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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO COMO MÉTODO DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 Ana Paula Ribeiro Messias de Andrade
Gleiciani Elis Gramkow
Leidjane Nicolau Mendes Rodrigues
Dara Gubert Zenatti

 

RESUMO

 

 

Muito se tem discutido que trabalhar com a ludicidade em qualquer atividade dá prazer em executá-la ajudando assim a criança na coordenação motora, a ganhar a perder a superar as suas frustrações e a explorar o mundo. Esta pesquisa tem como objetivo geral de compreender de como a ludicidade cativa o aluno especial e estimula o seu desenvolvimento cognitivo no ambiente escolar, sabendo que através do lúdico na educação infantil ao AEE (Atendimento Educacional Especializado).vem contribuir de várias maneiras para que o aluno se desenvolva principalmente nas séries iniciais, oferecendo os meios fundamentais na educação infantil da criança é de fundamental importância. Os objetivos específicos foram: enfatizar a contribuição do brincar como ato de desenvolvimento para criança; Detalhar a ludicidade como prática pedagógica na alfabetização e letramento; Apontar metodologias de ensino que apontam a ludicidade enquanto ferramenta de intervenção pedagógica. Esta pesquisa foi desenvolvida com a metodologia de revisão bibliográfica dos autores Rocha (2007) Vygotsky (1979), Benites (2008) e outros, que se pode chegar e compreender a proposta desta pesquisa relacionada ao tema a importância da ludicidade como método de ensino na educação infantil ao AEE (Atendimento Educacional Especializado).

 

Palavras-chave: Ludicidade; Educador; Aluno; AEE (Atendimento Educacional Especializado).

 

 

 

 

ABSTRACT

 

Much has been argued that working with playfulness in any activity gives pleasure in performing it, thus helping the child in the motor coordination, to gain to lose to overcome his frustrations and to explore the world. This research has as general objective to understand how playfulness captivates the special student and stimulates his / her cognitive development in the school environment, knowing that through playfulness in the early childhood education to the AEE (Specialized Educational Attention). pupil is developed mainly in the initial grades, offering the fundamental means in the child's education of the child is of fundamental importance. The specific objectives were: to emphasize the contribution of playing as a child development act; To detail playfulness as a pedagogical practice in literacy and literacy; To point out teaching methodologies that point to playfulness as a pedagogical intervention tool. This research was developed with the methodology of bibliographical review of the authors Rocha (2007) Vygotsky (1979), Benites (2008) and others, that one can arrive and understand the proposal of this research related to the subject the importance of playfulness as teaching method in the to the ESA (Specialized Educational Assistance).

 

Key- words: Ludicidade. Educator. Student. AEE (Specialized Educational Assistance).

 

INTRODUÇÃO

 

             O presente trabalho teve como a temática a importância da ludicidade ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), como recurso de ensino na educação infantil, ressaltando o método pedagógico da escola. Muito se tem discutido que trabalhar com a ludicidade em qualquer atividade dá prazer em executá-la ajudando assim a criança na coordenação motora, a ganhar a perder a superar as suas frustrações e a explorar o mundo.  Sabe-se que o aluno desde pequena já estão em contados com o letramento, seja ela painéis em lojas, rótulos, letras que se vê no dia a dia, televisão, vimos que não precisa estar dentro de uma escola. Compreende-se que a alfabetização com os alunos especiais, ela não é um processo rápido do dia para a noite e sim gradativamente, o professor precisa estimular os alunos para que os mesmos possam captar as informações recebidas em sala de aula, e dentro desta visão é uma peça fundamental no ensino desenvolvimento infantil e aprendizado.

   Nesta inovação mundial que vem ocorrendo entende-se que à escola precisa repensar nos objetivos do ensinamento ao aluno. Analisa-se também sobre a importância do lúdico ao AEE (Atendimento Educacional Especializado) como recurso de ensino na educação infantil, pois é nesta fase da vida do aluno que se tem uma base sólida nos estudos, é nesta fase onde a criança que vai dar os seus primeiros passos numa escola, esta escola precisa estar preparada para receber este aluno que está vindo somente com a bagagem cultural, e para a criança de educação infantil, tudo é muito novo e estranho muitas destas crianças nunca frequentaram uma escola, e agora estão saindo do contexto familiar para isso precisa haver atividades que chamem a sua atenção, estes irão aprender através dos brinquedos lúdicos.

                 Diante do exposto, justifica-se a escolha deste enfoque de investigação, devido ao trabalho na com a ludicidade na Educação Infantil, valorizando o mesmo a brincadeira lúdica como recurso de ensino para que as crianças aprendam de maneira prazerosa, e este método se torna indispensável no cotidiano da escola.  Compreende-se que é uma forma mais prática e com facilidade da criança especial aprender, pois com a música é que, aprende em vários sentido desenvolvendo a execução, a composição incluindo principalmente a literatura. Através da música a criança canta, aprende o tom e as notas, desperta o interesse de tocar os instrumentos, sem contar que a crianças aprende a ouvir de formar mais clara, desenvolvendo sem movimento corporal.

Como o uso das atividades lúdicas lúdica pode contribuir para o processo de ensino de alfabetização e letramento na educação infantil junto ao AEE(Atendimento Educacional Especializado)? Além disso, esta pesquisa vem refletir sobre a metodologia lúdica para a alfabetização e para a evolução do educando.

              O objetivo geral desta pesquisa foi de compreender de como a ludicidade cativa o aluno especial e estimula o seu desenvolvimento cognitivo no ambiente escolar, sabendo que através do lúdico na educação infantil junto ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), vem contribuir de várias maneiras para que o aluno se desenvolva principalmente nas séries iniciais, oferecendo os meios fundamentais na educação infantil da criança é de fundamental importância.  Os objetivos específicos foram: Enfatizar a contribuição do brincar como ato de desenvolvimento para criança ao AEE (Atendimento Educacional Especializado); Detalhar a ludicidade como prática pedagógica na alfabetização e letramento; Apontar metodologias de ensino que apontam a ludicidade enquanto ferramenta de intervenção pedagógica.

             Esta pesquisa foi desenvolvida com a metodologia de revisão bibliográfica dos autores Rocha (2007) Vygotsky (1979), Benites (2008) e outros, que se pode chegar e compreender a proposta desta pesquisa relacionada ao tema a importância da ludicidade como método de ensino na educação infantil.

 

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ATRAVÉS DA LUDICIDADE AO AEE (ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO)

 

               Desde os primórdios sabe-se que aprendendo com as brincadeiras, o aluno aprende a se desenvolver sua coordenação motora, a psicomotricidade que é à base de tudo, e que com o decorrer dos tempos o aluno só vai progredir no ensino aprendizagem de uma maneira gostosa, e que o mesmo nunca fique ocioso dentro de quatro paredes, sendo que o desenvolvimento psicomotor da criança na escola é de fundamental importância.

              A palavra lúdico quer dizer jogos e se originou da palavra “ludus” e está se referindo as brincadeiras, jogos e que são movimentos espontâneos. Aprender com alegria, se diverte se conhecem e descobrem o mundo. Ampliando os conhecimentos infantis com atividades lúdicas.  Para que não se torne uma aula massacrante para os educandos da educação infantil, o educador precisa usar planejamentos que se inclui o lúdico dentro do mesmo, não somente fazer de conta, mas sim aplicar as normas das atividades propostas, através da ludicidade os alunos sentirão mais vontade de frequentar a escola, assim através dos jogos, brincadeiras os mesmos irão aprender brincando.

              É importante ressaltar que a educação psicomotora no AEE (Atendimento Educacional Especializado), baseada na psicomotricidade, é uma técnica pedagógica necessária a toda a criança, seja ela normal ou deficiente, e está hoje incorporada nas correntes atuais da psicopedagogia (VAYER, 1982).  Segundo o autor precisa-se ter uma ligação entre o cognitivo, o psicomotor e o afetivo, para que haja um adulto saudável.

              Ressalta a autora Rocha que as considerações sobre a base da emoção e da afetividade, psicologia e psicomotricidade acrescentando:

 

A psicologia é uma ciência que tem como objeto de estudo o comportamento humano. Tal comportamento poderá ser determinado por sua emoção, desencadeando assim um ato motor voluntário. Assim podemos perceber a importância da interferência do psicológico nos movimentos motores, que poderão ser considerados adequados ou inadequados aos olhos da psicomotricidade (ROCHA, 2007, p.52).

 

              Além de ser prazeroso de aprender através do lúdico o mesmo ajuda no desenvolvimento da criança e também ajuda o professor que vive no seu dia-a-dia ensinando e aprendendo, a criança ou o aluno que brinca, tem facilidade de aprender e seus movimentos, habilidades motoras são mais elevadas, tornando uma criança com aprendizado eficaz. O educador precisa valorizar a bagagem que o aluno traz, da ação que ela brinca, sendo que o lúdico ajuda os alunos não ficarem ociosos em sala de aula estimulando assim a sua socialização.

 

Os brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua utilização deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais prevalece a incerteza do ato e não se buscam resultados. Porém, se os mesmos objetos servem como auxiliar da ação docente busca-se resultados em relação à aprendizagem de conceitos e noções ou, mesmo, ao desenvolvimento de algumas habilidades. Neste caso, o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica, deixa de ser brinquedo para se tornar material pedagógico (KISHIMOTO, 1998, p.14).

 

             O lúdico trabalhado em sala de aula no AEE (Atendimento Educacional Especializado), ou em um lugar adequado pra se praticar o jogo tornar um lugar agradável e espontâneo para desenvolver o aprendizado, o lúdico está presente na educação infantil em todos os sentidos principalmente no físico e mental, para o desenvolvimento infantil em cada jogo há um objetivo a ser alcançando obtendo um desenvolvimento pleno da criança.

  Os fundamentos lúdicos são baseados no que os pesquisadores pesquisam os desenvolvimentos infantis, nos dando a possibilidade de usar os recursos pedagógicos que envolver atividades lúdicas. O lúdico foi adotado no processo pedagógico, por que o jogo é uma forma da criança aprender com espontaneidade sem que seja subestimada, temos exemplos claros neste sentido, quando ensina uma canção há uma criança cantando ela aprende com mais facilidade.

  É uma forma mais prática e com facilidade da criança aprender, pois com a música é que, aprende em vários sentido desenvolvendo a execução, a composição e apreciação incluindo ainda a literatura e a técnica. Através da música a criança canta, aprende o tom e as notas, desperta o interesse de tocar os instrumentos, sem contar que a crianças aprende a ouvir de formar mais clara, desenvolvendo sem movimento corporal. Através do ensino da música pode desenvolver os níveis mental, afetivo e espiritual. Com essa vantagem que foi implantada no processo pedagógico no início do século XX, com objetivo não só de adaptar no currículo escolar, mais sim ensinar a música e desenvolver as dificuldades do aluno especial.

 

O estudo que compreende o lúdico é importante para a criança venha conhecer seus limites e construir seus conhecimentos, por meio do lúdico pode conseguir uma educação de qualidade, que possa ir ao encontro dos interesses e necessidades de cada criança, especialmente as faixas etárias de zero a seis anos de idade, nessa fase é importante para o desenvolvimento futuro do ser humano. (BENITEZ, 2008, p.38).

 

O lúdico no AEE (Atendimento Educacional Especializado), também representa uma forma em termo de brincar como brincadeiras livres, deixando a criança na liberdade de criar, ter imaginação e tendo com isso à autonomia de suas decisões, praticando o desenvolvimento motor, fazendo com venha a aprender, possa trazer benefício para o presente e futuro, uma forma que é usada por um profissional da área psicológica, quando uma criança tem dificuldade de se expressar com palavra e a mesma precisa de ajuda, o profissional usa o meio mais prático para adquirindo informação desta criança, fazendo com que a criança desenhe, través dos desenhos possa interpretar o que se passa com a criança e as pessoas que lhe rodeia, descobrindo da melhor formar, brincando.

  Hoje os estudos nos mostram de forma bem clara que, a criança não aprende através de pressão mais na espontaneidade desenvolvendo seu aprendizado.

 

Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma real idade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares (VIGOTSKY, 1994, p. 67).

 

 O lúdico tem dado vantagens pessoais, as crianças do AEE (Atendimento Educacional Especializado), que têm algum problema psicológico, ou sofreram com algum tipo de violência seja ela qual for trabalhando através do lúdico das brincadeiras ela vai saindo desta rotina de tristeza e vai se adaptando a sociedade escolar (VIGOTSKY, 1994). Sabe-se que quando o aluno está com dificuldade enorme em aprender e desenvolver seu aprendizado, pois tem problema como déficit de atenção, não se concentra, é através do lúdico que ele começa a se envolver e aprender.

              A educação infantil é fase que precisa de muito cuidado no aprendizado, por ser uma fase que trabalha o início de tudo tanto a psicológica quanto o físico, necessita de atenção e precaução para que o educador, através do seu planejamento possa dirigir um bom trabalho.

 

A ludicidade na educação

  A ludicidade no AEE (Atendimento Educacional Especializado), no processo educativo na educação infantil tem como objetivo desenvolver o aprendizado brincado, nesse período de desenvolvimento já comprovado cientificamente que é melhor idade para a criança aprender e desenvolver os conhecimentos e aprendizado.

  O educador nesta fase de aprendizagem tem mais facilidade de passar o conteúdo brincando, desta forma aprendem tanto o educador quanto a criança. Essa situação é considerada muitas alternativas de estudos na ludicidade, atendendo as dificuldades que se implica em sala de aula. A criança quando brinca, não importa com que tipo de brinquedo, pode ser uma bola, algum objeto desmontado, um pedaço de pau em formato de carro, tudo faz com que a criança brinque e desenvolva o aprendizado e a imaginação da criança.

 

A criança começa com uma situação imaginária, que é reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção à realização consciente de seu propósito. Finalmente sugere as regras que irão possibilitar a divisão de trabalho e o jogo na idade escolar. Nesse sentido, o jogo de expressão como os de faz de conta auxilia no controle emocional da criança, daí a importância de ser finalizado de maneira positiva. (VYGOSTSKY. 1984, p. 48).

 

  A ludicidade também reflete no desenvolvimento da criança em relação à integração de uma criança com a outra, fazendo com que esta criança interaja com os colegas sabendo dividir e brincar em grupos. Na expressão da prática, assim é necessário que realize a luta pra se vincular ao lúdico na sua realização nos recursos pedagógicos. O lúdico no AEE (Atendimento Educacional Especializado), como recurso pedagógico tem como o objetivo de atuar no processo de aprendizagem do aluno entre a teoria e a prática, podendo também articular na formação e aprendizados dos professores.

  Pode-se afirmar que trabalhando com o lúdico na prática pedagógica, vai marcar a prática pedagógica do professor, através dos jogos o mesmo estimula o desenvolvimento de determinadas áreas e promovem aprendizagens específicas. Porque nas situações de jogos, a criança ou aluno vai se esforçar para construir a estratégias e atingir uma determinada meta. Então quando se refere ao jogo as atividades é realizado a partir de situações de jogos, e nestas situações o professor terá a elaboração de estratégias para o alcance de resultados.

 

Vários são os jogos que podem ser construídos utilizando os nomes próprios, como, por exemplo, bingo, jogo da memória, dominó, e que podem ser reconstruídos substituindo as letras, as imagens ou os números, respectivamente, pelo nome dos integrantes do grupo (BRASIL, 1998, p. 38.)

 

  As crianças especiais vão elaborar estas estratégias, para ajudar nos aspectos cognitivos, e eles elaborando estas estratégias levam os mesmos ao desenvolvimento do raciocínio, quando se fala de metas fala-se de crianças elas já conseguem visualizar o resultado mesmo que seja uma visualização simbólica ela consegue visualizar então a criança corre atrás deste resultado que para ela é de suma importância, pois ela pensa, vence, cresce e a criança ela interagiu com as atividades.

  Por mais que a criança somente desenhe numa folha ou conseguir escrever uma palavra, identificar letras isso já está gerando uma oportunidade desafiadora para a criança, e ela tende estar centrada neste processo para desenvolver suas estratégias, processo de assimilação a criança está mobilizada em buscar uma solução para alcançar suas metas isso leva um aprendizado significativo.

 

Alfabetização não é um estado, mas um processo. Ele tem inicio muito cedo e não termina nunca. Nós não somos igualmente alfabetizados para qualquer situação de uso da língua escrita. Temos mais facilidade para ler determinados textos e evitamos outros. O conceito também muda de acordo com as épocas, as culturas e a chegada da tecnologia. (FERREIRO & TEBEROSKY, 2003, p.28)

 

  Percebe-se que existem muitos professores que se preocupam em encontrar o melhor método de ensino, procurando uma fórmula mágica.  O foco do professor deve ser a aprendizagem do aluno. Sabe-se que as atividades lúdicas contribuem em vários aspectos, ela desenvolve habilidades físicas, coordenação motora, socialização com os demais.

  Ainda vê-se que existem muitas escolas resistentes ao se trabalhar com a ludicidade principalmente no AEE (Atendimento Educacional Especializado), alegando que as atividades lúdicas geram barulhos, e depende de muita organização, devido a isso estas atividades devem ser evitadas, mas é totalmente equivocada esta ideia. 

 

Convencê-los da importância para a aprendizagem, no entanto, não é simples. Muitos educadores buscam sua identidade na oposição entre brincar e estudar: os educadores de crianças pequenas, recusando-se a admitir sua responsabilidade pedagógica, promovem o brincar; os educadores das demais séries de ensino promovem o estudar. Outros tantos, tentando ultrapassar essa dicotomia, acabam por reforçá-la, pois, com frequência, a relação jogo-aprendizagem invocada privilegia a influência do ensino dirigido sobre o jogo, descaracterizando-o ao sufocá-lo. (FORTUNA, 2000, p.2)

 

               Entretanto na educação infantil a criança aprende brincando, e quando chegam ao ensino fundamental já não utilizam mais o lúdico, e isso desestimula as crianças, porque as atividades deixam de serem prazerosas. Devido a isso é bom refletir sobre a importância do lúdico no ensino dos alunos, mesmo que forem do ensino fundamental.

              Segundo o autor diz que a brincadeira é a principal atividade das crianças, porque a criança nasce um ser irracional e desenvolve a capacidade de pensar  ao longo de um processo de desenvolvimento a brincadeira que vai cumprir este papel, que outrora o trabalho cumpria no processo da humanidade.

             Muito se debate, hoje em dia que as crianças da educação infantil elas se comunicam através das brincadeiras, das músicas, movimentos estabelecendo vínculos com outros alunos. Sabe-se que na primeira infância as crianças se interessam por objetos que lhe são oferecidos, com o tempo eles se interessam por objetos que os adultos usam tais como chave, celular, controle remoto, talheres, objetos que os adultos utilizam no seu dia a dia. Ao brincar a criança reproduz as ações típicas do mundo adulto.   

 

Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constitui se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças. (BRASIL, 1998, p. 23.)

 

               Além disso, a criança vai se desenvolvendo a realidade vai se adentrando nestes jogos simbólicos e a brincadeira vai assimilando regras, objetivos e racionalizações, por isso que é importante que na fase escolar o professor que prepara as atividades escolares inclua desafios nos problemas a serem desafiados.

                Pequenas regras de convívio com respeito, coletividade, podem ser assimilados por meio da brincadeira. Isso permitirá que o processo de o brincar da criança evolua dos jogos simbólicos para aquilo que os autores da teoria histórico cultural chamam de jogos com regras.

 

 

A ludicidade como prática pedagógica na alfabetização e letramento junto ao AEE (Atendimento Educacional Especializado) .

 

 

              Quando se fala em educação infantil e ensino fundamental o lúdico é  praticamente o principio para as crianças especiais,  não tem como trabalharmos de uma forma que não seja exclusiva explorando a ludicidade, explorando as brincadeiras, os jogos, estratégias com regras, explorando as performance das crianças, o lúdico é sempre bem vindo para gerar interesse na criança  para que ela possa raciocinar, para que ela possa ser desafiada, que ela possa construir um percurso de pensamento de estratégia para chegar num determinado resultado, enfim podendo utilizar o lúdico em tudo para ensinar ciências, historia, matemática, educação física, arte, nos estudos das línguas, principalmente na alfabetização e letramento.

 

Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para as crianças e expressar, aprender e se desenvolver (KISHIMOTO, 2010, p.01).

 

              O lúdico vai dar a oportunidade ao professor oferecer que sejam interessantes e significativas e que desafiam os alunos a participar e raciocinar  construir estratégias e pensamentos para resolver problemas, para construir melhor o conhecimento a ideia do lúdico, no caso do projeto de alfabetização é marcar a prática do professor a prática pedagógica dele vai ser o lúdico, dando ênfase nas atividades com o lúdico, valorizando os jogos, pois o jogo estimula o desenvolvimento de determinadas áreas promovendo assim aprendizagem específicas.

              Nas situações de jogo o aluno vai se esforçar para construir uma estratégia e atingir uma determinada meta, quando se fala em jogos na alfabetização existem situações nos jogos de elaboração de estratégias para o alcance de resultados a criança vai elaboras estas estratégias. Quando se fala em elaboração de estratégias coloca-se o aspecto cognitivo para que elabore estas estratégias o aluno precisa pensar, o desenvolvimento do raciocínio, e quando se fala de meta porque para alcançar resultados e metas se fala da criança ela já consegue visualizar o resultado mesmo que seja uma visualização simbólica ela já consegue visualizar e corre atrás deste resultado o que é algo bastante interessante muitas vezes à criança na mente tenta antecipar este resultado.

 

Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais o pensamento, devemos fazer com que as atividades sejam emocionalmente estimuladas: A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento. (VYGOTSKY, 2003, p. 117 –119)

 

               A criança no AEE (Atendimento Educacional Especializado), vai interagindo com este meio com o jogo, por mais que seja um simples desenho, por mais que uma questão seja conseguir escrever uma palavra, identificar letras isso já está gerando uma oportunidade desafiadora para a criança e ela tende-se estar centrado naquele processo, para desenvolver as estratégias o processo de simulação sendo que a criança está mobilizada a buscar um resultado e alcançar suas metas, isso leva a um aprendizado significativo. Precisa fazer uma ressalva ao professor que é fundamental o professor não pode ficar focando na vitória destes alunos vencerem e estes não, se não ele vai trabalhar numa expectativa de uma vitória, trabalhando numa perspectiva construtivista.

              E na perspectiva construtivista de (Emília Ferreiro 2003) o que importa é o processo é percorrido individualmente cada aluno tem o seu caminho, o mais importante na situação do jogo é de vencer ou não, mas é ter condições de levar o aluno durante o processo de aprendizagem e identificar o aluno em relação do outro e isso é muito importante, e ajudar através do lúdico a correção de onde o aluno deixou a desejar.

 

Estes processos mentais são considerados sofisticados e „superiores‟, porque se referem a mecanismos intencionais, ações conscientes controladas, processos voluntários que dão ao indivíduo a possibilidade de independência em relação às características do momento e espaço presente. (REGO, 2000, p.73 apud TEZANI, 2006, p.5).

 

             Então o jogo acaba sendo um instrumento pedagógico que ele é o meio para o professor fazer suas análises e são o meio para o aluno se desenvolver suas capacidades. E tem muitos educadores que ficam muitos preocupados procurando um método de ensino e esquece-se de analisar este processo, e este método será aplicado para todos os alunos. O foco do professor deve ser a aprendizagem e letramento do aluno e não existe um caminho só, para o aluno aprender precisa ter um diagnóstico sabendo quem é o aluno, e através da realidade do aluno o professor irá trabalhar com o mesmo.

            

 

Metodologias que apontam a ludicidade no AEE (Atendimento Educacional Especializado), enquanto ferramenta de intervenção pedagógica.

 

 

              Sempre se pergunta quais seriam as sugestões que o professor teria para a intervenção pedagógica, em primeiro lugar se diz professor não desanime, pois existem professores que saem do curso de formação e se deparam com uma turma de 30 ou mais alunos, que ela precisa fazer leitores e escritores, isso é a tarefa mais difícil no ensino porque é a única área que seja sim ou não quando se trata de áreas de história, geografia, ou outro o aluno aprendeu um pouco, muito ou tudo se pode afirmar isso. Mas na alfabetização e letramento aprendeu a ler e escrever e a professora que está sob uma responsabilidade maior do que as demais.

              A formação inicial não as prepara inteiramente para isso, aprenderam com os cursos de capacitações que sempre terão, e sobre os alunos os mesmos são capazes de aprendem esta é uma mentalidade, porque não se podem afirmar que o aluno tem dificuldades e não irão aprender, que os mesmos vem de um contexto cultural que dificulta tudo e isso não é verdade, ao aluno são capazes e a professora precisa acreditar neles.

 

O brincar deve ser valorizado por aqueles envolvidos na educação e na criação das crianças pequenas, fazendo a escolha dos materiais lúdicos que são reservados no brincar, cujo objetivo deve ter seu efeito sobre o desenvolvimento da criança. Porque muitas crianças chegam à escola maternal incapazes de envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária. (HOLTZ 1998, p.12)

 

            E buscar soluções para as dificuldades, onde buscar as soluções é estudando, refletindo, buscando ajuda de quem tem mais experiência enfim acreditando nas crianças estando sempre alerta para entender e compreender os problemas e buscar resolvê-los. Que princípios podem ajudar a fazer atividades que promovam esta passagem de hipótese para outra? Os professores precisam compreender o processo e saber de como agir e atuar nos processos das crianças a psicogênese trouxe uma enorme colaboração, esclarecendo como as crianças vão construindo o conceito de língua escrita através de etapas e fases, os professores trabalham através do lúdico para que se torne mais fácil para as crianças.

           Através do lúdico as crianças junto ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), irão receber a ajuda do professor sempre que necessário, a criança precisa aprender a ler escrevendo, e escrevendo lendo em situações reais de leitura e escrita com materiais reais de leitura e escrita, não se trata apenas aprender a ler na tecnologia da escrita, muitos professores não deixa, os alunos folear os livros porque não sabem ler, é preciso fazer as duas coisas juntas deixar a criança olhar os livros e através disso ela vai começar a ler no mundo delas, no mesmo tempo está lendo e escrevendo e escrevendo e lendo através dos livros, dos cartazes aprenderem a fazer a leitura dos mesmos, para isso o professor precisa ter a autonomia de trazer materiais diferenciados para o seu aluno.

 

Do ponto de vista teórico, possibilita-nos compreender os processos e estruturas psicológicas graças às quais o ser humano produz conhecimento; do ponto de vista prático, possibilita-nos analisar criticamente as situações que são mais favoráveis para isso. Jogos regras e de construção são essencialmente férteis o sentido de criarem um contexto de observação e diálogo, dentro dos limites da criança, sobre processos de pensar e construir conhecimentos. (MACEDO, PETTY E PASSOS 2005, p. 121)

 

            A autonomia do professor está na escolha dos caminhos e das ações para se chegar a essas metas, sendo que vivemos várias politicas  ao longo dos anos e observa-se a cada momento se pensa que agora achou a politica certa, a todo momento precisa haver mudanças nos métodos de se lecionar e ensinar as crianças, faltando assim uma proposta mais firmemente assentada nos  conhecimentos construídos a respeito da alfabetização e letramento, tendo metas escolhidas com muita clareza para que o professor conseguisse se apoiar nela.

              Sabe-se que as crianças ficam mais estimuladas através da brincadeira um aprendizado diferenciado, onde estes não ficam ociosos em sala de aula, trabalhando com os jogos sempre é bom trabalhar em dois momentos, a experiência do jogar de preferência sem teorização, sem cortes que afastem a situação do jogo viver a experiência de ganhar ou perder, e no segundo momento uma situação de reflexão sobre problemas ou recortes do jogo, estas duas partes se complementam, tem-se a experiência lúdica o sujeito como protagonista das suas ações, sem uma mediação externa do professor, por outro lado também se tem a mediação do professor para aqueles que não conseguem atingir a sua meta no determinado jogo, as regras do jogo tem que pensar, mas quem age é a mão.

 

A brincadeira é então uma atividade que transforma o real, por assimilação quase pura às necessidades da criança, em razão dos seus interesses afetivos e cognitivos. O jogo, devido a abrangência de significados, é uma forma de expressão da linguagem afetiva e refere-se àquele cuja estrutura é o símbolo. Piaget (1998) caracteriza o brincar como uma atividade que reflete os estados internos do sujeito diante de uma realidade vivida ou imaginada (NICOLAU, 1998, p. 34).

 

              O lúdico permite que as crianças pensem e analisar e concluir que o jogar bem, ou seja, compreender melhor a situação do jogo e socializar com os colegas, pergunta-se porque do lúdico como ferramenta pedagógica junto AEE (Atendimento Educacional Especializado),?  A criança ela é vista como um cidadão de direito de aprender e a brincar, através do brinquedo a criança está tendo o direito de pegar e aprender. 

              Sabendo que o ensino está em constantes mudanças, e o lúdico é muito importante na vida das pessoas de maneira geral, principalmente em sala de aula, mas percebe-se que os professores trabalham com o lúdico quando as crianças estão na educação infantil e este método de se trabalhar com o lúdico no decorrer do tempo vai se perdendo sabendo que ele é muito importante no desenvolvimento da aprendizagem no dia a dia, sabendo que os jogos são benéficos no aprendizado.   

             

 considerações finais

 

             Pensar junto ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), em educação infantil é pensar no lúdico  e no modo de como a criança constrói seu conhecimento, nos revela várias questões que perpassam o meio social e a forma como compreendemos o mundo. A sociedade estabelece um padrão de indivíduo e tenta enquadrá-los nesse padrão. Cada pessoa é um ser único dotado de singularidades e potencialidades a serem descobertas. Assim, a aprendizagem infantil deve ser também diferenciada, configurada em um ambiente estimulador, de interação com outros colegas, tornando-os todos participativos.

              A ludicidade consegue favorecer essa interação, no qual o aluno é um ser que descobre e constrói seus conhecimentos. Porém, após a realização da pesquisa foi possível verificar que ainda há falhas a respeito do modo de ensinar. É necessário aprimoramento nos sistemas educacionais, ações coletivas junto a frentes políticas e capacitação profissional. Há pouca formação do professor para a educação infantil que trabalhe com os jogos, com a ludicidade.

               Além disso, a educação infantil através do lúdico deve ser vista como uma tarefa comum, na qual diferentes participantes têm um papel e responsabilidades que cumpre. A ideia de que os professores têm que cumprir seu papel inclui o acesso a uma organização que facilite a comunicação e o trabalho em equipe entre os diferentes profissionais e ofereça oportunidades de desenvolvimento profissional permanentes.

                É preciso esforços para romper as barreiras dentro e fora da escola , eliminar preconceitos e garantir o direito à educação de qualidade e reconhecimento dos diferentes modo de ensinar. A pesquisa contribuiu positivamente para a compreensão da ludicidade junto ao AEE (Atendimento Educacional Especializado), um campo que há ainda muito a descobrir. Mesmo existindo grande quantidade de documentos com atividades recomendadas e materiais diferentes e inovadores, se faz necessário considerar as especificidades do aluno.

 

REFERÊNCIAS

 

BENITEZ, Priscila. Escola para pais: repaginando a relação família-escola. Psicopedagogia Online, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: 2003.

FORTUNA, Tânia Ramos. Sala de aula é lugar de brincar? Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. (Cadernos de Educação Básica, 6).

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