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METODOLOGIA DE ENSINO: APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Giovanna Spessatto Lourenço dos Santos
Jislaine do Nascimento Bubula Congui
Neiva Brun
Rozane Aparecida Fernandes
Vianey Itajana Schwann

 

RESUMO

O presente trabalho, apresenta uma reflexão sobre a aprendizagem na educação infantil, a partir do uso da afetividade como ferramenta pedagogia e suas contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem no processo de ensino e aprendizagem. Bem como apresentar as considerações de grandes estudiosos somo Piaget, Vygotsky e Wallon para esse tema. Foram utilizados para o desenvolvimento desta pesquisa, pesquisas bibliográficas que serviram como inspiração e pilar para a construção deste TCC. Já no âmbito pessoal, esta pesquisa serviu para o crescimento pessoal e desenvolvimento intelectual como formação pedagógica. Já que o papel do professor não é apenas de passar o conteúdo disponibilizado pelo material didático e sim, ensinar seus alunos a serem cidadãos conscientes e preparados para a vida. Ensinando também os valores da sociedade, assim como ter respeito e empatia pelo próximo. Considerando também que o processo de ensino e aprendizagem a traves da afetividade proporciona o crescimento tanto do professor educador, como também o do aluno que tem a oportunidade de aprender através do uso complementar desta ferramenta pedagógica.

 

Palavras-chave: Educação. Afetividade. Vygotsky. Wallon. Piaget.

 

INTRODUÇÃO

 

Esta pesquisa apresentou o tema Metodologia de Ensino: A afetividade como ferramenta pedagógica na educação infantil, pela necessidade de repassar informações sobre o assunto, assim como a importância da utilização da afetividade e suas contribuições positivas para o processo de ensino e aprendizagem.

A partir do exposto justifica-se a escolha do tema Metodologia de Ensino: A afetividade como ferramenta pedagógica na educação infantil, visto que assim como a interação social, a afetividade sempre esteve presente no processo de ensino aprendizagem de um individuo. Já que a educação infantil é o primeiro contato que a criança tem com o ambiente escolar, sendo neste ambiente que o processo de formação social e humano começa a ser trabalho. Preparando assim para a vida em sociedade um cidadão consciente e responsável com seus direitos e deveres.

Quais as contribuições da afetividade no processo do ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil de acordo com a teoria sócio interacionista?

O objetivo geral desta pesquisa é compreender o desenvolvimento do ensino e aprendizagem de acordo com o construtivismo e as contribuições da afetividade como um aliado no processo de aprendizagem na Educação Infantil. A partir dos objetivos específicos que visam: Contextualizar o ensino e aprendizagem para a Educação Infantil de acordo com o construtivismo; conceituar a Afetividade e aprendizagem de acordo com a teoria de Henri Wallon, particularmente no que diz respeito às relações o desenvolvimento do ensino e aprendizagem através da afetividade; Refletir sobre o papel do professor como mediador da aprendizagem através da afetividade no desenvolvimento do ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil de acordo com o construtivismo. Esta pesquisa teve como metodologia qualitativa e descritiva, apresentar a coleta de dados sobre as contribuições dos teóricos Wallon, Piaget e Vygotsky, que defendem os benefícios da utilização da afetividade como ferramenta pedagógica facilitadora no processo de ensino e aprendizagem na educação infantil. Assim como a interação aluno-professor e a preparação do indivíduo para desempenhar seu papel de cidadão na sociedade.

 

DESENVOLVIMENTO:

 

A afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos que são manifestados pelo ser humano através das emoções e dos sentimentos. Sempre que manifestados são acompanhados de dor, prazer, satisfação, insatisfação, alegria ou tristeza. Sendo assim, entendesse que um individuo passa a lidar com a afetividade desde seu nascimento. Uma vez que tudo em sua vida envolve emoções e sentimentos. Assim como diz Vygotsky (1998): A pessoa se faz através das suas relações e trocas com o outro, pois a boa experiência interpessoal e de relacionamento determinam o seu desenvolvimento, inclusive afetivo. Vygotsky (1998).

A vida em sociedade contribui para desenvolvimento psíquico e biológico do ser humano. Uma vez que viver em sociedade se torna um desafio diário, tendo suas fases e níveis de dificuldades que devem ser alcançados para que o sujeito tenha um bom relacionamento interpessoal com quem vive em seu meio.

A relação com outros sujeitos proporciona conhecer e desenvolver novas emoções e sentimentos do ser humano. Sabendo assim a lidar com as adversidades da vida. E para que esse processo ocorra de forma positiva o direcionamento é primordial para garantir o desenvolvimento emocional e psíquico.

É na educação infantil que a criança passa a ter contato com o mundo fora da sua convivência familiar. Sendo então neste ambiente que as primeiras emoções e sentimentos passam a ser relacionadas às situações de convívio com outras pessoas. Proporcionando assim bons estímulos que garantem desenvolvimento das necessidades básicas como afeto, apego, desapego, segurança, disciplina e comunicação, que contribuem para uma vida sem traumas e falhas emocionais.

Para Costa e Souza (2006), o afeto faz referência a todo tipo de sentimento ou emoção relacionada a ideias. Desta maneira, nas escolas, os alunos conhecem vários afetos, desde o prazer em conseguir realizar uma atividade à raiva de discutir com os colegas.

No processo de ensino e aprendizagem a afetividade tem papel facilitador, visto que a aproximação e o contato na relação aluno-professor são indispensáveis para que o aprendizado ocorra. Assim como a empatia, a segurança deve também ser passada ao aluno pelo professor, fazendo com que o aluno se sinta valorizado e cuidado, tendo mais segurança em aprender, e com isso adquirir maior interesse pelo conhecimento e aprendizagem.

Segundo Piaget (1975, p. 265) “afeto e cognição resultam de uma adaptação contínua e interdependente, em que os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações ou das estruturas inteligentes”. “Enquanto os esquemas afetivos levam a construção do caráter, os esquemas cognitivos conduzem à formação da inteligência” (PIAGET apud FARIA, 1993, p.8).

O processo de ensino e aprendizagem de um individuo pode passar por diversos desafios. Os fatores psíquicos e emocionais podem influenciar no desenvolvimento deste processo. Assim como situações diversas de traumas, bloqueios psicológicos ou até mesmo situações familiar.

Nestes casos a escola precisa representar ao aluno um ambiente acolhedor, que trate suas condições com empatia e afeto, podendo assim passar segurança ao aluno. E, além disso, o professor deve exercer papel de observador e apoiador, prestando atenção nas particularidades de cada criança.

 

A escola deve propiciar um espaço para reflexão sobre a vida do aluno como um todo, contribuindo para o seu desenvolvimento por complexo, considerando que a afetividade é um mecanismo que engloba a maioria dos seus valores pessoais. A afetividade está sempre presente nas experiências empíricas vividas pelos seres humanos, no relacionamento com o ‘outro social’, por toda a sua vida, desde seu nascimento. (ALENCASTRO, 2009, p. 17)

 

Um professor que conhece os benefícios da afetividade no processo de ensino e aprendizagem, trabalha com cuidado e atenção sobre seus alunos. Se preocupando com a saúde mental e qualidade de vida de cada um deles. Um bom professor não é aquele que sobrecarrega seus alunos de atividades, depositando apenas conteúdos. Um bom professor é aquele que se preocupam em formar um cidadão consciente para uma sociedade, pessoas saudáveis e com seus sentimentos desenvolvidos emocionalmente. Já que a afetividade não contribui somente com o ensino e aprendizagem, mas também auxilia na formação do aluno como sujeito na sociedade em que vive.

Uma boa relação aluno professor também garante resultados positivos no processo de ensino e aprendizagem. Assim como um ambiente seguro e saudável proporcionam um bom desempenho escolar. Além disso, o aluno deve reconhecer o valor que o aprendizado tem sobre sua vida. Saber também fazer boas escolhas e repassar o afeto que recebeu ao próximo.

 

Na atualidade, à docência é concebida como ação complexa que exige dos professores, além do domínio do conteúdo específico, capacidade em motivar e incentivar os estudantes, atenção a suas dificuldades e ao seu progresso, estímulo a trabalhos em grupos visando a cooperação e a busca solidária na resolução de problemas, escuta ativa e respeito às diferenças, reconhecendo a riqueza da diversidade cultural dos estudantes sob todas as suas formas, dentre outros aspectos. (RIBEIRO, 2010, p. 20)

 

Ao contrario do que se diz no senso comum, a afetividade vai muito além do amor, carinho e do reforço positivo. Para Wallon a afetividade é um dos estímulos necessários para o desenvolvimento da cognição, assim como a parte motora, afetiva e psíquica da criança. Onde se refere á forma que o ser humano é estimulado a se desenvolver a partir da afetividade.

Foi Henri Wallon que mais se aprofundou sobre o assunto, a partir de seus estudos sobre a criança, onde coloca que a inteligência é o principal componente para o desenvolvimento. Defendendo que a vida psíquica é dividida em três dimensões: motora, afetiva e cognitiva. Passando assim a pensar sobre a afetividade no processo de formação do individuo.

A partir disso a afetividade começou a ser pensada como contribuição para as metodologias de ensino e aprendizagem, juntamente com o uso da ludicidade que torna esse processo cognitivo, uma vez que através da experimentação o aluno passa a ter um aprendizado completo e integral.

A afetividade contribui de forma facilitadora no processo de ensino aprendizagem, pois o professor que assume seu papel de mediador do conhecimento, quando faz uso da afetividade assume a responsabilidade de transmitir não só o conhecimento, mas também de dar atenção, carinho e afeto ao seu aluno. Pois a criança que vem á escola sabendo que neste ambiente será ouvida e terá atenção que precisa, desenvolve um interesse maior pelo conhecimento, tendo assim uma aprendizagem cognitiva e saudável.

 

A Afetividade no processo de ensino e aprendizagem

 

Segundo La Taille e colaboradores (1992), Jean Piaget (1896-1980) foi um dos primeiros teóricos a se aprofundar na teoria da afetividade como ferramenta importante para o desenvolvimento da cognição na aprendizagem. Onde a partir das estruturas mentais a ação e os pensamentos desenvolvem os aspectos tanto cognitivo como quanto o afetivo.

A relação aluno professor deve ser construída a partir da afetividade, facilitando e favorecendo assim o processo de ensino e aprendizagem dentro de sala de aula, e fora dela também. A partir disso a interação é realizada tendo como base o envolvimento que garante a confiança e segurança entre aluno e professor. Uma vez que confiança é essencial para o sucesso e conquista da aprendizagem cognitiva.

Quando o processo de ensino e aprendizagem tem a afetividade como base, todo este passa a ser favorecido. Pois a boa convivência a harmonia garantem ao professor confiança para ensinar, e ao aluno a segurança em aprender. Além de proporcionar a confiança na socialização e vínculos afetivos que a criança constrói no meio escolar.

Na concepção de Piaget (1979, p. 32), ao desenvolver as capacidades afetivas e cognitivas os alunos tornam-se capazes de expandir o afeto para as áreas de sua vida. Estabelecendo desde vínculos afetivos com os colegas, até a boa relação com o professor e todos que estão em sua volta no meio escolar. Favorecendo assim o estimulo do senso critico e analítico desses alunos.

Muitas vezes, as crianças ainda não estão preparadas para o ingresso na escola, já que na maioria dos casos esse é o primeiro afastamento da criança com sua família. Sendo assim o educador deve acolher a criança com afeto, passado confiança e segurança para que este processo não seja difícil e traumático. Além disso o ambiente deve ser acolhedor e atrativo, para que a criança se sinta bem e acolhida, se sentindo segura até o retorno de seus familiares.

O desenvolvimento afetivo tem papel essencial para o funcionamento da inteligência, sem estimulo não há interesse e motivação para o desenvolvimento intelectual. A criança só passa a desenvolver essa área intelectual com o apoio afetivo, uma vez que é através da interação social que se desenvolve o aprendizado.

A afetividade é uma condição necessária na construção da inteligência. Nisto consideram-se dois aspectos imprescindíveis no desenvolvimento intelectual: um afetivo e um cognitivo (PIAGET, 1975). Para Piaget (1975, p. 265), “(...) afeto e cognição resultam de uma adaptação contínua e interdependente, em que os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações ou das estruturas inteligentes”. Assim, “enquanto os esquemas afetivos levam à construção do caráter, os esquemas cognitivos conduzem à formação da inteligência” (PIAGET, 1975 apud FARIA, 1993, p. 8). Os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação. O sujeito aprende quando se envolve ativamente no processo de construção do conhecimento, através da mobilização de suas atividades mentais e na interação com o outro.

É importante que a sala de aula e o ambiente escolar sejam vistos pelo aluno como um ambiente seguro e harmônico, onde sua aprendizagem seja desenvolvida naturalmente. Onde as manifestações afetivas sejam usadas em favor do aprendizado, possibilitando a autonomia e o desenvolvimento da inteligência a partir da cognição. Para que isso possa acontecer de forma agradável, toda equipe pedagógica precisa estar engajada em prol da educação, consciente das dificuldades que poderem enfrentar para que o processo ocorra como desejado.

É essencial que o professor mantenha um relacionamento afetivo com seus alunos, com respeito e afetividade. Chamar o aluno pelo nome, reconhecer suas características, mostrar sua importância e visibilidade entre os demais colegas. Oportunizar o trabalho em grupo, reconhecer a forma que cada aluno aprende melhor, estimular a boa socialização entre o meio escolar, ensinando os princípios e valores da sociedade em que vivem.

Bom Sucesso (2000, p.103) afirma que: A sala de aula é espaço rico para o desenvolvimento da inteligência intrapessoal. O professor pode contribuir, estimulando a reflexão sobre posturas, atitudes e condutas, ajudando a identificar valores e crenças indispensáveis ao comportamento ético, responsabilidade e respeito necessário à vida em sociedade.

Arantes (2000) também defende, com base na teoria de Piaget, a importância da afetividade para o processo de ensino e aprendizagem, afirmando que a assimilação acontece a partir do conteúdo proposto através da junção da teoria e pratica. Para que isso ocorra a relação aluno professor deve ser regada de afeto para que ocorra uma transformação na cultura educacional do Brasil.

A afetividade tem contribuições diretas para o desenvolvimento da intelectualidade, uma vez que a empatia e o respeito ao próximo também podem ser trabalhados de forma a serem estimulados em um individuo. É por meio do desenvolvimento destas relações que os valores das crianças começam a serem desenvolvidos. Os sentimentos são desenvolvidos e adquiridos com o meio social de um individuo estabelecendo assim vínculos afetivos nas relações sociais do ser humano (PIAGET, 1979).

Dentro do desenvolvimento afetivo encontra-se sentimentos interesses desejos, necessidades, valores e emoções que estão ligados ao desenvolvimento cognitivo de aprendizagem. Wadsworth (1997, p. 37) em seus estudos afirma que: É impossível encontrar comportamentos em um individuo que não estejam ligadas a cognição e a afetividade, apesar de serem fatores diferentes para a formação da natureza humana. Ainda afirma que o ser humano é movido por suas necessidades básicas, envolvendo esforço, sucesso ou fracasso. Ainda assim os aspectos intelectuais estão ligados ao desenvolvimento desta parte da vida do ser humano.

Piaget cita dois aspectos do afeto em relação ao desenvolvimento intelectual. O primeiro deles é a motivação da atividade intelectual. De acordo com (BROWN; WEISS 1987, p. 63), “(...) para uma estrutura de conhecimento funcionar, algo deve acioná-la, 9 originar o esforço a ser desenvolvido a cada momento e desligá-la”. O segundo aspecto é a seleção. A atividade intelectual é sempre dirigida para objetos ou eventos particulares. O interesse, associado ao ‘gostar’ e ao ‘não gostar’ é um exemplo poderoso e comum de afetividade, que pode atuar em nossa seleção das atividades intelectuais. Na maioria das vezes quando somos interrogados por que fazemos determinada coisa, a resposta envolve o interesse.

Na visão de Piaget, esta seleção é provocada pela afetividade, nesse caso, o “interesse”. Wadsworth (1997, p. 37) afirma que “(...) o aspecto afetivo grande influência sobre o desenvolvimento intelectual. Podendo acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento”. O referido autor explicita que o aspecto afetivo não pode modificar as estruturas cognitivas, mas sim influenciá-la sobre quais conteúdos ela irá se concentrar. Assim, fica evidenciado que Jean Piaget foi um dos primeiros autores a questionar esse dualismo entre afetividade e cognição, defendendo a ideia de que há um notável paralelo entre os dois aspectos, ao afirmar que, “(...) a afetividade e a cognição são inseparáveis, indissociáveis em todas as ações simbólicas e sensório-motoras.” (ARANTES, 2000, p. 162)

Outro autor, cujas contribuições no que diz respeito a importância da afetividade no processo de aprendizagem são de total relevância é Henri Wallon. O mesmo elaborou uma teoria, com base na psicogênese, para explicar sua visão sobre a importância da afetividade no processo de desenvolvimento cognitivo do ser humano. Wallon (1982, apud La Taille et al, 1992), atribui à emoção um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano. “Quando nasce uma criança, todo contato estabelecido com as pessoas que cuidam dela, são feitos via emoção”.

O autor, portanto, propõe a psicogênese da pessoa completa, ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento. Segundo ele, as etapas do desenvolvimento são descontínuas, marcadas por rupturas, retrocessos e reviravoltas, ou seja, durante o processo de constituição do psiquismo, cognição e afeto vão construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integração e diferenciação. Em sua teoria da emoção, Wallon (1968, apud Leite, 2012) considera afetividade e inteligência fatores sincreticamente misturados, e defende que a educação da emoção deve ser incluída entre os propósitos da ação pedagógica.


CONCLUSÃO


Para alguns teóricos como Piaget, Vygotsky e Wallon, a afetividade tem contribuições essenciais para as metodologias de ensino e aprendizagem. A partir do pensamento de que a escola não deve ser apenas uma transmissora de conhecimentos, mas que seja um ambiente que estimule e valorize a interação e a formação de indivíduos conscientes e preparados para a vida em sociedade.

Foi Henri Wallon que mais se aprofundou sobre o assunto, a partir de seus estudos sobre a criança, onde afirma que a inteligência é o principal componente para o desenvolvimento. Defendendo que a vida psíquica é dividida em três dimensões: motora, afetiva e cognitiva. Passando assim a pensar sobre a importância da afetividade no processo de formação do individuo.

A partir disso a afetividade começou a ser pensada como contribuição para as metodologias de ensino e aprendizagem, juntamente com o uso da ludicidade que torna esse processo cognitivo, uma vez que através da experimentação o aluno passa a ter um aprendizado completo e integral.

Portanto a afetividade contribui de forma facilitadora no processo de ensino aprendizagem, pois o professor que assume seu papel de mediador do conhecimento, quando faz uso da afetividade assume a responsabilidade de transmitir não só o conhecimento, mas também de dar atenção, carinho e afeto ao seu aluno. Pois a criança que vem á escola sabendo que neste ambiente será ouvida e terá atenção que precisa, desenvolve um interesse maior pelo conhecimento, tendo assim uma aprendizagem cognitiva e saudável.


REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS:


ALENCASTRO, Clarice Escobar de. As relações de afetividade na educação infantil. Disponível em: Acesso em: 4 fev. 2014.

ARANTES, V.A. DE ARAÚJO. Cognição. Afetividade e moralidade. Educação e Pesquisa, São Paulo, v 26, n 2, p137-153, 2000.

BOM SUCESSO, E. de P. Afeto e limite. Rio de Janeiro: Dunya, 2000

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PIAGET, Jean. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Record, 1975.

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WADSWORTH, B. J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de piaget. São Paulo: Pioneira, 1997.

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