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ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Luciana Cristina Barbosa Camanho

Eliane Cristina Krause Monteiro Pereira

Janira Salete Bonfim

Maria Aparecida Camanho

Edneia Cícera de Souza Braga

 

RESUMO

Diante de todas as informações contidas nesse estudo pode-se concluir que é importante mencionar que os jogos e as brincadeiras na sala de aula, podem ser considerados como sendo atividades sociais privilegiadas de interação específica e fundamental que garantem a interação e construção do conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito-criança como sujeito produtor da história. O lúdico é considerado uma forma de proporcionar prazer, utilizando o imaginário e a criatividade nas várias formas de brincadeiras e jogos. Este estudo objetivou analisar o lúdico como subsídio pedagógico para as aulas de Educação Infantil. Neste trabalho apresentei os resultados de uma coleta de dados a qual obtive a importância das atividades lúdicas na Educação Infantil. Visto que jogos e brincadeiras são experiências que se correlacionam ao ambiente escolar. Procurei respaldar em embasamentos teóricos, através pesquisas bibliográficas, observações e questionários com professoras da Educação Infantil. Considerando a brincadeira importante no desenvolvimento da criança, ela também tem a missão de desenvolver o aprendizado de forma lúdica. Visando levantar se a atividade lúdica é inserida na pratica pedagógica como facilitador da aprendizagem e se realmente há cunho pedagógico. Cujos resultados, sobre o tema abordado foi apresentado no desenvolvimento e conclusão final deste trabalho.

Palavras-Chave: Lúdico. Ensino Aprendizagem. Jogos e Brincadeiras.

 

1 INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho visa pesquisar a importância do lúdico no desenvolvimento das crianças em sala de aula, onde convivem diariamente, em busca de novos saberes. Por isso, estudar e investigar sobre este tema é importante para mostrar que o lúdico é um método que contribui para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança descobre, inventa, ensina regras, experimenta, relaxa e desenvolve habilidades. Com esta pesquisa iremos também reafirmar ao educador a respeito da importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que a criança aprende de modo mais prazeroso. Conforme os estudiosos apontam, “o brincar é importante”, “deixe a criança brincar”, “o jogo é uma necessidade do ser humano” etc. Há uma intuição generalizada de que o jogo é importante para a criança, pois, é através de atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) que a criança interage consigo e com o outro, constrói normas para si e para o outro, cria e recria a cada nova brincadeira o mundo que a cerca e, consequentemente, aprender de forma lúdica pode proporcionar muitos benefícios para as crianças. As brincadeiras direcionadas ofertam às crianças um ambiente agradável e interessante; possibilitando assim, o aprendizado de várias habilidades úteis a sua vida social e afetiva.

 

Para o desenvolvimento e aprendizagem o lúdico tem sido objeto de discussões, pois inserem as crianças no mundo da fantasia e da brincadeira, onde o Lúdico oferecerá uma essência de divertimento fundamental para o aprendizado.
Segundo Murcia (2005), as crianças sempre usarão algum jogo para passar o tempo ou para sua diversão, onde o jogo vai expressar algo vital para o ser humano (como meio de eliminar o seu excesso de energia). Murcia (2005, p. 46) apud Orlick (1990), afirma que “jogar é o meio ideal para uma aprendizagem social positiva, pois é natural, ativo e muito motivador para a maior parte das crianças. As brincadeiras envolvem de modo constante as pessoas nos processos de ação, reação, sensação e experimentação”.
Atividades e jogos de ocupação de espaço devem ter lugar de destaque nos conteúdos, pois permitem que se ampliem às possibilidades de se posicionar melhor e de compreender os próprios deslocamentos, construindo representações mentais mais acuradas do espaço. Também nesse aspecto, a referência é o próprio corpo da criança e os desafios devem levar em conta essa característica, apresentando situações que possam ser resolvidas individualmente, mesmo em atividades em grupo.
O Lúdico desempenha um papel fundamental no aprendizado. Mas, não é o único componente do jogo. Existem outras funções para o mesmo, como competição e passatempo, contudo, independentemente de isso ser bom ou ruim, o que deve ser visto no jogo são seus aspectos criadores e não os negativos. Assim, buscar-se eliminar quaisquer vestígios de vulgarização da existência, vendo no jogo a possibilidade do exercício da criatividade humana (HUIZINGA, 1971).
Conforme Giacometti (2005), o brincar e o jogar podem ter o mesmo significado aos alunos, pois para eles, essas duas palavras soam como o mesmo significado, assim algumas crianças dizem brincar e outras dizem jogar. Para essa autora, seja qual for à época, cultura ou classe social, os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem.
O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo, onde se apresenta justamente o Lúdico. A idéia de jogo é central para a civilização.
Friedmann (1996) define a brincadeira, o jogo e o brinquedo como: “Brincadeira refere-se, basicamente, à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada; jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar; atividade lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores” (p. 12). Já para Murcia (2005, p. 47), o jogar “promove a construção de relações” e a brincadeira “facilitam a adaptação social”.
O Lúdico assume um papel importante no processo de socialização das atividades das crianças, pois acaba sobre tudo desenvolvendo a criatividade e a participação cultural, (MARCELINO, 1997).

Quando se trata em trabalhar com jogos, Macedo (2002, p 24) diz “o trabalho com jogos, no que se refere ao aspecto cognitivo, visa a contribuir para que as crianças possam adquirir conhecimento e desenvolver suas habilidades e competências”. Assim sendo, o Lúdico nas aulas de Educação Infantil auxiliará como parte do processo de aprendizagem, contribuindo de forma positiva para que alunos e professores possam interagir de forma a gerar satisfação e harmonia no âmbito escolar. Onde a escola poderá incluir em seu planejamento, atividades atrativas que despertem plenamente o interesse e a participação de seus alunos em todos os conteúdos propostos.
A aulas da educação infantil é estimulada através de atividades lúdicas jogos, leituras, imagens e sons. Através dos vários processos pedagógicos, a professora busca conduzir a criança ao conhecimento do mundo pessoal, familiar e social. As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desce cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circundam, as crianças revela seu esforço para compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que presenciam e per meio das brincadeiras explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva, as crianças, constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia de realidade, mas sim fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação (Vygostsy1989, p.112). Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da Educação Infantil de seus profissionais. (Silva, Silva e Santos, 2017)


Para aprofundar o conhecimento e compreender o que nos parece confuso, é que a reflexão e a busca constante por aprimoramento das aulas se tornam importantes, pois o processo de ensino e aprendizagem é muitas vezes monótono e repetitivo com teorias prontas e acabadas. No entanto, esse espaço pode dar lugar ao diálogo e à construção do conhecimento em conjunto entre professor e aluno dinamizando e buscando meios novos de compreender os assuntos serem desenvolvidos.

 

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM


O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade.


Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática. O jogo pedagógico tem a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.
Os jogos e brincadeiras no trabalho psicopedagógico muito podem contribuir na prática pedagógica, atingindo diferentes faixas etárias. Variando desde brincadeiras já conhecidas da criança até a criação de novos jogos.
Segundo
o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, (1998, p. 22).:
[...] brincar é uma das atividades mais importantes para o desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças [...], além de [...] “desenvolver habilidades importantes como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação, o aluno também amadurece a capacidade de socialização por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais
Por meio do brincar livre subsequente e ampliado, as crianças provavelmente serão capazes de aumentar, enriquecer e manifestar sua aprendizagem. Quanto mais jovem a criança, mais provável que seja necessário o brincar mais exploratório, mas isso depende do contexto geral e exploratório em suas experiências pré-escolar, em casa ou com companheiros de brincadeiras. Elas então chegam à escola possivelmente com expectativas muito diferentes em relação ao “brincar”.
Qualquer pessoa que já tenha observado ou participado do brincar infantil por certo período de tempo perceberá imediatamente que as crianças nem sempre utilizam uma variedade toa grande de materiais e atividades como frequentemente se sugere. Às vezes elas restringem bastante os recursos, manipulando-os dentro de um estreito intervalo de possibilidades potenciais, e precisam ser estimuladas a usá-los de outras maneiras e para outros propósitos. (Silva, Silva e Santos, 2017)


2.1 O BRINCAR E A APRENDIZAGEM:


O principal problema quando tentamos discutir o brincar e a aprendizagem é que a primeira tarefa difícil, conforme sugerido por Wajskop (1995) é a de distinguir entre o brincar e os comportamentos de brincar. O brincar é, portanto, o processo quanto modo: como as crianças e os adultos consideram certos objetos ou eventos indica se eles estão ou não agindo de maneira lúdica.
Qualquer coisa pode ser realizada de maneira lúdica, seja qual for a “categoria” ou o nível de atividade envolvida, e é possível que adultos e crianças mudem dentro de uma mesma situação, de lúdico para sério, e vice versa. O mais importante é que isso pode, ou não, ficar óbvio para um observador.
Especialmente na escola, segundo Oliveira (2000), é improvável que as crianças consigam se expressar, devido a constrangimentos temporais e interpessoais, de forma tão competente, consistente e aberta como fazem em casa. Os professores encontram outros problemas quando tentam avaliar o que a criança realmente esta aprendendo a partir do comportamento de brincar exibido.
Para Oliveira (2000) dizem também que as crianças ocupadas com uma atividade raramente conseguem participar de conversas intelectualmente desafiadoras, porque sua atenção esta dirigida para a tarefa. Os professores precisam inferir, a partir de suas atitudes externas, concentração, expressões faciais, motivação aparente, e assim por diante, qual esta sendo sua provável aprendizagem; de outra maneira, como eles podem saber que ensino e aprendizagem são necessários. Kishimoto (1994), diz sobre a análise do nosso próprio brincar: “As escolhas de oportunidade lúdicas que fazemos habitualmente, sem refletir, podem, se refletirmos a respeito, ser psicologicamente informativas sobre nós mesmos e podem sugerir uma série de questões muito interessantes sobre o significado psicológico dessas escolhas”. (1994, 29).
No contexto do presente modelo, precisamos reservar tempo para explorar as necessidades explicitadas pelo brincar, assim como tempo para conversar sobre ele, ampliando a aprendizagem por meio do brincar dirigido. A oportunidade para avaliar as respostas, compreensões e incompreensões da criança se apresenta nos momentos mais relaxados do brincar livre.
A maior aprendizagem está na oportunidade oferecida à criança de aplicar algo da atividade lúdica dirigida a alguma outra situação. Cunha (1994) explica claramente suas ideias em relação a este aspecto quando diz que “o brincar, como uma atividade, está constantemente gerando novas situações. Não se brinca apenas com e dentro de situações antigas”.
No caso das crianças pequenas, as incidências de aprendizagem podem ser muito pequenas, mas são elas que fazem a criança avançar um estágio ou mais na aprendizagem. E são essas aprendizagens que, livres do constrangimento do ensino ou da aprendizagem explícita, podem ser verdadeiramente consideradas como brincar, pois como dizem Pourtois & Desmet (1999, p. 52), “a exploração tende a preceder o domínio, que tende a preceder o brincar, e nem sempre é fácil distingui-los”. Por meio do brincar livre, exploratório, as crianças aprendem alguma coisa sobre situações, pessoas, atitudes e respostas, materiais, propriedades, texturas, estruturas, atributos visuais, auditivos e sinestésicos. Por meio do brincar dirigido, elas têm outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades estendendo-se a um relativo domínio dentro daquela área ou atividade.
A brincadeira permite pensar, construir, decidir, experimentar, sentir emoções, cooperar, descobrir, aceitar limites, competir. Nas brincadeiras as crianças ficam frente a frente com situações já vividas pelos seus pais. Segundo Benjamin, citado por Porto (2003), “o brinquedo, mesmo quando não é apenas miniatura de os objetos que circulam no mundo dos adultos, é confronto, não tanto da criança com os adultos, mas destes com criança”.
Lembrando que quando a criança cria um jogo ou o confecciona, a motivação é sempre maior, fazendo com que ela se sinta valorizada, principalmente as tímidas e com baixa estima.
Estes recursos possibilitam às crianças manifestarem curiosidades sobre os conhecimentos já adquiridos, bem como a exploração de vários materiais que são colocados a sua disposição, pois jogando e brincando, a criança assimila conhecimentos, experiências e valores, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo.
Segundo Araújo, (1992, p. 14),
É de fundamental importância o jogo na vida da criança, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade e satisfação pelo que faz, dando, portanto, real valor e atenção às atividades vivenciadas naquele instante.
Conhecendo o valor educativo contido nos jogos e brincadeiras, o educador poderá alcançar um desenvolvimento globalizado, atingindo necessidades de seu aprendiz, de forma que este seja um sujeito ativo na construção de seu conhecimento, pois o encanto natural das crianças de todas as idades e realidades sociais pelo brincar, nos fez pensar na importância dos jogos e brincadeiras como parceiros do processo de ensino-aprendizagem.
Ressaltando que o êxito do ensino aprendizagem depende em grande parte, da interação professor-aluno, devemos alertar que o professor é um facilitador da aprendizagem e assim deverá criar condições para que a criança explore seus movimentos, manipule materiais e interaja com seus companheiros e assim, resolva situações problemas. E que guie seus alunos para ações participativas em tarefas e atividades que o façam se aproximar mais dos conteúdos programados.
Rischbieter ressalta que. (Rischbieter, 2000, p.98)
As crianças brincam, transformando os brinquedos, reelaborando-os criativamente. Combinando os dados da própria experiência, elas constroem uma nova realidade e quando as crianças brincam entre si, ou sozinhas, não estão “perdendo tempo”, mas sim construindo uma série de conhecimentos e de habilidades importantíssimas, ao mesmo tempo em que podem reviver e resolver uma série de conflitos emocionais, brincando na presença de adultos que se interessam por seus jogos
O brincar, jogar, criar e imitar é um meio para que as crianças se apropriem da cultura corporal na qual estão inseridas, contribuindo assim para o desenvolvimento de relações interpessoais na sala de aula e fora dela. Em um ambiente organizado os jogos e brincadeiras auxiliam as interações, o desenvolvimento cognitivo e a autonomia das crianças. (Silva, Silva e Santos, 2017)


2.2 A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam a sua causa. Muito já se pesquisou, escreveu-se e se discutiu sobre a educação, mas o tema é sempre atual e indispensável, pois seu foco principal é o ser humano. Então, pensar em educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu corpo, em seu meio ambiente, nas suas preferências, nos seus gostos, nos seus prazeres, enfim, em suas relações vivenciadas.

A maioria das escolas de hoje está preparando seus alunos para um mundo que já não existe. As aulas tradicionais deverão ser substituídas por orientar a aprendizagem do aluno na construção do seu próprio conhecer, como preconiza o construtivismo, o sócio interacionismo, porque, afinal, ou aluno e professor estão mobilizados e engajados no processo, ou não há ensino possível. Ninguém ensina a quem não quer aprender, pois Ausubel, citado por Barreto (1998), alerta para o fato de que a verdadeira aprendizagem é sempre significativa. Se entendermos o conhecimento como uma representação mental, devemos saber que ensinar é um convite à exploração, à descoberta, e não uma pobre transmissão de informações e técnicas desprovidas de significado.

Aprender a pensar sobre diferentes assuntos é muito mais importante do que memorizar fatos e dados a respeito dos assuntos. A própria criança nos aponta o caminho no momento em que não utiliza suas energias de forma vã. Do mesmo modo a escola deve educar: de forma inteligente e divertida.

O homem é um ser em constante mudança; logo, não é uma realidade acabada. Por esse motivo, a educação não pode arvorar-se do direito de reproduzir modelos e, muito menos, de colocar freios às possibilidades criativas das crianças. Sneyders (1996) comenta que a pedagogia, ao invés de manter-se como sinônimo de teoria de como ensinar e de como aprender, deveria transformar a educação em desafio, em que a missão do mestre é propor situações que estimulem a atividade de reequilíbrio do aluno, construtor do seu próprio conhecimento.

A escola deve compreender que ela mesma, por um determinado tempo da história pedagógica, foi um dos instrumentos da imobilização da vida, e que esse tempo já terminou. A evolução do próprio conceito de aprendizagem sugere que educar passe a ser facilitar a criatividade e, deve-se abandonar de vez, a ideia de que apreender significa a mesma coisa que acumular conhecimentos sobre fatos, dados e informações isoladas numa autêntica sobrecarga da memória. De acordo com o Referencial Curricular da Educação Infantil (1998, p.23),

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

Entende-se que educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando consumir passivamente. Educar é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo. É seduzir os seres humanos para o prazer de conhecer. É resgatar o verdadeiro sentido da palavra "escola", local de alegria, prazer intelectual, satisfação e desenvolvimento.

Para atingir esse fim, é preciso que os educadores repensem o conteúdo e a sua prática pedagógica, substituindo a rigidez e a passividade pela vida, por alegria, por entusiasmo de aprender, pela maneira de ver, pensar, compreender e reconstruir o conhecimento. Almeida (1995, p.41) ressalta: A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.

A escola necessita repensar quem ela está educando, considerando a vivência, o repertório e a individualidade do aluno, caso contrário, dificilmente estará contribuindo para mudança e produtividade de seus educandos.

Acreditamos que as brincadeiras de outras décadas que fizeram crianças felizes e permanecem em alguns lugares são: a pipa, a bicicleta e a bola.


Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo. A criança que não tem oportunidades de brincar esta como um peixe fora d’água. (Martins, 2005, p.181)

 

Também os estudos de Piaget e Vygotsky trazem a baila o valor do brinquedo e da brincadeira para o conhecimento e desenvolvimento infantil. Através de estudos, basicamente sobre conhecimento, Piaget acreditava que o mesmo se forma aos poucos e que são os próprios indivíduos que os constroem progressivamente no decorrer das atividades do sujeito com o meio, atrelada ao jogo espontâneo como incentivador e motivador no processo de aprendizagem.

De acordo com (Moyles, 2002, p.37).:


O brincar é o principal meio de aprendizagem da criança… [e esta] gradualmente desenvolve conceitos de relacionamentos causais, o poder de discriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular.
Brincar leva naturalmente à criatividade, porque em todos os níveis do brincar as crianças precisam usar habilidades e processos que proporcionam oportunidades de ser criativo. Sabendo da necessidade da motivação para a aprendizagem, o educador deve descobrir a melhor forma de chamar a atenção do aluno, utilizando também outros recursos metodológicos não somente o jogo, como afirma Friedmann, “a ideia de aproveitar o jogo como metodologia não prioriza sua utilização enquanto mero instrumento didático”.  (1996, p. 59) Então, “É preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área de Educação Infantil em geral, para repensarem sua prática, se reconstituírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção, para que possam mais do que “implantar” currículos ou “aplicar” propostas à realidade da creche/ pré-escola em que atuam, para participar da sua concepção, construção e consolidação.” (Kramer apud MEC/SEF/COEDI, 1996 p. 19)
O educador deve ser o articulador dos processos de desenvolvimento e aprendizagem, orientando, mediando, propondo desafios, estimulando a curiosidade, a criatividade e o raciocínio da criança. Deve ainda criar atividades que promovam a interação da criança com objetos e com outras crianças para que ocorra o desenvolvimento infantil. Tudo isso deve acontecer de forma lúdica, pois além de divertir, as brincadeiras são excelentes aliadas no processo de aprendizagem. (Silva, Silva e Santos, 2017)

 

Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e de entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.

A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky (1984), tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento. De acordo com Vygotsky (1984, p.97),

A brincadeira cria para as crianças uma "zona de desenvolvimento proximal" que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz.

Por meio das atividades lúdicas, a criança reduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são reelaboradas. Esta representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre experiências passadas e novas possibilidades de interpretações e reproduções do real de acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. Estas ações são fundamentais para a atividade criadora do homem.

Tanto para Vygotsky (1984) como para Piaget (1975), o desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imigração se desenvolve. Uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos. Negrine (1994, p.19) sustenta que as contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade. Essas qualidades são inseparáveis: sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança.

Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contratos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. As integrações que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.


2.3 A LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


A palavra lúdica vem do latim ludus e significa brincar. Segundo Piaget, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, que não representa somente o jogar, mas sim pode ser encontrado em várias manifestações como na dança, teatro, brincadeiras, construção de materiais concretos. Nesse sentido a função educativa do lúdico oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber e sua compreensão de mundo. Para Friedman (1996) os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo. Podemos afirmar que a ludicidade oferece condições para o aluno vivenciar situações problemas, experiências com a lógica e o raciocínio, atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulam às reações afetivas, sociais, morais, cognitivas, culturais e linguística

A ludicidade é de extrema importância para o desenvolvimento mental e social da criança. Através de atividades lúdicas a criança é livre para criar o seu mundo simbólico e é estimulada à fantasia e a imaginação. Para Vygotsky (1984) o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos a um eu fictício [...], por essa razão, a metodologia lúdica proporciona prazer, alegria e entretenimento à criança no momento do aprendizado, e distanciando a ludicidade da concepção de um passa tempo ou diversão. O trabalho com o lúdico é uma prática fundamental para ser utilizada em sala de aula em todas as fases de aprendizagem. É através dos jogos e brincadeiras que os alunos desenvolvem suas habilidades cognitivas e motoras, proporcionando ao professor a observação do desenvolvimento da criança por meio da sua liberdade para criar e imaginar diversas situações.

O uso de instrumentos variados como a música, teatro, dança, histórias e construção de materiais concretos são de grande importância e auxilio no processo de construção do conhecimento, pois ao mesmo tempo em que o aluno constrói ou cria o seu material, ele estará desenvolvendo as suas capacidades como o raciocínio, atenção, criatividade concentração e domínio sobre o assunto. Logicamente, ao mesmo tempo em que construímos alguma coisa, estamos tendo pleno conhecimento de como ela funciona. Essa tese se aplica a utilização da ludicidade em sala de aula, ao mesmo tempo em que a criança brinca e se diverte, ela está criando vínculos afetivos, aprendendo a repartir, conviver, resolver problemas, refletir sobre situações e criar novas estratégias Goleman (1999) desenvolveu o conceito de inteligência emocional e salienta:

Podemos considerar então que a brincadeira é muito importante para o desenvolvimento do indivíduo. Pode-se dizer que o lúdico é como se fosse uma parte inerente do ser humano, utilizado como recurso pedagógico em várias áreas de estudo oportunizando a aprendizagem do educando. Dessa forma, percebem-se as diversas razões que levam os educadores a trabalharem no âmbito escolar.

O papel principal do educador é estimular os alunos à construção dos conhecimentos através das atividades lúdicas, fazendo com que eles sejam desafiados a produzir e oferecer situações problema que serão impostas pelo educador, a fim de motivar a percepção e construção de esquemas de raciocínio, além de ser uma forma de aprendizagem diferenciada e significativa.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


A análise de dados consta que as professoras pesquisadas conhecem alguma atividade lúdica e já utilizaram as mesmas em suas salas de aula. Segundo relato das mesmas as atividades que os alunos mais gostam são: brincadeiras de roda, contar história com fantoches, jogos de leitura e matemáticos, entre outras, todas as professoras entrevistadas acreditam que o lúdico contribui para o fortalecimento da criatividade, interesse, participação e envolvimento dos alunos nas aulas, além de tornar o aprendizado mais dinâmico tanto para os alunos como para os professores, o que também acredito ser uma aula prazerosa. Quando questionei, qual o espaço que as professoras dão ao Lúdico nas aulas de Educação Infantil é bastante presente no plano de aula, tanto para iniciar uma aula ou para jogos e brincadeiras.

Os professores, embora nem todos utilizem jogos em suas aulas, consideram importante uma aula lúdica, pois, permite perceber as dificuldades de cada um e superá-las, o lúdico desenvolve o afetivo, o cognitivo, social, moral, motor e possibilita aprendizagem de conceitos. O que eu não concordo, pois, todo plano de aula deve apresentar lúdico, ou seja, uma forma mais suave, mais leve, mais divertida de ensinar, sem deixar de dar o conteúdo programático. Quando observei a escola, mais especificamente os planos de aula percebi que maiorias dos professores não dão tanta importância ao lúdico, ou seja, ele só aparece nos jogos e brincadeiras. Ao questionar qual a importância do lúdico para as aulas notei as professoras responderam que ele serve para motivação e interação, mas não e só isso, é acima de tudo uma metodologia diferente, prazerosa onde se aprende cantado, brincado, fazendo movimentos. Porque o lúdico desenvolve de maneira harmoniosa, a espontaneidade, o interesse, a solidariedade favorecendo sentimentos de união e comunidade na sala de aula. Devo ressaltar que as escolas do campo têm muitas dificuldades encontradas no desenvolvimento das aulas, dificuldade está na multiseriação das turmas, daí a importância de trabalhar com o lúdico, essa uma aula mais motivadora, proporcionando aos alunos momentos união de prazer e alegria.

Foi obtido grande conhecimento, através de tudo que foi realizado, há muito tempo, a Educação Infantil apresenta em sua história, marcas muito fortes no que se refere à inserção dos jogos e brincadeiras em seu cotidiano. Muitas dessas marcas refletem e se reproduzem na prática pedagógica de boa parte dos educadores. A proposta desta investigação é a de contribuir na conscientização dos professores da Educação Infantil numa perspectiva lúdica, direcionando um novo olhar para o “brincar” da criança.

Sabe-se que o desenvolvimento infantil requer um olhar sensível e permanente do professor para compreender as crianças e responder adequadamente à demanda de cada uma delas. Não se deve excluir nenhuma criança do processo educacional, mas sim assegurar-lhe avanços em sua jornada escolar.

Percebe-se atualmente que as propostas pedagógicas para o desenvolvimento e aprendizagem da criança baseiam-se nos jogos e nas brincadeiras, porém o modo como são trabalhados e ou entendidos pelos professores nas escolas, não tem promovido um desenvolvimento eficaz por parte das crianças.

Na realidade o trabalho com jogos e brincadeiras, ainda são vistos por alguns professores como forma de passar o tempo, pois os mesmos não têm conhecimento suficiente do objetivo maior dessa atividade que se refere ao desenvolvimento intelectual do aluno.

A criança ao passar para o ensino fundamental não pode perder a magia que embasa a educação infantil, portanto faz-se necessário que os professores estejam sempre fazendo uma reflexão de sua prática no cotidiano da sala de aula, almejando que o ensino fundamental deixe um pouco de sua complexidade no que diz respeito aos aspectos formais da aprendizagem e passem a dar espaço para que as crianças que estão chegando, continuem a ser crianças, ou seja, não deixem de brincar livremente com autonomia e espontaneidade, mas também que o professor ao proporcionar-lhes o espaço para brincar possa ter um olhar minucioso recheado de observações ricas para serem aproveitadas em prol da aprendizagem de seu alunado.

A aprendizagem se dá ao longo de um processo onde cada aluno tem seu ritmo próprio, mas se forem dadas as condições adequadas de ensino, é provável que ela aconteça de uma forma bem mais agradável. Se os profissionais acreditarem que as crianças trazem consegue uma bagagem e não uma folha em branco, é possível fazer uma adequação da metodologia a essa crença e promover uma aprendizagem significativa.

Acredita-se que a competência do professor, seu envolvimento com o trabalho, sua atitude encorajadora, sua ousadia e a confiança em seus alunos pesam muito para o desenvolvimento eficaz na primeira infância e principalmente no momento de transição da criança da educação infantil para a criança do ensino fundamental.

O sucesso exige a transformação da escola onde a família possa ser parceira e onde haja um ambiente rico em estímulos que provoquem atos de promoção fornecendo elementos que desafiem o sujeito a pensar e viver um aprender interagindo cada vez mais como participante ativo no processo ensino aprendizagem.

Desse modo, os jogos são situações em que a criança revela uma maneira própria de ver e pensar o mundo aprende a se relacionar com os companheiros, a trocar pontos de vista com outras perspectivas possíveis, a raciocinar sobre o dia-a-dia, aprimorar as coordenações de movimentos, enfim, compreendidos a sua importância, eles podem tornar-se uma atividade pedagógica indispensável à formação de conceitos. Logo, utilizar o jogo como um meio educacional é um avanço para a Educação Infantil. Tomar consciência disto requer mudanças, o que nos leva a resgatar nossas vivências pessoais e incorporar o lúdico em nosso trabalho. Ainda há muito a ser aprendido e questionado, pois, o jogo oferece condições de sociabilidade, levando a criança a se organizar mutuamente nas ações e intensificando a comunicação e a cooperação. Permite ainda, a descoberta do ‘outro’ e isso repercute sobre a descoberta de si mesmo.

Diante do exposto, neste trabalho, evidencia-se que as atividades lúdicas, na escola possibilitam que sejam alcançados os objetivos educacionais que norteiam o trabalho pedagógico, como já foi comprovado por muitos pesquisadores, que as experiências adquiridas pelas crianças nos seus primeiros anos de vida, são fundamentais para o seu desenvolvimento em todos os aspectos. Assim, espera-se que esta investigação possa servir de incentivo aos educadores que não utilizam o lúdico no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que se demonstrou a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento de crianças na Educação Infantil Sendo assim, com esta investigação espera-se contribuir no sentido de alertar os educadores para a importância da inserção das atividades lúdicas, no contexto escolar, e que estas não sejam deixadas em um segundo plano, ou apenas no período do recreio. Almeja-se, ainda, que este estudo possa servir de incentivo para os professores inovarem sua prática, e que a partir de agora tenham, nos jogos e brincadeiras, aliados permanentes, possibilitando às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades intelectuais, sociais e físicas, de forma prazerosa e participativa, uma vez que os jogos e brincadeiras são de grande contribuição para o processo de ensino e aprendizagem.


REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica, técnicas e jogos pedagógicos. Loyola: São Paulo, 1998.

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica, técnicas e jogos pedagógicos. Loyola: São Paulo, 1998.

Diretrizes de Regulamento de estágio e Trabalho de Graduação: Pedagogia,2014/1 indaial:UNIASSELVI.

CHÂTEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

FONTANA, Roseli, CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender – o resgate do jogo infantil. São Paulo: Editora Moderna, 1998.


SILVA, Marinês da; SILVA, Marisane da; SANTOS, Juliano Ciebre dos. A Importância do Lúdico no Processo Ensino Aprendizagem. 2017. Disponível em: https://docplayer.com.br/34149027-A-importancia-do-ludico-no-processo-ensino-aprendizagem.html.