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O DESENVOLVIMENTO DA RESPONSABILIDADE DA CRIANÇA NO ÂMBITO ESCOLAR E SOCIAL

Mayara Ferreira Mendes [1]

 

RESUMO

Melhorar o desempenho escolar das crianças é considerado papel predominante para professores e para a comunidade educacional em geral. Tudo isso com a ajuda de regras, técnicas de aprendizado, paciência e, claro, a ajuda incondicional e de qualidade dos pais, o que permitirá que a criança seja uma pessoa dedicada e, principalmente, responsável. Este artigo objetiva estudar como a educação escolar influencia na aquisição do valor da responsabilidade escolar e social em crianças, tanto dentro como fora do ambiente escolar. A metodologia aplicada constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas. Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto. A responsabilidade requer desenvolvimento e esse aspecto, considerado do ponto de vista preventivo, só pode ser fortalecido com programas de ensino no ambiente escolar, e com atitudes positivas de querer trabalhá-lo por parte dos pais.

 

Palavras-chave: Responsabilidade. Escola. Sociedade. Crianças.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Melhorar o desempenho escolar das crianças é considerado papel predominante para professores e para a comunidade educacional em geral. Porém, em uma sala de aula existe uma mistura de crianças com diferentes capacidades, ideias e comportamentos, que devem ser educadas e promovidos valores para que o seu desenvolvimento na vida seja frutífero e satisfatório. Isso com a ajuda de regras, técnicas de aprendizado, paciência e, claro, a ajuda incondicional e de qualidade dos pais, o que permitirá que a criança seja uma pessoa dedicada e responsável.

A família ao longo do tempo passou por diversas transformações, pois a sociedade, a tecnologia, a educação mudam constantemente; no entanto, os valores que são promovidos e servem para toda a vida permanecem os mesmos. Atualmente a situação econômica do país atinge muitas famílias, hoje em dia em alguns casos pai e mãe têm que trabalhar para pagar as despesas da casa ou há também mais desintegração familiar e desinteresse escolar, fatores limitantes que prejudicam o seu desempenho.

As crianças são o reflexo do que se aprende em casa, mas não exclui a escola e os professores que serão sempre um fator determinante no desenvolvimento educacional de uma criança. A presença de um professor torna-se tão decisiva na vida de uma criança que às vezes o conselho ou ensino dado pelo professor é mais importante do que pelos próprios pais.

Este artigo objetiva estudar como a educação escolar influencia na aquisição do valor da responsabilidade escolar e social em crianças, tanto dentro como fora do ambiente escolar. A metodologia aplicada constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias acerca ao tema “responsabilidade escolar e social nas crianças”, através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas. Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto.

 

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 

2.1 O DESENVOLVIMENTO DA RESPONSABILIDADE ESCOLAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

 

Existe um valor que é importante criar nas crianças, pois com ele eles podem ser independentes de seus pais e esse valor é a responsabilidade. Quem tem responsabilidade tende a manifestar-se e a comprometer-se a responder bem a todas as suas atividades com o melhor de si às exigências que os outros lhe pedem, ser responsável implica partilhar e participar de compromissos e cooperar neles além de ser justo e garantir ser imparcial com os outros, desde que não haja discriminação do poder (BECKER, 2005).

Uma das grandes preocupações dos homens com a educação tem sido a responsabilidade escolar que o aluno adquire. O lugar onde o aluno transforma seu pensamento ao passar do concreto ao abstrato e onde ele já consegue pensar ideias e formular seus próprios significados é na escola. Ele começa a se relacionar com novas ideias e com o seu próprio mundo, já existindo uma consciência das diferenças entre o que é real e o que é possível (BECKER, 2005).

Os pais desempenham um papel muito importante na fase escolar, pois se o aluno recebeu uma boa base de apoio durante a infância, isso poderia facilitar a compreensão do seu mundo atual. Os primeiros meses nesta fase podem ser um tanto desconcertantes para o aluno, pois ele pode interpretar isso como um desafio a ser superado com a mesma ajuda dos professores e do ambiente familiar para que se adaptem (BECKER, 2005).

Quando chegam ao ensino médio, os adolescentes esperam uma mudança na postura dos pais em relação à escola, pois esperam que não tenham a mesma proximidade que no ensino fundamental, podendo-se dizer que já se sentem maduros para resolver seus próprios problemas. Eles estão principalmente interessados em separar a escola de casa e até mesmo separar-se de seus pais (MORIN, 2011).

A educação pode funcionar muito melhor quando pais, professores e alunos trabalham juntos e em harmonia. É muito normal o adolescente reclamar frequentemente da escola e ao mesmo tempo isso se deve ao processo de desenvolvimento em que se encontra, porém deve-se levar em consideração que talvez ele esteja angustiado, tenha mudado de comportamento ou apresentado alguma dificuldade em seus estudos e deve-se ter certeza de que não há um problema sério, como um problema com seu professor, uma dificuldade de relacionamento com seus colegas, um problema de compreensão de uma aula, etc. (MORIN, 2011).

Muitas vezes o aluno gostaria de se sentir muito confortável e fazer as coisas que mais gosta e assim optar por uma solução muito mais fácil e obtendo resultados benéficos para ele. Alguns alunos podem não encontram motivo para fazer o que não gostam, mas se pedir algo que realmente lhes interessa, eles se empenharão por inteiro.

 

2.2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL NA ESCOLA

  • A educação básica é entendida como um dos pilares da educação formal, mas a educação básica também tem a missão de formar os alunos em diversas disciplinas, ensinando-lhes valores e habilidades para que possam funcionar bem na sociedade.
  • Também trabalha para melhorar a qualidade e a equidade da educação. Um aspecto relevante refere-se à inclusão de um conjunto de objetivos fundamentais. Essas diretrizes constituem aspectos que a escola deve buscar desenvolver nos alunos, que vão além do ensino de conteúdos e habilidades específicas em cada disciplina. Eles estão relacionados ao desenvolvimento pessoal de crianças e jovens em diferentes áreas, incluindo aspectos cognitivos, sociais, afetivos e de valor, enfatizando a necessidade de desenvolver atitudes que os comprometam com o progresso e o cuidado do país (CANDAU, 2008).
  • As crianças passam grande parte do dia em escolas e estas deve se tornar um importante agente de socialização. A responsabilidade social das crianças no nosso país é relevante, porque são elas que vão liderar a nação, em um mundo cada vez mais complexo. Assim, a educação deve treiná-los para a complexidade e incerteza do período em que estão vivendo, o que impõe enormes desafios (CANDAU, 2008).
  • A educação é fundamental para formar os valores éticos e a identidade das pessoas que nortearão o país futuramente, por isso é importante que os alunos entendam que suas vidas estão intimamente ligadas ao bem estar dos outros, respeitando sua família, ecológica, etc (CANDAU, 2008).
  • A partir disso, pode-se deduzir que todos os seres humanos estão ligados por uma extensa rede que relaciona a comunidade local e global, por isso é importante atuar socialmente responsável e esse valor só se adquire na formação mais básica da existência, ou seja, na própria família mas é trabalhada na educação, sendo lapidada na etapa do ensino fundamental e médio (CANDAU, 2008).
  • Como é sabido, as crianças e jovens passam grande parte do dia em escolas, por isso as atividades curriculares e extracurriculares são de grande importância para gerar maior comprometimento e maior participação dos alunos nos trabalhos de casa de compromisso e colaboração (COSTELLA, 2011).
  • Os pais em casa são os que servem de modelo para os filhos, mas os professores, inspetores, etc. são modelos eficientes que ajudam a encorajar comportamentos úteis e cooperativos, portanto, agem de forma socialmente responsável, é muito provável que crianças e jovens também o façam (COSTELLA, 2011).
  • Os professores são o primeiro adulto fora da família imediata que desempenha um papel importante na vida dos alunos do ensino infantil e fundamental, porém, são de preponderância relevante, pois transmitem valores aos alunos, são importantes nas atividades curriculares que os geram maior comprometimento e participação dos alunos (COSTELLA, 2011).
  • As escolas têm uma importante missão na valorização e no desenvolvimento social dos alunos, portanto, no desenvolvimento da sua responsabilidade social. Porém, em muitos casos as instituições escolares permanecem fechadas aos problemas sociais apresentados pela comunidade, o que significa que as ações se limitam principalmente a as salas de aula (COSTELLA, 2011).
  • O ambiente escolar é um importante agente de socialização, na família são os pais que atuam como modelos, nas escolas São observados pelo menos dois tipos de modelos: professores e colegas. Os colegas ajudam a promover comportamentos cooperativos e úteis, pois são modelos de comportamento. As crianças tendem a imitar o que seus pares fazem, também tomam como referência os adultos, pelo mesmo motivo que os professores são uma figura importante no ambiente escolar (ZABALA, 2010).
  • Os professores são geralmente o primeiro adulto fora da família, que desempenha um papel proeminente na vida da criança e, em muitos casos, atua como um pai substituto. No entanto, é importante apontar que, além dos professores, a instituição de ensino é um agente socializador, uma vez que transmite valores aos alunos nesta perspectiva, são muito importantes atividades curriculares e extracurriculares que gerem maior comprometimento e participação dos alunos(ZABALA, 2010).
  • Com tudo o que foi exposto, antevê-se que para estudar a responsabilidade social e o seu desenvolvimento nas crianças ou nos alunos é imprescindível conhecer com mais profundidade a realidade que cada aluno apresenta e assim identificar os fatores que influenciam na formação da responsabilidade social e as características deste, com o qual os alunos se formam nas respectivas escolas.

2.3 A EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

  • Vários autores referem-se à importância das instituições de ensino na formação dos alunos e como influenciam diretamente na construção da identidade social. A educação deve se basear em quatro pilares ao longo da vida:

 

Aprender a conhecer: é aprender a compreender o mundo ao seu redor, pelo menos o suficiente para viver com dignidade para desenvolver suas competências profissionais e para se comunicar com outras pessoas, combinando uma cultura geral suficientemente ampla com a possibilidade de aprofundar alguns conhecimentos. Aprender a fazer: consiste não em se contentar em adquirir apenas uma qualificação profissional, mas um nível de competência para trabalhar em equipe e enfrentar um grande número de situações. Aprender a ser: é alimentar-se de forças intelectuais permanentes e pontos de referência, que facilitam a compreensão do mundo, e ser capaz de se comportar diante dele como elemento responsável e justo. Aprender a conviver: implica o desenvolvimento do entendimento com os outros e a percepção da interdependência na realização de projetos comuns e na preparação para lidar com os conflitos (BECKER, 2005).

 

  • Do exposto, aponta-se que a educação tem uma dupla missão: mostrar a diversidade da espécie humana e contribuir para a consciência das semelhanças e da interdependência que existem entre as pessoas. Só através do trabalho colaborativo, seja em tarefas, pesquisas ou projetos dentro da família, nas organizações ou na educação, é possível reduzir as diferenças e conflitos entre os indivíduos e assim garantir o desenvolvimento dos criadores de uma sociedade responsável e mais humano.
  • Destaca-se também que a responsabilidade social ajuda os jovens a compreenderem que a sua vida está intimamente ligada ao bem-estar dos outros, ao mundo social e político que os rodeia. Assim, eles marcam a diferença no seu dia a dia apoiados em suas escolhas e valores, enriquecendo nossas vidas nas mais diversas culturas e raças. Para que possam participar criando um sentido mais justo, pacífico e ecológico no mundo (BECKER, 2005).
  • Conclui-se que as pessoas estão vinculadas por uma rede que as relaciona a uma comunidade local e global, sendo justamente isso que tem influência decisiva na formação da identidade de crianças e adolescentes. Os jovens, além de uma forma ou de outra, todas as pessoas estão vinculadas umas às outras e à sociedade, pois essas relações são formadas por considerações éticas de justiça e preocupação. Ele também observa que as pessoas devem agir com integridade, ou seja, cada um deve agir de acordo com seus próprios valores.
  • A formação da responsabilidade social implica um processo que vincula o desenvolvimento da personalidade e que nela intervém, modelos como pais, professores e outros significativos, ou seja, todos aqueles que estão em constante interação com as crianças.

2.4 FATORES QUE FACILITAM A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS CRIANÇAS

  • Para facilitar a aplicação de práticas socialmente responsáveis, deve depender do grau em que cada pessoa cuida e trata os outros com respeito. Também indica que as escolas tendem a relegar esse resultado às disciplinas sociais, onde a participação democrática é geralmente ensinada por meio de leituras e textos, com pouco envolvimento de jovens ou crianças em atividades que contribuam para o bem-estar dos outros e da sociedade (BECKER, 2005).
  • Isso significa que as escolas são vitais para o desenvolvimento da responsabilidade social, é necessário que os estabelecimentos envolvam os alunos na contribuição e no respeito à comunidade que lhes está diretamente relacionada. Alguns fatores têm sido associados ao desenvolvimento da responsabilidade social:

Empatia: É definido como identificação com o estado de outra pessoa, que pode ser nutrido ou inibido pelo ambiente em que as crianças acreditam. É por isso que apoiar os alunos por meio da empatia proporciona experiências e práticas que são tomadas como solução de conflitos. Ética: A ética é definida como a disciplina filosófica que estuda a vida moral do homem, ou seja, seu comportamento livre, uma vez que permite ter princípios racionais e fundamentados para a construção de valores e para a crítica racional das normas. Cidadania: O cidadão é uma pessoa que se caracteriza por ter direitos e responsabilidades em relação ao Estado e à comunidade política, o que se valoriza através de debates que se voltam para os direitos e deveres da cidadania. Ensiná-los é ser capaz de direcionar os alunos a compreender, racionar, fundamentar e opinar sobre a convivência, a responsabilidade social e a busca do bem. Serviço comunitário: Quando uma instituição educacional cunhou a expressão de aprendizado de serviço, ela está tornando o serviço comunitário operacional na educação e, por meio dele, crianças e jovens podem desenvolver habilidades por meio do serviço às suas comunidades, podem desempenhar tarefas e responsabilidades importantes em suas comunidades e escolas (BECKER, 2005).

  • Ao adotar essas práticas, as pessoas passam a compreender o significado do bem comum e a reconhecer que suas ações têm consequências para os outros e que a comunidade tem um grande senso de responsabilidade humana.

2.5 KIDS COACHING COMO REFERENCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

 

  • No mundo de hoje, é comum que as crianças enfrentem uma pressão imensa. Sempre se espera que eles tirem boas notas, façam atividades extracurriculares e também equilibrem isso com a vida social e familiar. Mas, se não conseguirem fazer isso, podem experimentar baixa autoestima, pensamentos negativos e perda de motivação para atingir seus próprios objetivos.
  • O mercado de coaching não demorou muito para dar uma resposta a esse problema: uma nova técnica chamada Coaching para crianças ou adolescentes. Também justifica sua afirmação em experiências de neurociência, que indicam que as crianças que receberam apoio emocional e motivacional parecem desenvolver maior força nos circuitos cerebrais para lidar com o sofrimento (WESTBROOK, 2010).
  • Além disso, há estudos que mostram que os jovens que receberam aprendizagem social e emocional assimilam o conhecimento de forma mais eficaz, o que se reflete em suas notas acadêmicas. Nos países desenvolvidos, a técnica de Coaching caminha para sua aplicação nas escolas. Isso porque os participantes desse tipo de programa podem desenvolver maior autoconfiança e autoestima e estar automotivados, o que permite alcançar excelentes resultados acadêmicos, desenvolver alta inteligência emocional e aprender a importância da família, entre outros (WESTBROOK, 2010).
  • O Coaching de Crianças é uma forma de os ensinar a se apresentarem no seu ambiente de aluno com muito mais personalidade e a assumirem melhor as suas responsabilidades, sendo também um meio para melhorar o desempenho escolar. Além disso, este tipo de Coaching é pensado como uma ferramenta importante para aquelas crianças que sofrem com o bulliying (WESTBROOK, 2010).
  • O objetivo é ajudar as crianças a melhorar os estudos e a autoestima, a gerir a pressão na escola e também a evitar ataques de outros pares. Devem ser programas voltados para crianças e jovens de 10 a 19 anos, já que esta é a idade mais complexa de crescimento (WESTBROOK, 2010).

É fundamental que, como coach, a pessoa concentra seu serviço em ajudar as crianças a gerarem estrutura, responsabilidade, definir metas, organizar, estabelecer prioridades e administrar o tempo da melhor maneira possível. Deve também proporcionar incentivo e apoio constante, proporcionando uma série de estratégias que lhes permitam funcionar de forma assertiva e atingir metas, incorporando hábitos produtivos (WESTBROOK, 2010).

É muito importante que todo o trabalho seja desenvolvido a partir do sonho da criança, seus objetivos e metas de vida. Para isso, é necessário fazer-lhes "perguntas poderosas" (questionamento indutivo), dando-lhes a oportunidade de encontrarem eles próprios as melhores respostas. Assim, o treinador deve descobrir tanto as habilidades, talentos e qualidades, como também aqueles comportamentos e atitudes que limitam negativamente a criança, ajudando-a a focar no desenvolvimento de todas as potencialidades que possui.

 

  1. METODOLOGIA

 

A metodologia aplicada a este trabalho de conclusão de curso constitui-se basicamente de pesquisa bibliográfica como procedimento técnico, utilizando-se de fontes literárias acerca ao tema “responsabilidade escolar e social nas crianças”, através de livros, artigos e periódicos na internet e em sites de pesquisas.

Consequentemente ao tipo de pesquisa, os resultados do artigo se dá de forma qualitativa, onde a partir de informações coletadas no referencial teórico, surgem evidências para se atingir o objetivo proposto. A partir dessas informações e posterior discussão, obtiveram-se os resultados a seguir apresentados.

 

  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

  • O comportamento das crianças será moldado com a ajuda e participação de outras pessoas. Esse processo de amadurecimento cognitivo é importante para deixar de lado o egocentrismo característico das primeiras idades do estágio pré-ocupacional. Isso irá colaborar com os processos psicológicos entendidos como linguagem, memória, atenção, percepção e cognição, além de auxiliar no amadurecimento.
  • Essa etapa está alinhada a todas as oportunidades que seu ambiente oferece para o amadurecimento e o desenvolvimento. Estar conectado a desafios cognitivos de solução rápida estimulará sua inteligência e a prática de aprendizagem. Da mesma forma, também vai estimular a sua independência e a busca pela sua autoimagem e personalidade.

 

O processo educativo deve conduzir a criança a sair de seu egocentrismo, natural nos primeiros anos caracterizado pela anomia, e entrar gradualmente na heteronomia, encaminhando-se naturalmente para sua própria autonomia moral e intelectual que é o objetivo final da educação normal. Esse processo de descentração conduz ao egocentrismo (natural na criança pequena) caracterizado pela anomia, à autonomia moral e intelectual (PIAGET, 1995).

 

  • Se a criança apresentar dificuldades no processo de desenvolvimento cognitivo, esta será afetada diretamente na interação social. Todo esse aprendizado cognitivo vai fortalecer os laços de responsabilidade, pois aos poucos a criança vai se adaptando ao seu meio e vai internalizando que o mundo não gira em torno dela, mas que ela faz parte do mundo e deve colaborar para a coexistência em um ambiente harmonioso.
  • A família desempenha um papel fundamental para a sociabilidade da criança. Portanto, a aquisição de padrões de responsabilidade também é fundamental que a criança busque coisas que gerem prazer, evitando o fracasso. Isso desempenha um papel fundamental nas emoções do bebê.
  • Por meio de regras e autoridade, os pais conseguem educar seus filhos em parceria com a escola e com responsabilidade. Se os pais não estiverem totalmente envolvidos no desenvolvimento dos filhos, será difícil para eles assumir responsabilidades no futuro.
  • Os pais envolvidos na educação de seus filhos, mantendo o controle e a autoridade sobre eles com amor e compreensão, alcançam seu desenvolvimento responsável. A autoridade equilibrada dos pais também aumentará a confiança, o autoconceito e a auto-estima nos bebês.
  • Pais muito permissivos dificilmente alcançarão um bom desenvolvimento emocional dos filhos, impossibilitando seus processos cognitivos. Isso está diretamente relacionado ao fato de a criança não ter sido treinada na obediência, portanto, ela não terá a apropriação da responsabilidade em sua personalidade. Para tanto, é importante que haja sincronicidade na formação entre pais e filhos, brincando com a flexibilidade do caráter dos pais e conduzindo negociações com os filhos.
  • A responsabilidade é adquirida no desenvolvimento da criança. Isso é feito por meio da obediência no aprendizado, o que ajudará na determinação da criança entre o que é certo e o que é errado. Isso está intimamente relacionado com seu comportamento social futuro e seu comportamento social na escola e na família. É importante que a criança gradualmente compreenda o papel do outro para que ela perceba que ter responsabilidade beneficiará seu meio ambiente.
  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A família tem um valor fundamental. Ela identifica e marca a criança para o futuro. A comunidade deve refletir sobre o significado e o futuro da família e seu impacto no desempenho escolar e, portanto, na própria educação. Considera-se que a maioria dos pais não colabora ou contribui com seus melhores esforços no acompanhamento escolar, observa-se que a família delega toda a responsabilidade do processo escolar e atuação aos professores pelas limitações que sofrem, ou seja, trabalho, falta de tempo, recursos, falta de interesse, superproteção, etc, o que dificulta e influencia negativamente o desenvolvimento da criança.

É preciso levar em conta que os pais não devem ver a escola como uma obrigação, mas sim como uma responsabilidade tanto dos filhos quanto do núcleo familiar. É importante levar em consideração as estratégias profissionais e familiares, bem como a experiência e os conselhos que auxiliam no desenvolvimento escolar da criança e no seu crescimento pessoal perante a sociedade.

A responsabilidade requer desenvolvimento. Esse aspecto, considerado do ponto de vista preventivo, só pode ser fortalecido com programas de ensino no ambiente escolar, e com atitudes positivas de querer trabalhá-lo por parte dos pais. A heteronomia moral, apontada por Piaget, confirma essa tese.

Na educação infantil, as crianças apresentam responsabilidades quando ouvem, ajudam e defendem seus pares. Pelas correlações feitas e verificadas neste estudo, conclui-se que ao trabalhar o valor da responsabilidade nas crianças na educação infantil, se trabalha a obediência aos adultos, possibilitando que as crianças tenham uma perspectiva diferente e assim começar a desenvolver comportamentos pró-sociais.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor: o cotidiano da escola. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

 

CANDAU, Vera Maria. Reinventar a escola. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

 

COSTELLA, Roselane Z. Competências e habilidades no contexto da sala de aula: ensaiando diálogos com a teoria piagetiana. Porto Alegre. Cadernos do Aplicação. Vol. 24 Número1. UFRGRS. 2011. Disponível em: <https://doi.org/10.22456/2595-4377.23262> Acesso em: 15 set 2020.

 

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. Brasília: Cortez, 2011.

 

PIAGET, Jean. Abstração reflexionante: relações lógicas-aritmédicas e ordem das relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

 

YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre:Bookmam, 2001.

 

ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.

 

WESTBROOK. R. John Dewey. Recife: Massangana, 2010.

 

 

[1]KidCoach; Acadêmica de graduação do curso de Pedagogia. Rua Cartola, 250, Centro, Sorriso  - MT. CEP: 78890-000. Endereço eletrônico: mayara.artigos8O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.