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A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA

Adélia Gonçalves Cardoso
Aline Iasmin de Jesus Gerhardt
Belarmina Ferreira Damaceno
Carla Arce de Deus
Miriã Santos da Silva Ferreira


RESUMO

Este artigo tem por objetivo falar sobre a importância da família na escola, onde mais se nota a ausência da família, é nessa fase que mais necessita da presença dos familiares no ambiente escolar, nota-se que tem sido frequente a ausência dos responsáveis seja ele pai, mãe, avós, tia, tios, entre outros. A parceria entre escola e família tem grande valor no processo de ensino aprendizagem da criança, a presença dos familiares no ambiente escolar facilita o processo de Ensino Aprendizagem. Sendo assim, essa pesquisa tem por problemática entender como a participação ativa dos pais na escola contribui na melhoria do desenvolvimento escolar do educando. Essa pesquisa tem por objetivo geral conscientizar, sensibilizar a importância do acompanhamento familiar na vida escolar dos educandos bem como a interação entre família e escola. Especificamente buscou identificar benefício da participação dos pais na escola para a aprendizagem da criança; desenvolver vínculo entre a escola, incentivar a participação dos pais nos eventos promovidos pela Escola bem como nas apresentações dos alunos. Essa pesquisa justifica-se pela importância da parceria entre a família e a escola para que se possa compreender a realidade tanto do aluno quanto da escola buscando junto soluções para melhorar o desenvolvimento das aprendizagens do educando.

 

PALAVRE-CHAVE: Escola. Família. Desenvolvimento. Aprendizagem. Participação.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

A família é a base de todo conhecimento construído até a chegada da escola, ela que ensina o amor, a paciência, e o respeito, é muito importante essa presença no ambiente escolar dos filhos. Uma parceria entre escola e família e fundamental para um desenvolvimento e aprendizagem para a vida escolar do educando.

Além de que são os pais que estabelecem os primeiros momentos de aprendizagem durante o cotidiano, são os pais que estabelecem os primeiros limites na vida dos pequenos, é em casa que as crianças aprendem o sim e os nãos, aos quais serviram de representação para outros momentos da vida.

Os valores familiares servem como base e contribuem significativamente para a formação do caráter e o desenvolvimento da criança, para sua socialização e aprendizagem.

Temos observado que nos últimos anos a família está deixando para a escola a responsabilidade da educação das crianças, não está tendo uma integração escola/família. Ou seja, os pais estão desde muito cedo confiando a educação dos pequenos à escola. É extremamente necessário saber o que cabe à escola e a família em relação à educação.

O objetivo é fazer com que aumente o desenvolvimento da aprendizagem do educando, trazendo para dentro da escola o comparecimento da família, é fundamental a participação deles na aprendizagem do seu filho.

A família sendo participante ativa da vida escolar faz com que as crianças demonstrem maior autocontrole e dinâmica de grupo, sabendo cooperar, mas essa participação não deve ser apenas para cobrar. Esse envolvimento familiar deve gerar estímulo, motivação, valorização, diálogos entre outras coisas. Se houver isso a criança se sentirá importante, respeitada e assim terá mais condições de se desenvolver.

Segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 229 diz que: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar seus filhos menores”. Tanto é assim, que no estatuto da criança e do adolescente está previsto que aos pais ou responsáveis tem a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino, art.55 do ECA.

Assim aos pais e responsáveis, não é necessário estar todos os dias na escola, mais estar presente na educação da criança, verificando o acompanhamento com frequência em suas atividades, isso faz com que a criança se sinta valorizada, estimulando assim a sua aprendizagem.

Içami Tiba (2012, p116) diz que:

 

Os pais sabem de suas responsabilidades quanto ao futuro de seus filhos. Quando se sentem incapazes - incluindo aqui um certo conforto, tendem a delegar a educação de seus filhos a terceiros: escola, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, babás, funcionários, avós tios dos filhos etc.

 

Esse ambiente, que chamamos escola, ocupa um papel essencial na sociedade. Traz consigo o dever em ajudar em vários campos de desenvolvimento podendo ser motor, afetivo, psicológico, intelectual, físico e cognitiva sendo uma extensão da educação e valores iniciados em família. Conhecimentos e habilidades que propiciaram ao educando condições para que o mesmo utilize a seu benefício e em favor da sociedade.

Esse trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas, de diversos autores. Sendo escolhido esse tema por ser um problema da atualidade nas escolas.


2 DESENVOLVIMENTO


2.1 A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA.

 

A aprendizagem das crianças começa desde de cedo em sua casa é lá que ela aprende seus deveres, é com os pais que a criança tem o primeiro contato com o mundo, é com eles que a criança aprende a dar seus primeiros passos, falar suas primeiras palavras, entre muitos outros fatores que leva os pais a querer participar do desenvolvimento do filho, tanto em casa quanto na escola.

Segundo Visca:

 

A aprendizagem do sujeito acontece todo o tempo e o tempo todo, segundo a criança dá um novo passo no esquema evolutivo da aprendizagem e começa a fazer aprendizagens ligadas às diferentes visões do mundo e aos valores éticos, sociais e culturais. E essa aprendizagem dá-se continuidade na instituição escola, onde o sujeito interliga toda sua bagagem cultural de aprendizagem adquirida, vivenciada e mediada do seu meio e complementa-as, transformando-as em conhecimento.

 

A criança inicia sua vida e aprende fazendo, ou seja, brincando de faz de conta, observando as atitudes dos adultos principalmente dos membros da família ou de seu convívio.

É na escola que a criança amplia seu círculo de convivência, antes apenas familiar com suas próprias características e agora passa a pertencer a um grupo maior e diverso, crianças com outras maneiras de agir e pensar sendo necessário aprender com as diferenças e respeitá-las, percebendo-se parte do coletivo e aprendendo a ouvir discutir, dialogar, levantar hipóteses e resolver problemas.

Segundo Tiba:

 

Os pais precisam estar atentos à questão da convivência familiar. Devem observar que os filhos não exigem ação dos pais o tempo todo. Mas exigem, a cada tempo, um pouco. Por isso, vale apena atender no momento em que o filho solicita. (2006, p. 15)

 

Família é a base de tudo, onde tudo começa, é lá que o aprendizado da criança inicia. A família é de suma importância para que a criança apresente um desenvolvimento na escola e na sociedade. Se faz necessário que a família esteja presente nesses momentos os quais são de importância para o desenvolvimento escolar da criança.

Para Ceccon e Oliveira (1986, p.86):

 

A educação não começa na escola. Ela começa muito antes e é influenciada por muitos fatores. Ao longo do seu desenvolvimento físico e intelectual a criança passa por várias fases nas quais a escola da vida, isto é, o ambiente familiar, as condições socioeconômicas da família, o lugar onde se mora, o acesso a meios de informação, têm uma importância muito grande.

 

As famílias devem procurar meios de trabalhar o aprendizado de seu filho em casa, auxiliado a escola, com atividades lúdicas desenvolvidas no âmbito familiar. Essas pequenas atividades desenvolvidas pela família são de suma importância, pois aumenta o interesse e o desenvolvimento da criança.

Segundo, Szymanzki (2003 p.101):

 

As famílias podem desenvolver práticas que venham a facilitar a aprendizagem na escolar (por exemplo: preparar para a alfabetização) e desenvolver hábitos coerentes com os exigidos pela escola (por exemplo: hábitos de conversação) ou não…

 

A família e a sociedade exercem papéis importantes na educação das crianças. Mas para que a educação seja eficaz ela deve iniciar desde os primeiros anos de vida. Para que quando inicie sua vida escolar já estejam habituados com regras, e a escola dará continuidade em conjunto com a família e a partir dessa parceria as crianças terão melhores condições de desenvolver habilidades para sua vida adulta.

Visando um melhor desenvolvimento em seus alunos, a escola busca participação e apoio dos pais. Porém encontra dificuldades nessa parceria, pois a sociedade atual apresenta diversas formas de estrutura familiar como: separação, guarda compartilhada entre outros, além de que com essas mudanças ocorrem a superproteção das crianças, impedindo as mesmas de desenvolver autonomia, e estão esquecendo-se de impor limites.

A criança quando desde cedo e bem instruída ela tem facilidade de aprender diferente daquela que possuem os pais ausentes em sua educação, essas demostram uma dificuldade maior em aprender em se desenvolver, a família influencia muita nesse desenvolvimento.

Conforme Scoz, 2009;

 

Não há dúvida de que a influência familiar é decisiva na aprendizagem dos alunos. Os filhos de pais extremamente ausentes vivenciam sentimentos de desvalorização e carência afetiva, que impossibilitam de obter recursos internos para lidar com situações adversas, isso gera desconfiança, insegurança, improdutividade e desinteresse, sérios obstáculos à aprendizagem escolar, (SCOZ 2009, P. 71).

 

A criança no Ensino Fundamental deve sentir e ver a presença dos pais em sua vida escolar, ela cresce sabendo que seus pais se preocupam com seu desenvolvimento, ela tem que sentir que pode contar com seus pais. Essa fase é aonde as crianças mais necessitam que os pais esteja presente.

Tiba (2002, p.181), afirma que: "Se os pais acompanharem o rendimento escolar do filho desde o começo do ano poderá identificar precocemente essas tendências e, com o apoio dos professores, reativar seu interesse por determinada disciplina em que vai mal".

A família deve trabalhar com filhos incentivando, mostrando seus valores seus deveres, não cabe somente a escola. A família unida da escola forma futuros cidadãos, com essa parceria na educação escolar os educandos saberão enfrentar o mundo, valorizando os conhecimentos adquiridos durante toda a criação.

Segundo Vygotsky;

 

Ao considerar a aprendizagem como profundamente social, afirma que quando os pais ajudam e orientam a criança desde o início de sua vida, dão a ela uma atenção social mediada, e assim desenvolvem um tipo de atenção voluntária e mais independente, que ela utilizará na classificação e organização de seu ambiente." VYGOTSKY (1988 p. 97-101).

 

Cabe aos pais analisarem como está a frequência deles na vida escolar dos filhos, participar das reuniões pedagógicas da escola, apresentações dos filhos, são momentos em que se faz necessário estar presente, procurar arrumar um tempo para ir à escola para tratar de assuntos relacionados ao desenvolvimento de seu filho.

Segundo Tedesco;

 

Essa erosão do apoio familiar não se expressa só na falta de tempo para ajudar as crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar. Num sentido mais geral e mais profundo, produziu-se uma nova dissolução entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou. (TEDESCO, 2002, p. 36).


Muitas crianças apresentam baixo desenvolvimento escolar, por motivos emocionais, por falta dos pais ajudar em suas tarefas de casa, até mesmo pela família ser desestruturadas, possuir pessoas dependentes de entorpecentes, pais separados, entre muitas causas, e para que a escola consiga trabalhar com êxodo necessita da participação familiar, assim apesar da situação vivida em casa a criança vai-se sentir acolhida pelos pais e pela escola, e assim melhorar seu desenvolvimento sentindo essa confiança.

A relação família e escola, é sim, um dos temas mais falados hoje em dia, a família sempre vai ser o foco principal para o desenvolvimento da criança, porem ambas precisam andar juntas para um melhor desempenho.

Para Szymanzki:

 

O que ambas a instituições têm em comum é o fato de prepararem os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e do futuro cidadão. (SZYMANZKI, 2009, p.98) ”.

 

Os pais precisam cumprir com seu papel nessa fase de desenvolvimento escolar de seus filhos, os pais têm sim deixado tudo por conta da escola.

 

2.2 A família tem sido e é a influência

 

A presença da família na educação e no desenvolvimento dos filhos é muito importante, é necessário esse compromisso dos responsáveis, com isso cresce uma nova geração de educando. A família sempre vai ser a influência na vida escolar dos filhos.

Para Dessen e Polonia (2007) a família é o primeiro ambiente de socialização dos seus indivíduos. Ela é considerada a primeira instituição social, que busca assegurar o bem-estar dos seus membros, incluindo a proteção da criança”.

A família sendo participante ativa na vida escolar, faz com que as crianças demostrem maior autocontrole e dinâmica de grupo, aprende cooperar, mas essa participação não deve ser apenas para cobrar. Esse envolvimento familiar deve gerar estimulo, motivação, valorização, diálogos entre outras coisas. Se houver isso a criança se sentirá importante, e assim terá mais condições de se desenvolver.

Segundo Reis (2007): A escola surgiu para complementar a educação familiar, por isso a necessidade dos pais sempre estarem buscando acompanhar o desempenho educacional de seus filhos.

A família precisa compreender que é nessa fase que eles mais necessitam de apoio, incentivo, e que o bom desenvolvimento escolar dos filhos dependem do apoio familiar, quanto mais próximos aos familiares estiverem das crianças maior será o seu desenvolvimento.

Os adultos precisam conscientizar-se que crianças necessitam de regras, direcionamento e disciplina para que cresçam com independência. Por isso é importante a participação, pois atualmente são poucas as famílias que assistem seus filhos em ambiente educativo, omitindo a presença em reuniões de pais e professores, em relação a aprendizagem dos filhos.

Vasconcelos (1989, p. 125) menciona que:

 

Percebemos duas realidades contraditórias nas famílias: ou a ausência de regras, ou a imposição autoritária de normas. Muitas vezes, por um medo interno de não serem aceitos, os pais acabam não estabelecendo e/ou não fazendo cumprir os limites, levando a uma relação muito permissiva. Outras vezes, sentindo necessidade de fazer alguma coisa, mas não tendo clareza, acabam impondo limites, sem explicar a razão. A superação desta situação pode se dar pelo diálogo, com afeto e segurança, chegando a limites razoáveis. Assim sendo, têm-se condições de não ceder diante da insistência infantil.

 

Quando se fala em regras e limite no ambiente familiar, é imprescindível, realizar conversas que esclareçam os motivos deles terem sidos criados. É importante esse diálogo, fazendo assim o educando compreender que essa educação e necessária para sua vida.

Os pais devem ter a certeza de que a presença dos mesmos na escola é fundamental para que as crianças vejam que a cobrança não é somente da escola e que os pais também se importam. Deste modo as crianças terão sentido em estudar, vendo seus pais se preocuparem com seu desenvolvimento.

Antunes (2005, p. 53) destaca que:

 

Ajudar a criança a construir um bom caráter é a mesma coisa que ajudá-la a desenvolver sua consciência do erro e do acerto. Caráter e consciência expressam a visão que ela possui de si mesma e aproxima-se muito do sentimento de autoestima. É por essa razão que a educação do caráter é importante.

 

Deste modo se o educando não evidenciar ter sue princípios éticos e morais que a escola exige, demostra que a família não trabalhou essas hipóteses para mostrar um bom comportamento. A necessidade de a escola ajudar a suprir essa falha.

Augusto Cury em uma de suas obras ilustra muito bem, este detalhe quando diz:

 

Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é. Adquira o hábito de abrir o seu coração para os seus filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente de sua personalidade. (Cury 2003, pág. 26)

 

A família precisa ensinar seus filhos a se programar para a vida ensinando que em primeiro lugar vem suas responsabilidades com a escola, deve aproveitar a convivência em casa para ajudá-los em seu desenvolvimento.

 

2.3 ESCOLA E SUAS RESPONSABILIDADES


A escola não só transmite conhecimento mas prepara o educando para enfrentar os obstáculos lá fora, o convívio com outras crianças, o respeito para com o próximo.

Para Parolim:

 

[...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99)

 

Os professores junto com toda a equipe escolar sempre procuram trabalhar de maneira diversificadas entendendo a situação familiar de seus alunos. Mas para que esse trabalho seja realizado precisa da parceria dos pais, incentivando seus filhos a estarem vindo a escola, e não só trazer eles como participar da vida escolar deles.

De acordo com Capeletti:

 

As crianças que aprendem com mais facilidade são aquelas que tem pelo menos um membro da família que investe neles (...) percebe-se, nessas crianças mais desejo de aprender e mais coragem, autoconfiança. Assim por exemplo a colaboração dos pais nas lições de casa faz com que a criança sinta- se motivada e segura, e consequentemente aprenda com mais facilidade (CAPELETTI, JAKS, 2005, p. 202)

 

A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6)

Não é só da escola essa responsabilidade de educar, é dever dos pais. O que adianta a escola ensinar e os pais não educar, a criança precisa de regras, limites, respeito ao próximo, saber respeitar seus professores, seus colegas.

Segundo Garcia, 2006;

 

A parceria entre a família e a escola é de suma importância para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo na faixa etária escolar. […] Afinal, por que até hoje em pleno século XXI a escola reclama da pouca ou insignificante participação da família na escola, na vida escolar de seus filhos? Seria uma confusão de papéis? Onde estaria escondido o ponto central desse dilema que se arrastam anos e anos? (GARCIA, 2006, p. 12)

 

A escola precisa achar meios de trazer os pais para dentro do ambiente escolar, procurar meios que chamem a atenção deles que eles percebam que precisam estar presente nessa fase escolar de seus filhos. A família representa o alicerce para que o indivíduo construa uma estrutura social.

Segundo Santos: “Cabe aos pais e a escola a preciosa tarefa de transformar a criança imatura e inexperiente em cidadão maduro, participativo, atuante, consciente de seus valores e direitos, possibilidades e atribuições (2008:14) ”.

A escola ela não só ensina mais também forma futuros cidadãos, a escola e a família tem o papel principal nessa formação logo após vem a sociedade e assim por diante.

Como afirma TORRES: [...] uma das funções sociais da escola é preparar o cidadão para o exercício da cidadania vivendo como profissional e cidadão. (TORRES, 2008. p. 29).

A integração da escola com a família e de toda a comunidade, por meio de diálogos, participação, reuniões é essencial para o processo de aprendizagem.

Chalita (2001, pp. 17 e 18) diz que:

 

Por melhor que seja essa escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca a escola vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avó ou avô, tios, quem quer que tenha a responsabilidade pela educação da criança deve participar efetivamente sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo.

 

É necessário que a criança esteja frequentando a escola todos os dias, e que os pais deem continuidade nas atividades passadas pelos professores para um melhor aprendizado e desenvolvimento.

Como bem diz PIAGET:

 

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] (2007, p.50)

 

A escola hoje em dia se sente sobrecarregada com tanto trabalho, não apenas ensinar mais educar, muitos alunos mesmo no início de vida escolar já demostram muitas atitudes de malcriação o que tem deixado a escola mais preocupada, pois é dever dos pais educar seus filhos e não da escola a escola está ali para ajudar se necessário, mas não cabe só a ela esse trabalho.

Segundo Caetano,

 

Para os professores, é nítido nos dias atuais que os pais têm deixado de cumprir sua responsabilidade como educadores. Para tais profissionais da educação, eles vêm negligenciando o seu papel e buscam na escola muito mais do que ela pode oferecer. A função da escola é distinta da dos pais, e, realmente, isso é uma realidade. (CAETANO, 2009, p. 19)

 

As famílias ainda não entenderam o real papel da escola na vida do educando, e tentam passar a responsabilidade que seriam deles à escola, o que não é bom para o desenvolvimento da criança os pais precisam cumprir com seus papeis de educar e incentivar seus filhos, pois não cabe só a escola esse dever.

Segundo Kaloustian:

 

A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988)

 

A escola ensina, e prepara seu filho para a vida profissional mais a função principal que é a educação vem dos pais e para que essa educação seja completa necessita do apoio da família na vida escolar dos filhos não só dentro da escola mais em casa.

Cubero (1995. p. 253)

 

Afirma que a escola é junto com a família, a instituição social que maiores repercussões têm para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e, portanto, para o curso posterior da vida.

 

A criança que vem de uma família que tem um bom relacionamento com a escola, ela traz com ela o objetivo de aumentar o desenvolvimento do filho, tanto sócio cognitivo, quando na vida escolar e até mesmo a lidar com o mundo.

De acordo com Mittler:

 

Nenhuma escola é uma ilha e nenhuma escola pode ter sucesso sem desenvolver redes de parcerias com sua comunidade local, com pais de alunos passados, presentes e futuros, com outras escolas e outras agências (2003, p. 237)

 

Assim entendemos que a necessidade da presença dos pais unidos a escola, não há possibilidade de a escola andar sozinha.


3 METODOLOGIA

 

O referido trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa feitas em artigos, revistas e livros de diversos autores.

De acordo com André:


A pesquisa tem um papel didático na formação do professor, propiciando o desenvolvimento da sua autonomia e tornando-o “capaz de refletir sobre sua prática profissional e de buscar formas (conhecimento, habilidades, atitudes, relações) que o ajudem a aperfeiçoar cada vez mais o seu trabalho docente” (2006, p. 221)

 

Esse tipo de pesquisa nos faz refletir mais sobre como é a vida do professor na prática, precisamos buscar conhecimento a cada dia.

Para a professora Márcia Rita Trindade Leite Malheiros (2010), a pesquisa bibliográfica levanta o conhecimento disponível na área, possibilitando que o pesquisador conheça as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o seu problema objeto de investigação

É muito importante que esse tipo de pesquisa seja realizado pois ajuda o professor em seu desempenho profissional, a conhecer novos autores e aprimorar mais conhecimentos para sua vida pessoal.

 

4 CONCLUSÃO

 

Esse artigo conclui que a importância da família na escola é indispensável no processo de ensino aprendizagem da criança, não é possível uma aprendizagem de qualidade sem o comparecimento da família no ambiente escolar.

Esse tema a importância da família na escola e de suma importância para os pais e amigos leitores, traz por objetivos demostrar qual é a importância da família na escola para o desenvolvimento de seu filho e qual é o papel da escola nesse processo de ensino aprendizagem.

A família precisa estar sim envolvida na vida dos filhos, eles necessitam dessa presença para uma melhor aprendizagem. Escola e família precisam buscar novas formas para melhorar a aprendizagem de seus alunos (filhos), os professores na escola e os pais em casa e na escola.

A educação não se dá sozinha, e sim da família trabalhando junto com a escola, cada uma com sua responsabilidade que é de suma importância para o desenvolvimento da criança, assim valorizar a interação, participação e lutar pelo mesmo objetivo que é formar cidadão (ã) com personalidade e valores.


REFERÊNCIAS

 

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