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ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS “EJA”

Eunice de Souza Martins

Elisangela Luiz Dos Santos Poltronieri

Francisca Neli Deodato

Janislei Cristina Pires


RESUMO

O presente trabalho apresenta a formação do processo/prático educativo e sua importância no ensino aprendizagem de jovens e adultos, no Brasil, que tem como objetivo a alfabetização de jovens e adultos(EJA), com a intenção de destacar as práticas pedagógicas que deve ser usada pelos educadores, e como devem desempenhar o seu trabalho com estes educando, pois sabemos que se trata de pessoas que já trazem experiências de vida, enriquecidos de conhecimentos da sua história, e de suas relações com a sociedade, embora não tenham o conhecimento com a linguagem escrita e oral. Os alunos que frequentam a sala do Eja superam obstáculos e dificuldades, graças ao seu anseio e força de vontade em adquirir conhecimento letrado. O papel do educador é ser o mediador do conhecimento, motivá-los, o próprio aluno tenha a curiosidade e sejam construtores de seu próprio conhecimento. É indispensável ao educador estimular a escrita, espontânea dos alunos, visando construir seres sociais que reflitam e exponham suas ideias desenvolvendo conceitos que darão sustentabilidade durante a vida escolar e social. A necessidade de estar atualizado e preparado para o mercado de trabalho faz com que esses jovens e adultos voltem para escola depois de alguns anos devido a vários motivos que não prosseguiram com o estudo regular. Com os avanços tecnológicos e com a sociedade moderna a um preconceito e exclusão, a alfabetização desempenha um papel central na prevenção da exclusão social e na promoção da equidade e da justiça social, valorizando sua cultura e seu conhecimento, com o objetivo de não apenas estarem aptos a assinar seu nome, mas sim de torná-los cidadãos de ler e interpretar.


PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização, Eja, Educação, Realização Pessoal.


INTRODUÇÃO


A educação escolar é um bem indispensável para o desenvolvimento do indivíduo, não somente no que diz a respeito ao mercado de trabalho, mas também para seu desenvolvimento e atuação no mercado de trabalho. Quando nos referimos a palavra aluno, automaticamente surge em nossa mente uma imagem de criança que está aprendendo, mas não a aqueles que não tiveram ou, não puderam em sua idade série adequadas. No Brasil se olharmos para o passado somente a classe social privilegiada teve acesso à educação, inicia-se essa problemática até os dias atuais.

Nos últimos anos o direito subjetivo à educação passou a ter um espaço especifico nas políticas públicas em nosso país, de forma efetiva e sistemática; em decorrência disto, recebeu uma série de regulamentações como meio de garantir a sua oferta para aqueles que em idade própria, por alguma razão, não usufruíram.

A educação para jovens e adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. E atualmente a educação de jovens e adultos estase preocupando mais, pois os alunos do EJA são geralmente trabalhadores/as, desempregados/as que não tiveram acesso à cultura letrada.

Os alunos do EJA são pessoas adultas ou jovens que, pelas mais diversas razões, têm como objetivo uma realização pessoal, sentem a ameaça do desemprego, a necessidade de contribuir com maior eficiência na formação dos filhos, buscam novas respostas para sus conflitos e dificuldades.

A educação de jovens e adultos é um direito assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é assegurado gratuitamente aos que não tivera acesso na idade própria. O público alvo do EJA são jovens de 15 anos completos (Ensino Fundamental), 18 anos completos (Ensino médio), adultos, idosos, pessoas com deficiência, apenada e jovem em conflito com a lei que não tiveram acesso ou continuidade nos estudos na idade própria. Existem grandes desigualdades sociais, a alfabetização desempenha um papel central na prevenção da exclusão social e na promoção da equidade e da justiça social. A alfabetização é um processo, não um ponto de chegada, na verdade é o ponto de entrada para educação básica e um passaporte para a aprendizagem ao longo da vida.

O aluno do EJA precisa de autonomia, o professor precisa pensar em aula reflexivas, onde são feitas continuamente, atualizando sempre proporcionando cada vez mais conhecimento aos alunos e possibilitando uma melhor aprendizagem. O professor tem que estar preparado e capacitado para ensinar no EJA, esses alunos são jovens e adultos que trazem consigo vivências e experiência e necessário respeitar tratando todos com igualdade.

Este trabalho tem como objetivo, a alfabetização de jovens e adultos no EJA, destacando a historicidade no Brasil e as práticas pedagógicas que deve ser utilizadas e a forma do professor desempenhar seu trabalho de forma adequada para esses alunos.

Para realizar este trabalho procurei ler livros e fazer pesquisas em sites, procurando assim obter embasamentos teóricos e sendo necessário conhecer estudos realizados por alguns autores. Procurei destacar a importância do professor saber trabalhar com esses contribuindo para permanência do aluno no EJA e incentivando para futuros estudos.


2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


No estágio IV abordei como concentração metodológica a alfabetização de jovens e adultos, pois meu estagio seria no EJA, mas por falta de campo optei por falar sobre a importância deste tipo de alfabetização para os jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de continuar seus estudos ou não tiveram a chance de ser alfabetizado ainda na infância.

A EJA se insere na educação formal ao integrar a educação básica, conforme consta na LDB n° 9.34/96, portanto atende tanto ás prescrições vigentes que são estabelecidas para dar funcionalidade, quanto aos diversos segmentos que abrangem a todas as modalidades de ensino.

Nesse sentido constatamos, por meio do at. 37 da LDB n°9.394/96(Brasil, 19960, que:

 

A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino fundamental e Médio na idade própria. 1° Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições e vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

 

Criado em 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) está voltado á alfabetização de jovens, adultos e idosos. Tem como objetivo alfabetizar jovens e adultos, bem como promover sua valorização como cidadãos.

Programas criados visados para atender à diversidade da demanda que busca a modalidade do EJA de ensino como o PROEJA, PROJOVEM. PRONERA, Brasil alfabetizado entre outros. O qual todos tem o objetivo alfabetizar jovens e adultos, bem como promover sua valorização como cidadãos, contribuindo para a superação do analfabetismo no Brasil.

Soares (2005a), ao ser entrevistado sobre o Brasil Alfabetizado, afirma que:

 

Projetos e programas são iniciativas para substituírem políticas de longa duração. A alfabetização, que não pode ser vista separada da educação de jovens e adultos, necessita ser planejada, executada e avaliada como uma ação educacional como uma política pública mais permanente.

 

A educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. E atualmente a educação de Jovens e Adultos está se preocupando mais, pois os alunos do EJA são geralmente trabalhadores/as, e desempregados/as que não tiveram acesso à cultura letrada.

Apesar dos avanços e transformações que acorreram e ocorrem nas políticas educacionais, pensar na escola nesse novo contexto, significa pensar na necessidade de rever continuamente, reorganizando novas bases do saber acumulado, a fim de potencializar a aprendizagem de forma significativa como já marcada Paula Freire em suas ações educativas de Jovens, Adultos e idosos.

 

2.1 HISTÓRICO DA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL.

 

Os movimentos educativos em torno da Educação de Jovens e Adultos. No Brasil, se dispunham a defender a instrução popular quer pelo aspecto metodológico de transmissão do conhecimento, quer pelo aspecto político-social do país. Esses movimentos que iniciaram a discussão foram denominados entusiastas, otimistas, realistas e tecnocratas.

Os entusiastas (do movimento “o entusiasmo pela educação”) constituíam um grupo de mobilização em prol da educação popular, que surgiu na segunda década do século XX, época em que existia um distanciamento entre o ruralismo e o industrialismo. O analfabetismo era motivo de vergonha para o Brasil e, por isso, a educação era considerada como fator preponderante pra a solução de problemas. Nessa época, houve a criação do Ministério da Educação, cujos cargos técnicos foram ocupados por indivíduos sem formação no campo (PAIVA, 2003).

Paiva (2003, p. 39) tece uma aproximação da segunda década do século XX como nossa atual realidade:

 

Isso deve, em parte, à realidade e escassez de nossos quadros técnicos, que permitem-ainda hoje-que diletantes sejam colocados à frente dos programas oficiais de educação e que, nos casos mais favoráveis, despendam uma grande quantidade de tempo e cometam uma série de erros para poderem aprender algo dentro do campo profissional.

 

Os otimistas pertencentes ao movimento “otimismo pedagógico” foram os primeiros profissionais da educação preocupados com a qualidade do ensino. Esse movimento ocorreu na década de 1920 e se preocupava “[...] com a eficiência e com a qualidade dos sistemas de ensino ou dos movimentos educativos. [...], opondo à difusão quantitativa imediata de instrução de baixa qualidade” (PAIVA. 2003, P.40).

Jornalistas ou formados pelo ensino normal, como Lourenço Filho, iniciaram o movimento reformador do sistema de ensino existente. Dedicavam-se à preparação de professores e demais pertinências sobre administração, currículos e métodos. Anísio Teixeira, com formação específica enquadra-se num deles (PAIVA, 2003).

O movimento “otimismo pedagógico” se caracterizou pela:

 

Desvinculação entre o pensamento pedagógico no Brasil e a reflexão sobre o social, traço que até a década de 60 dominou de forma quase absoluta aos nossos meios pedagógicos, e que ainda hoje pode ser encontrada nos meios educacionais brasileiros (PAIVA, 2003, P.40).

 

Os realistas, vinculados ao movimento “realismo em educação”, preocupavam-se:

 

[...] com a qualidade do ensino como requisito indispensável à preparação do homem para tarefas específicas (sociais, econômicas, políticas) e eficiência no ensino ministrado (para atendimento de tarefas especificas consideradas importantes para cada grupo incluído nesta categoria geral) (PAIVA, 2003, P.40).

 

Esse movimento era formado por grupos de profissionais, liberais ligados à esquerda marxista e à esquerda não marxista. Ocorrido no final dos anos 1920 e da esquerda marxista, o movimento “realismo em educação” colocava a ênfase sobre as modificações da base econômica e analisava “[...]a forma de como a atuação educativa poderia contribuir para a transformação da sociedade, para a revolução proletária” (PAIVA, 2003, P.41).

O movimento dos “tecnocratas da educação” surgiu na década de 1960 e não sofreu influência dos movimentos “entusiasmo pela educação” e “otimismo pedagógico”. Para os tecnocratas. “A técnica o estudo das alternativas em termos de rentabilidade econômica determina onde investir em educação” (PAIVA, 2003, P.50).

A Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo do Analfabetismo (CNEA) surgiu em meio a uma discussão quanto à ineficácia de outras campanhas, em 1958, ou seja, uma tentativa de ensinas métodos e processos que propiciassem ao educando o aumento de seu nível cultural” (PAIVA, 2003, P.243).

Em sequência surge um movimento à CNEA, advindo da igreja, mais especificadamente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O movimento de Educação de base (MEB) se volta ao trabalhador rural objetivando conscientizá-lo de seus valores morais, físicos, espirituais.

Paulo Freire trabalhou no Movimento de Cultura Popular de Pernambuco, em 1962. A base desse movimento era diálogo e a construção de uma visão crítica do sujeito sobre a sociedade, antes visto apenas como objeto dela. O homem era, portanto, chamado a exercer sua cidadania.

A lei n°5.379, de 15 de dezembro de 1967, autorizou a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), dirigido às pessoas com idade entre 15 e 30 anos. Centrado na aquisição de leitura, escrita e cálculo, o movimento tinha o objetivo de instrumentalizar o cidadão para atuar na sociedade. Nos anos 70 “O programa Alfabetização Funcional foi lançado para dar continuidade aos estudos devido à expansão do MOBRAL.

O movimento de Alfabetização de jovens e Adultos (MOVA) surgiu em 1989, em São Paulo, no período em que o educador Paulo Freire atuou na Secretaria de Educação de São Paulo. Foi um movimento que ele criou reunindo o Estado e as organizações da sociedade civil, visando combater o analfabetismo entre jovens e adultos.

 

2.1 ALFABETIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:

NOVOS DESAFIOS

 

A alfabetização é de fundamental importância na vida do ser humano e a principal função da escola é de formar sujeitos sociais, isso implica em garantir uma educação voltada para o desenvolvimento da capacidade de interpretar e produzir, para que ele se torne capaz de ler e pronunciar o mundo, para tanto é imprescindível que a ação pedagógica se desenvolva segundo uma prática que contemple a utilização de uma metodologia diversificada.

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino cujo objetivo é permitir que pessoas adultas, que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade convencional, possam retomar seus estudos e recuperar seu tempo perdido. Proporcionar a modalidade EJA nos dias de hoje requer um novo pensar acerca das políticas educacionais e das propostas de inclusão desses alunos na rede de educação pública do nosso país.

A Educação de Adultos, conforme artigo 3° da Declaração de Hamburgo (CONFINTEA, 1999, P. 9), abarca

 

[...] todo o processo de aprendizagem. Formal ou informal, onde pessoas consideradas “adultas” pela sociedade desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade. A educação de adultos inclui a educação formal, educação não formal e o espectro da aprendizagem informal e incidental disponível numa sociedade multicultural, onde os estudos baseados na teoria e na prática devem ser reconhecidos.

 

A educação formal é a que se constitui geralmente no interior das escolas, planejada, organizada sob forma de um currículo. A educação informal ocorre no dia a dia, sem uma sistemática previamente elaborada, acontece ao longo da vida, constitui-se em um processo permanente contínuo.

A configuração atual do EJA conta com um capítulo específico na LEI de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96), está respaldada, também, pelo parecer n° 11/2000 do Concelho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica que atribui para a modalidade EJA três funções, que são: reparadora, equalizadora e qualificadora (BRASIL, 2000, grifos nossos).

 

 

-Reparadora: refere-se à entrada de jovens e adultos no âmbito civis, na busca de um direito a eles negado com uma escola de qualidade;

 

-Equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidades que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social e nos demais canais de participação;

 

-Qualificadora: diz a respeito à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares.

 

A educação de Jovens e Adultos tem como objetivo auxiliar cada indivíduo a tornar-se tudo aquilo que ele tem capacidade para ser não se importando com a idade. Sendo uma educação multicultural que desenvolva o conhecimento e integração na diversidade cultural, uma educação para a compreensão mútua contra a exclusão por raça, sexo, cultura ou outras formas de descriminação, e para cumprir esses objetivos o educador deve conhecer realidade do educando, pois assim conseguirá promover a motivação necessária para à aprendizagem despertando neles interesse e entusiasmo.

 

2.1.1 O papel do professor na EJA

 

Quando se propõe uma real mudança na escola, a primeira figura em que se deve pensar é do professor. O professor desempenha um papel importante no processo de ensino aprendizagem. Se tiver uma postura crítica, socializando conhecimento, estimulando a tomada de consciência e procurando desenvolvimento da cidadania.

A relevância da Educação de Adultos teve nas palavras do Sr. Geoff Erici, da Suécia, um tom mais acentuado na questão do papel dos educadores:

 

[...] não há qualidade se o professor não foi formado para fazer o que tem que fazer, é necessária a formação dos formadores. Os professores foram reconhecidos como um dos elementos importantes na qualidade da educação de adultos e também se disse que em muitos casos há profissionais e educadores não capacitados, muitos dos quais trabalham como voluntários que são apenas treinados para agir como professores. Estamos buscando uma maneira de melhorar a capacitação, a formação profissional desses educadores, para que eles eduquem adultos. É necessário que haja uma maior consciência dos dados existentes e tudo que se possa utilizar para que se tenta êxito na educação de adultos (WEBTV, 2009, GRIFO NOSSO).

 

Paulo Freire sempre teve perspectiva de que a educação devesse via à libertação, à transformação da realidade, permitindo que jovens e adultos sejam vistos e reconhecidos, como sujeitos de sua história. Para ele, a educação na sua visão mais ampla deve possibilitar a leitura crítica do mundo.

Freire (1983) afirma que ensinar não é mera transmissão de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida. Ensinar é como viver e neste sentido é algo dinâmico e profundo, que exige consciência que somos inacabados. Elabora uma forma de educação interdisciplinar, com o grande objetivo da libertação dos oprimidos, ou seja, a humanização do mundo por meio da ação cultural libertadora, evitando a lógica mecanicista que considera a consciência como cópia da realidade.

De acordo com Pinto (2003) no que se refere à alfabetização de jovens e adultos, priorizando o conceito crítico de educação com diálogo entre alfabetizadores e alfabetizandos, nuns encontros de consciências, o autor enfatiza que:

 

O educador deve ser portador da consciência mais avançada de seu meio, necessita possuir antes de tudo a noção crítica de seu papel, isto é, refletir sobre o significado de sua missão profissional, sobre as circunstâncias que a determinam e a influenciam, sobre as finalidades de sua ação (PINTO, 2003, p.48)

 

O educador para atuar na EJA deve ter uma visão de transformação, ser consciente eu o jovem e o adulto trazem uma experiência de vida, por isso é necessário fazer uma leitura de mundo, de vivência desses alunos. Ter respeito, saber ouvir, ir ao encontro de quem solicita mais atenção, evitar expor certas situações ocorridas com os educandos que os deixem desconfortáveis frente à turma são formas de demonstrar ao jovem ou adulto que você se importa com eles. Acreditar no potencial de cada educando e permitir que isso transpareça em atitudes e palavras que elevem a baixa autoestima dele, muitas vezes já intrínseca em seu comportamento.

O modo infantilizado com que os educadores tratam os jovens e adultos nas situações trazidas por Ribeiro (1999) e Rodrigues et al. (2005) distancia-se do que a Declaração de Hamburgo propunha em 1997: “[...] fazer com que a alfabetização responda ao desejo de promoção social, cultural e econômica dos aprendizes [...] substituindo a visão estreita de alfabetização [...] (CONFINTEA, 2009, P.39). Jamais deve trata-los como crianças ao mencionar as continhas ou os trabalhinhos para fazer e outros.

Atualmente, os recursos tecnológicos têm possibilitado uma maior aproximação com diversas realidades, sendo possível estar a par das discussões em torno da temática da EJA, a exemplo do Portal Fórum EJA. Ir ao encontro de cursos que levem a uma melhoria da profissão docente é outro ponto a considerar, uma vez que pode elaborar novos conceitos, nossas práticas, promovendo assim uma educação de qualidade.

O papel do educador é pensar formas de intervir e transformar a realidade, dialogando com o educando em sala de aula, o importante não e depositar conteúdos, mas sim despertar uma forma de relação com a experiência vivida pelos educando, conhecer como indivíduo num contexto social, com seus problemas, medos e suas necessidades valorizando seu saber, sua cultura seus desejos, seus sonhos possibilitando assim uma aprendizagem integradora e abrangente.

 

3 ANÁLISE DOS DADOS

 

No início recorri primeiramente à internet como ferramenta para buscar o embasamento teórico, à cerca do meu tema (Alfabetização de Jovens e Adultos EJA) a fim de melhorar meus conhecimentos e dar suporte aos nossos trabalhos também fizemos pesquisas em cadernos de estudos, livros, assisti vídeos para me ajudar compreender melhor e entender.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A alfabetização faz-se necessário, porem antes mais necessário é formar cidadãos capazes de buscar novos caminhos atuantes e cientes de seu papel na sociedade. A educação não é tarefa exclusiva do professor e a escola não é o único espaço para se aprender, toda a sociedade deve voltar-se para a educação. Ensinar é mais do que a transmissão de conteúdo, requer o compromisso entre o professor e aluno na busca de soluções das dificuldades da aprendizagem do educando.

Os alunos da EJA voltam a frequentar a escola em busca de mudança tanto de cunho pessoal, mas também num sentido mais amplo, também em busca de mudanças sociais. Esses alunos precisam ser tratados como Adultos, com metodologias que se adéquam as suas necessidades, o professor precisar ter uma atenção especial motivando sempre esse aluno respeitando e estimulando a vencer.

Grandes foram as barreiras vencidas no decorrer da história da Alfabetização de Jovens e Adultos, finalizando este trabalho pude compreender melhor esta historicidade no Brasil e como se deu a alfabetização, grandes avanços se olhar pra atualidade em que se encontra mas ainda há uma necessidade de educadores capacitados para trabalhar com esses alunos pra conseguir fazer com que eles permaneçam na escola, os desafios são mínimos diante das possibilidades.

 

REFERÊNCIAS

 

Mec. Trabalhando Com a Educação De Jovens e Adultos. Brasília: 2006. www.se.df.gov.br/conponent/content/article/225-educacao.no.df/267-educacao-de-jovens-e-adultos.htlml: Acesso em 24/03/2016

 

Brasil. Parecer 11/2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, Brasília, 2000.

 

FREITAS. Maria de Fátima Quintal de. (2007). “Educação de jovens e adultos, educação popular e processos de conscientização: intersecções na vida cotidiana”. Educ.rev. [Online]. DOI:htpp://dx.doi.org/10.1590/S0104-40602007000100005. PMID ISSN 0104-4060. Acesso em 24/03/2016.

 

Anzorena, Denise Izaguirreo Educação de Jovens e Adultos/Denise Izaguirre Anzorenna, Zilma Mônica Sansão Beneventti. Indail; Uniasselvi, 2013.

 

Pedagogia Jovens e Adultos: http://www.pedagogia.com.br/artigos/ejaestudo/.

Acesso em 25/03/2016

Identidade do aluno e do Professor da EJA - Edite Maria Sanches Viana, Jaqueline de Sá Rampazzo Sanches e Rosangela da Silva Miranda http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2069:Acesso 25/03/2016

Unesco. Brasil. Ministério Da Educação. Alfabetização Como Liberdade. 2. Ed.

Brasília: Unesco, Mec. 2004. Disponível Em: www.unesco.org/new/ret/brasilia/ acesso em 25/03/2016

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/idb.pdf 

Acesso em 25/03/2016.