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A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO CONTEXTO ESCOLAR

Adélia Gonçalves Cardoso
Aline Iasmin de Jesus Gerhardt
Belarmina Ferreira Damaceno
Carla Arce de Deus
Miriã Santos da Silva Ferreira

 

RESUMO

Este estudo mostra a importância da participação da família na vida escolar da criança, visto que essa mesmo que indo bem necessita de bons estímulos e da participação dos pais, também mostrando que a escola é o local onde ele vai aprender os conteúdos das disciplinas, que a boa educação sobre bons costumes vem de casa. O objetivo do estudo é descrever a importância da participação da família no processo escolar, relatar os ganhos que o aluno pode vir a ter com a família mais próxima de seus estudos; comparar as possíveis diferenças entre alunos com a família participativa e os sem a família participativa, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica que é através da pesquisa em livros e sites de cunho científico.

 

PALAVRAS-CHAVES: Educação. Participação. Pais. Escola.

 

INTRODUÇÃO


A criança se desenvolve ao longo de sua vida escolar ao seu tempo, alguns tem mais facilidades na escrita, outros com números, alguns mais na parte motoro, e em diversas outras situações do convívio escolar, porém todos as áreas podem andar em conjunto com seu desenvolvimento se houver uma participação massiva das famílias na vida escolar do aluno, com isso queremos saber qual a importância da participação da família no contexto escolar do aluno?

Ao longo da História a Educação vem sendo norteada de diversas maneiras possíveis, porem com o passar do tempo e a evolução do ambiente escolar as famílias vêm sendo cada vez mais necessárias para o desenvolvimento do aluno desde sua tenra idade, pois com a necessidades dos pais em trabalhar no mundo globalizado em que vivemos as crianças entram cada vez mais cedo na escola e sendo assim o meio exerce sua influência sobre ela.

No processo ensino aprendizagem, a família na escola deve se propor a envolver o sujeito, no mundo do conhecimento tornando assim a família ainda mais importante que em tempos anteriores para a educação da criança, justificando assim nossa pesquisa.

Essa pesquisa tem como objetivos descrever a importância da participação da família no contexto escolar do aluno; relatar os ganhos que o aluno pode vir a ter com a família mais próxima de seus estudos; comparar as possíveis diferenças entre alunos com a família participativa e os sem a família participativa. Pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, e fontes de conhecimentos científicos a respeito do tema, de tipo qualitativa, pois vamos falar sobre a importância da participação da família na vida escolar do aluno.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A escola é o principal meio de socialização do sujeito, a porta de entrada para o mundo de diferentes realidades, e nesse contexto que se deve trabalhar para que a criança aprenda em sua primeira fase de socialização, a respeitar, valorizar e aprender com as diferenças e forma seu senso crítico para uma nova realidade.

 

Sem dúvidas, quando se pensa em desenvolvimento infantil sabe-se que a criança desempenha a ato de aprender em vários momentos, na brincadeira ou interação com os colegas ou ambiente. Nessas interações a criança desenvolve o senso de que precisa seguir regras e determinações impostas por pessoas responsáveis pelo seu cuidado, então, ela assimila condutas de organização nos vários ambientes que frequenta, por exemplo, guardar os brinquedos tanto na escola quanto em casa quando acaba de brincar. (Oliveira e Rodrigues, 2020)

 

A escola, por vezes fica fora das prioridades da família dos alunos ainda mais quando falamos do público mais carente, que quanto mais se necessita da atenção da família, menos parecem terem interesse, pais o dia todo fora, quando estão presentes só cobram ou brigam.

 

Quando o foco de debate é o papel dos pais na escolarização dos filhos e suas implicações para a aprendizagem, na escola, há aspectos a serem ressaltados. A família como impulsionadora da produtividade escolar e do aproveitamento acadêmico e o distanciamento da família, podendo provocar o desinteresse escolar e a desvalorização da educação, especialmente nas classes menos favorecidas. (Polonia e Dessen, 2005)



A Família


A família é a primeira interação social e de aprendizado que a criança tem em sua vida e sendo assim em casa é que a criança tem seu aprendizado inicial, seja ele na forma de transmissão de ensino formal ou de cultura tradicional, e sendo o seu vínculo para com o mundo iniciado nesse momento.

 

A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influências culturais. É também considerada a primeira instituição social que, em conjunto com outras, busca assegurar a continuidade e o bem-estar dos seus membros e da coletividade, incluindo a proteção e o bem-estar da criança. A família é vista como um sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, ideias e significados que estão presentes nas sociedades. Ela tem, portanto, um impacto significativo e uma forte influência no comportamento dos indivíduos, especialmente das crianças, que aprendem as diferentes formas de existir, de ver o mundo e construir as suas relações sociais. (Polonia e Dessen, 2007)

 

Assim como é a primeira a ser o vínculo social, ela também é quem molda os padrões comportamentais iniciais da vida, transmitindo assim os valores que a sua família tem, educação para com o tratamento das pessoas e chegadas em ambientes diferentes de seu cotidiano, e esse aprendizado pode ser realizado de forma direta com os pais ensinando e a criança realizando ou de forma indireto ou implícita que é através da aprendizagem por repetição de comportamento e atitudes familiar.

 

Como primeira mediadora entre o homem e a cultura, a família constitui a unidade dinâmica das relações de cunho afetivo, social e cognitivo que estão imersas nas condições materiais, históricas e culturais de um dado grupo social. Ela é a matriz da aprendizagem humana, com significados e práticas culturais próprias que geram modelos de relação interpessoal e de construção individual e coletiva. Os acontecimentos e as experiências familiares propiciam a formação de repertórios comportamentais, de ações e resoluções de problemas com significados universais (cuidados com a infância) e particulares (percepção da escola para uma determinada família). Essas vivências integram a experiência coletiva e individual que organiza, interfere e a torna uma unidade dinâmica, estruturando as formas de subjetivação e interação social. E é por meio das interações familiares que se concretizam as transformações nas sociedades que, por sua vez, influenciarão as relações familiares futuras, caracterizando-se por um processo de influências bidirecionais, entre os membros familiares e os diferentes ambientes que compõem os sistemas sociais, dentre eles a escola, constituem fator preponderante para o desenvolvimento da pessoa. (Polonia e Dessen, 2007)

 

Sendo assim nós temos diversos tipos de educação que recebemos, pois de cada meio social da qual se vive é um tipo de aprendizado diferente e que a família é a primordial sendo seu primeiro reduto de aprendizagem, social e de qualquer outro estimulo, vale lembrar também que a configuração básica de família esta sendo cada vez mais modificada e ressignificada pois a alguns anos temos em nossa realidade a família homoafetiva e que diverge diretamente na estrutura “tradicional” familiar que era composta por: pai, mãe e filhos, agora podemos ter dois pais ou duas mães então devesse também levar em consideração esse novo paradigma.

 

Os membros de famílias contemporâneas têm se deparado e adaptado às novas formas de coexistência oriundas das mudanças nas sociedades, isto é, do conflito entre os valores antigos e o estabelecimento de novas relações. Como parte de um sistema social, englobando vários subsistemas, os papéis dos seus membros são estabelecidos em função dos estágios de desenvolvimento do indivíduo e da família vista enquanto grupo. Por exemplo, ser adolescente crescendo em uma família 'nuclear tradicional', com irmãos biológicos, é diferente de sê-lo em uma família recasada, coabitando com padrasto e irmãos não biológicos.

Sendo composta por uma complexa e dinâmica rede de interações que envolve aspectos cognitivos, sociais, afetivos e culturais, a família não pode ser definida apenas pelos laços de consanguinidade, mas sim por um conjunto de variáveis incluindo o significado das interações e relações entre as pessoas. A própria concepção científica dela evidencia o entrelaçamento das variáveis biológicas, sociais, culturais e históricas que exercem grande influência nas relações familiares, constituindo a base para as formas contemporâneas dela. Os laços de consanguinidade, as formas legais de união, o grau de intimidade nas relações, as formas de moradia, o compartilhamento de renda são algumas dessas variáveis que, combinadas, permitem a identificação de 196 tipos de famílias, produto de cinco subsistemas resultantes da concepção ecológica de micro, meso, exo, macro e cronossistema.

De acordo com a concepção proposta a combinação derivada do microssistema tem como base as relações diádicas, isto é, como os genitores interagem, com destaque para o grau de intimidade: se o estilo de vida é compartilhado ou separado, se esta relação é considerada heterossexual ou homossexual, se há alteridade no poder ou não. Já aquelas influências provenientes do mesossistema compreendem as relações com os filhos, ou seja, a sua presença ou ausência, se eles são biológicos ou adotivos e se moram com os pais ou não. (Polonia e Dessen, 2007)

 

Mesmo sendo tão diferente do tradicional ainda temos várias configurações de família acima citada, com padrasto, madrasta, irmãos adotivos e outra quantidade de variações das quais podemos ter, lembrando que o conceito de família atualmente não requer necessariamente laços sanguíneos.


A Escola

 

Uma boa vivencia dentro do ambiente escolar é essencial para a evolução da criança em todos os seus aspectos, pois se ela não se sentir a vontade na escola, ela não vai gostar o que consequentemente ira diretamente influencias na sua aprendizagem, pois, o que no bom ambiente pode ser um processo evolutivo muito grande ocorre totalmente o oposto se esse ambiente for intimidador ou ameaçador para a criança.

 

Como um microssistema da sociedade, ela não apenas reflete as transformações atuais como também tem que lidar com as diferentes demandas do mundo globalizado. Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo. (POLONIA E DESSEN, 2007)

 

A escola é um espaço com interações e objetivos já pré-determinados em alguns aspectos visto que você vai há escola para ser alfabetizado, evoluir seu nível de conhecimento, a escola sendo um local de aprendizado, sendo que na escola por seguir uma organização ela já vem com o que é para que a criança assimile de acordo com sua idade e série.

 

Assim, a escola é um ambiente que impõe novos desafios a criança, de modo que a tira da zona de conforto que está habituada como ter um brinquedo que apenas ela possa utilizar sem precisar dividir com ninguém. Quando houver a inclusão dela na escola, terá de aprender a compartilhar os brinquedos e a atenção do seu cuidador (professor), também aprender que nem todas suas vontades serão atendidas. Em alguns momentos há a discordância entre a escola e a família, posto que essa não concorde com condutas de ensino daquela, o que gera um impasse no estabelecimento do desenvolvimento adequado da criança, deixando a criança em estado de confusão. Por isso, é preciso que a escola e o núcleo familiar entrem em um consenso sobre como se deve estabelecer as maneiras de ensino para melhor desenvolver as habilidades do indivíduo em questão. (RODRIGUES E OLIVEIRA, 2020).

 

Os pais têm que ter a compreensão de que a escola é um espaço onde a criança irá obter conhecimento científico, social, psicológico, motor e que a educação básica e os bons costumes são de origem familiar sendo importante que o bom dia, boa tarde, obrigado, de nada e outras interações sociais de cortesia e respeito são de cunho familiar, bem como a escolha e o incentivo a religião e demais crenças familiares ou regionais.

 

Há pais que entendem a escola como espaço no qual seus filhos devem ser ensinas até mesmo os valores culturais, comportamentais e o ato simples de comer. O que na verdade também é obrigação dos pais, e isso faz com que há queixa dos professores que acham que os pais pedem tudo à escola. Nos primeiros anos da educação escolar da criança, ou seja, durante o período em que as crianças frequentam as conhecidas “creches” o “jardins de infância”, a presença da família bem como sua intervenção é mais frequente no ambiente escolar. Isso é um fator que ao longo do desenvolvimento do indivíduo vai sendo reduzido gradativamente. (RODRIGUES E OLIVEIRA, 2020).

 

Desta maneira a família deve entender que o papel da escola tem diversas nuances e desafios, porém a família também tem que fazer esse acompanhamento sempre pois visto que no início da vida escolar as famílias acompanham de perto e com a evolução e o passar dos anos esse processo vai diminuindo e família diminui a participação na vida escolar da criança. Entretanto, essa redução não deveria ocorrer uma vez que a presença familiar é indispensável ao indivíduo em desenvolvimento, posto que ele como sujeito que está se conhecendo e aprendo novas experiências precisa de auxilio e orientação para um aprimoramento de suas habilidades mais efetivo. (RODRIGUES E OLIVEIRA, 2020).

 

A política de participação dos pais na escola gera concordância imediata e até mesmo entusiasmada: parece correta porque se baseia na obrigação natural dos pais, aliás, mães; parece boa porque sua meta é beneficiar as crianças; e parece desejável porque pretende aumentar tanto a participação democrática quanto o aproveitamento escolar. Além disso, tem eco na tradição cultural da classe média, especificamente na crença de que a família influencia a política escolar (a qualidade do ensino), sobretudo no contexto das escolas particulares, onde a relação entre pais-consumidores e diretores-proprietários-produtores é direta e a dependência mútua é clara. Entretanto, além de condições e disposições dos pais para participar, a política de incentivo a sua participação na escola (particularmente no contexto da escola pública) pressupõe aquilo que ela quer construir: continuidade cultural e identidade de propósitos entre famílias e escolas. (CARVALHO, 2004).

 

Apesar da relação da escola para com a educação seja bem próxima não é de inteira dependência, visto que a parâmetros educacionais que são advindos da família.

 

Relação família-escola


A relação da família com a escola nesses dois últimos anos ocorreu um estreitamento incomum, visto que a pandemia nos obrigou a ser mais próximos da família, para que pudéssemos acompanhar a evolução do aluno, uma vez que quem exerce o papel direto de professor em diversas ocasiões tem sidos os pais ou responsáveis da criança.

 

Posto desta forma, nota-se que o enfoque sociológico aborda os determinantes ambientais e culturais presentes na relação família-escola, destacando que cabe à escola cumprir as exigências sociais, enquanto o enfoque psicológico considera os determinantes psicológicos presentes na estrutura familiar como os grandes responsáveis pelo desencontro entre objetivos e valores nas duas instituições. Assim, em uma espécie de complementaridade, encontra-se um velado enfrentamento da escola com a família, aparentemente diluído nos grandes projetos de participação e de parceria entre esses dois sistemas, podendo-se afirmar que em ambos os enfoques destacam-se dois aspectos principais: 1) a incapacidade da família para a tarefa de educar os filhos e 2) a entrada da escola para subsidiar essa tarefa, principalmente quando se trata do campo moral (OLIVEIRA MARINHO-ARAUJO, 2010)

 

Essa relação vem sofrendo altos e baixos ao longo do tempo, na última década os pais se afastaram mais da escola, trazendo assim para escolas problemas que em tempos passado eram dos pais, nos pequenos a higiene pessoal que os pais ensinavam agora já passa a ser função da escola, assim como padrões de bom comportamento, como dizer bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, de nada, desculpe ensinamentos esses que com frequência tem que ser ensinado pela escola pois os pais não estão em casa ou a criança passa o dia todo na escola, creche, babá, tornando assim alvo de objeto de educação terceirizada.

 

A partir destas colocações, vê-se que a relação família-escola está permeada por um movimento de culpabilização e não de responsabilização compartilhada, além de estar marcada pela existência de uma forte atenção da escola dirigida à instrumentalização dos pais para a ação educacional, por se acreditar que a participação da família é condição necessária para o sucesso escolar. (OLIVEIRA MARINHO-ARAUJO, 2010)

 

Mas afinal de quem é a responsabilidade pela melhora dessa relação que ao invés de melhorar ao longo dos anos, vem se desgastando cada vez mais? Isso é uma pergunta de cunho e resposta um tanto complexa, visto a variação social da qual vivemos e a realidade de cada cidade considerando um patamar individual local, pois cidades ricas e com menos habitantes tende a ter uma aproximação um pouco melhor para com o seu público escolar do que cidades mais pobres.

 

O relato de muitos professores há a afirmação de que, apesar de abrirem as portas da escola à participação dos pais, esses são desinteressados em relação à educação dos filhos, na medida em que atribuem à escola toda a responsabilidade pela educação. Esta argumentação dos professores "visa, apenas, culpar a vítima e é uma visão pessimista das relações escola/pais" a partir da qual não se consegue dar passos positivos para ultrapassar os obstáculos à relação família-escola.

Ao contrário dos professores que acreditam que os pais é que devem ir à escola mostrando-se interessados pelo desenvolvimento de seus filhos e pela relação entre família e escola, acreditam que a construção da parceria entre escola e família é função inicial dos professores, pois eles são elementos-chave no processo de aprendizagem. Dada a formação profissional específica que têm, as tentativas de aproximação e de melhoria das relações estabelecidas com as famílias devem partir, preferencialmente, da escola, pois "transferir essa função à família somente reforça sentimentos de ansiedade, vergonha e incapacidade aos pais, uma vez que não são eles os especialistas em educação" (OLIVEIRA MARINHO-ARAUJO, 2010)

 

Como podemos ver um lado culpa o outro pela sua falta de participação e vivencia dentro do ambiente escolar, vemos que considerando cada ponto de vista ambos estão correto pois, os professores devem abrir-se mais para a participação dos pais na vida escolar de seus alunos e os pais devem ter mais interesse e vontade de estar presente no ensino e na educação de seus filhos visto que cada um dos dois apresentam papel fundamental na vida da criança, pois a função de educar é uma responsabilidade dos pais, assim como a função de ensinar é dos professores e temos que levar em consideração que ambas andam de mãos dadas, então para uma melhora na qualidade da educação das crianças é necessário que os pais e os professores desempenhem cada um o seu papel sem esquecer que também colaboram com o papel do seu oposto.

Outra suposição é que a família não precisa participar da vida escolar do aluno desde que o mesmo vá bem, os pais pensam a porque vou na escola meu filho tem boas notas!


Os pais/mães tampouco necessitam participar da educação escolar dos/as filhos/as quando estes/as vão bem na escola, e preferem confiar nas professoras e deixar para elas a tarefa de ensinar o currículo escolar. (A suposição aqui é que a colaboração dos familiares, na forma de reforço escolar em casa, não é condição necessária para a aprendizagem e o sucesso escolar, e que há alunos e alunas que aprendem sem auxílio extra-classe). Por um lado, as relações entre pais/mães e filhos/as em casa podem ser mais agradáveis e relaxadas quando não envolvem exigências escolares, testes e dever de casa. (Parece perigoso restringir e subordinar o amor entre mãe/pai e filho/a à situação do cumprimento do dever de casa e do sucesso escolar, como sugerido no segundo episódio da cartilha). Por outro lado, para os pais/mães, interessar-se pela educação dos filhos e filhas não significa cuidar apenas da parte acadêmica, isto é, do sucesso escolar, pois a educação, do ponto de vista da família, comporta aspectos e dimensões que não estão incluídas no currículo escola. (CARVALHO, 2004)

 

Temos aqui outra discordância pois quanto melhor a criança vai na escola, maior tem que ser a participação dos pais, para que o mesmo não perca o seu gosto e se sinta valorizado por estar se esforçando na escola, pois isso será muito bom pra ele em seu futuro, sendo que este futuro deve sofrer bons estímulos por todos os lados, família, escola, sociedade e todos que cercam essa criança.

 

Conclusão


A pesquisa nos mostra que ainda temos um longo caminho a percorrer no que se diz a participação da família na escola, pois com o mundo globalizado a família aumenta cada vez mais a função da escola para com a criança, querendo que além de lhe ensinar, alfabetizar e incentivar a socialização, também passa a educar a criança com os primórdios que outrora era estritamente da família, como as boas maneiras, o respeito ao próximo, ao mais velho e vários outros valores que deveriam vir da família.

O papel da escola vem cada vez mais sendo sobrecarregado, pois na globalização onde todos os membros da família devem trabalhar para conseguir o sustento da família, acaba a criança ficando em casa.

Como podemos ver a função da educação da criança vem de todos os lados, escola, professores, pais e demais meios sociais das quais ela vive, porém cada um com sua responsabilidade sendo incumbido daquilo que lhe é adequado, a educação básica vinda de casa, a educação formal na escola, e cada um desenvolvendo seu papel assim como a educação religiosa é apresentada pelos pais, fazendo assim a criança ter uma gama de pessoas e locais da qual ela participa e vai lhe trazer conhecimento, seja ele acadêmico ou não, fazendo assim com que de todos os lados tentem formar um bom cidadão.


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO


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