola vem assumindo o papel de educar sozinha seus alunos para cidadania, devido o ritmo intenso das mudanças ocorridas na sociedade. Mudanças essas como as transformações dos valores éticos onde os pais ficaram inseguros com a formação dos filhos. Isto não que dizer que estamos colocando a culpa nas famílias e tirando a responsabilidade da escola, mas como diz:

 

Tânia Zagury (2000:p.15) “é preciso encontrar um ponto de equilíbrio.” Não é que os pais estejam acomodados em educar as crianças para a cidadania, mas que nas últimas décadas nossa sociedade passou por mudanças que se refletiram nas formações familiares.

 

Uma das grandes mudanças ocorridas na família é em relação ao menor tempo em que os pais passam com seus filhos, devido à jornada de trabalho. A mãe que antes ficava em casa e ensinava os valores morais, costumes, tradições, agora trabalha fora. Quando os pais chegam em casa estão cheios de culpa pela ausência e em muitos casos deixam de estabelecer limites e ensinar o certo do errado. De acordo com a necessidade econômica, esse tipo de situação é mais frequente.

É preciso fazer a criança entender, que os pais se ausentam porque estão trabalhando e que trabalham porque querem dar segurança saúde e educação aos filhos. A criança compreende isso muito bem quando a família está junto, os pais devem dar atenção, carinho, amor educação aos filhos.

Um ponto a ser analisado é com relação ao restabelecimento da democracia e a liberdade de imprensa, permitindo que umas séries de escândalos venham à tona e a população perceba que a impunidade corre solta. Essa intervenção de valores afetiva negativamente as famílias. Assim os pais e professores devem agir em conjunto. A própria escola tem que mostrar transparência e trabalhar em equipe. Ninguém pode tomar atitudes isoladas.

As dificuldades de aprendizagem podem ser possíveis causas de serem solucionadas quando a criança apresenta aspectos como: pensar claramente, copiar formas, escrever legivelmente, seguir instruções, colocar em sequência, aprender a calcular, aprender a ler, recordar fatos, soletrar com exatidão, mostraserejeitada,confusa,impulsiva,imperativa,agressiva,rebelde,deprimida,ret raída. Se criança apresenta problemas com a aprendizagem nada melhor que a interação familiar para o tratamento dessas dificuldades, pois, a família além de ser o primeiro grupo com o qual ela convive, é mediadora entre a criança e a escola.

As dificuldades de aprendizagem quando bem identificada, terão um tratamento adequado e com resultados eficientes para com o processo ensino

– aprendizagem. Mais uma razão, para que a família e a escola estejam integradas neste processo para ajudar na formação da criança e a lutar contra as possíveis falhas neste processo (aprendizagem).

 

A relação entre família e escola permitirá que a criança adquira a confiança necessária na apropriação do conhecimento, elevando sua auto estima. A missão de educar os filhos deve ser tarefa conjunta entre pais e a escola. Desta forma enfatiza-se o papel participativo da família para que se atinja o objetivo que é comum a ambos: o desenvolvimento da criança (OLIVEIRA, 1996: p. 56).

 

Para as crianças de famílias populares, o problema ainda é maior no que se refere ao baixo rendimento escolar, pois dificilmente se dispõe de recursos financeiros para obtenção de reforços extraclasse (livros, professor particular, revistas, jornais, etc.).

 

O professor nos dias atuais, tem conhecimento que toda experiência historicamente acumulada da criança é importante na interrupção do processo de aquisição do conhecimento que o indivíduo aprende na interação com o outro e que todas as aulas precisam ser interessantes e de formas bem variadas para que a criança gosta de vir a escola e estudar, (PROPOSTA, 1998: p 20).

 

Acreditamos que os meios de comunicação e a constante transformação da sociedade estão conseguindo fazer com que a escola, que por muito tempo esteve estabilizada no tempo, procure agora formas de atrair a atenção dos seus alunos. Contudo, existem professores que não conseguem se desprender dos velhos costumes. A mudança causa medo e insegurança. Outros por vezes, tentam lutar contra seus preconceitos e aos poucos vão se transformando, sentindo-se mais confiantes e motivados em preparar suas aulas. Isto reflete diretamente nos alunos. Um professor que gosta do que faz, passa aos seus alunos valores positivos e de satisfação em suas ações.

Há uma série de fatores indicando que os professores que gostam de todos alunos, que os compreendem e sentem prazer no relacionamento que mantém entre eles, tendem a contribuir para uma maior autoestima, uma avaliação mais positiva sobre si mesmo e uma manifestação de menos hostilidade para com os colegas. Já situações de fracasso e rejeição tendem a gerar isolamento, depressão e uma reação defensiva de agressividade e insubordinação.

Depois de muito tempo de deixar a escola é frequente o adulto recordar atitudes positivas ou negativas do seu professor, quando era ainda criança. Alguns adultos lembram críticas formuladas, por seu professor e que nunca esqueceram devido o imposto sofrido na ocasião. É realmente que o professor atue num sentido de levar o aluno a ter experiências positivas e não negativas. Todo o esforço é válido, possibilitando o aluno a demonstrar e perceber outras habilidades diferentes a do seu colega. Cada aluno desenvolve capacidades diferentes um do outro. Tais experiências de sucesso terão no educando uma influência no motivo de realização pessoal, no grau de ansiedade perante o fracasso, no conceito que tem de si mesmo e no grau da sua auto estima.

A família deve estar constantemente em dialogo com os professores. Deve certificar-se das regras estabelecidas na escola e o mais importante, pela construção do projeto político-pedagógico, quando este for oportunizado a disposição a discussão. É claro que em primeiro lugar, a escola precisa dar abertura para que os pais tenham conhecimento e também consciência do significado do projeto.

As oportunidades oferecidas pela escola, para contato com a família, sempre devem ser aproveitadas. Nada impede que o pai compareça a escola e participe ativamente das atividades como: reuniões, festas, comemorações, entrega de boletins, de avaliações, de planejamento participação, e outros. Toda criança adquire senso de segurança em sua família, este sentimento vai capacitá-la a lidar adequadamente com as atividades realizadas em sala de aula e automaticamente o seu processo ensino-aprendizagem não será difícil.

 

Como diz LINDGREN (1975: p.86) “[...] de tudo que a criança aprende durante os anos pré-escolares, o que ela retém definitivamente são sentimentos que seus pais tem em relação a elas e a vida em geral. E estes sentimentos são a para o conceito que cada criança forma de si própria, do mundo e do lugar que ocupa neste mundo”.

 

Vygotsky (1989) afirma que o auxílio prestado à criança em suas atividades de aprendizagem é válido, pois, aquilo que a criança faz hoje com auxilio de um adulto ou de outra criança maior, amanhã estará realizando sozinha. Desta forma, o autor enfatiza o valor da interação e das relações sociais no processo de aprendizagem.

 

O próximo item tratará do papel o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem quais as motivações, perspectivas, que eles passam para seus alunos.

 

Strick e Smith (2001) ressaltam que o ambiente doméstico exerce um importante papel para determinar se qualquer criança aprende bem ou mal. As crianças que recebem um incentivo carinhoso durante toda a vida tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a aprendizagem quanto sobre si mesma. Mas a criança também leva para a vida adulta os sentimentos ocasionados aos seus professores.

 

METODOLOGIA

Vivenciando este estudo sobre a importância da relação família e escola, colhendo dados para a pesquisa constatamos o valor que deve ser dado a este tipo de interação. O envolvimento entre escola e família está além de ser apenas melhorar tarefas escolares ou então, o comprimento do estudo de casa, mas em contribuir não só no contexto escolar como também no contexto familiar.

A competência do professor é uma das condições para a realização eficiente do processo de aprendizagem, como também os demais seguimentos da escola precisam estar preparados e organizados para que se dê continuidade no ensino. De acordo com os dados coletados na pesquisa, podemos observar que os pais consideram muito importantes a relação família e escola, percebe-se também que a participação família no acompanhamento dos estudos de seus filhos, interfere positivamente no processo ensino aprendizagem.

Sempre que houver um membro da família em contato na escola procurando um relacionamento mais próximo com o professor, equipe técnica, e decisão faz com que a intenção se torne completas, ajudando a sanar duvidas, com relação ao aluno, existente no convívio escolar e também familiar. A escola democrática terá que interagir com condições de vida e com as aspirações das camadas populares. De acordo com a realidade de cada família a escola precisa se organizar para encontrar o melhor caminho, a fim de tentar superar as dificuldades dos alunos, e que este possa fazer crescer procurando sua autonomia, a consciência critica, formando-se homens cidadãos com perspectivas de um futuro feliz.

Fomos testemunhas de que impossível realizar verdadeiros progressos na área educacional, se houver a maestria certeira chamada boa vontade. A ação educacional precisa estar pautada no desejo da realidade e o presente trabalho teve seu desenvolvimento realizado através de pesquisas teóricas, em livros especializados, sites, referentes a educação dentre este pode ser citado alguns de maior relevância tais como: Eunice M.L. Soriano de Alencar A criança na família e na sociedade, Kathryn Dunn Boesel e Alison Boesel. Uma história sobre dificuldades de aprendizagem, Cleidir Flores Hoepers Influência da mãe que trabalha fora do lar na aprendizagem escolar dos filhos.Henry Clay Lindgren, Psicologia na sala de aula: o aluno e o

processo de aprendizagem. O envolvimento entre escola e família está além de ser apenas melhorar tarefas escolares.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um fator especial é a importância para o aluno é o professor. A influência e contribuição que este pode dar para facilitar o crescimento e a formação de uma imagem positiva de si mesma por parte do aluno é muito maior do que os professores imaginam.

 

PICONEZ (1999: p 8) afirma que “a lição de casa só contribui de maneira eficiente para a aprendizagem se for bem planejada.” Isto quer dizer que o professor precisa conhecer o seu aluno e saber das condições que tem em casa para não correr o risco de pedir trabalho fora do alcance dos seus alunos.

 

O professor tem conhecimento que toda experiência historicamente acumulada da criança é importante na intervenção do processo de aquisição do conhecimento que o indivíduo aprende na interação com o outro e que suas aulas precisam ser interessantes e de formas bem variadas para que a criança goste de vir à escola e estudar. Acreditamos que os meios de comunicação e a constante transformação da sociedade estão conseguindo fazer com que a escola, que por muito tempo esteve estabilizada no, tempo, procuramos agora formas de atrair a atenção dos alunos. A mudança causa medo e insegurança. Outros por vezes tentam lutar contra seus preconceitos e aos poucos vão se transformando, sentindo-se mais confiantes e motivados em preparar suas aulas.

As lições de casa, por exemplo, pode multiplicar o rendimento das aulas, ou ainda, serve como uma “ponte” entre a escola e a família dos estudantes.

O interesse dos pais pelas coisas que as crianças produzem sã o como um incentivo. Ajudar a criança a se organizar e valorizar suas atividades é dever dos pais.

 

De acordo com a rotina de cada família é preciso estimular um horário para a criança fazer sua lição de casa. Cabe ao professor e os pais juntos, tornar a criança capaz de assumir responsabilidades. Mais tem que ser aos poucos. (PICONEZ, 1999:p 8-15).

 

A boa formação do professor precisa dominar os conteúdos, Ter bom relacionamento com os alunos, domínio de classe, sendo afetuoso e respeitoso. Dessa forma, ele será querido e respeitado (ZAGURY, 2000: p. 16).

 

REFERÊNCIAS

 

ALENCAR, Eunice M.L. Soriano de. A criança na família e na sociedade.

Petrópolis: Vozes, 1985.

 

DUNN, Kathryn Boesel e Alison Boesel. Uma história sobre dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

 

HOEPERS, Cleidir Flores. Influência da mãe que trabalha fora do lar na aprendizagem escolar dos filhos. Criciúma: UNESC, 1999. (Monografia de Pós Graduação).

 

LAHIRE, B. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 1997.

 

LINDGREN, Henry Clay. Psicologia na sala de aula: o aluno e o processo de aprendizagem. Trad. Hilda de Almeida Guedes. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1975

 

MORAIS, Antonio Manuel Pamplona. Distúrbios da Aprendizagem – Edicon – Editora e Consultoria Ltda. São Paulo – SP 1986.

 

 

OLIVEIRA, Adilaurinda Ribeiro de et al. Aventuras do aprender: livro dos pais

  1. Curitiba: Base, 1996.

 

PICONEZ, Stela. Lição de casa. Revista Nova Escola. Ano XIV, Nº 122, maio- 1999.

 

PROPOSTA curricular educação infantil, ensino fundamental e médio: formação docente para educação infantil e séries iniciais. Florianópolis: COGEN, 1998.

 

SÁ TELLES, J.F de. Pedagogia familiar: os pais na educação dos filhos. Salvador: Lanamá, 1993.

SIPAVICIUS, Nympha; O Professor e o Rendimento Escolar de seus Alunos. São Paulo: EPU, 1997.

 

SOARES, Jiane Martins. Família e escola: parceiras no processo educacional da criança. Planeta Educação. s.v., s.n., pp. 1-22, 2000. Disponível em: < http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/imagens/artigos/educacaoetecnolo gia/ARTIGO-FAMILIA-ESCOLA-.pdf>.

 

STRICK, C. e SMITH, L. Dificuldades de aprendizagem de A a Z – Um guia completo para pais e educadores. Porto Alegre: ARTMED, 2001.

 

WEIL Pierre. O Corpo Fala - Vozes Rio de Janeiro 1998.

 

VIANA, Maria José Braga. Longevidade escolar em famílias de camadas populares: algumas condições de possibilidade. Belo Horizonte: Faculdade de Educação (UFMG), 1998. (Tese de Doutorado).

 

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

 

ZAGO, Nadir. Relação escola e família nas classes populares: Conferência. IN: Panorama das pesquisas. Leituras e imagens. UDESC-FAED, 1995.

 

ZAGURY, Tânia. Relação família e escola. Revista Nova Escola. – Ano XV, n. 130, p.15-17, mar. 2000.