A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Margani Zarth[1]
Artigo científico apresentado à Universidade Cândido Mendes, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Educação Infantil e Neurociências.
RESUMO
Este estudo apresenta uma abordagem sobre a importância do lúdico na Educação Infantil e tem como objetivo principal compreender como e porque os jogos e brincadeiras podem promover o processo de construção do conhecimento nos primeiros anos da Educação Básica. Além disso, esse trabalho visa promover uma reflexão sobre a prática pedagógica do professor, por meio do lúdico, e se a mesma tem contribuído no processo de ensino e aprendizagem da Educação Infantil, e ainda, enfatizar a importância do planejamento docente, a fim de diagnosticar, avaliar e elaborar estratégias de trabalho, com objetivos adequados às dificuldades e aos avanços dos alunos. A fundamentação teórica é condizente com as pesquisas relacionadas a autores que abordam a importância do lúdico em sala de aula e a interação entre os sujeitos envolvidos nesse processo, além de comprovarem que essa metodologia auxilia na evolução da criança, aumentando as capacidades de análise, observação, atenção, imaginação, vocabulário, linguagem, entre outras. Desse modo, entende-se que os jogos e brincadeiras incentivam a criação de novas experiências, nas quais a criança expressa suas emoções, sensações e pensamentos e recria a realidade que a cerca.
Palavras-chave: Lúdico. Educação Infantil. Metodologia. Conhecimento.
ABSTRACT
This study presents an approach about the importance of play in Early Childhood Education and its main objective is to understand how and why games and games can promote the process of knowledge construction in the first years of Basic Education. In addition, this work aims to promote a reflection on the pedagogical practice of the teacher, through the playful, and if it has contributed in the teaching and learning process of Early Childhood Education, and also emphasize the importance of teaching planning, in order to Diagnose, evaluate and elaborate work strategies, with objectives adequate to the difficulties and the progress of the students. The theoretical basis is consistent with the researches related to authors that deal with the importance of play in the classroom and the interaction between the subjects involved in this process, besides proving that this methodology helps in the evolution of the child, increasing the abilities of analysis, observation , Attention, imagination, vocabulary, language, among others. In this way, it is understood that games and games encourage the creation of new experiences, in which the child expresses his emotions, sensations and thoughts and recreates the reality that surrounds him.
Keywords: Playful. Child Education. Methodology. Knowledge.
Introdução
O presente trabalho tem como tema a importância do lúdico na Educação infantil e visa compreender o uso dos jogos e brincadeiras nessa etapa da Educação Básica, além de fazer uma análise reflexiva para entender como essa metodologia é eficaz na construção do conhecimento e como as situações de jogos e brincadeiras proporcionam estímulos necessários às crianças, no sentido de desenvolver a aprendizagem, criar novas experiências, expressar emoções e pensamentos e também oferecer oportunidades de interação com a realidade na qual elas estão inseridas. Diante disso, traçaram-se questões que orientaram este trabalho:
* Pode-se afirmar que os jogos e brincadeiras contribuem para que ocorra uma efetiva aprendizagem na Educação Infantil?
* Qual deve ser a conduta do professor, com relação à metodologia do lúdico, nos primeiros anos da Educação Básica?
* Como o professor deve elaborar estratégias de trabalho, utilizando-se do Lúdico, que proporcionem elementos favoráveis ao processo de ensino e aprendizagem na sala de aula?
Considerando as questões acima citadas e as definições e pesquisas de vários autores, esse trabalho inicia-se com uma breve história dos jogos e brincadeiras, levando em conta o quanto essa atividade favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita a construção do conhecimento, de forma descontraída.
Dessa forma, ao trabalhar com jogos e brincadeiras, é necessário que haja uma infinidade de meios a serem oferecidos para que a criança possa desenvolver sua capacidade de criar e aprender. De acordo com Aranão (2004, p. 16) “sua interação com o meio se faz por intermédio de brincadeiras e jogos, da manipulação de diferentes materiais, utilizando os próprios sentidos na descoberta gradual do mundo”. Entretanto, é fundamental que o professor conheça os objetivos de cada jogo ou brincadeira, domine as técnicas e a vivência dos mesmos e analise, de forma crítica e construtiva, a possibilidade de utilizá-los em suas aulas.
Numa das apostilas deste Curso de Especialização, a que fala sobre Teorias e Práticas da Educação Infantil, há um trecho que enfatiza a responsabilidade do professor frente ao desafio de realizar uma prática pedagógica direcionada a esses objetivos.
Os professores alfabetizadores não podem desconhecer a natureza do conhecimento infantil ou como ele se processa. As crianças constroem sua inteligência a partir de suas possibilidades de representar, o que é possível a partir dos dois anos de idade, estendendo-se até aproximadamente os seis anos. (MATERIAL DIDÁTICO, p. 24)
Ao trabalhar com o lúdico, o professor alfabetizador proporcionará a seus alunos a possibilidade de identificarem e contemplarem os excelentes espaços de raciocínio e interação, além de utilizarem essa metodologia como um meio de observar, diariamente, seus alunos.
Com base no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p. 21), “brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia”. Contudo, é fundamental que haja motivação por parte do educador para que o lúdico na Educação Infantil possa despertar na criança a vontade de participar, criar, desenvolver e construir.
Para fundamentar esse estudo foram realizadas pesquisas e reflexões embasadas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC - 1998), em Materiais Didáticos fornecidos pela UCAM - Universidade Candido Mendes (curso de Especialização em Educação Infantil e Neurociência), além de referências bibliográficas baseadas nas obras de Aranão (2004), Jean Piaget (1975), Queiroz (2007), Andrade (1996), Kishimoto (1992), Porto (2003) e Silva (2004).
Desenvolvimento
Para que se possa compreender melhor o uso de jogos e brincadeiras, é necessário fazer uma breve retrospectiva histórica da importância dessa atividade, que vem sendo desenvolvida desde os séculos passados, pois o jogo começou desde a antiguidade e fez parte da cultura de alguns povos.
Desde tempos remotos, o jogo fazia parte da cultura de um povo. A cultura era educação e a educação representava sobrevivência. O jogo reflete aspectos da sociedade na qual ele surgiu. Entre os gregos, por exemplo, os jogos estão relacionados ao caráter físico, às artes e à lógica, que são elementos marcantes em sua sociedade. Segundo Platão (séc. III), que já dava ao esporte o seu devido valor na formação do caráter e da personalidade, os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos. Já entre os egípcios, romanos e maias, os jogos serviam de meio para a geração jovem aprender com os mais velhos valores e conhecimentos, como também normas e padrões da vida social. Em muitos aspectos, nos dias de hoje, isso não é muito diferente. Desde Montaigne (séc. XVI) a Piaget (1894-1985), o jogo sempre esteve presente nas atividades intelectuais e sociais, por isso tornando-se indispensável à prática educativa, estimulando as relações cognitivas, afetivas, verbais, psicomotoras, sociais e uma reação ativa, criativa e crítica dos alunos. (QUEIROZ, 2007).
De acordo com Kishimoto (1992), em seu apanhado histórico do uso de jogos no contexto social, “o jogo veio a ganhar um valor crescente na década de 60, com o aparecimento de museus, com concepções mais dinâmicas. Nesses espaços, as crianças podiam tocar e manipular brinquedos”.
Esse processo de valorização do jogo chegou ao Brasil no início da década de 80, com o aumento da produção científica a respeito de jogos e o aparecimento das “brinquedotecas”, que, segundo informações no Material Didático da UCAM (Apostila Estratégias de Ensino pelo Lúdico, p. 15), “mostram o perfil da comunidade que lhe deu origem, tendo cada uma, função estabelecida, onde o acervo de jogos e brinquedos é utilizado para atingir os objetivos propostos”. E acrescenta na p. 14 que “a brinquedoteca coloca ao alcance da criança inúmeras atividades que possibilitam a ludicidade individual e coletiva, permitindo que ela construa seu conhecimento próprio”.
(...) As brinquedotecas de escolas estão em instituições que trabalham com educação infantil e objetivam suprir as necessidades de materiais no tocante ao desenvolvimento da aprendizagem. Estas brinquedotecas de instituições de educação infantil se caracterizam pela formação de um acervo que é utilizado na própria sala de aula, onde as crianças brincam. Após a utilização dos brinquedos e jogos, estes retornam à sala de guarda do acervo. A dinâmica é semelhante à da biblioteca. (MATERIAL DIDÁTICO da UCAM: “Estratégias de Ensino pelo Lúdico” – p. 15).
Quando se discute sobre os jogos e brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem percebem-se fatores primordiais que favorecem a intencionalidade do trabalho pedagógico e o enriquecimento dos conteúdos a serem desenvolvidos. Por isso, nas situações em que são envolvidas essas atividades lúdicas, é importante que o adulto, em especial o professor na sala de aula, esteja sempre incentivando as atitudes das crianças, conforme for sendo solicitado.
(...) podemos considerar a questão da escrita e da leitura nas classes de alfabetização, na educação infantil ou nas classes iniciais do primeiro ciclo do Ensino Fundamental como um fator de aprendizagem e de constituição da criança não apenas no aspecto cognitivo, mas no afetivo, social e cultural. A criança começa a questionar acerca da escrita desde que interage com objetos de leitura pela primeira vez, a partir de suas interações com o mundo e, principalmente, desde suas primeiras construções representativas a partir do lúdico. (MATERIAL DIDÁTICO da UCAM: “Teorias e Práticas da Educação Infantil” – p. 34 e 35).
Ao utilizar-se da forma lúdica no processo de ensino e aprendizagem, o professor permite que seu aluno explore esses momentos de prazer e imaginação, seja com atividades diárias que desenvolvem as capacidades de raciocínio, bem como com o uso das mesmas no desenvolvimento físico, afetivo e cognitivo. Sendo assim, o professor precisa estar atento aos momentos que houver oportunidade de um jogo ou uma brincadeira, pois ele precisa direcionar a atividade, respeitando o tempo de cada criança na construção dos conceitos e os objetivos que deseja atingir durante essas tarefas.
Uma maneira que pode ser utilizada pelo professor é usar situações da realidade na qual vivem seus alunos, associando-as com as diferentes culturas, pois, eles precisam de conteúdos significativos do cotidiano onde estão inseridos.
A criança, portanto, tem de explorar o mundo que a cerca e tirar dele informações que lhe são necessárias. Nesse processo, o professor deve agir como interventor e proporcionar-lhe o maior número possível de atividades, materiais e oportunidades de situações para que suas experiências sejam enriquecedoras, contribuindo para a construção de seu conhecimento. Sua interação com o meio se faz por intermédio de brincadeiras e jogos, da manipulação de diferentes materiais, utilizando os próprios sentidos na descoberta gradual do mundo. (ARANÃO, 2004, p.16).
O simples ato de brincar em sala de aula não representa nenhuma ação pedagógica ou educativa. A forma lúdica só é um recurso pedagógico, quando utilizada com um sentido predefinido e com planejamento adequado. Nesse contexto, torna-se eficaz, ativa e reforça os efeitos da aquisição de novos conhecimentos. Por conta disso, a criança é motivada por contar com o auxílio do professor e dos colegas para exercitar seus estímulos internos e definir conceitos básicos do seu dia a dia.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 21):
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação, Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
O envolvimento do lúdico nas práticas pedagógicas de sala da aula deve ser um meio de desenvolver e aprimorar o raciocínio lógico, social e cognitivo, de maneira prazerosa para a criança. A saúde física, emocional e intelectual do ser humano depende dessas ações cotidianas. Dessa forma, se as crianças praticam o lúdico desde a Educação Infantil, elas estarão bem preparadas para o restante do processo educativo, na escola e na sociedade. Através dos jogos e brincadeiras, associados a outras atividades pedagógicas, elas desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa, a autoestima, entre tantas outras formas de crescimento individual e coletivo.
Ensinar por meio de jogos é um caminho para o educador desenvolver aulas mais interessantes, descontraídas e dinâmicas, podendo competir em igualdade de condições com os inúmeros recursos a que o aluno tem acesso fora da escola, despertando ou estimulando sua vontade de frequentar com assiduidade a sala de aula e incentivando seu envolvimento no processo ensino e aprendizagem, já que aprende e se diverte, simultaneamente. (SILVA, 2004, p. 26).
O trabalho lúdico contribui na formação de cidadãos conscientes e éticos, cientes de suas responsabilidades, priorizando o bom senso e respeitando seus limites. É uma atividade que ajuda a preparar a criança para exercer o papel de cidadã, capaz de enfrentar desafios e participar da construção de um mundo melhor. O resultado disso se reflete na boa convivência e no bom relacionamento com seus pares.
(...) existem várias razões para a utilização de recursos lúdicos no processo pedagógico, dentre as quais se podem citar:
a) os recursos lúdicos correspondem naturalmente a uma satisfação interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;
b) o prazer e o esforço espontâneo são elementos fundamentais na constituição das atividades lúdicas;
c) as atividades lúdicas mobilizam esquemas mentais, estimulando o pensamento e o senso crítico;
d) as atividades lúdicas integram e acionam as esferas motoras, cognitivas e a afetiva dos seres humanos. (MATERIAL DIDÁTICO da UCAM: “Estratégias de Ensino pelo Lúdico” – p. 4).
É importante ressaltar aqui também que muitos professores reduzem a forma de desenvolver afetividade com relação a seus alunos, oferecendo manifestações de carinho somente físicas, como beijos e abraços. Porém, existem outros modos de manifestar-se afetivamente, que são até mais notáveis e que ficarão gravados na memória: atitudes, gestos, palavras, responsabilidade, comprometimento e respeito. Portanto, a qualidade das tarefas mediadoras do conhecimento, praticadas pelo professor em sala de aula, marca a sua passagem na vida dos alunos.
De acordo com orientações do Material Didático da UCAM (Apostila Estratégias de Ensino pelo Lúdico, p. 5), o lúdico oferece subsídios para que ocorra essa verdadeira aprendizagem: “o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir diferentes tipos de conexões”. Portanto, na fase da Educação Infantil é o momento certo de iniciar esse processo.
A brincadeira pode ser um espaço de experiências bem original, onde o comportamento encontra-se dissociado e protegido de censuras correntemente encontradas na sociedade. Nesse sentido, a brincadeira é uma situação de frivolidade e flexibilidade. A criança pode tentar sem medo a confirmação do real. Algumas condutas de comportamento que, sob pressões funcionais, não seriam tentadas podem ser experimentadas na brincadeira. Nesse universo, a criança pode, sem riscos, inventar, criar, tentar. (PORTO, 2003, p.182).
Conforme a criança vai se desenvolvendo em tamanho e maturidade, vai também adquirindo uma maior consciência do mundo objetivo e criando a necessidade, cada vez maior, de agir sobre os objetos humanos e imitar os adultos. Todavia, essas ações ainda são limitadas por seu desenvolvimento psíquico e motor. Sendo assim, o modo de brincar também se modifica com o passar dos anos. Uma criança da Educação Infantil brinca de uma maneira diferente daquela em idade escolar mais avançada ou de um adulto.
Para Jean Piaget (1975) “o jogo, ou a atividade lúdica, conduz da ação à representação, na medida em que evolui do exercício sensório-motor para o jogo Simbólico”. Com relação a isso, o autor propõe uma classificação genética dos jogos, baseados na evolução das estruturas mentais e classificando-os em três tipos:
* Jogos de Exercício (zero a um ano) - a criança usa a imitação para se adaptar à realidade, aprender novas ações ou satisfazer uma necessidade;
* Jogos Simbólicos (dois a sete anos) - quando a criança já é capaz de fazer representações, ou seja, pensar no objeto ausente, onde o prazer está no processo e não no resultado; e,
*Jogos de Regras (quatro a sete anos) - a criança vai perdendo o caráter de deformação lúdica da realidade e se tornando cada vez mais uma imitação representativa da realidade, com o seguimento de regras, porém o lúdico continua existindo.
Os professores devem estar atentos e estimular a participação das crianças na elaboração e no cumprimento das regras em jogos competitivos.
Andrade (1996, p. 64) enfatiza que isso é de fundamental importância e contribuirá...
(...) no desenvolvimento da capacidade de pensar de modo ativo; a serem cada vez mais capazes de elaborar regras justas e eficientes para si mesmas, a se comandarem bem em grupo, desenvolvendo-se socialmente e intelectualmente, lidando com aspectos sociais, políticos, morais e emocionais.
Diante disso, a Gestão Escolar, ligada à Educação Infantil, deve incentivar e orientar os professores em sua prática pedagógica diária, pois o Lúdico precisa estar presente, ou ser resgatado, nas atividades em sala de aula. Além disso, é importante lembrar novamente que as atividades de jogos e brincadeiras necessitam de um planejamento adequado e significativo para todas as crianças dessa etapa escolar, como fonte de desenvolvimento e de novos caminhos para a aprendizagem.
Conclusão
Considerando todas as pesquisas e reflexões sobre o tema, conclui-se que os jogos e brincadeiras proporcionam à criança da Educação Infantil a oportunidade de realizar as mais diversas experiências e preparar-se para atingir novas etapas em seu desenvolvimento físico, mental e intelectual.
A importância do lúdico ficou comprovada por meio desse estudo, diante das pesquisas bibliográficas e das reflexões sobre o tema aqui exposto, pois, por meio de jogos e brincadeiras as crianças se apropriam de conhecimentos diversos. Dessa forma, a Educação infantil é o espaço onde a criança recebe esses estímulos para evoluir em todos os aspectos de sua vida.
O papel da escola, sob o comando do professor em sala de aula, é fundamental nesse desenvolvimento e aprendizado do aluno, cumprindo a função integradora e dando oportunidade para que a criança se desenvolva individualmente e socialmente.
A socialização proporcionada pelo lúdico na Educação Infantil e nas séries subsequentes, através de atividades em grupo, música, teatro, brincadeiras recreativas, jogos, entre outras formas de Ludicidade, tornam a criança aberta aos relacionamentos e à aprendizagem, com maturidade cada vez mais avançada, e sem atitudes de preconceitos ou discriminações.
Portanto, por meio da Ludicidade, a criança percebe o mundo, faz de conta, inverte papéis, cria e recria situações diversas e reforça os laços afetivos. A participação do adulto na brincadeira da criança eleva o nível de interesse e enriquece e contribui para o esclarecimento de dúvidas. Além disso, a criança sente-se prestigiada e desafiada, descobrindo e vivendo experiências estimulantes e um aprendizado eficiente.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Cecília Gracioli. Jogos: Peça importante na construção do conhecimento. Revista Dois Pontos, Campinas, SP; janeiro/fevereiro, 1996, volume 3, número 24.
ARANÃO, Ivana. D. A Matemática Através de Brincadeiras e Jogos. 5ª Edição. Campinas: Papirus, 2004.
BRASIL (MEC). Referencial Curricular para a Educação Infantil. Volume 02. 1998, BRASILIA.
KISHIMOTO, T. M. O Brinquedo na Educação: Considerações Históricas. Revista Ideias, n (7), pp. 39-45. São Paulo. 1992.
PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução: Álvaro Cabral e Cristiano Monteiro Oiticica. 2ª edição. RJ: Zahar, 1975.
PORTO, C. L. Brinquedo e brincadeira na brinquedoteca. In KRAMER, S. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus, 2003.
QUEIROZ, M. L. B. O uso de jogos na aula de matemática. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC). Disponível em: http://www.ilhadotabuleiro.com.br/jornal/2007-08-25-o-uso-de-jogos-na-aula-de-matematica. Acesso em 09 de julho de 2016.
SILVA, M. Jogos Educativos. Campinas: Papirus, 2004.
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES – Teorias e Práticas da Educação Infantil e Estratégias de Ensino pelo Lúdico. (Material didático do Curso de Especialização em Educação Infantil e Neurociência). Impressão e Editoração: Instituto Prominas.
[1] Graduada em Pedagogia - ULBRA (Universidade Luterana do Brasil); Curso de Especialização na área de Psicopedagogia – AVEC (Associação Varzeagrandense de Ensino e Cultura) e FIVE (Faculdades Integradas de Várzea Grande); Especialização em Educação Infantil e Neurociências – UCAM (Universidade Candido Mendes)