EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Cristiane Rosa Carbo Bonfim
Professora Orientadora: Alexandra Magalhães Frighetto
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Licenciatura em Pedagogia (Turma Flex 0082) – Trabalho de Graduação
14/11/2020
1 INTRODUÇÃO
O estudo sobre o tema proposto visa à reflexão acerca dos desafios encontrados na escola para que se tenha uma educação de igualdade. Apresentando a pesquisa como Trabalho de Graduação do curso, um requisito essencial para esse processo. A pesquisa desenvolvida destaca a importância do gestor na instituição, proporcionando ao acadêmico um aprofundamento de aprendizado sobre o tema escolhido, permitindo um aprofundamento com a pesquisa, garantindo um maior aprendizado.
Ainda se tem muita discussão sobre a educação inclusiva e a inserção das mesmas nas escolas. Aos poucos vai transformando a escola em um espaço para todos, no intuito de favorecer a diversidade.
Educação é direito de todo ser humano sem restrição alguma, e devem ser respeitados e incentivados, garantindo que todos possam tem pelo menos acesso aos conhecimentos básicos que o auxiliem a tem pelo menos uma boa qualidade de vida.
A busca pela efetivação total de uma escola inclusiva tem uma caminhada devagar, mesmo com seus direitos assegurados, e o acesso e a permanência desse aluno na escola ainda é complexo, o que pode levar a um questionamento sobre como a escola esta lidando com essa situação, se estão inserindo esses alunos no cotidiano escolar e principalmente se esses alunos estão tendo um ensino e aprendizagem por igual, pois se for observar desse ponto de visto, o aluno ao ser matriculado em uma sala regular, sua educação seja efetivada em sua totalidade, ou seja, não adianta inserir o aluno em sala de aula e mantê-lo em projetos separados, incluir, sem discriminação, abraçando suas diferenças, oferecendo a todos os alunos chances iguais de aprendizagem, com métodos diferentes para cada criança dependendo da situação de forma a que todos possam se desenvolver integralmente.
Desse modo, o presente trabalho visa, a priori, realizar uma pesquisa e análise sobre os desafios de uma educação para todos com foco na educação inclusiva e área de concentração com a finalidade de verificar, explanar e entender sobre as ações e propostas do governo e escola em relação à educação inclusiva. Como também averiguar de é possível que o aluno tenha uma educação de qualidade, se esses alunos estão mesmo incluídos na escola, como a escola procede em relação à inclusão desses alunos mediante uma sociedade agregada de valores ultrapassados e preconceituosos.
Neste trabalho observar também como a escola se prepara para receber esses alunos, tanto em caráter estrutural quanto na área pedagógica, e nesse contexto situa-se o professor que vai ser o elo no processo de ensino e aprendizagem desses alunos.
2 INCLUSÃO, EDUCAÇÃO INCLUSIVA E TRANSFORMAÇÃO
Em uma sociedade que nem todos desfrutam das mesmas oportunidades e opções de vida, a desigualdade se encontra em vários patamares da sociedade diversos locais ou/e situações, e uma delas é a educação. Nem todos tem a oportunidade de um bom estudo, ainda existem muita desigualdade e preconceito.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 expõe que todos em direito a educação e o ensino mesmo que seja básico é uma forma de as pessoas se libertarem, de dar oportunidade de melhorar sua condição, e essa educação deve ser de qualidade, a escola deve proporcionar isso.
Muitos foram excluídos desse ensino, sem oportunidades, principalmente alunos com deficiência, e até a atualidade ainda é um dilema, um desafio colocá-los na escola comum.
Aqueles com necessidades especiais durante certo período tinham o seu espaço adequado para sua necessidade em uma instituição fora da escola separados dos demais, e aos poucos essa situação vai mudando com a educação inclusiva.
No qual o aluno faz parte do cotidiano dos outros alunos de igual pra igual, tendo as mesmas oportunidades de ensino. Nesse segmento
A Educação Especial tem cumprido na sociedade duplo papel, o de complementaridade da educação regular, atendendo de um lado a democratização do ensino, na medida que responde as necessidades de parcela da população que não consegue usufruir dos processos regulares do ensino; do outro, responde ao processo de segregação legitimando a ação seletiva da escola regular (MOSQUERA; STOBAUS, 2004, p. 23).
A educação especial visa atender e educar aqueles alunos que tem algum tipo de deficiência, e aliada à educação inclusiva ela faz um junção dos estudos, na escola normal juntamente com todos os alunos.
Em que todos terão a mesma oportunidade de ensino na escola regular, diferenciando os métodos de ensino de acordo com a necessidade de cada aluno. Criando um principio de igualdade nas instituições escolares no intuito de não se excluir o aluno de estudar ou ter uma classe especial só para ele.
Em que a Constituição Federal (1988) tem como um dos seus princípios fundamentais: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (Artigo 3º, Inciso IV).
Complementando no Artigo5º, dos direitos e garantias fundamentais o principio de igualdade, ou seja, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Portanto, deixando claro que todos devem ter uma educação, ter oportunidade de estudar e não ser tratada de forma direito uns dos outros. E nesse segmento não haver qualquer tipo de discriminação devido ao seu tipo de deficiência. Nenhuma escola pode se recusar a matricular um aluno com necessidades especiais, a Constituição garante esse direito. Fora situações em que a escola não quer aceitar a matricula de um aluno especial, podem ocorrer situações dentro da escola por parte de outros alunos ou pessoas e a escola devem estar atentas a esses problemas para solucioná-los o mais breve possível.
A Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas Portadoras de Deficiência em seu artigo II tem como objetivo “prevenir e eliminar todas as formas de discriminação 13 contra as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à sociedade”.
Aos poucos na metade do século XX os movimentos sociais começam a se intensificar buscando acabar com as formas de discriminação dos deficientes impedindo-os de terem uma vida normal.
A busca por uma sociedade igualitária, por um mundo em que os homens gozem de liberdade de expressão e de crenças e possam desfrutar da condição de viverem a salvo do temor e da necessidade, por um mundo em que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os seres humanos e da igualdade de seus direitos inalienáveis é o fundamento da autonomia, da justiça e da paz mundial, originou a elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que representa um movimento internacional do qual o Brasil é signatário (FACION, 2008, p. 55).
E no meio de todos esses movimentos e no intuito de assegurar os direitos desses alunos, a escola deve assumir o seu papel de auxiliar o aluno nesse processo de interação. Seguindo um padrão metodológico há tempos e como inicialmente foi exposto cada espaço reservado para cada tipo de situação, quando se informa que a escola deve abrir portas para esses alunos, recebê-los e adaptar seu espaço e metodologias, acaba que gerando certo receio de mudar, de inovar, pois se acostumou ao padrão estabelecido, tanto que atualmente ainda tem escolas que tem dificuldades de aceitar alunos com algum tipo de deficiência. Como em qualquer etapa da vida o homem busca estabilidade, qualquer mudança ou alteração em sua rotina, já gera um desconforto. Em relação à escola o processo é o mesmo, principalmente quando se pergunta se será capaz de auxiliar esse aluno, nem todos aceitam mudanças, pois mudar é alterar a rotina, é algo novo, sem consciência do que vira e essa mudança vai dar certo.
A estabilidade é algo que buscamos frequentemente, pois ela nos dá segurança. Quanto mais conhecemos determinado fato ou assunto, mais nos sentimos seguros diante dele. O novo gera insegurança e instabilidade, exigindo reorganização, mudança. É comum sermos resistentes ao que nos desestabiliza. Sem dúvida, as ideias inclusivas causam muita desestabilidade e resistência (MINETTO, 2008, p. 17).
O importante em uma instituição é saber planejar. Ir alterando, inovando aos poucos, verificando quais projetos atingiram seus objetivos, quais precisam melhorar ou mudar, sem necessidade de criar planos mirabolantes e no final além de não atingir seus objetivos, gera algum conflito entre profissionais na instituição. Ações simples, delimitadas, com o apoio dos profissionais da instituição de forma que todos façam parte. Mantoan (1988, p. 78) diz que:
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na centralização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.
Então, a escola deve aproveitar e se transformar, de forma que a mesma esteja preparada com adaptações necessárias para receber esses alunos. Muitas não oferecem essas possibilidades, seja por parte das secretarias de educação que não dão apoio, ou até mesmo por parte dos gestores escolares em sua administração. Mantoan (1998, p.3) cogita
[...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares.
Uma instituição que se preocupa com seus alunos, que disponibilizam recursos materiais, como também profissionais capacitados e especializados de acordo com a necessidade de cada aluno, dão estabilidade e suporte, faz com que o aluno se sinta bem recebido e incluso na escola. Esse é o papel de todas as escolas, ter condições necessárias para incluir, aceitar, dar apoio, suporte, acompanhar esse aluno.
FERREIRA (2010, p. 93) expõe que “[...] incluir é o mesmo que compreender, que por sua vez, quer dizer entender, alcançar com a inteligência”. Falar sobre inclusão somente da boca pra fora, sem colocar em prática, não percebe o real significado da palavra, sua importância, em sua totalidade.
Mantoan faz sua complementação de que:
Inclusão é a nossa capacidade de entender e receber o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas deferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. È para o estudante com deficiência, física, para os que têm comportamento mental, para os superdotados, e para toda criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com outro. (2005, p. 96).
Se a escola der abertura para essa inclusão, interação, acolhendo esses alunos, independente de suas condições ou deficiências, por isso quando Mittler (2001) expõe que a escola só muda realmente para uma escola inclusiva quando ela faz suas reformas de transformação visando melhoria no atendimento às necessidades de seus alunos.
A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população (GADOTI, 2007, p. 12).
O apoio da sociedade é essencial nessa mudança, apoiando a escola se conscientizando de que todos os alunos devem ter os mesmo direitos, o mesmo processo de ensino e aprendizagem diferindo apenas nos métodos aplicados de acordo com a situação de cada aluno, é aceitar, reconhecer as diferenças de cada um, e isso deve ser aplicado tanto dentro da sala de aula quanto fora dela. Dessa forma [...] os jovens com necessidades educacionais Especiais devem receber ajuda para fazer uma eficaz transição de escola para a vida adulta produtiva (SASSAKI, 1997, p. 115).
Para a escola adequar-se na perspectiva de uma escola inclusiva, segundo Carvalho (2004, p. 115) ela tem algumas funções como:
- desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento que oferece a todos os que participam do processo educacional escolar;
- promover todas as condições que permitam responder às necessidades educacionais especiais para a aprendizagem de todos os alunos de sua comunidade;
- criar espaços dialógicos entre os professores para que, semanalmente, possam reunir-se como grupos de estudo e de troca de experiências;
- criar vínculos mais estreitos com as famílias, levando-as a participarem dos processos decisórios em relação à instituição e a seus filhos e filhas;
- estabelecer parcerias com a comunidade sem intenção de usufruto de beneficiar apenas e sim para conquistar a cumplicidade de seus membros, em relação às finalidades e objetivos educativos;
- acolher todos os alunos, oferecendo-lhes as condições de aprender e participar;
- operacionalizar os quatro pilares estabelecidos pela UNESCO para a educação deste milênio: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser, tendo em conta que o verbo é aprender;
- respeitar as diferenças individuais e o multiculturalismo entendendo que a diversidade é uma riqueza e que o aluno é o melhor recurso de que o professor dispõe em qualquer cenário de aprendizagem;
- valorizar o trabalho educacional escolar na diversidade.
Observa-se através dessas funções que a escola busca acolher o aluno, indiferente à sua deficiência ou dificuldade, estando aberta a diversidade, com estrutura adequada para atender essa demanda. E quando se explana a diversidade, Mantoan (2000, p. 7-8), expõe que essas são escolas:
[...] em que todos os alunos se sentem respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que não são indiferentes às diferenças. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não exclui, não categoriza os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a dicotomia entre educação regular e especial. As escolas para todos são escolas inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aula de ensino regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às habilidades e necessidades de todos.
Diferenças sempre vão existir, portanto a sociedade deve mudar seus hábitos e visões, incluir ao invés de excluir. Uma escola inclusiva é uma escola sem limitações, onde todos têm direitos iguais, e para isso acontecer à escola deve realizar mudanças, investir na formação de seus professores, pois o professor vai trabalhar como um agente direto de transformação do aluno como cidadão. Quando se analisa o papel do professor como agente mediador de transformação em a fala de Freire que expõe: “não é a educação que forma a sociedade de uma determinada maneira, senão esta, tendo-se formado a si mesma de certa forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam a sociedade” (1975, p.30).
E esse processo de inclusão não é uma caminhada fácil, são conquistas diárias, não é porque a escola tem uma estrutura adequada para receber esses alunos e inseri-los na sala de aula com atividades para o mesmo que esteja completo. É um passo a passo todos os dias tanto para pais, como professores e aluno é como se todos os dias fosse o primeiro dia, uma vitória de cada vez.
Quando a escola não realiza um projeto adequado capaz de abranger todos os requisitos necessários para inserir alunos com deficiência na sala de aula, às vezes realiza alguma ação apenas para aqueles momentos, com o intuito de mais pra frente realiza-lo até que ele possa estar por dentro de todos esses requisitos acaba que com essas ações separando os alunos, pois se o professor entrega uma atividade para um e outro modelo para o aluno com deficiência, ele não realiza o processo de inclusão, que seria mesmo conteúdo, mesma atividade para todos crescerem juntos, o que vai mudar nesse processo é o método utilizado para que esse aluno caminhe junto com a turma (BATISTA, 2006).
A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender as dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e com um meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, tenham os mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas escolarizados em uma escola regular (MANTOAN, 2003, p. 97).
A formação continuada de professores é essencial na extensão de aprendizado do docente, nem todos gostam dessas mudanças, tem medo de sair de sua rotina, isso dificulta o processo de ensino em sala de aula, pois as mudanças ocorrem diariamente, tudo se inova todos os dias, e a escola deve se adaptar a essas novas situações também, um ensino de qualidade requer um docente qualificado capaz de atender as necessidades de cada aluno.
Vitaliano (2002, p. 62) ressalta ainda que:
Por melhor que seja a formação, serão necessários ainda, financiamentos para garantir: pessoal de apoio especializado, espaços físicos e materiais adaptados, reformulação dos aspectos organizacionais das escolas, e, principalmente, o oferecimento de melhores condições de trabalho aos professores; incluindo em suas planilhas de trabalho horários para preparação das atividades e estudos; valorização social e salários compatíveis com tais responsabilidades.
Skliar (2006, p.31) sobre os professores que não estão qualificados para receber alunos com deficiências em sala de aula:
Afirma-se que a escola e os professores não estão preparados para receber os “estranhos”, os “anormais”, nas aulas. Não é verdade. Perece-me que ainda não existe um consenso sobre o que signifique “estar preparado” e, muito menos, acerca de como deveria pensar a formação quanto às políticas de inclusão propostas em todo o mundo.
Para promover a educação inclusiva não é necessário trocar toda a classe docente da escola e sim que eles agreguem novos conhecimentos para ensinar esses alunos através da formação continuada. “É essencial que os professores reconheçam sua própria importância no processo de inclusão, pois a eles cabe planejar e programar intervenções pedagógicas que dêem sustentação para o desenvolvimento das crianças” (LIMA, 2006, p. 123).
Não existe um método, ou uma regra especifica eficaz, de como tratar o aluno com necessidades especiais em sala de aula, ou qual parâmetro seguir. O que o professor vai buscar é uma forma de atender a carência de ensino desse aluno, “o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural – em escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas” (KARAGIANIS; STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21).
O gestor deve disponibilizar aos professores recursos materiais para trabalho com esses alunos, como também “o professor tem direito a ter treinamento e apoio” para trabalhar com cada peculiaridades de cada aluno incluso (Mitler, 1997, p. 7).
Quando se fala que “o despreparo dos professores do ensino regular para receber em suas salas de aula, geralmente repletas de alunos com problemas de disciplina e aprendizagem, os alunos com necessidades especiais” (BUENO et al, 1999 apud GLAT; NOGUEIRA, 2002, p. 23), é um dos maiores problemas em relação e educação inclusiva, deve-se ter em mente que o professor é o agente de mudanças é ele que vai criar um laço com o aluno.
Os educadores precisam estar dispostos às mudanças e estar constantemente revisando seus conceitos, ideologias e valores, para atuar como elemento facilitador no processo de conscientização da construção de sua cidadania e da capacidade crítica e reflexiva. Esse processo de construção deve partir da sua prática e dos conhecimentos prévios que esta prática possibilita. Os professores necessitam ser “colocados em um contexto de aprendizagem e aprender a fazer fazendo: errando, acertando, tendo problemas a resolver, discutindo, construindo hipóteses, observando, revendo, argumentando, tomando decisões, pesquisando” (LEITE, 1999, p. 28).
Educação inclusiva.
1 METODOLOGIA
O estudo desse trabalho foi realizado mediante a pesquisa bibliográfica através de artigos, livros, jornais, trabalhos acadêmicos, vídeos educativos, tudo que foi publicado sobre o tema proposto.
A pesquisa bibliográfica auxilia no processo de entendimento sobre o assunto utilizando-se das escritas referente ao tema proposto. Ressaltando que a pesquisa bibliográfica é toda e qualquer divulgação ou exibido sejam em livros, jornais, monografias, manuscritos, rádios, vídeos educativos (MARCONI e LAKATOS. P. 166).
O estudo realizado através da pesquisa bibliográfica tende “colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]”. Isso faz com que o pesquisador tenha “o reforço paralelo a análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações” (TRUJILLO, apud MARCONI e LAKATOS, 2010, P. 166), dessa forma o pesquisador terá condições de adquirir conhecimentos e construir seu trabalho.
Tornando um dos primeiros andamentos a ser feito, pois através dessa pesquisa que ele irá verificar qual base seguirá.
Através das pesquisas realizadas poder-se-á obter uma melhor discussão sobre o assunto, de forma a analisar sobre uma perspectiva que vão justificar os resultados obtidos.
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir das pesquisas realizadas e embasadas nas falas dos autores é possível verificar que é preciso muitos entender o real significado da Educação inclusiva, o incluir.
Não é somente matriculando o aluno com algum tipo de necessidade especial na escola que o papel já esta sendo feito.
Em boa parte dessas instituições o aluno este apenas matriculado, não sendo parte integrante dos planos de ensino dos outros alunos. Ele é guiado através de atividades alternativas às vezes sem nenhum fundamento para auxiliar em seu crescimento e aprendizado, portanto ele ainda esta excluído.
É preciso que as escolas sejam capazes de tomar medidas no sentido de fazer valer esse incluir. Que ela possa disponibilizar a esse aluno um ensino de qualidade.
Não é uma tarefa fácil, são grandes desafios a serem enfrentados, desde ter uma estruturada adequada para receber esses alunos, o que por vezes é um processo mais lento principalmente de escolas publicas, devido à solicitação de recursos, para aprimoramento da escola, como também de profissionais capacitados para receber e atender esses alunos.
A formação continuada é o principal recurso do professor para estar sempre atualizado e ele deve ter pra si esse compromisso de estar sempre estudando, sempre conectado a procura de novas soluções, métodos e metodologias que pode auxiliá-lo nos processos de ensino e aprendizagem em sala de aula.
5 CONCLUSÃO
Ao final dessa pesquisa pode observa-se que a escola é um direito igual de todos, não importando quais alunos serão matriculados na escola. Sendo importante ressaltar que para que esse processo seja mais tranquilo o professor tem um papel fundamental no auxílio de aprendizagem desses alunos.
A escola deve assumir o compromisso de oferecer uma educação além de qualidade, mas também com condições suficientes para atender a todos os alunos sem, restrição alguma.
Não é correto abstê-los de desenvolverem seu psicomotor, seu cognitivo, afetivo, que leve essa criança a desenvolver o seu potencial, seu crescimento social.
Mas nem sempre isso acontece, portanto uma escola para todos ainda de certa forma é um sonho. É um lento processo de construção, onde a escola deve sempre repensar sobre sua prática pedagógica, seus métodos de ensino para que o aluno além de ser bem recebido, se sinta a vontade para aprender.
A desculpa utilizada para a não inserção desses alunos ainda é o não preparo do professor e da escola, tendo em mente apenas que é obrigatório por lei, mas uma ampla visão expõe não somente a inserção desses alunos na escola, mas que eles façam parte dela integralmente. É preciso fazer disso uma realidade. Há vários caminhos possíveis.
Não será um caminho fácil, mas sim cheio de obstáculo, dúvidas, erros e acertos, mas é possível acontecer e quando ocorrer, perceber é-a que esta tratando o outro de forma digna e com respeito a toda a diversidade existente.
Não cabe no paradigma tradicional de educação e, assim sendo, uma preparação do professor nessa direção requer um design diferente das propostas de profissionalização existentes, e de uma formação em serviço que também muda, porque as escolas não serão mais as mesmas, se abraçarem esse projeto educacional (MANTOAN, 2003, p.81).
O professor em sala de aula deve ser capaz de desenvolver as habilidades tanto intelectuais quanto social desse aluno, e na realização dessas atividades inserirem a sala todo no processo de forma a que todos tenham acesso ao mesmo conteúdo, é importante que o professor use dessa estratégia para que o aluno se sinta incluído.
Freire expõe que:
Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um quefazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos (1991, p. 126).
Ou seja, todos são responsáveis por essa transformação, cada tem um papel a representar.
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