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A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DA ARTE NO PROCESSO DE ENSINO / APRENDIZAGEM DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Dayeme Ribeiro de Souza
Kelli Lidiane de Souza Martins
Margarete Valiatti
Suely Ribeiro

 

RESUMO

Tendo em vista que a Arte está presente em nosso meio desde o surgimento da humanidade, faz com que seu papel na educação seja imprescindível na formação das habilidades das crianças na primeira infância escolar. O presente artigo visa demonstrar a contribuição das Artes Visuais e da intervenção do professor no âmbito escolar para o desenvolvimento das atividades direcionadas construindo assim sua imaginação, a fim de desenvolver emoções, formas, ideias, valores e modos, no momento de reproduzir suas criações e o percurso realizado pelo ensino de Arte através dos tempos até a sua obrigatoriedade pela Lei de Diretrizes e Base dentro das escolas. Na escola tradicional, não se dava a importância necessária para o ensino da Arte, pois acreditavam que a criança só aprendia a fazer arte, fazendo, não havendo a necessidade de intervenção do professor. Com o surgimento de novas mudanças, o “só se aprende, fazendo”, foi rompido, dando lugar a uma nova maneira de se ensinar e aprender a fazer arte, na qual a criança aprende a partir de orientações e aulas com propósitos e fundamentos em obras concretas de artistas diversos, dando a elas a oportunidade de fazer criações próprias capazes de transmitir seus sentimentos, suas ideias, suas alegrias, etc.

 

Palavras-chave: habilidades. Desenvolvimento. Orientações. Oportunidade.

 

Introdução

 

O presente artigo visa demonstrar o quão importante é a disciplina de Arte na construção do processo de ensino/aprendizagem de uma criança, quando aplicada em sala de aula de forma correta e com proposito claros a serem atingidos, para que consigam desenvolver suas habilidades e competências nas mais diversas áreas do conhecimento, e a sanção da Lei de Diretrizes e Base, que tem como permissa a obrigatoriedade do ensino na área de Arte como parte do Conteúdo Curricular, antes vista como um meio apenas de passar as horas.

O ensino da Arte no âmbito da Educação Infantil, tem como intensão fazer com que a criança desenvolva o seu imaginário, criando as mais diversas formas artísticas, ideias e hipóteses acerca da percepção de tudo o que lhe é proposto como atividades em sala de aula.

É por meio das aulas de Arte que o indivíduo se torna capaz de compreender e dar sentido a tudo o que está a sua volta, transformando tal entendimento em aprendizagem e experiência, como uma ferramenta apta a transcender as ideias existentes, despertando a razão e a emoção de si próprio, proporcionando uma relação de harmonia com o mundo que o cerca através da grande diversidade que existe em nosso mundo, estabelecendo uma relação interdisciplinar com todas as demais áreas do conhecimento.

O ensino da Arte nas escolas já foi visto como um meio de passar o tempo, consentido que as crianças desenhassem apenas por desenhar, tornando o real significado do ensino da Arte sem sentido algum, pois, acreditava-se que uma criança só poderia ser hábil a aprender sobre a Arte se a mesma a fizesse por conta própria, sem qualquer tipo de interferência por meio de um profissional formado ou não em Arte.

No entanto, tal pensamento deixou de existir devido as mudanças ocorridas no ensino da Arte através da Lei de Diretrizes e Base (LDB) n° 9.394/96, fazendo com que essa ideia da espontaneidade da criança, ou seja, o fazer por fazer sem que houvesse algum propósito, fosse questionada, visando a contribuição da Arte através da orientação de um profissional para a educação e o desenvolvimento da potencialidade da criança enquanto um ser social, transformando o ensino da Arte em Componente Curricular obrigatório nas escolas do país, capaz de colaborar para o processo de ensino/aprendizagem da criança de modo que a Arte seja compreendida como ela é.

Tais mudanças ocorridas no âmbito da Arte, teve como objetivo enfatizar a importância da interferência do professor nas atividades desenvolvidas pelas crianças direcionando o desenvolvimento da capacidade de criação pessoal por meio de orientações em sala de aula, permitindo que a criança inicie sua própria caminhada através da junção da aprendizagem com os valores e modos variados disponíveis no meio social em que ela se encontra

Para que a criança aprenda o que está sendo ensinado é importante que o professor tenha a formação necessária, a fim de proporcionar aulas mais diversificadas despertando o interesse dos alunos, incluindo em suas aulas objetos da realidade do cotidiano da criança, estimulando sua vontade de aprender e conhecer as mais variáveis modalidades do ensino de arte.

É nas primeiras séries da educação infantil que o aluno inicia o desenvolvimento de suas competências e habilidades artísticas e estéticas nas mais variáveis modalidades da Arte, aprendendo a valorizar a cultura do próximo e apresentar a sua cultura como uma troca de experiência, estabelecendo uma relação de confiança com a turma em que se encontra.

Vale ressaltar também, que o trabalho do professor de Artes Visuais, não tem como função transformar a criança em um artista, mas sim fazer com que desenvolva habilidades e aumente sua capacidade de criação e de expressão de seus sentimentos, reconhecendo seus modos, formas e valores, podendo aperfeiçoar seus conhecimentos de modo a atingir o seu objetivo pessoal.

Para que esse artigo fosse desenvolvido, foi necessário um embasamento teórico fundamentado em alguns estudos bibliográficos nas obras de Jorge Coli, Maria Heloísa Correa Ferraz e Maria F. de Rezende e Fusari, Parâmetros Curriculares Nacionais, Egidio Shizuo Toda e Dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara.

 

Desenvolvimento

 

Diante de uma sociedade que busca respostas claras e objetivas, proferir o que é arte torna-se uma tarefa difícil, pois a mesma não possui uma definição concreta, já que as formas de arte divergem entre si. No entanto, nota-se que qualquer pessoa que esteja inserida no meio cultural e social é capaz de mencionar alguns exemplos de arte a sua volta, sem que o significado do que é arte seja definitivamente claro. De acordo com Jorge Coli (1995), o que possuímos diante da ideia do que é arte é a admiração:

 

É possível dize, então, que arte, são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguirmos saber o que a arte é […]. (p.08)

 

Logo, o dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara (2011), nos diz que a arte varia de acordo com o contexto em que a mesma se encontra:

 

arte (ar.te) sf. 1 Habilidade de pôr em prática suas ideias, planejar e construir grandes obras, belas ou úteis. 2 Atividade de expressar, demo estético, sensações e ideias □ arte da poesia. 3 Domínio das regras para a boa execução de uma habilidade. 4 O conjunto das obras artísticas de povo, país, etc. □ arte indígena. 5 As artes plásticas. 6 Uso dos meios necessários para se obter um resultado. □ a arte de escutar. 7 Bras. Travessura, traquinagem. □ Arte dramática O teatro. Arte marcial Conjunto de técnicas de defesa pessoal. Artes cênicas Conjunto de técnicas para representação teatral. Artes gráficas As que envolvem a impressão de livros, revistas, etc. Artes plásticas As que se expressam por meio de lmntos visuais, como o desenho, a escultura, etc. Sétima arte O cinema. (Dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara, p. 297)

 

Entretanto, para Coli (1995), é inútil buscar uma definição especifica no quesito do que realmente é a arte, já que está relacionada a tudo, pois não há normas que delimitam o que é arte do que não é, a menos que estejam em locais apropriados para a divulgação da arte, pois a mesma apresenta-se de diferente formas, sendo elas a dança, a escultural, a plástica, a teatral, a arquitetônica, a cinematográfica, entre outras, desta maneira, podemos observá-la por dois ângulos distintos: o visual (figuras, quadros, livros, etc.) e o auditivo (músicas), ou ainda juntos: o audiovisual (filmes, apresentações de teatro, etc.)

Contudo, os parques de exposições, galerias, museus, cinemas, teatro, garantem que todos os itens encontrados nesses sítios, são de objetos artístico, dando a eles o título de obras de arte.

No caso das construções arquitetônicas da antiguidade, quando estão sob proteção de instituições legais, recebem o nome de construções artísticas, sendo assim, entende-se que arte não parte de um conceito totalmente abstrato, mas de instrumentos que fazem parte da nossa cultura atribuída a certos objetos, como o nível de admiração atribuído ao mesmo, ou seja, alguns acabam por chamar mais a atenção que outros.

Os instrumentos adquiridos pela cultura, não determinam o que é arte e o que não é arte, apenas interferem na disposição dos objetos, criando categoria de maior e/ou menor admiração social, jamais definindo que tal objeto é mais arte do o outro.

Segundo Coli (1995, p.64), “a ideia de arte não é própria a todas as culturas e que a nossa possui uma maneira muito especifica de concebê-la.” A ideia de arte construída em nossa cultura difere da ideia de arte construída em outros países, no caso das danças, das máscaras, das pinturas corporais de povos africanos, “[...] porque são instrumentos de cultos, de rituais, de magia, de encantação. Para elas não são arte. Para nós, sim (p. 64)”. Coisas que são comuns para os mesmos, consideramos em nosso meio social como obras de arte.

Entende-se que a arte é capaz de alterar nosso raciocínio, sem que possamos formular algo a respeito dela, mas apenas o ato de compreender o que o objeto nos remete através de linhas, cores, texturas, ritmos, luz e sombra. Essa compreensão é uma forma diferente de aprendizagem, da qual estamos habituados – aprendizagem lógica e aprendizagem teórica – atuando como ferramentas imprescindíveis que despertam em nós a razão e a emoção, para que tenhamos um melhor entendimento do mundo que nos cerca, transformando-se em áreas do saber e adequando-se no ensino educacional, através da sua diversificação, diante disso o aluno é inserido num contexto, no qual ele aprenderá e praticará arte desde seus primeiros anos escolares.

A Arte é tão importante quanto as outras disciplinas no processo de ensino-aprendizagem, pois a mesma estabelece uma relação interdisciplinar com os conteúdos oferecidos em outras áreas do conhecimento e uma ligação entre o mundo real e o imaginário, misturando a ludicidade com a realidade, fazendo com que a criança adentre a este novo mundo e descubras suas formas, cores e valores.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 1997), a educação artística faz com que o aluno desenvolva o pensamento artístico e a percepção estética, dando mais sentido as experiências vividas, e tanto ao realizar, quanto ao apreciar, ele também desenvolve a capacidade de se sensibilizar, de perceber e a do imaginário, nas formas encontradas ao seu redor.

A arte Visual proporciona ao aluno uma maneira diferente de relacionar as outras disciplinas, podendo facilmente ler um texto, no caso de crianças no início da vida escolar contar histórias a partir de imagens, elaborar estratégias para resolver problemas matemáticos, desenhando frutas, bolas, palitos, etc. para chegar a uma resultado, seja ele multiplicação, divisão, subtração ou adição, ampliar seus conhecimentos aos estudos históricos da antiguidade, relacionar-se com outras culturas, reconhecer valores de modos de pensar e agir, oportunizando a diversidade da imaginação das pessoas, além do reconhecimento de tudo que está a sua volta, no propósito de construir uma vida melhor.

A ausência de conhecimentos de arte, seja ela em qualquer modalidade, restringe a aprendizagem do indivíduo, impedindo as experiências que os objetos remetem. Já quem tem o conhecimento descobre novos caminhos a fim de terem uma melhor compreensão do mundo que os cerca.

 

O conhecimento da arte abre perspectiva para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender.

O ser humano que não conhece a arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos a sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos que buscam o sentido da vida (PCN’s, 1997, p. 19).”

 

De algum modo, segundo os PCN’s, a arte sempre esteve presente desde os primórdios da humanidade – primeiras pinturas realizadas por povos primitivos nas paredes das cavernas pré-históricas como forma de expressão comunicação – iniciando o processo de ensino aprendizagem, onde o primeiro homem a realizar o desenho teve que aprender de alguma forma com sua imaginação, e assim passar seus conhecimentos para os demais, porém, na área que compõe a educação escolar o trajeto percorrido é recente, e não difere das modificação ocorridas ao século XX em diversos países, provocando a mudança do foco da educação tradicional, para apenas a transmissão de conteúdo, que por sua vez, acabou afetando também o ensino da Arte nas escolas.

Com as mudanças ocorridas no âmbito do ensino de arte, trouxe a valorização da criação espontânea da criança, o que não ocorria na modalidade escola tradicional, valorizando a livre expressão e a sensibilidade, porém, aos poucos foram-se emoldurando palavras de ordem gerando deformidades na ideia original do ensinar a arte, deixando as crianças desenhar por desenhar, ou seja, deixar que ela faça arte sem um fundamento, evitando assim a intervenção do professor.

Novamente foram lançadas mudanças no ensino da arte nas escolas, “[...] questionando basicamente a ideia do desenvolvimento espontâneo da expressão artística da criança e procurando definir a contribuição especifica da arte para a educação do ser humano (PCN’s, 1997, p.21).”

Este questionamento teve como objetivo um novo aspecto, visando transformar o ensino da arte em Conteúdo Curricular, pois a aprendizagem artística não ocorre de forma automática na medida em que a criança vai crescendo, é de total responsabilidade do professor instruí-la para que desenvolva as habilidades através de tudo que lhe é ensinado, contribuindo para o ensino/aprendizagem da mesma na área relacionada a educação artística, visando a compreensão do real significado da forma como a arte deve ser entendida e reproduzida, avaliando a sua prática sempre que necessária.

Os professores de Educação Artística, recebiam apenas capacitações de cursos de pequena duração, com poucos conteúdos, seguindo apenas documentos oficiais e/ou livros didáticos com temas relacionados a arte, até mesmo as próprias faculdades de Educação Artística não estavam completamente prontas para formar professores capazes de suprir a necessidade escolar, possuíam somente cursos técnicos sem uma base solida de conteúdo programado para a área.

No entanto foi criado o Movimento Arte-Educação, que teve como fundamento fazer com que os professores de arte se conscientizassem e se organizassem para que pudessem aumentar seus conhecimentos e competências, para assim suprir as necessidades das escolas no ensino da Arte, melhorando a integração social e individual dos alunos, que por meio do conhecimento desenvolvem melhorias na qualidade de vida de cada um.

Na década de 90, precisamente no ano de 1996, foi sancionada a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) n° 9.394/96, na qual a disciplina de Arte passou a ser Componente Curricular obrigatório nas escolas de educação básica. Fazendo que o ensino de arte deixasse de ser identificado como Educação Artística, mas, sim como disciplina de Arte.

Com as mudanças ocorridas, ensinar arte a uma criança visava desenvolver a capacidade de criação pessoal através das instruções fornecidas pelo professor de forma clara e de outras fontes como livros, pinturas de artistas ou de colegas de classe, criando seu próprio caminho, dando lugar a uma aprendizagem ligada aos valores e modos diversos no meio social em que o indivíduo se encontra.

Desta forma, o aluno terá mais prazer em aprender o que está sendo ensinado. Além disso, o professor deverá propiciar momentos para que os alunos tenham uma participação ativa nas aulas, sem que se sintam constrangidos diante da classe.

Na Educação Infantil, o ensino da arte permite que a criança desenvolva o imaginário, criando diversas formas artísticas, ideias e hipóteses, são momentos em que o professor deve introduzir as crianças em peças teatrais, reprodução de livros de histórias infantis, integrando os conteúdos de formas prazerosas, aproximando-as de culturas distintas, reconhecendo as diferenças e semelhanças entre o real e o fictício.

No decorrer do início da Educação Básica o aluno desenvolve suas competências artísticas e estéticas tanto nas artes visuais quanto na dança, na música, nas artes plásticas e no teatro, produzindo trabalhos em grupos ou individuais, para que possam valorizar e desfrutar das diversas culturas existentes em seu meio social, sendo capazes de se expressarem e se comunicarem, de interagirem com diversos materiais tais como instrumentos musicais e de pinturas, estabelecendo uma relação de autoconfiança naquilo que faz e uma melhor compreensão da arte como um fato histórico cultural diversificado.

Uma das modalidades do ensino de Arte é a Arte Visual, que por sua vez possui formas variáveis, desde as tradicionais, como pinturas, esculturas, arquiteturas, etc., até as modernas, tais como fotografias, vídeos, cinema, etc., devido aos avanços tecnológicos – ambas inseridas no cotidiano. Cada uma dessas formas possui suas particularidades podendo fazer a junção de uma ou mais, a fim de criar uma nova arte. Essas junções traz a caracterização do mundo em que vivemos atualmente, produzindo uma necessidade de educar os alunos com o intuito de aprender a perceber e distinguir o que é transmitido, tais como ideias, sentimentos e sensações.

Entretanto, desde muito cedo a criança participa dos acontecimentos em família e em grupos sociais nos quais a família está inserida, descobrindo pouco a pouco a mundo real exposto pelos adultos favorecendo sua interação com a sociedades, e, consequentemente construindo sua identidade através de vivencias do dia a dia e incorporando essas experiências juntamente com a influência do meio em que está inclusa.

De acordo com Ferraz e Fuzari (1993), o professor possui o trabalho de intermediar o conhecimento criando condições para esses novos estudos em relacionados ao ensino da Arte, uma vez que a criança busca assimilar tudo o que está a sua volta, construindo uma metodologia de ensino que supre a necessidade de saber fazer arte relacionando a tudo que está presente na vida da criança, desde o trajeto para chegar até a escola, as brincadeiras em casa e na escola até as coisas que assistem em programas televisivos.

Qualquer que seja o conceito de arte, o professor poderá trabalhar com a criança a partir da realidade da mesma, ao introduzir objetos que tenham em casa nas tarefas escolares, trabalhando seus formatos, cores, texturas, tamanhos, etc., e até mesmo com os materiais oferecidos pela natureza, sempre instruindo-as com os afazeres pedagógicos na área da Arte.

 

O professor deve tratar esses materiais segundo o encaminhamento de sua aula, de tal maneira que ajudem a concretizar os conhecimentos referente a arte. Em qualquer idade a criança tem capacidade para vislumbrar as variantes formais, estruturais e cromáticas existente no mundo do qual ela participa. Uma conversação interessante sobre essa nuances favorece os aspectos perceptivos e esse processo dinâmico auxilia a compreensão de formas, imagens, símbolos, ideias... (FERRAZ e FUSARI, 1993, p. 49)

 

Para Ferraz e Fusari (1993), é importante que a criança estabeleça um contato com obras de arte, tanto visual quanto auditiva, por que esse contato permite a pratica de atividades artísticas, fazendo com que a criança adquira novos conhecimentos e relacione-os com suas experiências vividas em casa e na escola, sendo possível conversar e refletir sobre suas descobertas com os colegas, professores e familiares. Neste caso é imprescindível que se tenha uma boa estrutura em relação as aulas de Arte e que o professor busque complementar e atualizar seus conhecimentos, levando em conta todo o repertorio de conhecimento que o a criança traz consigo por meio de sua cultura e as experiências adquiridas no decorrer do seu dia a dia, para um trabalho com resultados positivos, a fim de que a criança desperte cada vez mais seu interesse em tudo que lhe é proposto.

 

Conclusão

 

Percebe-se que a arte sempre esteve presente em nosso meio, desde o tempo da cavernas pré-históricas até os tempos modernos, como uma forma de expressão de ideias, sentimentos, emoções e comunicação por meio de pinturas nas paredes das cavernas, pinturas de quadros, fotografias, vídeos, dança, teatro, entre outras passando a aprendizagem adquirida de tempos em tempos para todas as gerações que sucedem até os dias atuais.

O ensino de Arte nas escolas tradicionais, não tinham como intenção desenvolver os conhecimentos das crianças, as atividades propostas na época eram apenas para passar o tempo, entendiam que a criança só aprendia fazendo, que era dever do professor não a interromper no momento de suas criações. Essa falta de interesse do professor de ensinar faziam com que o aluno também perdesse o interesse em aprender, e fazer apenas por que tinha que fazer. A falta de formação era um dos fatores pelo distanciamento do professor no processo do ensino / aprendizagem da criança, fazendo com que este perdesse o interesse em ensinar e acriança em aprender.

Com a obrigatoriedade da disciplina de Arte no Conteúdo curricular, a Arte deixa de ser educação artística que apenas consumia o tempo da criança sem proposito algum, e passa a ser aplicada como disciplina capaz de promover o aprendizado do aluno desde a primeira infância do mesmo.

Sendo assim, conclui-se que é de extrema importância que o professor busque sempre estar atualizado para que possa instruir a criança no momento de desempenho de suas atividades. É dever do professor visar a valorização do ensino de Arte em suas diversas modalidades, pois é dessa forma que a Arte contribui para o crescimento intelectual do aluno e para desenvolvimento de suas criações, emoções, formas e ideias.

 

REFERÊNCIAS

 

COLI, Jorge. O que é Arte. 15ª ed., Editora Brasiliense, São Paulo – SP, 1995.

 

DICIONÁRIO da Língua Portuguesa Evanildo Bechara / Evanildo Bechara. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2011.

 

FERRAZ, Maria Heloísa Correa de Toledo. Metodologia do ensino de arte. Maria F. de Rezende e Fusari. São Paulo: Cortez, 1993. – (Coleção magistério 2° grau. Serie formação do professor).

 

PCN’s, Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 130p.

 

TODA, Egidio Shizua. Artes Visuais Integradas. / Egidio Shizua Toda. – São Paulo: Editora Sol, 2016.