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APRENDIZAGEM ATRAVÉS DOS MEIOS TECNOLÓGICOS: DESCONSTRUINDO O TRADICIONALISMO

Cristiane Alves Meira

Fátima Gutierrez da Silva Correa

Alciene Santos Siqueira

Mariza da Silva Santos

 

RESUMO:

Com os meios tecnológicos nos dias atuais, os campos de experiência de aprendizagem em todos os componentes curriculares através das tecnologias passaram a ser uma questão de aproveitamento metodológico, onde os professores trazem a realidade da vida social do aluno para dentro da sala de aula. É notório o aproveitamento de aprendizagem que os mesmo podem ter ao explorar o lado certo da tecnologia, o aparelho telefônico (celular) é um exemplo, a cada dia que passa se encontra mais moderno, com múltiplos aplicativos que podem ser utilizados para a aprendizagem dentro da sala de aula.

 

Palavras Chaves: educação. interatividade. tecnologia

 

ABSTRACT:

With technological means nowadays, the fields of learning experience in all curricular components through technologies have become a matter of methodological use, where teachers bring the reality of the student's social life into the classroom. It is notorious the use of learning that they can have when exploring the right side of technology, the telephone device (cellular) is an example, with each passing day it is more modern, with multiple applications that can be used for learning within of the classroom.

 

Keywords: education. interactivity. technology

 

1. INTRODUÇÃO

 

Ao longo do tempo, a educação vem sofrendo mudanças e é mais que necessário que os professores estejam atualizados para se adaptarem, com a era tecnológica os professores tradicionais tiveram que se adequar ao modernismo, apropriaram-se de conteúdos exploratórios através da informática.

O que levou a um processo de amadurecimento da concepção de alfabetizar na contemporaneidade, de forma que:

 

Em um primeiro momento, essa visibilidade traduziu-se ou em uma adjetivação da palavra alfabetização funcional tornou-se expressão bastante difundida ou em tentativas de ampliação do significado de alfabetização/alfabetizar por meio de afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler e escrever”, “alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”, e outras semelhantes. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, é que pode justificar o surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura ou a escrita estejam envolvidas (SOARES, 2005, pg.55).

 

Ressaltamos assim, que alfabetizar e letrar vai além do saber ler e escrever, que inclui conhecer e aprender a utilizar as modernidades do mundo.

 

2. O AVANÇO DA TECNOLOGIA DENTRO DA EDUCAÇÃO

 

Nos anos 60, 70 e 80 sequer era possível ter acesso a um computador nas escolas, nem mesmo um aparelho celular. a máquina de datilografia era o meio de digitação mais moderno, as documentações necessária para uma matrícula demoravam meses pois dependiam de meios de transporte para chegar até a escola. Hoje isso tudo é possível apenas através de link, click ou ligação, a modernidade traz consigo uma agilidade de ter e fazer tudo em segundos.

Mas nem sempre esses recursos são utilizados para o aprendizado, muitas fraudes e exposições podem acontecer pelo seu manuseio de forma inadequada.

Então torna-se função da escola e do professor intermediar, aproveitando os recursos para a elevação dos conhecimentos dos alunos, as metodologias podem sair do acomodamento tradicional e propiciar o modernismo, a facilidade e a quantidade maior de conteúdos para ser ensinados aos educandos.

Grace Hopper (1944 pg. 12), relata que: "Um ser humano deve transformar informação em inteligência ou conhecimento. Tendemos a esquecer que nenhum computador jamais fará uma nova pergunta."

Visto que mesmo com todos os recursos obtidos em máquinas, computadores, telefones e internet, é necessário o homem para que o mesmo continue a modificá-los e recriá-los para o avanço da população nos próximos anos renovar e adaptar a esse mundo digital era algo já cobrado nas escolas a muito tempo porém as mesma encontravam se acomodadas nos seus ensinos em lousa e as classes com suas carteiras enfileiradas. a aula de computação não eram vista com bons olhos pelos professores tidos como tradicionais, porém no ano de 2020, devido a pandemia que afeta o mundo inteiro, foi preciso fazer uma mudança drástica, e pegos de surpresa todos sentiram na pele a falta de conhecimento para adaptar as aulas nos aplicativos de internet, tanto para os professores, quanto aos alunos. A educação estava parada no tempo enquanto todo o mundo estava a progredir e esse retrocesso fez com que determinadas práticas pedagógicas na formação de jovens e adultos reiterassem a ideia de que o fracasso escolar não existe como tal, ou seja, não são os alunos que fracassam. Eles são os que sofrem as consequências irreparáveis de uma concepção de educação que concebe os sujeitos como meros decodificadores.

Pode-se considerar que a forma tradicional de educação é aquela em que há a necessidade da presença física do aluno em sala de aula, com a devida e direta participação do professor no mesmo ambiente e ao mesmo tempo.

Neste modelo tradicional de ensino, conforme salienta Oliane et al (2015), não são ponderados cada um dos interesses e as necessidades dos alunos, uma vez que na perspectiva do ensino tradicional ele é apontado, apenas, como simples receptor e armazenador de um conteúdo previamente formatado e fechado, e o professor o detentor exclusivo do conhecimento.

Assim, neste modelo da pedagogia, ensino e aprendizagem tradicional, o tempo dedicado para o aluno aprender é limitado ao tempo que o professor está em sala, enquanto que a compreensão do conceito é variável em um modelo onde não existem os usos das TICs.

Oliveira (2006) destaca que o modelo utilizado no ensino tradicional apesar de estudos e esforços no âmbito educacional ainda mantém o mesmo padrão de ensino herdado do século XIX, isso pode inferir que este ainda se baseia no ajuntamento dos estudantes, utilizando-se como critério, suas faixas etárias, com currículos escolares de um tamanho definido e único, onde os conteúdos e fundamentos são expostos por meio da exibição verbal do professor na expectativa de que esses alunos, ao longo de todo o processo de ensino e de aprendizagem possam construir o seu conhecimento.

O processo de aprendizagem tradicional é desenvolvido de forma predominantemente passiva, onde o aluno atua como receptor de informações, o que o limita a decorar e a memorizar os conteúdos, ou seja, o aluno não é instigado a participar de todo o processo e se torna incapaz de relacionar o conteúdo memorizado com o que ele convive ou conhece (Oliane et al, 2015). Essa situação gera no aluno a incapacidade de questionar a lógica interna das informações que recebe, o tornando acomodado, passivo durante o processo de construção do seu conhecimento.

Assim, Oliane et al (2015) conclui que as metodologias educacionais tradicionais são pouco eficazes quanto à colaboração para o aprendizado do aluno para que o mesmo crie, pense, reflita e propicie soluções para os problemas vividos.

Portanto, observa-se que há um grande espaço entre o modelo educacional tradicional de ensino e de aprendizagem em relação às diversas necessidades dos alunos que vivem no mundo da cultura digital. Assim, é importante proporcionar condições para que o aluno seja um ator em atividade no seu processo de ensino e de aprendizagem e que desta forma esse se torne capaz de construir o seu próprio conhecimento, viabilizando a sua formação de e criando grupos de estudos de forma colaborativa, ágil, simultânea e global, o que transcende as limitações da sala de aula presencial tradicional.

Dentro deste contexto Kawasaki (2008) salienta que a educação tradicional é mais voltada para a individualidade, uma vez que é condição indispensável para que este desabroche, no entanto, às vezes também é necessário que o aluno chegue a condições favoráveis que haja a intervenção de um professor, dessa forma a abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como um produto, já que os modelos a serem alcançados estão pré-estabelecidos.

O mesmo autor complementa que na escola o tipo de relação estabelecido nessa concepção é a vertical, do professor para o aluno. O ensino e aprendizagem são devido às situações da sala de aula onde os alunos são doutrinados e instruídos pelo professor de forma que os conteúdos e todas as informações têm de ser adquiridas, através de modelos imitados.

Assim, continua o autor, o ensino tradicional vale-se da atividade dos alunos, sendo uma das decorrências do ensino tradicional, já que a aprendizagem versa no adquirir as informações através das demonstrações transmitidas.

O papel do professor, a autoridade intelectual e moral na sala de aula, está fortemente taxado na transmissão verbal de certo conteúdo, este que é predefinido e que constitui o propósito da existência escolar.

Essa metodologia tradicional ainda é muito comum atualmente em nossas salas de aula. Ainda, segundo Mizukami (1986) os catedráticos que defendem este método de ensino acreditam que ele promove a pesquisa pessoal no aluno, pois quando os alunos alcançam o objetivo apresentado pelo professor, seja ele qual for, entende-se que eles compreenderam o conteúdo totalmente, tal como este proposto.

Vidal (2002) expõe que as estratégias de interação estabelecidas entre aluno e professor, funcionam como elementos de apoio e motivação, possibilitando o intercâmbio de ideias e conhecimentos, bem como a avaliação da aprendizagem.

Desta forma, sem a devida aplicação de um sistema de visualização em tempo real de informação como a televisão e o computador conectado à internet, o professor, que se utiliza de métodos informatizados, não recebe qualquer tipo de informação visual dos diferentes locais de estudo. Contudo o professor que faz uso do ensino tradicional pode saber, se os seus alunos estão atentos à aula, estão conversando uns com os outros ou se estão utilizando celulares em sala.

No ensino moderno, o aluno pode dar a sua opinião a qualquer momento da aula e pode transmitir o seu conhecimento sobre a informação que está sendo repassada (VIDAL,2002).

Vidal (2002) salienta que na área da formação para empresas, o ensino tradicional já não consegue responder às necessidades. Cada vez mais, as escolas e o mercado sentem a necessidade de formar os seus quadros de forma que se tenham amplo conhecimento do assunto e posterior aplicação dos mesmos nos anos vindouros.

Pode-se afirmar que o sistema de ensino tradicional, é considerado pouco eficiente, principalmente, porque uma grande parte do tempo, dos estudantes, destinado ao aprendizado é perdido nas entradas e saídas da sala de aula, além de que alguns alunos não chegam ou estão aptos para aprender ao mesmo tempo, levando-se em conta a fisiologia de cada aluno, pois quando chegam à sala de aula eles podem demorar a arrumar os cadernos, a procurar o lápis, etc, ou seja, perdem muito tempo, até que se concentrem naquilo que o professor está a dizer (PONTE, 1997).

A abordagem tradicional do ensino parte do pressuposto de que a inteligência é uma faculdade que torna o homem capaz de armazenar informações, das mais simples às mais complexas.

É sabido e explanado por diversos autores que o aluno inserido no método de ensino tradicional tem um papel passivo em sala de aula, com poucas responsabilidades. Além de terem que se adaptar às diferentes práticas pedagógicas, estilos e métodos de ensino de cada professor a ele disponibilizado. Assim, o ensino tradicional é um ensino baseado na memorização e na imitação de como agem os professores sala diferentemente do ensino livre que deixam os alunos explorem novos ares sem sair de dentro da sala de aula.

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Conhecer e se adaptar ao novo é primordial , na educação não é diferente é mais que necessário estar adaptado à mudança com novos aprendizados, ser professor no dias atuais ser além do transmissor de conhecimento, o receptor de novos aprendizado. o conhecimento é algo que todos podem ser alimentar e a escola é a fonte principal, por isso a mesma tem que se atualizar com a modernidade de mundo, configurando e trazendo para dentro da sala de aula a vivência real da vida em sociedade, caminhando juntos para preparar o indivíduo para seu crescimento pessoal.

 

4. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS

 

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