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A INCLUSÃO DE ALUNOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Roseli Ribeiro dos Santos1

Artigo científico apresentado à Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em psicopedagogia e educação Infantil.

 

 

RESUMO

 

O presente trabalho tem como tema a inclusão de alunos na educação infantil, uma vez que essa é a realidade vivenciada por muitos professores. O objetivo geral consiste analisar e observar como os professores realizam suas atividades pedagógicas com os alunos bem como de trabalhar com os alunos a inclusão de aluno portador de necessidades especiais, bem como saber a forma de planejamento, materiais e métodos que utilizados em suas aulas. A metodologia utilizada se deu por meio de um levantamento bibliográfico com autores que retratam a temática. Numa educação o atendimento educacional especializado e gratuito aos educandos com necessidade especiais, na rede regular de ensino nas quais a instituição escolar é um dos vários componentes para a inclusão. Desta forma o trabalho principal da escola junto à educação inclusiva é oferecer materiais didáticos adaptados a cada necessidade de cada aluno, como também a oferta de cursos aos professores.

 

Palavras-Chave: Atendimento Educacional, Educação, Inclusiva.

 

 

Introdução

 

A Educação Inclusiva teve início com instituições especializadas, escolas e classes especiais, entretanto esse cenário vem mudando com o tempo, sendo por discussões de que a educação é igual para todos, e que seja respeitado às características de cada estudante.

Na Educação Inclusiva o seu principal objetivo é garantir que todos os alunos com ou sem deficiência participem de todas as atividades desenvolvidas na escola, sem que haja exclusões dos mesmos. As mudanças e práticas educativas são fundamentais para que as atividades sejam desenvolvidas com os alunos, despertando o que é mais essencial às curiosidades dos mesmos. Neste sentido a inclusão na educação é um direito do aluno. Como cita Brandão (2007, p.83) “A educação deixa finalmente de ser vista como um privilégio, um direito apenas, e deixa também de ser percebida como um meio apenas de adaptação da pessoa à mudança que se faz sem ela, e que apenas a afeta depois de feita.” Desta maneira, a escola tem um papel fundamental, sendo ela a responsável por oferecer esta oportunidade ao aluno com práticas

pedagógico e uma ampla gama de conhecimentos ao aluno dando o pontapé inicial na sua jornada estudantil.

A problemática dessa pesquisa busca responder:

A inclusão dos alunos com necessidades especiais ocorre em sala de aula?

O professor encontra dificuldade em se trabalhar com esse aluno?

 

Nos dias atuais se tem a necessidade de se pensar sobre as mudanças que ocorrem no contexto educacional, pois a inclusão dos alunos com necessidades especiais passa a ser uma tarefa essencial nesta nova empreitada educacional, que de certa maneira o professor é o grande intermediador nesse interesse.

O objetivo deste trabalho consiste analisar e observar como os professores realizam suas atividades pedagógicas com os alunos bem como de trabalhar com os alunos a inclusão de aluno portador de necessidades especiais, bem como saber a forma de planejamento, materiais e métodos que utilizados em suas aulas.

A metodologia utilizada nesse trabalho consiste em um estudo de revisão bibliográfica, onde inicialmente se pesquisou em livros e websites autores que abordam sobre a temática. Em outro momento foi de elaboração de toda a pesquisa, onde se utilizou os seguintes autores: Bordas e Zoboli (2009), Borsa (2007), Costa (2015), Mantoan (2006), Martins (2012), Mitler (2003), Pimentel (2012), Silva (2009).

 

 

Desenvolvimento

 

A mudança ocorrida na educação a qual está sendo imposta aos profissionais de educação não busca meios de verificar como os mesmos estão sabendo lidar com está situação que veem ocorrendo ao longo dos anos.

De acordo com Costa:

Neste sentido, são importantes e essenciais os avanços conquistados considerando a igualdade de direitos de todo cidadão, se manifestando nas mais diferentes legislações nacionais e internacionais. Contudo, somente a legislação não basta para realmente haver a inclusão escolar e o desenvolvimento do aluno. (2015, p.25).

 

A escola tem sido mal compreendida, principalmente no apelo a mudanças nas escolas comuns e especiais. Sabemos, contudo, que sem essas mudanças não garantiremos a condição de nossas escolas receberem, indistintamente, a todos os alunos, oferecendo-lhes condições de prosseguir em seus estudos, segundo a capacidade de cada um, sem discriminações nem espaços segregados de educação. (MANTOAN, p.23, 2006.)

Com isso a escola acaba que recebendo inúmeras críticas da sociedade em geral, pois a situação é imposta ao professor e o mesmo tende a aprender a lidar e buscar alternativas de atividades pedagógicas para ser trabalhada com os alunos.

Para Martins:

A partir de meados da década de 1990 inicia-se um novo movimento, que se prolonga até os dias atuais, em que se busca a inclusão plena de todos os educandos nas classes regulares, desde a Educação Infantil. Ou seja, reconhece-se que crianças, jovens e adultos com necessidades especiais devem aprender junto aos demais alunos, independentemente das suas diferenças.(2012, p.28).

 

No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. (MITLER, p.25, 2003).

Neste sentido a inclusão na educação é um direito do aluno, e a escola tem um papel fundamental sendo ela a responsável por oferecer esta oportunidade ao aluno com praticas pedagógicas e uma ampla gama de conhecimentos ao aluno dando o pontapé inicial na sua jornada estudantil.

Para Silva:

A inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais dependem não só da boa prática ou excelente formação do professor. Integrar com a finalidade educacional exige atitude e colaboração dos colegas em relação aos alunos integrados, a família, a comunidade, fatores socioeconômicos e socioculturais. A escola também tem papel fundamental para a aprendizagem e facilitação da inclusão, como fornecer materiais didáticos adaptados, oferecer cursos aos educadores com a finalidade de conhecer novas práticas de ensino e adaptação no currículo escolar, por exemplo.(2009, p.23).

 

Um dos objetivos mais importantes do processo de socialização consiste em que as crianças aprendam o que é considerado correto em seu meio e o que se julga incorreto; ou seja, que possam conseguir um nível elevado de conhecimento dos valores morais que regem sua sociedade e se comportem de acordo com eles. Para Costa (2015, p33.)” A inclusão de aluno público-alvo da educação especial (PAEE) assim como os demais, deve ser pensada, planejada e contemplada desde a educação infantil, sendo um dos fatores importantes para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças.” Isto é conseguido através de um processo de construção e interiorização destes valores processo que tende a demais a favorecer o desenvolvimento dos mecanismos de controle reguladores da conduta da criança.

De acordo Bordas e Zoboli:

 

O aluno com necessidades educacionais especiais precisa ser acolhido com parâmetros flexíveis que lhe permitam atingir resultados de forma singular e particular. Assim deve ter oportunidade de atingir objetivos e poder mostrar desenvolvimento e mostrar que está apto ou não apto. Pensamos que as deficiências não podem ser medidas e definidas por si mesmas e mediante sistemas previamente padronizados por especialistas. Há que se levar em conta cada situação e estágio que resulta das formas de interação entre as características do aluno e dos ambientes em que está eventualmente inserido. É preciso ter acuidade e prestar atenção para que se possam estabelecer espaços de desenvolvimento adequados a atender as peculiaridades permanentes ou circunstanciais de cada aluno. (2009, p.81).

 

Essa formação não é somente acadêmica, mas precisa ser também uma formação pessoal, que no momento em que se torna pessoal, os resultados são alcançados com maior facilidade, visto que o professor se entrega e interage por inteiro nessa formação.

Assim Pimentel expõe:

[...] o professor no sentido de propiciar ao aluno subsídios para integrá-lo na cultura, na política, na sociedade, no trabalho, bem como na cidadania, precisa ter o domínio do trabalho docente, que por sua vez devem ser objeto de estudo tanto na formação inicial de professores, como em cursos de formação de professores em serviço. (2012, p.27).

 

Permeada de diferentes práticas, concepções e tradições educativas, o professor necessita ter em currículo formação continuada, pois essa formação é um fator relevante tanto para a construção de suas atividades em sala de aula e em resultados satisfatórios no processo de ensino aprendizagem do aluno.

Segundo Costa:

Considerando que a educação inclusiva é garantida pela legislação e documentos oficiais, na prática, há um longo percurso a ser percorrido, seja por meio de políticas públicas, formação de professores, investimentos em infraestrutura, materiais pedagógicos e recursos humanos, entre outros fatores, sendo possível inferir, frente aos resultados obtidos, que a implementação da educação inclusiva está distante ainda da sua concepção de educação para todos. (2015, p.30).

 

Seguindo esta concepção a troca de experiências entre os alunos é extremamente importante a partir do dado momento em que nesta troca aconteça a interação e inclusão dos alunos com necessidades especiais.

Através da interação do professor com os alunos e alunos com professor, a escola deve possibilitar a aquisição de conteúdos – trabalhar a realidade dos alunos em sala de aula bem como aqueles que carecem de uma atenção ainda maior, e para que assim o professor tenha discernimento e poder de analisar sua realidade de uma maneira crítica.

 

Conclusão

 

Foi essencial a execução deste trabalho para o conhecimento na educação Inclusiva que é igual para todos e a característica de cada estudante. Um desafio para os sistemas estaduais e municipais de ensino tal necessidade se coloca para esse sistema no momento em que muitos deles têm Ao longo dos anos a educação tem se tornando o centro de inúmeras discussões com as mesmas as inovações essenciais para a educação tornando se assim um grande desafio para aqueles que transmitem o conhecimento. Reavaliado o e mesmo desativado o serviços de ensino especial até para produzir processos de ensino.

É possível se observar que a educação vem sofrendo modificações ao longo da sua história, bem como a educação inclusiva já está fazendo parte do cotidiano das escolas, a inclusão dos alunos com necessidades especiais não só depende da boa prática e didática em sala de aula ou excelente formação do professor, mas sim depende do conjunto de apoio de todos, família, comunidade e sociedade.

A partir disto analisei que ensinar é uma tarefa árdua, pois o professor precisa ensinar, aprender e se adequar no seu dia a dia com os seus alunos a maneira correta sem deixar de trabalhar com o aluno portador de necessidades especiais.

Com isso os professores se encontram encurralados em propiciar uma educação de qualidade e ao mesmo tempo saber trabalhar com alunos que possuem diferentes necessidades especiais. É fundamental que o professor saiba além de transmitir seus conhecimentos, saber e a formação necessária e adequada para trabalhar com o aluno especial, assim no momento em que o professor se encontrar preparado, os resultados alcançados no processo de ensino aprendizagem de todos os alunos sem distinção entre eles será o mais positivo e satisfatório.

É importante que os órgãos públicos enxerguem a Educação Inclusiva, como uma modalidade de ensino que precisa ser atendida conforme a demanda, mas que para isso aconteça de maneira que atenda a todos os alunos especiais, é fundamental que os órgãos competentes disponibilizem e ofertem cursos de formação continuada aos professores atuantes e não atuantes na Educação Inclusiva, pois a educação é por etapas e em cada etapa é primordial que o professor esteja capacitado para no momento em que esse aluno chegar o professor tenha a devida formação para trabalhar com esse aluno.

 

REFERÊNCIAS

 

BORDAS, Miguel Angel Garcia. ZOBOLI, Fábio. Reflexões sobre a produção social do conhecimento e as culturas inclusivas: o papel da avaliação. IN: Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas/ Féliz Díaz, Miguel Bordas, Nelma Galvão, Theresinha Miranda, organizadores; autores, Elias Souza dos Santos… [et al.]. - Salvador: EDUFBA, 2009.

 

BORSA, Juliane Callegaro. O Papel da Escola no Processo de Socialização Infantil. RS, 2007. Disponível em: www.psicologia.com.pt. Acesso em: 18 de julho de 2007.

 

COSTA, Fernanda Aparecida de Souza Corrêa. Práticas pedagógicas inclusivas na educação infantil: atividades lúdicas envolvendo crianças com Transtorno do Espectro. 2015. Disponível em: < https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/132928/costa_fasc_me_bauru.pdf?sequence=3&isAllowed=y> Acessado em: 29 set. 2017.

 

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: pontos e contrapontos/ Maria Teresa Eglér, Mantoan, Rosângela Gavioli Prieto; Valéria Amorim Arantes, organizadora. - São Paulo: Summus, 2006.

 

MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. Reflexões sobre a formação de professores com vistas à educação inclusiva. IN: O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares/ Theresinha Guimarães Miranda, Teófilo Alves Galvão Filho, organizadores. Salvador. EDUFBA, 2012.

 

MITLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais/ Peter Mitler; tradução WindzBrazão Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

PIMENTEL, Susana Couto. Formação de professores para a inclusão: saberes necessários e percursos formativos. IN: O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares/ Theresinha Guimarães Miranda, Teófilo Alves Galvão Filho, organizadores. Salvador. EDUFBA, 2012.

 

SILVA, Lidia Martins da. Educação Inclusiva e Formação de professores. 2009. Disponível em:< bento.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/2010069353641lidia_monografia.pdf>Acessado em 30 set. 2017.