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INTERDISCIPLINARIDADE

Andrea José da Cruz Costa

Elaine Müller Cruz

Silvia José da Cruz Nunes

Tatiane Nunes da Cruz

Wagner Junior Cruz

 

RESUMO

A interdisciplinaridade oferece uma nova postura sobre conhecimento, mudança de atitude em busca do contexto do conhecimento do ser como pessoa integral. Para isso, resgatamos uma breve contextualização da Escola Nova para entendermos como chegou à interdisciplinaridade. O objetivo desse estudo foi saber se é possível integrar os alunos nas aulas interdisciplinares escolhemos fazer uma reflexão sobre o assunto. O artigo reflete sobre a interdisciplinaridade como proposta que são caracterizadas pelo professor e o aluno. A pesquisa foi realizada a partir de levantamento bibliográfico sobre o tema em livros, apostilas, dissertações, teses e artigos.  O mesmo caracteriza possibilidade de reflexões sobre a importância da prática da interdisciplinar. De fato, a interdisciplinaridade se apresenta como um caminho que tem muito a contribuir através do envolvimento de diferentes profissionais na busca de novos caminhos.

 

Palavras-chave: integrar. Interdisciplinaridade. Educação. Reflexões.

 

Introdução

 

A interdisciplinaridade tem o propósito de se aliar as áreas específicas e promover uma interação entre professor-aluno, aluno-aluno e escola-família. Com o objetivo de saber se é possível integrar os alunos nas aulas interdisciplinares propusemos a fazer uma reflexão sobre o assunto. Pois a interdisciplinaridades é um elo entre as disciplinas e as áreas do conhecimento, permitindo dessa forma abranger os temas e os conteúdos inovadores dinâmicos a serem trabalhados, com isso leva o aluno a pensar, a pesquisar e agir sobre seu processo de aprendizagem, garantindo a interação entra os mesmos.   

A interdisciplinaridade é um tema em constante discussão nas escolas, há muitas dúvidas e inseguranças na pratica pedagógica de como trabalhar a mesma, uma vez que as áreas não trabalham sozinhas e sim em conjuntas uma com as outras.                                  

Nos dias atuais, cada vez fica mais claro que a realidade não é fragmentada, não se encerra no contexto de uma única ciência; por sua complexidade, seu conhecimento pleno só se realiza ultrapassando ou transpassando diversas áreas do saber. (MATO GROSSO, 2000).

A interdisciplinaridade leva o professor a pensar em uma forma de como trabalhar em sala de aula abordando um tema que faz ligação a outras áreas do conhecimento, fazendo com que o aluno compreende e transpõe o que sabe a fim de resgatar o pensar fragmentado do mesmo, a fim de integrar os alunos nas aulas interdisciplinares de forma agradável, dinâmica e atraente, acreditamos que é possível agregar todas as disciplinas.

Neste aspecto a função da interdisciplinaridade é apresentar aos alunos possibilidades diferentes de olhar um mesmo fato. Pois ela só é verdadeira quando praticada no dia a dia escolar visando à união dos conhecimentos para a construção de outros novos conhecimentos. Sendo assim, será que o educando interage de forma ativa o que aprende na escola relacionando com o mundo em que vive? Qual a importância da interdisciplinaridade na escola? Quais as vantagens da interdisciplinaridade utilizada em sala de aula para o aluno? Integrar os alunos nas aulas interdisciplinares é possível?

Acrescentamos que os vários pesquisadores da temática como Fazenda, Brasil, Histedbr entre outros não limitam suas discussões ao modo técnico-metodológico, mas acrescentam nessa pauta a atitude em favor da unidade e compreensividade da existência humana, em conjunto com a colaboração das concorrências disciplinares (colaborações e intercâmbios recíprocos). O artigo apresenta uma breve contextualização da Escola Nova para entendermos como chegou à interdisciplinaridade, em seguida, apresenta as fontes e a argumentação.

 

A Interdisciplinaridade

 

A partir do final do século XIX, surgiram iniciativas visando à implantação de novas formas de ensino. Surge, então, a Escola Nova com uma proposta de inovação, na qual o aluno passa a ser o centro do processo. O professor se torna facilitador da aprendizagem, priorizando o desenvolvimento psicológico e a autorrealização do educando, agora agente ativo, criativo e participativo no ensino-aprendizagem. Os conteúdos ganham significação, são expostos através de atividades variadas como trabalhos em grupo, pesquisas, jogos, experiências, entre outros. Sua principal característica é “aprender a aprender”.

 

[...] os alunos são levados a aprender observando, pesquisando, perguntando, trabalhando, construindo, pensando e resolvendo situações problemáticas apresentadas, quer em relação a um ambiente de coisas, de objetos e ações práticas, quer em situações de sentido social e moral, reais ou simbólicos (LOURENÇO FILHO, 1978, p. 151).

 

Diante disso, a escola já vinha se preparando para o novo  ensino- aprendizado onde o aluno se torna o agente protagonista e o professor é o facilitador da aprendizagem desse movimento, onde se torna importante e significativos as novas mudanças, fazendo com que ele atinja a abstração a partir de sua experiência valorizando também a iniciativa e a espontaneidade do mesmo.

O movimento da Escola Nova foi  uma renovação do ensino que foi especialmente forte na Europa, na América e no Brasil, na primeira metade do século XX. O escolanovismo desenvolveu-se no Brasil sob importantes impactos de transformações econômicas, políticas e sociais. O rápido processo de urbanização e a ampliação da cultura cafeeira trouxeram o progresso industrial e econômico para o país, porém, com eles surgiram graves desordens nos aspectos políticos e sociais, ocasionando uma mudança significativa no ponto de vista intelectual brasileiro.

Na essência da ampliação do pensamento liberal no Brasil, propagou-se o ideário escolanovista. O escolanovismo acredita que a educação é o exclusivo elemento verdadeiramente eficaz para a construção de uma sociedade democrática, que leva em consideração as diversidades, respeitando a individualidade do sujeito, aptos a refletir sobre a sociedade e capaz de inserir-se nessa sociedade Então de acordo com alguns educadores, a educação escolarizada deveria ser sustentada no indivíduo integrado à democracia, o cidadão atuante e democrático.

Para John Dewey a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria vida. Assim, a educação tem como eixo norteador a vida-experiência e aprendizagem, fazendo com que a função da escola seja a de propiciar uma reconstrução permanente da experiência e da aprendizagem dentro de sua vida. Então, para ele, a educação teria uma função democratizadora de igualar as oportunidades. De acordo com o ideário da escola nova, quando falamos de direitos iguais perante a lei, devemos estar aludindo os direitos de oportunidades iguais perante a lei.

Esse movimento educacional surgiu para propor novos caminhos a uma educação que a muitos parecia em descompasso com o mundo das ciências e das tecnologias, que eram o marco inovador da época. Nesse contexto de avanços científicos, os educadores procuraram introduzir ideias e técnicas que tornassem o processo educacional mais eficiente e mais realizador para o ser humano. Portanto a Escola Nova pretendeu promover a pedagogia da “existência” superando a pedagogia da “essência”, ou seja, tratava-se de não mais submeter o homem a valores e dogmas tradicionais e eternos e sim voltá-lo para ser único, diferenciado, interagindo com o mundo dinâmico (HISTEDBR, 2006).                                                                                                           Segundo Libâneo (1994):

 

… o processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos alunos, ou seja, o professor dirige o estudo das matérias e assim, os alunos atingem progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais. É importante ressaltar que o direcionamento do processo de ensino necessita do conhecimento dos princípios e diretrizes, métodos, procedimentos e outras formas organizativas… Ela implica na articulação de ações disciplinares que buscam um interesse em comum.  Dessa forma, a interdisciplinaridade só será eficaz se for uma maneira eficiente de se atingir metas educacionais previamente estabelecidas e compartilhadas pelos atores da unidade escolar.

 

A interdisciplinaridade oferece uma nova postura diante do conhecimento, uma mudança de atitude em busca do contexto do conhecimento, em busca do ser como pessoa integral. A interdisciplinaridade visa garantir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com os limites das disciplinas.

A palavra interdisciplinaridade é formada por três termos: inter – que significa ação recíproca, ação de A sobre B e de B sobre A; disciplinar – termo que diz respeito à disciplina, do latim discere – aprender, discipulus – aquele que aprende e o termo dade –corresponde à qualidade, estado ou resultado da ação (O MUNDO DA SAÚDE, 2006).

 

O conceito de Interdisciplinaridade como a qualidade de interdisciplinares, que é aquilo que se realiza a partir da prática de estudar várias disciplinas. O termo Interdisciplinaridade poderia ter surgido pela primeira vez no ano de 1937 e foi desenvolvido pelo sociólogo Louis Wirtz. Desde esta concepção a Interdisciplinaridade não se reduz ao sistema de conhecimentos, inclui, além de um sistema de hábitos, habilidades e capacidades que devem ser conseguidas como resultado do processo docente educativo.

A Interdisciplinaridade é assumida como uma estratégia de ensino e aprendizagem que prepara os estudantes para realizar transferências de conteúdos que lhes permitam solucionar holisticamente os problemas que enfrentarão no futuro do seu desempenho profissional.
Nas últimas décadas, a partir das exigências do saber científico para com o homem destes tempos e o modo de saber usar os conhecimentos na solução dos problemas que são encontrados e enfrentados no dia a dia, existe um empenho renovado a que a escola de tratamento os conteúdos de maneira interdisciplinar. (QueConceito)

 

A inquietação dos pesquisadores que se dedicam à interdisciplinaridade converge desde o início da década de 1960 e amplia-se cada vez mais na compreensão dos paradoxos advindos da necessidade da busca de sentidos existenciais e ou intelectuais (PINEAU, 2007).

Essa busca de sentido exige respeito a critérios de funcionalidade necessários sem os quais quebramos os princípios básicos de humanidade no seu mais amplo significado.

O conceito de interdisciplinaridade, como ensaiamos em todos nossos escritos desde 1979 e agora aprofundamos, encontra-se diretamente ligado ao conceito de disciplina, onde a interpenetração ocorre sem a destruição básica às ciências conferidas. Não se pode de forma alguma negar a evolução do conhecimento ignorando sua história.

Assim, se tratamos de interdisciplinaridade na educação, não podemos permanecer apenas na prática empírica, mas é necessário que se proceda a uma análise detalhada dos porquês dessa prática histórica e culturalmente contextualizada.

Na interdisciplinaridade escolar, as noções, finalidades habilidades e técnicas visam favorecer, sobretudo o processo de aprendizagem, respeitando os saberes dos alunos e sua integração.

Na área educacional, a proposta interdisciplinar traz uma reação alternativa para a abordagem monodisciplinar normalizada dos currículos, declarando a necessidade de interconexões disciplinares que permitam uma relação contextualizada, articulada entre as diferentes disciplinas, os problemas reais e o contexto social vivido pelo estudante. A abordagem interdisciplinar traz consigo a visão de um sujeito que se sinta uno na composição do universo, que seja ativo na autoria da sua própria história de vida, ultrapassando e ampliando a compreensão pluridimensional do mundo, propondo um caminho novo para a existência de uma escola diferente da que temos nas últimas décadas (FAZENDA, 1995).

Nesta perspectiva nas aulas interdisciplinares, o educando interage de forma ativa o que aprende na escola relacionando com o mundo em que vive de forma em que “resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio [...] e que os esquemas de assimilação vão se modificando progressivamente, considerando os estágios de desenvolvimento” (PIAGET citado por KRAMER 2000).

 Todo ser humano carrega desde sua concepção conhecimentos e através da interação com o meio vai desenvolvendo estes conhecimentos. Portanto, o educando no decorrer do seu aprendizado vai aprimorando seu conhecimento para uma vida ativa social.

 Não existe receita pronta para a aplicação da interdisciplinaridade, é incorporado pelos docentes através de atitudes, busca permanente por novos caminhos.

O educador também precisa estar consciente de que não é dono do saber, mas que também está em constante ato de aprendizagem diante disso, Freire (2011, p.25) nos diz: “quem ensina aprende ao ensinar quem aprende ensina ao aprender”. Assim, há uma troca de conhecimento por parte do professor e do aluno uma vez que cada um ensina o que sabe e aprende o que não sabe, tornando o aprendizado significativo e importante para ambos.

 Ao se tratar da importância das interdisciplinas na perspectiva escolar é importante manter a interdisciplinaridade nas áreas especificas que acumulam conhecimentos a que os estudantes precisam ter acesso.  Assim essa divisão deve ser equilibrada no tempo, nos espaços e nas ações para que os estudantes possam construir suas redes de  conhecimentos. “A interdisciplinaridade tem uma função instrumental” na qual “trata-se de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para resolver às questões e aos problemas sociais contemporâneos” (BRASIL, 2002).

Observa-se que, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista.

O trabalho interdisciplinar apresenta a vantagem de instaurar uma nova relação entre educador e educando mediante a prática dialógica, como postula Fazenda (1994) “o métier de ensinar e aprender se converta na arte de fazer- descobrir, de fazer-compreender, de possibilitar a invenção”.

 Portanto, há vantagens no uso da interdisciplinaridade, pois ela abrange varias disciplinas, uma complementando a outra, tornando a prática pedagógica mais competente dando abertura a novas experiências.

É através dessa prática por ela sugerida como sendo uma maneira de vencer a fragmentação que acabou sendo criada entre as disciplinas. A Interdisciplinaridade é um avanço na educação “porque não dilui as disciplinas”, ao contrário, mantém sua individualidade, integrando-as a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados (BRASIL, 1999).

Dessa forma percebe-se que quando o trabalho é interdisciplinar as disciplinas não estão isoladas e nem perdidas e sim interligadas. É necessário quebrar as barreiras, unir um com os outros, buscar contribuir para que a interdisciplinaridade aconteça tornando o individuo um sujeito comprometido com a sociedade.

 

Considerações finais

 

O artigo apresentou uma breve contextualização da Escola Nova como chegou à interdisciplinaridade onde vemos que a forma de ensino passou por várias mudanças, acompanhando as transformações politicas que vinha acontecendo na época.  

Seguindo os questionamentos propostos no início do trabalho consideramos que a interdisciplinaridade é um assunto amplo e complexo, no que diz respeito às práticas educacionais, principalmente no que se refere ao ensino interdisciplinar. 

Assim, o educando interage de forma ativa o que aprende na escola relacionando com o mundo em que vive através da interação com o meio desenvolvendo sua capacidade dentro dos temas abordados no ambiente escolar. Sendo a interdisciplinaridade é o elo mais importante nas disciplinas favorecendo assim o aprendizado mais interessante.

Quanto às vantagens da interdisciplinaridade notamos que ela abrange varias disciplinas, uma complementa a outra, dando abertura a novas experiências.

Portanto, é possível a interação entre as disciplinas de uma forma complementar  no processo ensino-aprendizado. Assim, todos ganham com a interdisciplinaridade, primeiramente pelo conhecimento e pela a necessidade de melhorar a interação professor-aluno, aluno-aluno e escola-família por estarem em contato com o ensino voltado para compreensão do mundo que os cerca.

Constatamos que, um trabalho interdisciplinar, antes de garantir associação temática entre diferentes disciplinas, a ação é possível, mas não imprescindível, deve buscar a interdisciplinaridade , ou seja, independentemente dos temas/assuntos tratados em cada disciplina isoladamente. Em nossa proposta, essa interdisciplinaridade está centrada no trabalho permanentemente voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades.

Enfim, “se há interdisciplinaridade, há encontro, e a educação só tem sentido no encontro. A educação só tem sentido na “mutualidade”, numa relação educador- educando em que haja reciprocidade, amizade e respeito mutuo.” (FAZENDA, 2003)

 

Referências

 

AIUB, Monica. Interdisciplinaridade: da origem à atualidade. O Mundo

da Saúde. Palestra apresentada no I Fórum de Reabilitação do Centro

Universitário São Camilo, em 18.03.2006. São Paulo: 2006; jan/ mar 30 (1):

107-116.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação,

2002.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.

FAZENDA, Ivani C. A. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1995. 174 p.

______ Interdisciplinaridade: qual o sentido? São Paulo: Paulus, 2003. 85 p.

Editorial QueConceito. Sao Paulo. Disponível em: https://queconceito.com.br/interdisciplinaridade.

HISTERDBR On-line, Campinas, n. 22, p. 131-149, jun. 2006 – ISSN: 1676-2584. Disponível em:

http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf. Acesso em 16/06/2017.

JAPIASSU, Hilton. O sonho transdisciplinar e as razões da filosofia. Rio de

Janeiro: Imago, 2007.

KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 2000.

LOURENÇO FILHO, M. B.. Introdução ao estudo da Escola Nova. 13. ed. São Paulo:

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação Escola ciclada de Mato Grosso: novos tempos e espaços para ensinar- aprender a sentir, ser e fazer, Cuiabá: Seduc. 2000

 

PINEAU, Gaston & PAUL, Patrick. Trandisciplinarité et Formation. Paris:

Harmattan, 2007.

http://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/escola-nova.htm, acessado em 16/06/2017 Autora: Amelia Hamze Educadora Profª UNIFEB/CETEC e FISO – Barretos

http://www.infoescola.com/pedagogia/interdisciplinaridade/Acesso em 16/06/2017

http://www.webartigos.com/artigos/interdisciplinaridade/79520.Acessado em 17/06/2017