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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NO TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO

Jessica Janaína da Silva
Elizeth Garcia de Souza
Vanessa Cristina de Souza Gonzales
Cleusa da Silva
Vinicius Luan de Souza Oliveira

 

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo apontar a correlação do trabalho do gestor escolar com o trabalho do psicopedagogo, onde dentro de um contexto escolar há a necessidade laboral de ambos papéis. O método utilizado para esta pesquisa compreende-se pela busca bibliográfica de obras em sítios oficiais e acadêmicos. As obras utilizadas para a pesquisa bibliográfica compreendem o período de 2000 a 2017. Como síntese deste trabalho, se pode compreender que o trabalho do psicopedagogo visa facilitar o aprendizado do aluno, buscando diversas maneiras de abordar os conteúdos à eles destinados. Em paralelo, está a função do gestor escolar, que visa acompanhar tais processos educativos. Assim a viabilidade do trabalho em conjunto desses profissionais permite maior abrangência positiva no que se refere à busca por qualidade educacional.

 

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogo. Gestão Escolar. Trabalho interativo.

 

INTRODUÇÃO

 

Atualmente o trabalho do gestor possibilita um bom desempenho escolar, pois entende-se que é uma função primordial tanto para o administrativo escolar, quanto ao educacional. Assim como também se faz necessário o trabalho do psicopedagogo, que tende a contribuir com o processo de ensino aprendizagem, por diversas metodologias de ensino. O psicopedagogo contribui com o desenvolvimento escolar dos alunos e da escola.

Pensando nisso, o presente trabalho aborda uma correlação entre os dois papéis (gestor e psicopedagogo) exercidos dentro do contexto escolar, com vistas a compreender como se dá essa conjuntura.

O eixo deste trabalho consiste na identificação dos problemas educacionais encontrados em alguns âmbitos escolares e, a partir disso, direcionados às possíveis viabilidades de solução, sendo estas as intermediações conjuntas entre o psicopedagogo (educador) e o gestor escolar.

Em conseguinte, ser aplicadas tais intermediações, é possível observar uma melhora no desempenho escolar dos alunos, pois ambas as funções visam a eficácia do ensino. Melhoras estas no processo de ensino e aprendizagem, como também de relações interpessoais do âmbito escolar.

O objetivo geral do presente trabalho consiste em entender como se dá o trabalho cooperativo do gestor com o psicopedagogo em âmbitos escolares. Secundário a isso, por objetivos específicos buscou-se compreender qual o papel desempenhado por cada uma dessas funções; entender como se aplicam essas interações nos anos iniciais de ensino; e descrever a importância de cada uma dessas funções dentro de um contexto escolar.

A importância do presente trabalho se compreende pela relevância que o mesmo possui ao tratar sobre soluções dos problemas educacionais encontrados em algumas escolas, pois apresenta maneira de cooperação do trabalho escolar como uma maneira auxiliadora nestes processos. Maneiras estas que se encontram ao alcance das escolas.

Para desenvolver o trabalho, faz-se necessária a utilização de pesquisa bibliográfica seletiva, servindo as obras pesquisadas como suporte para a síntese apresentada.

 

Papel da Gestão Escolar

A afirmação de que vivemos uma época de mudança é comum. Entretanto, a mudança mais comumente encontrada é o modo como percebemos a realidade e de como dela podemos estabelecer o desenvolvimento da consciência. Tal mudança de paradigma é acentuada por uma forte tendência de adoção de práticas e concepções interativas e democráticas, onde essa dinamicidade permite a interação de dirigentes, funcionários e outros, estabelecendo alianças e parcerias na busca de soluções dos problemas e alargamento de horizontes (LÜCK, 2000).

Neste âmbito, não apenas a escola desenvolve essa consciência, mas a própria sociedade cobra que o faça. Desse modo, a escola se encontra no centro das atenções da sociedade, pois reconhece-se que a educação na sociedade globalizada, constitui grande valor estratégico para o desenvolvimento social (LÜCK, 2000).

Nas palavras da autora:

 

Observa-se, também, o interesse de grupos e organizações, no sentido de colaborarem com a escola, constituindo-se essa área, um campo fértil para a realização de parcerias em prol da educação, para o desenvolvimento da sociedade, e por conseguinte, um grande desafio para os gestores escolares, por exigirem deles novas atenções, conhecimentos e habilidades (LÜCK, 2000, p. 12).

 

Além do papel administrativo da gestão já citado, deve ser salientada a importância da gestão pedagógica, a qual é considerada fundamental e significativa, “a gestão pedagógica tem o intuito de dar atenção maior para área de educação, em outras palavras da escola, propriamente dita, e da parte educacional” (CONNECT ESCOLAS, 2016, online).

Nesse quesito, os profissionais se interagem e discutem acerca dos objetivos específicos e gerais quanto aos métodos de ensino e aprendizagem dos alunos. Para isso, o estabelecimento da abordagem da prática leva em consideração os objetivos já estabelecidos, além das condições e particularidades dos alunos. Assim são elaborados os conteúdos curriculares e as metas para o ano letivo. Outra função dos gestores educacionais é a realização do acompanhamento e a avaliação do rendimento do que foi planejado anteriormente e observar se houveram bons resultados e, caso o contrário, buscar compreender as razões que levaram a um não aproveitamento total desses requisitos (CONECT ESCOLAS, 2016, online).

Dentro da instituição e em especial, da gestão escolar, tem diversas divisões do trabalho. Quanto a isso, o papel de diretor dentro da escola é primordial, em suma quando se trata sobre gestão pedagógica. O mesmo é considerado o responsável por apresentar sucesso, ou não, para o campo pedagógico; este, recebe o apoio do Coordenador Pedagógico para contribuir na elaboração e aplicação dos projetos e planos (CONECT ESCOLAS, 2016, online).

Lück (2008) afirma que o diretor da escola, o diretor assistente ou adjunto o orientador educacional e o supervisor pedagógico, além de outros membros da equipe de gestão escolar, praticam funções de liderança e coliderança, inerentes as suas funções. Aliás, é importante reconhecer que todo trabalho na área da educação, com sua natureza formadora, implica ação de liderança, que se constitui no poder de influenciar positivamente as pessoas, para que possam construir, coletivamente, conhecimento, desenvolver competências, realizar projetos e de modo geral, promover melhoria em alguma condição. Assim, todos os profissionais realizam-se, desenvolvendo seu potencial e promovendo o capital cultural da escola em geral e dos grupos sociais que participam, promovendo a aprendizagem e formação dos alunos.

Os papéis dentro de uma instituição de ensino variam entre: o trabalho técnico-pedagógico que destina-se para os professores e especialistas da educação (pedagogos), sendo que à estes são dadas as tarefas de coordenação e gestão pedagógica; além disso, para o trabalho administrativo destinam-se as tarefas com tomada de decisões, organização, planejamento e supervisão do trabalho escolar (ALONSO, 1973 apud SOUZA, 2006).

Connect Escolas (2016) põe em pauta que as especificidades esperadas para cada área são encontradas no Regimento Escolar, incluídas no Projeto Pedagógico e apresentadas para os integrantes da instituição, com o intuito de que todos conheçam suas atribuições no ambiente escolar.

É importante salientar que o trabalho administrativo deve se manter em conexão com o contexto que se aplica à escola, demandando de constantes ajustamentos em seus processos (ALONSO, 1976 apud SOUZA, 2006).

O trabalho administrativo por manter relações com o contexto escolar, rege normativas federais, estaduais e municipais, e a priori, toda a realidade local de alinhar-se às diretrizes maiores, a BNCC.

A BNCC e os currículos possuem papéis essenciais para assegurar as aprendizagens fundamentais para cada etapa da educação básica, uma vez que o processo de aprendizagem só se materializa por intermédio da junção de decisões que caracterizam o currículo em ação. Tais decisões permitem a adequação da BNCC à realidade local, levando em consideração a autonomia dos sistemas ou redes de ensino e instituições escolares, assim como, o contexto e particularidades dos alunos. Tais decisões resultam de um processo de envolvimento da família e comunidade no contexto escolar, além do papel do gestor em:

 

decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem (BRASIL, 2018, p. 16).

 

Papel da psicopedagogia

A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), gestão 2011-2013, a qual estabelece princípios, normas e valores, orientam os profissionais da psicopedagogia brasileira, visando uma boa conduta profissional. A mesma define a psicopedagogia em um de seus princípios como um campo de atuação em Educação e Saúde que se “ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos” (ABPp, 2013, online).

Neste documento são apontados os objetivos da atividade do psicopedagogo:

 

a) promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social;
b) compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem;
c) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia;
d) mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem (ABPp, 2013, online).

 

Na atualidade existem muitas reflexões sobre a formação de professores e sobre os saberes indispensáveis para que desenvolvam a docência e para que isso ocorra, é necessário que o professor conheça os saberes pedagógicos, como é abordado por Tardif (2007, p. 37) apud Nez & Silva (2011, p. 212), indicando que:

 

[...] apresentam-se como doutrinas e concepções provenientes de reflexões sobre a prática educativa no sentido amplo do termo, reflexões racionais e normativas que conduzem a sistemas mais ou menos coerentes de representação e de orientação da atividade educativa.

 

A relevância da Psicopedagogia Institucional é estabelecida quando o profissional dessa área pode notar com atenção um grupo de pessoas que pertença à uma instituição/escola. Assim, por meio da avaliação Psicopedagógica Institucional, é possível perceber quais as necessidades deste grupo, qual o melhor modo para que ele aprenda e possa se desenvolver amplamente (TEIXEIRA, 2015).

O trabalho psicopedagógico institucional é exercido a partir da análise das redes de relações que são estabelecidas nas instituições em que atuam, de forma direta ou indireta, em processos de ensino e aprendizagem. Portanto, seu objeto de estudo “é a instituição, seja ela uma escola, um hospital ou uma empresa, onde pessoas se relacionam, ensinam e aprendem” (GRASSI, 2009, p. 146 apud TEIXEIRA, 2015, p. 35106).

Em seguida, a autora supracitada põe em destaque que tal relação é influenciada por todos os que a constituem, tanto alunos, quanto professores e comunidade escolar em geral, bem como, as metodologias utilizadas. Assim, se faz necessário entender tais diferenças e desfrutar de cada um o que melhor pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, buscando minimizar ou superar as dificuldades encontradas no contexto da instituição.

É importante frisar que os problemas encontrados num contexto escolar são variados. Para tanto, destaca-se que já num primeiro momento, a educação infantil e séries inicial no nível fundamental já carecem de atenção quanto a problemática apresentada.

Balestra (2007) ressalta que é grande a busca por formação em psicopedagogia, e isso demonstra uma inequívoca necessidade de intervenção no processo educacional, especialmente nos ciclos de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. “Sendo que a presença do psicopedagogo (nesses níveis de educação) representa uma alternativa para a resolução dos problemas do processo de ensino-aprendizagem, no trabalho de apoio pedagógico” (BALESTRA, 2007, p. 09-10)

 

    1. Importância do trabalho cooperativo entre o gestor escolar e o psicopedagogo

       

O psicopedagogo, quando numa ação institucional, oferece total atenção ao grupo, podendo atuar de forma preventiva. Isso permite a abordagem de diversos projetos, o entendimento da cultura desta instituição e a forma de interação do grupo. Destaca-se a psicopedagogia institucional se propõe, “a estar atenta às inúmeras possibilidades de construção do conhecimento e valorizar o imenso universo de informações que nos circunda” (OLIVEIRA, 2009, p. 39 apud TEIXEIRA, 2015, p. 35107-35108).

A construção do conhecimento então deve seguir paralelamente a vivência do aluno no contexto escolar, onde haja correlação entre família e escola. Assim, ao se pensar numa abordagem sistêmica, os sistemas abertos são caracterizados por possuírem fronteiras, apropriam-se de um caráter relacional com demais sistemas. “Este caráter relacional de uma flexibilidade na retroalimentação, quando pensado sobre a relação família e escola, deve estar pautado no diálogo em prol da aprendizagem” (OLIVEIRA, 2009, p. 244).

Outras contribuições muito importantes da psicopedagogia, desenvolvida nos âmbitos escolares e com a contribuição do papel do gestor, são: “transparência em sua proposta pedagógica, prioridade nas atividades que podem ter os pais em contado direto com a escola, ter objetivos em que os alunos percebam a importância da família na aprendizagem” (OLIVEIRA, 2009, p. 244).

Ainda em complemento, a autora cita que a relação interpessoal entre o educador e seu grupo é fator essencial para que o educador possa conseguir assumir o papel de facilitador da aprendizagem/autoconhecimento e por consequente, o crescimento de sua autonomia pessoal e social (OLIVEIRA, 2009, p. 245). Com isso se pode notar que a função do gestor está inserida quanto à coordenação e destinação das atividades cumpridas pelos professores/educadores, o que também se insere num contexto de relação interpessoal.

Além disso, a atuação do psicopedagogo institucional, procura contribuir para que a instituição melhore no processo de ensino, e que isso aconteça por meio de trabalhos cooperativos, estreitando as relações com a comunidade escolar, da promoção de momentos de formação para seus professores, entre outros (TEIXEIRA, 2015).

Assim, é possível compreender é ampla a abordagem dessa área já que a psicopedagogia no espaço institucional desempenha um importante papel no auxílio nas relações de ensino e aprendizagem (GRASSI, 2009, apud TEIXEIRA, 2015).

Para melhor compreendimento, nota-se a relação das atuações em questão na figura 01:

 

Figura 01: Relação: Psicopedagogo x Gestor escolar

Fonte: Quiqueto (2017, online)

 

Em vista disso, é possível afirmar que a associação de ambas as áreas de atuação profissional, proverá bons resultados para o eixo educativo, quando visado o processo de ensino-aprendizagem, e também para demais funções do gestor escolar (QUIQUETO, 2017).

 

CONCLUSÃO

 

Com o presente trabalho foi possível concluir que as práticas funcionais dos gestores em escolas permitem um melhor desempenho escolar em vários quesitos, sejam estes administrativos ou educacionais. Ademais, o papel do psicopedagogo também vem a contribuir com o processo de ensino - aprendizagem, pois o mesmo possibilita ao aluno diversificadas maneiras para o aprendizado com êxito.

De tal modo, e em paralelo ao supracitado, a junção colaborativa de ambas as funções dentro da escola, permite que os alunos possam ter uma melhor capacidade de aprendizado, pois tal cooperação permite maior viabilidade no trabalho do educador e por consequente, maior aprendizado aos alunos. Além disso, é possível destacar que o psicopedagogo contribui nas funções da gestão, pois pode proporcionar momentos de formação aos professores, oferecendo auxílio ao corpo docente, gestor e alunos.

Por fim, o trabalho possibilitou compreender como se dá esse processo interativo entro o gestor escolar e o psicopedagogo. De tal modo, o mesmo tende a contribuir com estudantes e pesquisadores da área, por tratar de assuntos que interessam a todos os integrantes do contexto escolar.

 

REFERÊNCIAS

 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (ABPP). Código de ética do psicopedagogo. São Paulo, 2013. Disponível em: <https://www.abpp.com.br/artigos/documentos_referencias_codigo_etica.html>. Acesso em: 16 out. 2020.

 

BALESTRA, Maria Marta Mazaro. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da liberdade. Curitiba: Ibpex, 2007. 127 p.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília/DF: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Online. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 16 out. 2020.

 

CONNECT ESCOLAS. Principais conceitos de gestão escolar. [S.I]. 2016, online. Disponível em: <http://www.connectescolas.com.br/blog/principais-conceitos-de-gestao-escolar>. Acesso em: 14 out. 2020.

 

LÜCK, Heloísa. Liderança em gestão escolar. 2. ed. Petrópolis/RJ: Editora vozes, 2008. 168 p.

 

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à formação de seus gestores. Revista Em aberto, Brasília/DF, v. 17, n. 72, p. 11-33, 2000. Disponível em: <http://rbepold.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/2116/2085>. Acesso em: 13 out. 2020.

 

NEZ, Egeslaine de.; SILVA, Vanessa do Nascimento. Saberes pedagógicos na prática de professores: um estudo de caso na Universidade do Estado de Mato Grosso. Educere et Educare Revista de Educação, Cascavel/PR, v. 6, n. 11, p. 207-225, 2011.

 

OLIVEIRA, Mari Ângela Calderari. Intervenção psicopedagógica na escola. 2. ed. Curitiba/PR: IESDE Brasil, 2009. 160 p.

 

QUIQUETO, Ana Maria. Maxi Educa. 6 Dicas valiosas para obter sucesso na gestão escolar. Não fique de fora!!. 2017, online. Disponível em: <https://blog.maxieduca.com.br/sucesso-gestao-escolar/>. Acesso em: 31 out. 2020.

 

SOUZA, Ângelo Ricardo de. Perfil da gestão escolar no Brasil. 2006. 336 f. Tese (doutorado em Educação: História, Política, Sociedade) - Pontíficia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, 2006.

 

TEIXEIRA, Carolina Terribile. A atuação psicopedagógica na instituição escolar em colaboração a gestão educacional. In: Educere XII Congresso Nacional de Educação, 2015. Anais... Curitiba: PUCPR, 2015. p. 35104-35115. Disponível em: <https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20002_9371.pdf>. Acesso em: 10 out. 2020.