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LÚDICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NA APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Sandra Márcia Ferreira Alves

 

RESUMO

Esta pesquisa buscou analisar uma proposta de trabalho tendo como tema Lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil, sendo que muitas crianças manteriam o contato com as brincadeiras na escola através das disciplinas. Devido à importância desta atividade através do lúdico na formação das pessoas a escola está cada vez mais nas atividades trabalhando com a ludicidade. O objetivo geral foi de refletir sobre a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil, os objetivos específicos foram trabalhados em apresentar a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil; esboçar o lúdico na educação infantil; buscar teoricamente técnica utilizada pelo professor para aplicar a ludicidade na educação infantil. A metodologia foi aplicada de forma qualitativa e teve como base nas pesquisas leitura bibliográfica de diferentes autores relacionada ao tema, VYGOTSKY (1994), KISHIMOTO (2006), PIAGET (1978) e outros. Nesse contexto onde se faz necessário pesquisar e contribuir para uma pedagogia que respeita e valoriza de forma positiva as diferenças a partir de trabalhos feitos através da ludicidade.

 

Palavras-chave: Aluno. Aprendizagem. Ludicidade. Recreação.

 

ABSTRACT

This research sought to analyze a work proposal with the theme of Play as a facilitating tool in the learning of early childhood education, with many children maintaining contact with school play through the disciplines. Due to the importance of this activity through playfulness in the training of people, the school is increasingly involved in activities working with playfulness. The general objective was to reflect on the importance of playfulness as a facilitating instrument in the learning of early childhood education, the specific objectives were worked on presenting the importance of playfulness as a facilitating instrument in the learning of early childhood education; sketching playfulness in early childhood education; theoretically seek the technique used by the teacher to apply playfulness in early childhood education. The methodology was applied in a qualitative way and was based on the bibliographic reading research of different authors related to the theme, VYGOTSKY (1994), KISHIMOTO (2006), PIAGET (1978) and others. In this context where it is necessary to research and contribute to a pedagogy that respects and positively values ​​differences based on work done through playfulness.

 

Key words: Student. Learning. Playfulness. Recreation.

 

1 INTRODUÇÃO

 

Devido à grande importância que do tema quanto à necessidade da informação as pessoas, escolheu-se o tema: Lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil. O prazer de estar juntos, ou seja, os jogos que se qualificam simbolicamente pelo prazer de estarem juntos, os jogos de imitações, as construções com diferentes coisas criando uma história, os jogos de corpo.

O lúdico seria uma categoria genérica é a grande categoria pela qual os outros conceitos trabalhariam, dentro do conceito lúdico que é a categoria macro estão o jogo, a brincadeira, e o brinquedo. Os jogos para Piaget (1976) são atividades pode ser realizado em grupo ou individualmente, mas que tem duas características principais, a característica da existência da regra, e a característica de existir uma meta a ser alcançada ao final da atividade isso seria o jogo. O brinquedo é o objeto manipulado o objeto com qual a criança joga ou brinca seria o objeto físico, e a brincadeira é o brinquedo em ação seria a atitude de brincar ou de jogar pode ser com o objeto concreto ou não.

Diante do exposto justifica-se o tema proposto, lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil, sendo que a questão da brincadeira ela é importante não somente para a educação, mas sim para o ser humano em desenvolvimento, brincar tem que ser algo a ser resgatado tanto na família e na escola se deve brincar mais, o professor em seu planejamento a atividade é a vontade de apreender em si é lúdico um processo prazeroso, é um processo de descoberta, neste sentido precisa-se resgatar esta brincadeira, este brincar como forma de conhecer o mundo, como forma de ampliar os horizontes uma maneira de enriquecer a vida.

É importante tanto para a educação e para o ser humano em qualquer atividade e humanizar as atividades ela passa pelo lúdico e pelas brincadeiras, passa pelo prazer e neste sentido ter a oportunidade de brincar mais seja na escola, seja na família. A educação há muito tempo tem se mostrado muito sisuda, e já há muito tempo tem-se ensinado que a escola é algo penoso que a atividade escolar é muitas vezes é culpa do professor, e da família, existe ainda a palavra-chave o dever de casa, o professor tem habituado a criança desde cedo nas suas primeiras experiências interacionais da escola até aprender que a escola é algo penoso e é dever e não um prazer, então isso é semeado no desenvolvimento humano. Então a escola precisa assumir outro papel de uma educação mais leve, mais prazerosa e que passa pelo lúdico e mudar as características mais inerentes ao ser humano, à personalidade humana a biologia humana que é o ser brincante que a pessoa é naturalmente quando se nasce.

Qual é a importância do jogo e do lúdico para a educação? A importância do lúdico é as brincadeiras que a criança tem a oportunidade de fazer os seus experimentos e descobrir novas formas de ação, exercitando-as, sendo criativa, imaginando situações e reproduzindo momentos e interações importantes de sua vida, dando novos significados aos jogos e as brincadeiras presentes no seu lazer descobrindo através dessas vivências coisas prazerosas e amargas, devido a isso é de suma importância para a educação que se trabalhe com o lúdico.

O objetivo geral desta pesquisa foi de refletir sobre a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil. Sendo que onde a criança possa ter o acesso a um ambiente harmonioso e um espaço onde ela possa expressar os seus sentimentos. Os objetivos específicos foram de apresentar a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil; esboçar o lúdico na educação infantil; buscar teoricamente possíveis técnicas a serem utilizadas pelo professor para aplicar a ludicidade na educação infantil.

Esta artigo tem como a metodologia uma revisão bibliográfica, onde se baseará nas literaturas dos autores VYGOTSKY (1994), KISHIMOTO (2006), PIAGET (1978) e outros. Nesse contexto onde se faz necessário pesquisar e contribuir para uma pedagogia que respeita e valoriza de forma positiva as diferenças a partir de trabalhos feitos através da ludicidade.

Este artigo será apresentado em três capítulos, onde o primeiro será abordado sobre a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil; já no segundo capítulo será sobre o lúdico na educação infantil; e último capítulo será sobre a visão do professor sobre o lúdico.

 

2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NA APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

A importância do brincar é algo que sempre é bom estar refletindo sempre reforçando principalmente na parte séria do brincar, entendendo o quanto o brincar é importante na vida da criança, geralmente se associa o brincar como algo divertido, como algo descontraído ou sendo muitas vezes um mero entretimento da criança se vê a criança brincando e se pensa que a criança está se divertindo, então é bom que se tenha este entendimento do objetivo da função que o brincar representa na vida da criança.

Pode-se fazer uma associação como o brincar fosse algo vital algo realmente que a criança precisa estar sempre exercitando ter este direito garantido, como se fosse algo fisiológico, precisa comer, precisa dormir, principalmente brincar precisa tomar muito cuidado estar sempre atento para a qualidade deste brinquedo em que a criança vai brincar, seja ela na escola ou em casa. Que a criança não tenha somente do acesso garantido, mas de como é que este brincar está sendo conduzido pela professora, pois neste mundo de tecnologia em que se vive a criança se encanta com o eletrônico a criança fica mais de expectadora, e não interagindo com os colegas e com as atividades.

De acordo com Vygotsky (1991, p. 122):

 

É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do muno adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (...). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos.

 

A criança deve ter o acesso livre, que ele tenha a liberdade de expressão através do brinquedo, que a criança a partir de uma sucata, a partir de uma tampinha de garrafa de um rolinho de papel, criar um mundo de possibilidades ou quando ela tem um brinquedo mais simples, mas ela consegue criar, imaginar algo que ela tem que ela sabe e tem a capacidade de imaginação da criança vai muito além, então precisa se ter esta compreensão garantida de que o brincar é uma forma que a criança tem de conhecer de adquirir o conhecimento, de se ambientar e de conhecer as relações sociais.

Experimentar as emoções de perder ou ganhar, de forma lúdica, noção de regras, de limites de saber esperar sua vez de trabalhar o controle inibitório, é uma função que se tem no cérebro, de ter esta condição de se conter, de conter o impulso e autocontrole (BOSSA, 1994). Então quando se brinca de vivo ou morto com as crianças elas têm que acompanhar isso, fica em pé fica agachado isso está trabalhando o controle inibitório o controle dele, o impulso daquela comanda e atender de acordo com aquilo que o professor está falando.

A criança hoje tem um mundo urbano muito limitado no seu espaço físico e principalmente no seu tempo para brincar livre, tem criança que efetivamente ficam até 10 horas dentro de uma creche, e como estas crianças precisam de atividade mais prazerosa, sendo que o lúdico faz um efeito positivo nas crianças, de um aumento deste tempo livre para brincar, esta questão do brincar é essencial na vida do aluno e é preocupante ao mesmo tempo, sendo que o brincar é algo mais necessário que a criança precisa.

Quando se fala em brincar é o ensinar através da brincadeira, para que as atividades não se tornem massacrantes para as crianças e nem para o professor e para que não somente fazer de conta, mas sim aplicar as normas das atividades propostas, através da ludicidade os alunos sentirão mais vontade de frequentar a escola, assim através dos jogos, brincadeiras, teatro os mesmos irão aprender brincando.

 

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET 1976, p.160).

 

Compreende-se que a criança quando brinca, principalmente quando se brinca em grupo ela vai escolher uma brincadeira, negociar com os amigos, tomar decisões de como vai ser, criar regras entre elas, a criança se arriscando aprende várias habilidades que estão sendo trabalhadas ali entre eles, e este brincar livre sem uma preocupação de tempo, sem uma intervenção do professor que vai decidir o que ele vai ter que fazer que caminho que a brincadeira toma esse brincar livre que não está se vendo mais e isso tem sido realmente uma violência.

Assim, o aumento de transtornos e diminuindo o tempo de brincar, porque nas escolas o recreio está diminuindo o tempo, a importância do recreio muitas vezes uma criança que não se comporta bem em sala de aula não vai para o recreio então isso é mais uma violência, porque justamente no recreio onde ela pode soltar energia, poder brincar de uma maneira mais livre de poder desenvolver estas habilidades. Entende-se que esta limitação do brincar é a ponta do iceberg de uma situação social complexa, pois muitas casas não tem espaço à criança não pode brincar na rua nas maiorias dos bairros e cidades, pois é perigoso.

 

A brincadeira fornece, pois, ampla estrutura básica para mudanças da necessidade e da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparece a ação na esfera imaginativa numa situação de faz-de-conta, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e das motivações volitivas, constituindo-se, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar (VYGOTSKY 1998, p. 67),

 

Do mesmo modo o brincar tem uma centralidade nas atividades através do lúdico, ficando assim para os profissionais da área desenvolver com a criança estas brincadeiras, que irão ajudar no ensino aprendizado, e a criança tem a necessidade do brincar e com a organização do seu planejamento do dia a dia.

A brincadeira é um elemento muito importante no desenvolvimento psíquico deste ser em formação que é toda a criança, então a criança brincando no pátio da escola, dentro da sala de aula, o brincar tem uma importância uma riqueza desta atividade humana tão necessária para o desenvolvimento da mesma.

Segundo Wajskop (2009, p.56):

 

A experiência tem duas dimensões, aquela imediatamente vivenciada e a outra, da reflexão (aquilo que nos remetemos quando falamos de ter tido uma experiência). A educação das crianças pequenas deve tomar possíveis estas duas dimensões, a da experiência vivida e da experiência pensada, as duas chaves da aprendizagem.

 

Bem como o brincar é a principal linguagem que a criança tem, transformando assim um ser humano mais sociável e hoje em dia o brincar está sendo relegado a segundo plano, muitos pais tem uma vida muito atribulada, na escola não se tem o espaço necessário, o irmão está tendo um espaço de idade muito grande de um para o outro filho.

Sabe-se que na escola tem um viés muito intelectual, muito cognitivo, de muitas atividades extras, muito conteúdo e pouco tempo para o lazer e brincadeira. Cada dia se fala mais em educação lúdica para promover um mundo melhor, se olharmos em todos os processos de desenvolvimento quando passaram por um processo de educação e precisa de educação para desenvolver valores e atitudes para um futuro melhor.

 

2.1 Lúdico na educação infantil

 

É muito fácil a criança interagir com o mundo por meio dos brinquedos por meio dos simbolismos dos brinquedos que se tem a perspectiva real de como ela reage às dificuldades e a sabedoria desse mundo, quando tem uma criança pequena e o professor estimula esta vida através dos brinquedos e se entende como ela reage com os brinquedos, como ela reage com o amigo e com o outro, como ela reage frente esta sociedade que pode ser o professor.

Depois que criança aprende a fazer as atividades através da ludicidade ela passa ser muito mais social, portanto o jogo se faz presente no desenvolvimento dessa criança, ela é social, e ela tem por estimulo e ela compartilhe as suas necessidades e desejo, portanto na fala, na fala inicial da primeira infância de 0 a 3 anos o estímulo por brinquedos, de 3 a 6 anos estímulos por brincadeiras simbólicas, e acima de sete anos na relação dos jogos, passa de relação ela com ela e com o brinquedo para uma relação social é nesse jogo estimula a conhecer o papel do jogo a compreender, a entender o que é o sucesso e a frustração é uma simulação para uma vida adolescente a uma vida adulta, que os pais possam hoje estimular este crescimento e o desenvolvimento da infância por meio das brincadeiras e por meio dos jogos (NEGRINE, 1994).

 

O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que englobe uma significação. É de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos. (KISHIMOTO, 1996 p. 26).

 

E é extremamente importante que o professor e a família estejam presentes nesta realidade, os pais e os professores que dão o estimulam, são o espelho a estas grandes realizações, um jogo uma brincadeira se torna uma grande transformação social e positiva, sendo o objetivo do professor e pai. A importância de brincar na educação infantil ele é o meio que as crianças se apropriam o que está em sua volta, ela aprende a se comunicar, aprende a situar-se no mundo através das brincadeiras é a linguagem da criança, e ela brinca desde cedo, ela brinca começa a brincar desde 4 a 5 meses com o seu corpo e ai por diante, então o brincar assume o papel de extrema importância porque através da brincadeira ela aprende a controlar o seu corpo, ela aprende a se relacionar com o outro e através da brincadeira estimula todos os sentidos.

 

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (FERREIRA; SILVA RESCHKE 2010, p.3).

 

Portanto o lúdico é um assunto que vem conquistando espaço na educação, e é muito importante entender que numa visão humanista a educação sempre se preocupou com as questões cognitivas e com as questões afetivas, porém se sabe que o ser humano na sua relação social e de vida ele está sempre em movimento à vida é um movimento, durante bastante tempo a educação esqueceu este fator importante relacionado diretamente ao afetivo e ao cognitivo. A educação infantil não existe sem o movimento, não existe educação infantil sem que as crianças tenham a relação com o mundo, com a brincadeira, com o ambiente e com os objetos (FERREIRA, 2010).

Na educação infantil as crianças ainda não sabem ler livros, elas não escrevem, elas não fazem contas, na educação infantil ela tem toda a relação do conhecimento a partir da vivência com as brincadeiras, portanto educar, trabalhar com crianças, ou seja, trabalhar com a educação infantil requer que se trabalhe com o movimento. É importante que os professores e a educação infantil em geral tomar consciência da interdependência que existe entre o corpo, a mente e o ambiente.

 

A atividade lúdica é muito viva e caracterizam-se sempre pelas transformações, e não pela preservação, de objetos, papéis ou ações do passado das sociedades [...]. Como uma atividade dinâmica, o brincar modifica-se de um contexto para outro, de um grupo para outro. Por isso, a sua riqueza. Essa qualidade de transformação dos contextos das brincadeiras não pode ser ignorada. (FRIEDMANN, 2006, p. 43).

 

E quando se consegue tomar esta consciência de se trabalhar em sala de aula com as crianças com esta relação consegue-se que a criança aproveite mais as ações pedagógicas, as propostas da escola, que a criança consiga se relacionar melhor com os objetos, ou seja, que ela consiga aprender e apreender de uma forma muito melhor, e quando isso acontece consegue-se desenvolver com plenitude as habilidades dos alunos.

Os professores observam as crianças brincando em sala de aula parece que aquela atividade é uma pura brincadeira porem se sabe que na educação os jogos e o brincar tem outra importância, ou seja, eles devem estar conectados com a aprendizagem, porque a importância do desenvolvimento das habilidades de qualquer ser humano.

 

As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; estímulos à autonomia, à criatividade, à expressão pessoal. Dessa forma, possibilitam a aquisição e o desenvolvimento de aspectos importantes para a construção da aprendizagem. Possibilitam, ainda, que educadores e educando se descubram, se integrem e encontrem novas formas de viver a educação (PEREIRA, 2005, p. 20).

 

O ser humano possui três tipos básicos de habilidades: motoras; comportamentais e expressivas, as habilidades motoras essas habilidades elas se dividem em cinco habilidades, o primeiro é a força, o segundo é o equilíbrio, e o terceiro tipo é a flexibilidade, e se tem ainda a coordenação fina e ampla muito importante no ato de escrever, a coordenação ampla ela é ligada nos movimentos que o ser humano faz, e se tem a lateralidade estas são as habilidades ligadas no movimento do ser humano (BOSSA, 1994). .

As habilidades comportamentais ligadas às relações e comportamentos do ser humano, a primeira é a desinibição é de suma importância à escola trabalhar a desinibição da criança, a segunda fundamental na educação é a socialização, e a terceira está muito aos modernos conceitos de qualidade de vida que são os conceitos de saúde, e a quarta habilidade comportamental, vem a ser a vivência emocional tão importante na escola. As habilidades expressivas que estão ligadas à nossa comunicação com a relação com o mundo e com as pessoas, as habilidades expressivas podem sem fluência verbal.

 

As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança (NEGRINE, 1994, p.19).

 

Com a motricidade, se aprende que o ritmo está presente no dia a dia da escola e aluno, na respiração, no batimento cardíaco, na dança, o ritmo é fundamental. A expressão dramática o ser humano quando o tempo todo está fazendo o papeis sócias, um teatro da vida os papéis que as crianças representam todos os dias, são muito importantes às habilidades que as crianças aprimoram com o lúdico na escola (PEREIRA, 2005).

Através do lúdico também se aperfeiçoa a dicção na criança o que é importantíssimo na fala para a criança, a capacidade de manipular os objetos em toda a vida, portanto é muito importante entender que no desenvolvimento global da criança devem-se priorizar as três habilidades, porque só elas vão gerar depois as competências necessárias das ações diárias que os alunos vão realizar todos os seus dias.

 

2.2 A técnica utilizada pelo professor para aplicar a ludicidade na educação infantil

 

O professor tem uma missão muito importante na vida dos alunos, que necessitam de atenção, de orientação por parte do mesmo, sendo que a educação infantil engloba a creche e a pré-escola, os alunos criam um vínculo na escola, muitas vezes quando termina o ano letivo, muda o professor o aluno precisa ter uma nova adaptação com o novo professor, faz tempo que criança na escola era simplesmente sinônima de recreação e acolhimento no caso de filhos de pais que trabalham fora. Os professores compreendem como utilizar os objetos lúdicos em situações de aprendizagem com as crianças, os professores participam das formações continuadas para que os mesmos tenham olhos sobre seus planejamentos através do lúdico.

 

Ao brincar a criança não tem perspectivas como aprender algo ou desenvolver-se de alguma forma, pois o brincar para ela tem um objetivo claro que é de se divertir e sentir prazer. Do ponto de vista do desenvolvimento, essa característica é fundamental, pois possibilita a criança aprender consigo mesma e com os objetos ou pessoas envolvidas nas brincadeiras, nos limites de suas possibilidades e de seu repertório (MACEDO, PETTY E PASSOS, 2005, p.14)

 

O educador com sua experiência pode fazer uma roda de reflexão sobre as leituras, ouvir as opiniões dos leitores, garantindo a troca entre os professores e os alunos encontrar bons livros na escola, que as crianças podem exercer este papel de leitor, que possam conhecer autores, que possam conhecer ilustradores, conhecer novas histórias e se torna fundamental tanto para elas estabelecerem uma relação muita positivas com os livros e que se vejam crianças capazes de perceber pistas que autores e ilustradores deixaram nos livros para que o leitor continue a construir o futuro das histórias.

 

[...] a ludicidade é a forma da criança de aprender e se desenvolver, de se apropriar da cultura que a cerca de forma prazerosa, para que desperte o seu interesse. Para tanto, as atividades lúdicas não devem ser impostas, se assim for, perde sua principal característica, a liberdade de escolha, e o propósito de uma atividade baseada em seu interesse. (CARMO, VEIGA e CINTRA et al, 2009, p.09)

 

Percebe-se que a ludicidade está em todos os momentos na vida do aluno nesse sentido, desde uma história e a literatura infantil pode funcionar como valioso instrumento de mediação pedagógica, contribuindo para a integração no âmbito escolar e para o desenvolvimento global das crianças. Com a ludicidade na infância é o primeiro contato da criança com a literatura, com o imaginário, com as brincadeiras; vindo a influenciar favorável ao desenvolvimento da criança, abre portas para o mundo da literatura que, por sua vez, é uma poderosa ferramenta de formação cultural (WALLON,1979).

A brincadeira proposta direcionada pelo professor é de suma importância para o desenvolvimento dos alunos, o mesmo desenvolvimento da linguagem, incluindo o processo de alfabetização e letramento e a formação do pensamento e da imaginação, nos aspectos psicossociais, afetivos, cognitivos e muitos outros. Enfim, a interação com a ludicidade tende a contribuir significativamente no desenvolvimento cultural, social, psicológico, emocional e cognitivo da criança, e reflete positivamente no cotidiano do aluno. Além disso, pode contribuir para a formação de leitores críticos, reflexivos, conscientes, informados e participativos na sociedade. Nesse processo, cabe à atuação dos adultos, no contexto da família e da escola, criar e ampliar condições favoráveis à formação de jovens leitores, o mais cedo possível.

 

A linguagem, que é o mediador entre a criança e o mundo, de modo que, propiciando, pela leitura, um alargamento do domínio linguístico, a literatura preencherá uma função de conhecimento; o ler relaciona-se com o desenvolvimento linguístico da criança, com a formação da compreensão do fictício, com a função específica da fantasia infantil, com a credulidade na história e a aquisição de saber”. A fantasia é um importante subsídio para a compreensão de mundo por parte da criança: ela ocupa as lacunas que o indivíduo necessariamente tem durante a infância, devido ao se desenvolvimento do real; e o ajuda a ordenar suas novas experiências, frequentemente fornecidas pelos próprios livros (PERKERKERT - ZILBERMAN, 2003, p, 49).


Segundo (PERKERKERT, ZILBERMAN, 2003). Dessa forma, a literatura infantil pode ser considerada uma opção para o educador em sala de aula que sabe pensar, responsável pela sua aprendizagem e suas escolhas, que compreende o contexto em que vive e constrói a própria trajetória de vida de acordo com o seu desejo. É nesse mesmo sentido que a literatura infantil se destaca, pois, de acordo com Coelho (2000, p. 15).

 

A verdadeira evolução de um povo se faz ao nível da mente, ao nível da consciência de mundo que cada um vai assimilando desde a infância. Ou ainda não descobriram que o caminho essencial para se chegar a esse nível é a palavra. Ou melhor, é a literatura – verdadeiro microcosmo da vida real, transfigurada em arte.

 

Diante disso, o professor tem um papel de fundamental importância e precisa abraçar essa missão com dedicação e seriedade. Para isso, é imprescindível um trabalho de qualidade e efetivo de valorização e prática da leitura desde cedo. Há ludicidade nos dias atuais está altamente ligada ao hábito de leitura, nos mais diversos gêneros e classes literárias encontrados na sociedade, logo sua participação na construção do conhecimento e do saber possui importância (RIBEIRO, 2003).

A ludicidade é de suma importância para a formação de qualquer aluno, pois é através dos livros que a criança aprende a ouvir. Contando uma história o professor poderá incentivar ao contar aquela história poderá ajudar o aluno a gostar de ler livros, saber mais sobre o autor daquele livro, da vida dele, passando esta história na forma de escrita, pois quem ouve a história também quer ler outras, podendo assim utilizar livros emprestados e haver uma troca de livros para esta leitura.

Também o professor poderá incentivar em fabricar os seus próprios jogos, sendo que muitos alunos ainda não possuem seus brinquedos, e existem diversos brinquedos que os alunos podem construir. O professor com projetos numa escola ou até mesmo em sua sala de aula, ideia é que não faltam para fazer este projeto dar certo e fazer os alunos a ler, a criança pode oferecer a um adulto para ele ler uma história que mais gostou.

 

Há quem conte histórias para enfatizar mensagens, transmitir conhecimentos, disciplinar, até fazer uma espécie de chantagem - se ficarem quietos, conto uma história, se isso, ¨se aquilo... ¨- quando o inverso que funciona. A história aquieta serena, prende a atenção, informa, socializa, educa. (COELHO, 1999, p.12).

 

Na ludicidade o professor precisa ter um toque especial para introduzir esta história e criar vidas, não somente ler o livro de história, tanto for adulto ou crianças precisa haver a ludicidade e fantasia, pois o professor precisa ser o mediador desta história. O professor sendo o mediador não pode simplesmente pegar um livro e ler, precisa haver uma fantasia sobre a leitura, resgatando a leitura com os alunos (FRIEDMANN, 2006).

O objetivo desta leitura é que se espalhe entre os alunos e escola e que não seja estimulado somente na escola e sim nos bairros, para isso é muito importante trazer a comunidade escolar para participar, aonde através disso vem o gosto pela leitura, e com os projetos que acontecem nas escolas. Nas escolas existem estes projetos onde os alunos recebem os livros para estas leituras, e os professores reproduzem estas histórias com os alunos.

 

A vida é com frequência desconcertante para a criança, ela necessita mais ainda que lhe seja dada a oportunidade de entender a si própria nesse mundo complexo com o qual deve aprender a lidar. Para que possa fazê-lo, precisa que a ajudem a dar um sentido coerente ao seu turbilhão de sentimentos. Necessita de ideias sobre como colocar ordem na sua casa interior, e com base nisso poder criar ordem na sua vida. (BETTELHEIM, 2007, p.13).

 

O educador pode investigar entre texto e ilustrações nos livros, para saber o que as crianças acham e pensam do texto e ilustrações, existem muitos livros que o texto e imagens não se associam e quando se lê os livros às crianças já percebem que as imagens não são aquelas. Uma coisa que os professores fazem é aliar os momentos coletivos da leitura em grupo, compartilhar as experiências com todos do grupo com os momentos que as crianças têm este protagonismo de exercer o papel do leitor investigar os livros e na roda expor as descobertas.

Não há educação sem a ludicidade, os jogos, o conversar, a socialização, a ludicidade apenas contribuem para o homem é verdadeiramente educado. Em geral a ludicidade tem uma presença marcante como elemento da cultura, nos últimos anos o diferente aspecto das práticas esportivas vem sendo reconhecido e explorado como ferramentas de educação. Basta lembrar as inúmeras vezes que se ouve que o esporte, o lúdico educa e aprende (COELHO, 1999).

Esta colocação vem ao encontro de que aprendendo através do lúdico a criança tem mais concentração nas atividades que são propostas pelo professor, dentro desta ótica no pensamento de (COELHO, 1999), a ludicidade sempre acompanha o ser humano, nas festas, celebrações o dom da vida é cantado pelos poetas. Trabalhando com a música é uma modalidade que vem dando certo na educação infantil com a socialização desde pequenos, desenvolvendo a mente humana.

 

CONCLUSÃO

 

Conclui-se que a ludicidade na escola é fundamental para os alunos, devido às brincadeiras. O objetivo buscou refletir sobre a importância do lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil. Sendo que onde a criança possa ter o acesso a um ambiente harmonioso e um espaço onde ela possa expressar os seus sentimentos.

Salienta-se a importância do lúdico para que através das brincadeiras que a criança tenha a oportunidade de fazer os seus experimentos e descobrir novas formas de ação, exercitando-as, sendo criativa, imaginando situações e reproduzindo momentos e interações importantes de sua vida, dando novos significados aos jogos e as brincadeiras presentes no seu lazer descobrindo através dessas vivências coisas prazerosas, devido a isso é de suma importância para a educação que se trabalhe com o lúdico.

Sem dúvida, o presente estudo tornou-se de grande relevância, pois veio a agregar novos valores plausíveis, visto que se constatou que a ludicidade na educação contribui com a oralidade, a criatividade formando assim a personalidade do aluno, através da brincadeira.

Conclui-se que a ludicidade é um meio prazeroso de ensinar os alunos em momentos espontâneos, mas construindo regras juntamente com o professor e colegas do grupo. Fatores estes indispensáveis e contribuintes para uma pedagogia que respeita e valoriza de forma positiva as diferenças a partir de trabalhos feitos através da ludicidade, enriquecendo assim todo o processo de ensino e aprendizagem.

 

REFERÊNCIA

 

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