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ATENÇÃO FARMACÊUTICA E A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NA PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Joel Louback

 

RESUMO

A mortalidade referente a medicamentos é um importante problema de saúde pública. Atenção farmacêutica tem como objetivo buscar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. A prática e o hábito da atenção farmacêutica pode diminuir os problemas relacionados a farmacoterapia. Este artigo debate a importância do profissional farmacêutico na atenção farmacêutica e na promoção do uso racional de medicamentos.

 

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Uso racional de medicamentos. Automedicação.

 

INTRODUÇÃO

 

O proposito deste artigo é apresentar a importância da implantação do trabalho do farmacêutico na atenção primária e uso racional dos medicamentos demonstrar o quanto é importante mudar os hábitos culturais da automedicação.

O presente artigo tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliométrica de artigos científicos sobre o tema atenção farmacêutica e uso racional de, foram realizadas buscas bibliográficas nas bases de dados SciELO com as seguintes palavras chaves: Assistência Farmacêutica; uso racional de medicamentos; automedicação.

O que acontece após que o usuário deixa o estabelecimento de saúde com seus medicamentos fica coberto aos olhos dos profissionais de saúde. O estudo traz indicações de alguns erros na atuação da Assistência Farmacêutica e demonstra o quanto estamos longe de uma gestão que inclua o uso racional de medicamentos, onde demostra ser cultural a automedicação.

 

DESENVOLVIMENTO

 

A letalidade relacionada a medicamentos é um grave problema de saúde pública. Atenção farmacêutica tem como objetivo alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. A profilaxia da atenção farmacêutica pode diminuir os problemas prevê níveis relacionados à farmacoterapia. Este artigo debate a importância da atenção farmacêutica como atuante de promoção do uso racional de medicamentos.

No Brasil, são poucos estudos que apresentem dados sobre morbimortalidade referente a medicamentos a apenas alguns levantamentos abordando intoxicação medicamentosa. De acordo com os dados levantados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, os medicamentos obtém a primeira posição entre os três principais fatores causadores de intoxicações em humanos desde 1996, sendo que em 1999 ficaram responsáveis por 28,3% dos casos apontados (SINITOX, 2000).

As ideias tradicionais de prática farmacêutica demonstram ser pouco decisivo sobre a mortalidade relacionada a medicamentos (CIPOLLE et al 2000). Examinar o momento atual da atenção farmacêutica e os desafios para sua implementação.

A Atenção Primária à Saúde tem um papel de importância e é essencial, pois é a aposta central para garantir acesso universal ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Possui uma das principais estratégias de atenção às carências e expectativas de saúde das pessoas em relação a um conjunto amplo de vulnerabilidades, de riscos e de doenças, assim como de promoção e prevenção de comportamentos e hábitos de vida saudáveis (CECÍLIO; REIS, 2018).

O profissional farmacêutico tem atribuições na implementação de estratégias para promoção do uso racional de medicamentos em virtude das consequências danosas do seu uso indevido, bem como pelo resultado financeiro que o medicamento representa para os serviços de saúde e para o conjunto. O trabalho do farmacêutico é parte fundamental da capacidade e qualidade da Assistência Farmacêutica que, por sua vez, tem consequências diretas na eficiência dos sistemas de saúde.

A divulgação da portaria de criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em 2008, que sofreu atualização em 2014. Contribui no campo do Ministério da Saúde, a estruturação do Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) em 2003. Soma-se a isso a série sobre Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica, que relata sobre um projeto piloto sobre cuidado farmacêutico com orientações para as ações de assistência farmacêutica no SUS e por consequência para o trabalho do farmacêutico.

A aplicação de medicamentos é um processo complexo com muitos determinantes e envolve vários fatores. As diretrizes farmacoterápicas corretas para a condição clínica do paciente são elementos essenciais para a decisão do emprego dos medicamentos. Porem é importante lembrar que a prescrição e o uso de medicamentos são influencia dos por costumes e fatores de natureza cultural, social, econômica e política (FAUS, 2000; PERINI et. al, 1999).

A atenção farmacêutica ajuda para o uso racional de medicamentos, na medida que apresenta um acompanhamento sistemático do tratamento medicamentoso utilizado pelo paciente buscando avaliar e garantir, a efetividade e a segurança no processo do emprego de medicamentos. Desempenha as necessidades sociais ajudando os indivíduos a alcançar melhores resultados durante o tratamento (FAUS & MARTINEZ-ROMERO,1999).

O empenho para a readequação de práticas e atividades farmacêuticas buscando o uso racional dos medicamentos é fundamental numa sociedade que os medicamentos formam o arsenal terapêutico mais usado (LIPTON et al., 1995).

Uma das dificuldades da categoria é por na prática profissional um modelo que ofereça ao farmacêutico adquirir a responsabilidade com a farmacoterapia e atuar como promotor do uso racional de medicamentos.

A atenção farmacêutica tem algumas diferenças em relação as práticas tradicionais, pois é na verdade um acordo de cooperação entre o individuo e o farmacêutico buscando o melhor resultado terapêuticos.

A impressão positiva da atenção farmacêutica foi demostrada através de pesquisas realizadas pelo Mundo, mostrando que a mesma é um importante agente para promoção do uso racional de medicamentos.

A promoção de atenção farmacêutica a pacientes idosos foi analisada em um estudo na Europa. Apresentou-se redução de custos e melhora da qualidade de vida. Os indivíduos apresentaram melhor controle da doença e elevado nível de satisfação. A opinião dos farmacêuticos e equipe medica foi favorável a atenção farmacêutica (BERNSTEN, 2001).

O farmacêutico moderno é fundamental obter conhecimentos , habilidades e atitudes que permitam ao mesmo compor à equipe de saúde e atuar com o paciente e a comunidade , contribuir para a melhora da qualidade de vida , em especial , no que se diz à melhoria da farmacoterapia e o uso racional de medicamentos (MARIN , 2002)

No Brasil, as intervenções clínicas em farmácia eram limitadas ao âmbito hospitalar e mais exclusivas a alguns hospitais universitários. Com o nascimento da atenção farmacêutica as atividades clínicas se espalham para as farmácias comunitárias e privadas. As organizações farmacêuticas e as universidades estão buscando divulgar este modelo de hábito farmacêutico no país. As mais novas diretrizes curriculares do curso de farmácia trazem a atenção farmacêutica como um fator importante na formação desses novos profissionais.

 

CONCLUSÃO

 

Um dos desafios da classe farmacêutica é mudar as condutas, introduzindo na prática profissional um modelo que forneça ao farmacêutico assumir a responsabilidade com a farmacoterapia e trabalhar como promotor do uso racional de medicamentos.

A atenção farmacêutica dispõem algumas diferenças em relação as práticas tradicionais, na realidade um pacto de cooperação entre o farmacêutico e o paciente buscando o melhor resultados terapêuticos.

O resultado positivo da atenção farmacêutica foi demonstrado através de pesquisas realizadas em vários países, mostrando que é um importante fator para promoção do uso racional de medicamentos A Organização Panamericana de Saúde assumiu um importante papel no processo de construção do padrão brasileiro de atenção farmacêutica, onde a expectativa é realizar a promoção e orientação buscando mudar o hábito e a cultura da automedicação dos brasileiros.

 

 

REFERÊNCIAS

CECILIO, L. C. O.; REIS, A. A. C. Apontamentos sobre os desafios (ainda) atuais da atenção básica à saúde. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 34, n. 8, p. e00056917, 2018.

 

FAUS, M.J., MARTINEZ , F. La atención farmacéutica en farmacia comunitaria: evolución de concepos, necesidades de formación, modalidad es y estratégias para supuesta en marcha. Pharm. Care Esp . v. 1, p. 56-61, 1999.

 

BOLETIM ISA-Capital 2015, n. 4, 2017: Uso de medicamentos. São Paulo: CEInfo, 2017, 28 p.

 

CIPOLLE, D.J., STRAND, L. M., MORLEY, P.C. El ejercicio de la atención farmacéutica Madrid: McGraw Hill / Interamericana, p. 1-36, 2000.

 

Organización Panamericana de la Salud (OPS). Servicios farmacéuticos basados en la atención primaria de salud. Documento de posición de la OPS/OMS. [Internet]. Washington: OPS; 2013. [acessado 2020 nov 01]. Disponível em: ttp://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=21579&Itemid=270.

 

FAUS, M.J., MARTINEZ, F. La atención farmacéutica en farmacia comunitaria: evolución de concepos, necesidades de formación, modalidades y estratégias para su puesta en marcha. Pharm. Care Esp. v. 1, p. 56-61, 1999.

 

LIPTON, H.L., BYRNS, P.J., SOUMERAJ, S.B. et al. Pharmacists as agents of change for rational drug therapy. Int. J. Tech. Ass. Health Care. v. 11, n.3, p. 485- 508, 1995.

 

MARIN, N. Educação farmacêutica nas Américas. Olho Mágico. v. 9, n.1, p. 41-43, 2002.

 

BERNSTEN, C., BJORKMAN, I., CARAMONA, M., CREALEY, G., FROKJAER, B., RUNDBERGER, E., et al. Improving the well-being of elderly patients via community pharmacy-based provision of pharmaceutical care: a multicentre study in seven Europcan countries. Drug Aging. v. 18, n. 1, p. 63-77, 2001.

 

SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico – Farmacológicas. Estatística anual de casos de intoxicação e envenenamento: Brasil, 1999. Rio de janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/ Centro de Informação Científica e Tecnológica, 2000.