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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Franciele da Costa Marques

Maria de Fátima Silva

 

RESUMO

O presente artigo tem como tema A Importância do Lúdico na Educação Infantil, onde mostrarei que o conhecimento construído através da ludicidade poderá auxiliar a criança a melhorar o seu desempenho na aprendizagem, pois a infância é a idade das brincadeiras, onde grande parte da aprendizagem se da através do lúdico e é assim que as crianças ordenam, desorganizam, destroem e reconstroem o mundo. O objetivo desse estudo é compreender a importância do lúdico na educação infantil, contribuindo assim para o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Com isso, procurou-se enriquecer o trabalho com algumas teorias de grandes estudiosos como, Kishimoto, Vygotsky, Ronca, Oliveira, minha pesquisa é bibliográfica, onde trata da importância do lúdico na educação infantil para o desenvolvimento integral da criança. Para que sejam trabalhadas as atividades lúdicas no contexto escolar e para que essa ação seja positiva, é necessário que os educadores tenham seus objetivos bem definidos e seu planejamento bem organizado e que conheçam o nível de aprendizagem da turma, e de cada educador, para assim o educador proporcionar a criança não só o aprendizado, mais resgatar também o prazer de brincar respeitando o universo infantil. . Os conteúdos a serem trabalhados nos contextos de jogos e de brincadeiras é utilizado como estratégias de aprendizagem pelo educador para uma construção de uma prática pedagógica através do brincar sem que o educador separe a hora de “ensinar” e a hora de “brincar”.

 

Palavras-Chave: Lúdico. Educação Infantil. Aprendizagem.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

Sabendo que é de fundamental importância, conhecer mais a fundo sobre a importância do lúdico na educação infantil, foi que busquei desenvolver o seguinte trabalho. A Educação Infantil deve assegurar o “o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil”. É necessária a criação de espaços que permitam atividades livres, significativas e prazerosas que possam ser realizadas através do brincar, de brincadeiras e de jogos para que os educandos possam interagir uns com os outros.

A importância do lúdico na educação infantil parece ser um tema fácil de conclusão, porem ao assumir a atividade lúdica como tema norteador do trabalho docente, requer mais do que conhecimentos teórico e bem estruturado, é preciso haver um compromisso que deve ser assumido por cada profissional da educação infantil.

O brincar é necessário na presença de um profissional, o professor. Ele é fundamental, pois favorece e promove a interação, planeja e organiza ambientes para que o brincar possa acontecer, estimula a competitividade e as atitudes cooperativas, o professor cria na criança a vontade de brincar, facilitando assim a aprendizagem.

Este trabalho tem como objetivo, compreender a importância do lúdico na educação infantil, contribuindo assim para o processo de desenvolvimento e aprendizagem.

No decorrer do trabalho, procurou-se enriquece-lo com algumas teorias de grandes estudiosos como, Kishimoto, Vygotsky, Ronca, Oliveira, minha pesquisa é bibliográfica, onde trata da importância do lúdico na educação infantil para o desenvolvimento integral da criança, pois para ela viver e brincar.

 

2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO CONTEXTO ESCOLAR

 

O lúdico sempre fez parte da vida humana desde os primórdios. Ao analisar o contexto histórico, vemos a importância do mesmo para o desenvolvimento e aprendizagem do ser humano.

Nos espaços escolares, o espaço do lúdico tem que ser fator importante para que os alunos tenham acesso e que isto possa contribuir para a sua formação.

De acordo com Wajskop (1999, p.31): “a garantia do espaço do brincar na pré-escola ou creches, é a garantia de uma possibilidade de educação da criança numa perspectiva criadora, voluntária e consciente”.

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (Brasil,1998, p.13), especifica os vários aspectos a serem contemplados, dentre eles o brincar.

 

A qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania, respeitando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos, devem estar embasadas nos seguintes princípios: O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, etc.; O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; O acesso das crianças aos bens sócio culturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação, ao pensamento, à ética e à ciência. A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.

 

O brincar refere-se à atividade lúdica, onde ajuda na educação da criança através de troca de experiência. Portanto Oliveira (2000, p.76) defende que:

 

[...] educadores infantis precisam fomentar situações cotidianas nas quais a criança possa manipular construir imaginar, criar reaproveitar materiais que aparentemente não tem símbolo algum, mas que podem ser transformados em brinquedos e jogos em momentos de experiências infantis.

 

A importância do lúdico, segundo as palavras de Ronca:

 

O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo. (1989, p. 27)

 

Brincar, segundo o dicionário Ferreira (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23):

 

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

 

De acordo com Kishimoto (2009) as atividades lúdicas, dentro da sala de aula, são de grande importância para que se alcance uma melhor aprendizagem. Pois é através das brincadeiras e dos jogos, que as crianças podem desenvolver melhor as suas capacidades físicas e cognitivas praticando ações sensório motoras, pois nesses momentos elas vivem ativamente os contextos de participação e interação social, e esses fatores é que contribuem para o seu desenvolvimento e para a aprendizagem. Para que o jogo seja uma dimensão educativa com o proposito de contribuir para a aprendizagem é preciso que haja um planejamento por parte do professor.

Para Vigotsky (1989, p. 84) “As crianças formam estrutura mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginaria surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade”.

Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor.

Sobre a importância do ato de brincar para o desenvolvimento psíquico do ser humano,

Bettelheim afirma que:

 

Nenhuma criança brinca espontaneamente só para passar o tempo. Sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos. (Bettelheim,1984, p. 105)

 

No entanto, para que sejam trabalhadas as atividades lúdicas no contexto escolar e para que essa ação seja positiva, é necessário que os educadores tenham seus objetivos bem definidos e seu planejamento bem organizado e que conheçam o nível de aprendizagem da turma, e de cada educador, para assim o educador proporcionar a criança não só o aprendizado, mais resgatar também o prazer de brincar respeitando o universo infantil.

Ainda segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30):

 

O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.

 

A ludicidade envolve as crianças, pois as brincadeiras apresenta um novo olhar que elas tem do mundo que as cercam, com isso um mundo imaginário, do faz de conta pode ser criado, oportunizando um maior interesse por novas informações e consequentemente isso traz um melhor aprendizado. Os conteúdos a serem trabalhados nos contextos de jogos e de brincadeiras é utilizado como estratégias de aprendizagem pelo educador para uma construção de uma prática pedagógica através do brincar sem que o educador separe a hora de ´´ensinar`` e a hora de ´´ brincar´´.

Com base no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, (RCNEI), Brasil, (1998):

 

A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se cada vez mais seguras para se expressar. (p.21)

 

Na grande maioria das escolas possui um espaço onde são utilizados para a realização de brincadeiras e jogos. Na sala de aula o espaço também é utilizado para esses fins, pois é afastado mesas e cadeiras deixando o espaço livre. Fora das salas tem parques na maioria das escolas, e existe também o pátio onde predominam as brincadeiras de grande atividade física. Muitas escolas também possuem outra alternativa que é a utilização de espaços planejados para brincar, chamadas de brinquedoteca, que Friedman define:

 

São espaços públicos ou privados que funcionam como biblioteca de brinquedos, organizados de forma para que as crianças possam desenvolver criativamente suas atividades lúdicas, em creches, escolas e universidades há brinquedotecas com fins especificamente educacionais. ( FRIEDMAN, 1996,p.16)

 

Com a existência desses diversos espaços lúdicos, é importante fazer as observações da maneira e da forma de brincar que podem ser criadas ou sugeridas nos momento dessas observações para o educador, torna se um elemento de investigação identificar, diferenciar e caracterizar as brincadeiras livres, onde as crianças decidem as regras das brincadeiras, utilizadas como um fator pedagógico pelo educador.

Diversas são as utilizações do lúdico como instrumento motivador das atividades pedagógicas realizadas pelo educador na sala de aula e fora dela. Mas a escolha dessas atividades tem que esta de acordo com o nível de desenvolvimento e a faixa etária de cada criança ou grupo onde ela está inserida, esses elementos são primordiais para a satisfação das crianças nas realizações das atividades, que são planejadas pelo educador para o objetivo traçado por ele seja alcançado de maneira satisfatória.

 

2.2 A EDUCAÇÃO INFANTIL E O BRINCAR

 

De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil:

 

As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade ( também chamados de jogos de tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc. , propiciam a ampliação dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica. (1988, V 1, p. 28)

 

A educação infantil no Brasil é correspondente a creches e pré - escola. Esta modalidade escolar passou a integrar a educação básica brasileira a partir de 1996, quando a Lei n0 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da educação_ LDB, entra em vigor. Após dez anos, em fevereiro de 2006, a lei 11.274 é implementada trazendo algumas alterações a serem feitas na LDB, no que diz respeito à educação básica e aos seus níveis de ensino.

Como o nome já diz, a educação infantil tem prioridade trabalhar com crianças. Relembrando que brincar faz parte da natureza humana e é direito da criança como é definido no Art. 16 do Estatuto da criança e do Adolescente_ ECA que define como um dos direitos de liberdade da criança.

Muitas crianças passam uma parte do seu dia nas unidades escolares, e para que o direito de brincar seja garantido, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil tem que ter contemplado no seu texto o direito das crianças brincar entre eles.

 

Considerando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania devem estar embasadas nos seguintes princípios: o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. (BRASIL, 1998, p.13)

 

As escolas onde estão inseridas a educação infantil são vistas como o lugar onde favorece o desenvolvimento da aprendizagem da educação infantil em vários sentidos, e o referencial da Educação infantil vem contemplando as brincadeiras que já fazem presentes no dia a dia das crianças.

Ronca diz que: O lúdico torna-se valido para todas as series, porque é comum pensar na brincadeira, no jogo e na fantasia, como atividades relacionadas apenas infância. Na realidade, embora predominante neste período, não se restringe somente ao mundo infantil (1989, p. 99).

O espaço de brincar dentro e fora da sala de aula é uma inclusão do lúdico nas atividades pedagógicas, que auxilia no desenvolvimento infantil, através do imaginário também onde a criança faz aquisição de símbolos e associações recriando no momento da brincadeira.

 

Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provém da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros, etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla mas estes encontram-se, ainda, fragmentados. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. (BRASÍLIA, 1998, p. 28)

 

O Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998, p.22) trata o brincar como atividade primordial na configuração da identidade e construção da autonomia na criança. Deste modo o documento afirma que:

 

[...] é o brincar agente significante no fato de a criança desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde poder representar determinado papel na brincadeira de faz-de-conta, com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como atenção, a imitação, memória e a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

 

Para Vigotsky “A criança aprende muito brincar. O que aparentemente ele faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo emocional, social, psicólogo” (1979, p. 45).

Nas brincadeiras livres as crianças conseguem aprender da mesma forma, pois há aprendizagens em todos os momentos em que se brinca, seja ela relacionada a convivência resgatando mesmo conhecimentos do corpo e seu limite, com isso pode-se perceber a importância do lúdico na educação infantil.

Nas brincadeiras livres a aprendizagem tem o seu lugar, pois com ela é possível a interação entre as crianças, o dialogo, sem uma maior interferência dos adultos. As brincadeiras livres normalmente ocorre em ambiente abertos e no horário reservado para o recreio, onde são brincadeiras bem movimentadas como, correr, pular-corda, pega-pega, jogos com bola entre tantas outras brincadeiras. Segundo afirma Kishimoto (1993, p.102). “Quando desenvolvido livremente pela criança, a brincadeira tem efeitos positivos na esfera cognitiva, social e moral”.

As brincadeiras em ar livre permite que crianças possam explorar o ambiente a sua volta, fazendo assim que elas possam tomar suas próprias decisões, criando dialogo com seus parceiros isso faz com que as crianças possam agir com autonomia, promovendo o desenvolvimento e a aprendizagem. No entanto as brincadeiras livres devem ser trabalhadas em paralelo com as brincadeiras orientadas, pois as atividades lúdicas devem ser utilizadas em favor da promoção da aprendizagem.

As atividades lúdicas devem estar presente no dia a dia educação, pois essa deve ser utilizada como uma estratégia de ensino, quando apresenta-se algo novo as crianças, por exemplo, os jogos e as brincadeiras é um auxilio para a eficiência de alcançar os resultados dentro da sala de aula.

O trabalho pedagógico aliado a ludicidade se torna prazeroso a criança e isso faz com que se alcance resultados positivos.

A importância da ludicidade na educação infantil, segundo Adriana Friedman (1997, p. 70) é ´´[...] Um meio de estimular o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, moral, linguístico e físico-motor e propiciar aprendizagens especificas``, que são os eixos temáticos a serem trabalhados pelo professor.

A necessidade do lúdico na rotina da educação infantil é trazida por Kishimoto que afirma: Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas, a criança, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa e se desenvolve. As atividades lúdicas podem ser consideradas tarefa do dia –a- dia na educação infantil (Maluf, 2008, p. 21-22).

O professor deve oferecer um local aconchegante, alegre, que promova novas experiências e assim faça com que o desenvolvimento aconteça da melhor maneira através da ludicidade.

Ainda nesse assunto Maluf expressa:

 

As atividades lúdicas são instrumentos pedagógicos altamente importantes, mais do que apenas divertimento, são um auxilio indispensável para o processo de ensino-aprendizagem, que propicia a obtenção de informações em perspectivas e dimensões que perpassam o desenvolvimento do educando. A ludicidade é uma tática insubstituível para ser empregada como estimulo no aprimoramento e no processo das diferentes aprendizagens ( Maluf, 2008, p. 42).

 

muito importante que os educadores saibam o verdadeiro significado da ludicidade, pois esses momentos pode acontecer através de recursos utilizados dentro da ação pedagógica, como musicas, contos, danças, pinturas entre outras que pode fazer a associação do lúdico com o conteúdo pretendido trabalhar pelo professor.

Para Vygotsky (1991), “O lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem do pensamento e da concentração”.

 

3 MATERIAIS E MÉTODOS

 

Inicialmente recorri á internet como primeira ferramenta para buscar o embasamento teórico a cerca do meu tema a fim de melhorar meu conhecimento e dar suporte ao meu artigo de Pós Graduação. Utilizei vários materiais tais como: livros de diversos autores, enciclopédias, Parâmetros Curriculares Nacionais e Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil.

O presente estudo tem como referências, metodológica a pesquisa bibliográfica que consiste no estudo de teorias de alguns autores, possibilitando assim um conhecimento teórico que servirá como alicerce para a fundamentação de conceitos.

 

4 CONCLUSÃO

 

Trabalhar com a educação infantil, é bastante delicado, pois essa fase é o inicio da vida escolar e é principalmente é onde se inicia a formação da criança. Na educação infantil não busca apenas a aplicação de conteúdos, pois as crianças se preparam para inúmeras situações na vida escolar, e a inserção da mesma no ambiente escolar é um dos locais que deve proporcionar a entrada dos pequenos seres na jornada da vida.

A importância da ludicidade na educação infantil, como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil as brincadeiras principalmente nessa fase deve ser um elemento diário na rotina das escolas que trabalham com a educação de crianças, no entanto as brincadeiras deve ser encarada como um instrumento pedagógico que ajuda na aprendizagem, deixando assim de ser apenas utilizada nos intervalos das ações pedagógicas.

Na vida infantil, as brincadeiras é uma ação natural, pois nesses momentos as crianças trabalha com vários aspectos, como, físico, motor, emocional, social e cognitivo, se tornando um importante papel no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Com isso pode-se dizer que o lúdico é a dimensão significativa que deve ser explorada ainda mais pelos profissionais que atuam na educação infantil.

Estudiosos como Vygotsky, Kishimoto, Oliveira já traziam em suas pesquisas a importância das atividades lúdicas, como por exemplos, jogos de montar, brincadeiras de faz-de-conta, jogos simbólicos, brincadeiras livres e dirigidas com e sem regras, pois isso colabora com a aprendizagem e com o desenvolvimento cognitivo, social das crianças.

O papel do educador deve ter um papel ativo durante o processo didático-pedagógico, pois assim o mesmo pode provocar a participação coletiva e desafiadora do educando a buscar soluções. Na infância é preciso desenvolver nas crianças um espirito de companheirismo, cooperação e autonomia, assim a criança precisa interagir ativamente de forma coletiva, com isso ela apresenta sua opinião, discordar, apresentar suas próprias soluções.

No entanto é importante ressaltar que a aprendizagem proporcionada pela ludicidade não acontece somente nos momentos em que ela faz atividades educacionais, mais sim também no momento em que a criança brinca de maneira natural e livre, sem a influencia do educador ou adulto, pois existe varias aprendizagens proporcionadas pela brincadeira.

Diante da pesquisa realizada com embasamentos teóricos que foram utilizados, conclui-se que a ludicidade juntamente com os jogos é uma ferramenta pedagógica muito proveitosa para os educadores, pois assim através dele o educador pode introduzir os conteúdos de forma diferenciada e bastante ativa. E isso propicia a relação entre as crianças, de parceria e grupos, e assim pode se observar a diversidade de comportamento das mesmas para que possa se construir estratégias para a vitória, ou diante das derrotas.

Por fim pode se concluir que a importância da ludicidade na educação infantil é algo essencial nas escolas que trabalham com as crianças principalmente nessa primeira fase onde elas estão tendo o primeiro contato com o mundo escolar, pois as brincadeiras e uma forma de estimular a curiosidade, faz com que a mesma procure tomar iniciativa, e ter auto confiança nela mesma. A brincadeira não é só para que a criança possa gastar energia ou distrair, mais é sim uma ferramenta pedagógica muito importante para o seu próprio desenvolvimento. Mais para que esse momento de ludicidade aconteça dentro e fora da sala é preciso que o educador planeje muito bem esse momento, pois essas atividades tem que ter objetivos que deve ser alcançado em cada momento lúdico.

 

REFERÊNCIAS

 

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