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O PAPEL DO PEDAGOGO EM RELAÇÃO À INCLUSÃO ESCOLAR

Silvia Regina dos Santos Alexandre

Artigo Científico apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de títulos nas disciplinas de Educação e Tecnologias; Educação Inclusiva e Libras; Pedagogia em espaços escolares e não escolares; Educação, Cidadania e Diversidade: relações étinco-raciais; Seminário III.

 

1 INTRODUÇÃO

 

O presente artigo tem por intuito o objetivo de buscar entender e compreender as dificuldades e as atualidades de aprendizagem dentro do parâmetro da pedagogia com o foco central analisa qual o papel desempenhado pelo pedagogo dentro e fora das escolas em relação à inclusão de alunos com deficiência no ensino regular.

Quando falamos da antiguidade, devemos ter em mente uma diversidade formada por diferentes povos, diferentes culturas, religiões, conhecimentos técnicos e uma verdadeira mescla étnica e cultural. Sendo a base do mundo antigo ocidental nascendo assim diversificação em todos os aspectos da qual somos frutos e a pedagogia engloba tudo isso de forma centralizadora.

Sendo que a pedagogia é uma reflexão sistemática sobre o fenômeno educativo, sobre as praticas educativas, para poder ser uma forma orientadora do trabalho a ser executado. Ou seja, ela não só se refere apenas as praticas escolares, mas a um imenso conjunto de praticas.

Aonde pedagogia é um estudo que capacita o pedagogo a desenvolver seu trabalho baseado em uma jornada aonde é mostrada a realidade do que é ser pedagogo, estando capacitado para analisar e avaliar nos anos inicias de uma criança.

Portanto este trabalho tem por intuito levar a compreensão do quer é ser um pedagogo nos dias atuais, tendo como base a pedagogia na atuação desses profissionais dentro das escolas com a ideia de um senso comum, aonde à pedagogia é ensino, ou melhor, o modo de ensinar.

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

O processo da inclusão escolar de pessoas com deficiência acompanha o processo histórico de constituição da própria sociedade. Em passos lentos a sociedade, em sentido mais geral e a escola, especificamente, vêm se modificando para incluir a todos os alunos em seus espaços.

Por Esse motivo é possível constatar uma quantidade significativa de instituições escolares preocupada em adequar e repensar tanto sua estrutura física com a construção de salas, rampas, banheiros adaptados como também seus regimentos internos e as formas de organização do trabalho pedagógico.

De acordo com o autor, Beyer (2006).

 

A educação inclusiva caracteriza-se como um novo princípio educacional, cujo conceito fundamental defende a heterogeneidade na classe escola, como situação provocadora de interações entre crianças com situações pessoais as mais diversas. Além dessa interação, muito importante para o fomento das aprendizagens recíprocas, propõe-se e busca-se uma pedagogia que se dilate frente às diferenças dos alunos (BEYER, 2006, p. 73).

 

Beyer (2006) ainda nos revela que o projeto pedagógico inclusivo não busca por uma categorização dos alunos com ou sem deficiência, é sim uma comunidade escolar heterogênea. Para tal objetivo da educação inclusiva, o desafio que temos adiante é por em prática um pedagogia que consiga ser comum a todos os alunos da classe escolar, no entanto, atender também aqueles que precisam de uma pedagogia diferenciada sem preconceitos ou limites.

Diante desse cenário, realizamos nosso estudo no campo de conhecimento da educação na área da Educação Especial que atende alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, numa perspectiva da educação inclusiva.

Nesse sentido, a construção dos saberes dos docentes deve ser voltada para uma formação fundamentada no trabalho com a heterogeneidade numa perspectiva inclusiva. Profissionais que sejam capazes de criar ambientes educativos em que os diferentes alunos, com os mais diversificados percursos de escolarização, possam-se no processo de ensino-aprendizagem.

As práticas pedagógicas são importantes para que o trabalho colaborativo realmente se concretize, para isso é preciso que o profissional pedagogo modifique suas atividades, avaliação e etc. Tornando-as mais efetivas e adequadas às necessidades de cada aluno. Diante disso, o planejamento é indispensável para esses profissionais, a fim de alcançar objetivos mútuos, com um currículo comum em níveis diversificados, práticas pedagógicas diferenciadas.

A escola é movimento, é aprendizagem e também reflexão, assim faz-se necessário professores investigadores que pensem sobre suas práticas e que construam seu saberes fazeres a partir das necessidades e desafios encontrados no cotidiano. Desse modo é imprescindível “à compreensão do ensino como realidade social e, que desenvolva neles, a capacidade de investigar própria atividade para, a partir dela, constituírem e transformarem os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de suas identidades como professores.” (PIMENTA, 1997, p.6).

No contexto em que se discute sobre a inclusão escolar, é determinante esclarecer o papel que a escola assume tendo em vista desenvolver práticas que possibilitem esse processo, especialmente se compreendermos sua capacidade de colaborar para a transformação e a mudança da realidade.

Dessa forma, entendemos que a atuação da escola transcorre todos os âmbitos de formação do indivíduo, desde a apropriação dos conteúdos escolares relacionados ao conhecimento, até em relação ao seu desenvolvimento social, influenciando a formação de valores e atitudes.

Assim, ao reconhecermos a escola como parte integrante da sociedade, compreendemos que promover ações dentro da mesma, é interferir nas mudanças da sociedade em geral. Nesse mesmo sentido, o espaço escolar é visto como um espaço capaz de desenvolver atitudes e construir conceitos, podendo contribuir para as atitudes desses alunos.

Com isso acredita-se que entender e utilizar na educação as tecnologias da informação e da comunicação faz com que professores e alunos sejam capazes de entender criticamente as mensagens do meio social e transformem-se em cidadãos aptos para lidar com as informações e com os avanços tecnológicos a que são expostos no dia-a-dia. Para que os educadores possam utilizar seu trabalho pedagógico, eles necessitam adquirir habilidades e competências básicas e, neste sentido, a formação inicial é apontada como um dos principais lugares para aquisição das mesmas.

Diante do exposto, é possível perceber que o curso de pedagogia e a formação profissional do pedagogo constituem um campo de constante debate, tendo em vista as recorrentes transformações dos papéis que desempenham dentro ou fora da escola e que atendem a uma multiplicidade de segmentos sociais e educacionais nos campos práticos e teóricos da educação. As alterações na organização curricular do curso de pedagogia também foram verificadas e está diretamente relacionado às diferentes mudanças sócio-políticas do país, o que contribuiu para suscitar dúvidas quanto à definição da identidade deste profissional.

Neste contexto, a formação inicial deve possibilitar ao pedagogo e futuro professor a interação com as tecnologias em questão, de modo que possa integrar o computador à prática pedagógica, criando condições de recontextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante o curso de formação para a realidade de sala de aula. Além disso, cabe a este profissional adequar as necessidades de seus alunos aos objetivos pedagógicos a serem atingidos. Assim, será possível a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora, de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno.

Assim, de acordo com que foi apresentado podemos afirmar que a diversidade, as diferenças, a identidade, alteridade, a exclusão e inclusão, quando reparados na sua desarmonia social, representam partes integrantes da vida em comunidade, onde são introduzidas as mudanças necessárias ao desenvolvimento social e ao mesmo tempo, produzindo outras formas de relacionamentos, outras formas de diversidade ou ate mesmo outras maneiras e meios de abordagens no processo de interação do eu com outro, isso faz parte da inclusão humana, ou seja, um estado em movimento de renovação de mudanças.

 

3 CONCLUSÃO

 

Conclui-se com este trabalho que o campo de atuação do pedagogo é muito fértil, haja vista sua fundamental relevância nos ambientes escolares e não escolares como instrumentos mobilizados de competências e habilidades na análise crítica das situações, aliando os princípios éticos, estéticos, políticos e de construção da identidade individual e coletiva, bem como articulador do processo educativo.

Sendo assim, o profissional deverá ser um mediador e facilitador de aquisição de conhecimento por parte do aluno, ou seja, ser capaz de despertar a curiosidade dos alunos, respeitando suas diversidades e também o seu conhecimento prévio. Assim, o educando será o protagonista no processo de ensino aprendizagem, no qual será o construtor do próprio conhecimento, resultando em assimilação ativa do saber.

Portanto, para que se tenha o processo ensino-aprendizagem de qualidade, o pedagogo deve mudar a sua ação pedagógica que está enraizada, buscando uma metodologia que venha contribuir para a formação de um cidadão crítico e reflexivo.

 

REFERÊNCIAS

 

BEYER, Hugo O. Da integração escolar à educação inclusiva: implicações pedagógicas. In: BAPTISTA, C. R. (Org.). Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006, p. 73.

 

PIMENTA, Sela garrido. Formação de professores – saberes da docência e identidade do professor. Nuances. Vol II, set/ 1997, p. 6.

 

BARBOSA, Ana Clarisse Alencar B238e Educação e diversidade/ Ana Clarisse Alencar

 

BARBOSA, Cyntia Simioni França, Fábio Luiz da Silva, Patrícia Cesário Pereira Offial. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. 176p.