O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA CRIANÇA ATRAVÉS DO AMBIENTE QUE O CERCA
Sandra de Matto Nascimento[1]
Clissia Maria Martins da Silva[2]
Eliane Pereira da Silva[3]
Omar Pinto Monteiro[4]
Sirlei Carvalho Spiess[5]
RESUMO
A pesquisa traz como tema “O Processo de Aprendizagem da Criança através do Ambiente que a cerca”, em especial fazendo uma abordagem da criança e sua relação com o meio, fazendo uma relação com o ambiente escolar, e o ambiente em que vive. O objetivo principal do trabalho é identificar se realmente a criança aprende em contato com o ambiente, ou seja, se a criança aprende interagindo com/e no meio social em que vive. As questões que nortearam o trabalho foram a criança aprende em contato com o meio social em que vive ou somente na escola? por que a criança aprende em contato com o ambiente? Que estímulos o ambiente oferece que possa proporcionar uma aprendizagem significativa. Desse modo, a pesquisa foi de relevância e trouxe saberes novos e que podem contribuir com a didática no processo de ensino e aprendizagem.
Palavra-chave: Criança. Aprendizagem. Ambiente.
Introdução
O trabalho de pesquisa traz como tema “O Processo de Aprendizagem da Criança através do Ambiente que a cerca”, em especial abordando a relação da criança com o meio em que vive, bem como o ambiente escolar.
Desse modo, o trabalho tenta expor de forma sutil e verídica formas em que a criança poderá aprender em diversos ambiente, interagindo com o meio, seja em casa, na escola, ou em outros espaços.
Neste sentido, as questões que conduziram esse trabalho foram as seguintes:
A criança aprende em contato com o meio social em que vive ou somente na escola; Por que a criança aprende em contato com o ambiente; Que estímulos o ambiente oferece que possa proporcionar uma aprendizagem significativa. A aprendizagem da criança em contato com o ambiente, e descrita abordando uma relação do ambiente como um todo. Como por exemplo a criança que aprende nos diversos espaços sociais, ou seja, em casa, igrejas, escolas, centros de lazer.
Desse modo a pesquisa em questão mostra o desenvolvimento cognitivo da criança partindo de um pressuposto de sua realidade social local para uma realidade social mais ampla, portanto a interação com o meio poderá proporcionar uma aprendizagem de mundo.
Sobre esse contexto, “O desenvolvimento psíquico, que começa quando nascemos e termina na idade adulta, é comparável ao crescimento orgânico: como este, orientasse, essencialmente, para o equilíbrio.” (PIAGET, 2002, p.13).
O objetivo principal do trabalho é identificar se realmente a criança aprende em contato com o ambiente, ou seja, se a criança aprende interagindo com/e no meio social em que vive, ou seja, se a criança aprende interagindo socialmente, se o ambiente poderá influenciar nessa aprendizagem.
Dessa forma, com o propósito de atingir os objetivos optados, prevaleceu-se como meios metodológicos, a pesquisa bibliográfica, pois foi realizada através de materiais já publicados e editados.
Desenvolvimento
O processo de aprendizagem da criança na educação formal ocorre nas instituições de ensino sejam em escolas públicas ou particulares. Já na educação informal pode ocorre em outros espaços como em parques, casa, igreja, entre outros.
O aluno aprende apenas quando se torna sujeito da sua aprendizagem. E para ele se tornar sujeito da sua aprendizagem precisa participar das decisões que dizem respeito ao projeto da escola, projeto esse inserido no projeto de vida do próprio aluno. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. [...] (MEC- Salto para o futuro,1998, p.17).
Desse modo para que a criança aprenda, entende-se que é necessário ter um ambiente com estímulos, assim a criança poderá se desenvolver, e aprender nesses espaço formais ou informais. “Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence á própria natureza do ato pedagógico”. (MEC - Salto para o futuro,1998, p.17).
Nesse sentido a escola é um importante espaço de aprendizagem para a criança, pois é nesse espaço em que esta tem a oportunidade de conviver e aprender com a diversidade, seja no conhecimento da leitura e da escrita, como também com a interação social e cultural do outro.
Desse modo, pode-se considerar a escola como um dos principais espaço de aprendizagem do aluno:
A formação para a cidadania ativa: acreditamos que a escola pode incorporar milhões de brasileiros á cidadania e deve aprofundar a participação da sociedade civil organizada nas instancia de poder institucional;
A educação para o desenvolvimento: entendemos que a educação é condição sine que non para o desenvolvimento auto-sustentado do país. A educação básica é o bem muito precioso e de maior valor para ao desenvolvimento, mais do que suas riquezas naturais. (MEC-Salto para o futuro,1998, p. 23).
A interação social da criança perpassa não somente pelo contato com o outro, mas pela comunicação direta ou indiretamente com o outro. Nesse sentido, a comunicação é uma forma de aprendizagem, pois é possível trocar informações, experiências, é uma aprendizagem concreto.
No entanto, um estudo mais profundo do desenvolvimento da compreensão e da comunicação na infância levou á conclusão de que a verdadeira comunicação requer significado-isto é, generalização - tanto quanto signos. (Vigotsky,1998, p. 7).
Para PIAGET (2002, p.13),” o desenvolvimento psíquico, que começa quando nascemos e termina na idade adulta, é comparável ao crescimento orgânico: como este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio.” Nesse sentido o autor proporciona um entendimento de que, desde o nascimento a aprendizagem ocorre paralelo ao desenvolvimento biológico.
Entretanto a criança se desenvolve biologicamente e socialmente, ou seja, a criança aprende a falar e a se relacionar, vive e convive com a diversidade social.
Consideramos que o desenvolvimento total evolui da seguinte forma: a função primordial da fala, tanto nas crianças quanto nos adultos, é a comunicação, o contato social. A fala mais primitiva da criança é portanto, essencialmente social. A princípio, é global e multifuncional; posteriormente, suas funções tornam-se diferenciadas” (Vigotsky,1998, p.23).
O desenvolvimento da criança poderá ocorrer através do ambiento. O desenvolvimento biológico da criança é naturais mas suas relações sociais são construídas na sua interação com o meio em que vive.
Segundo PIAGET o desenvolvimento biológico, social e cognitivo ocorre através de estruturas variáveis, que se desenvolvem através de estágios, segue abaixo:
As estruturas variáveis serão, então, as formas de organização da atividade mental, sob um duplo aspecto: motor ou intelectual, de uma parte, e efetivo, de outra, com suas duas dimensões individual e social(interindividual).” Distinguem-se, seis estágios ou período do desenvolvimento dessas estruturas construídas:
1°- O estágio dos reflexos, ou mecanismos hereditários, assim como também das primeiras tendências instintivas (nutrições) e das primeiras emoções;
2°- O estágio dos primeiros hábitos motores e das primeiras percepções organizadas, como também dos primeiros sentimentos diferenciados;
3°- O estágio da inteligência senso-motora ou prática (anterior a linguagem) das regulações afetivas elementares e das primeiras fixações exteriores da afetividade. Estes três primeiros estágios constituem o período da lactância (até por volta de um ano e meio a dois anos, isto é, anterior ao desenvolvimento da linguagem e do pensamento);
4°- O estágio da inteligência intuitiva, dos sentimentos interindividuais espontâneos e das relações sociais de submissão ao adulto (de dois a sete anos, ou segunda parte da “primeira infância”);
5º- O estágio das operações intelectuais concretas (começo da lógica) e dos sentimentos morais e sociais de cooperação (de sete a onze- doze anos).
6°- O estágio das operações intelectuais abstratas, da formação da personalidade e da inserção afetiva e intelectual na sociedade dos adultos (adolescência).
Mesmo, PIAGET, expondo através de pesquisas o desenvolvimento da criança através de estruturas variáveis, é possível perceber que esse desenvolvimento pode estar ocorrendo em ambientes distintos, em especial no que se refere ao desenvolvimento das operações intelectuais concretas, podendo haver influência do meio/ambiente.
Sobre esses são os estágios de desenvolvimento, segundo Piaget. Em cada estágio há um desenvolvimento especifico, de acordo com a idade, biológico, cognitivo, e social.
Cada estágio é caracterizado pela aparição de estruturas originais, cuja construção o distingue dos estágios anteriores. O essencial dessas construções sucessivas permanece no decorrer dos estágios ulteriores, como subestruturas, sobre as quais se edificam as novas características. (PIAGET, 2002, p.15).
Nesse mesmo sentido, analisando a teoria de PIAGET, tem-se a constituição desses estágios são definidos por estruturas, tendo como base o equilíbrio, que podem se evoluir, e proporcionar o desenvolvimento mental completo da criança.
Cada estágio constitui então, pelas estruturas que o define, uma forma particular de equilíbrio, efetuando-se a evolução mental no sentido de uma equilibração sempre mais completa. Os interesses de uma criança dependem, portanto, a cada momento do conjunto de suas noções adquiridas e de suas disposições afetivas, já que estas também tendem a completá-los em sentido de melhor equilíbrio. (PIAGET, 2002, p.15).
Apesar da dificuldade de aprendizagem que a criança possa apresentar, é importante acreditar e desenvolver estratégias capazes de amenizar ou suprir tal dificuldade. “Consideramos que um estudante que apresente que apresenta problemas de aprendizagem necessita ser compreendido na integralidade do sujeito que aprende”. (MARTINEZ, et al 2011, p.72).
O processo de aprendizagem da criança poderá ocorrer de forma natural ou através de estímulos a formação de conceito é um pressuposto para essa aprendizagem.
A criança pequena dá seu primeiro passo para a formação de conceitos quando agrupa alguns objetos numa agregação desorganizada, ou “amontoado” para solucionar um problema que nós, adultos, normalmente resolveríamos com a formação de um novo conceito. (Vygotsky, 1998,p. 74).
Para MARTÍNEZ et al (2011,P72), “ a compreensao de desenvolvimento integral do sujeito que defendemos supera o somatório linear de fatores diversos e assume a articulaçao entre o biológico, subjetivo, social, cultural e histórico.”
Entretanto, a aprendizagem da criança podera ocorrer na influência do meio, pois geralmente o meio esta repleto de estimulos que podem fazer a diferença na aprendiagem da criança, o ver, pegar, sentir, entre outros..
A questão da influencia do meio sobre o desenvolvimento e o fato de que as reações caracteristicas dos diferentes estagios sejam sempre relativas a um certo ambiente, tanto quanto á propria maturação do espirito,nos levam a examinar, no final desta breve exposição, o problema psicopedagogico das relações sociais proprias da infancia.(MUNARI, 2010, p 1200)
Portanto, para se afirmar que a criança aprende interegindo com o meio, é preciso um trabalho de observação sucinto,que proporciona resultados concretos, nesse sentido o processo de socialização da criança, se remete a uma adaptação da realidade social exterior.
Nesse sentido,”Assim, em todos os dominioos, e isto é ainda mais fácil de estabelecer do ponto de vista da moral que do ponto de vista intelectual,a criança permanece egocêntrica na medida em que não está adaptada as realidades socias exteriores”.(Munari,2010 P102).
De acordo com Vigotsky, as crianças foram observadas durante o primeiro ano de vida, nesse periodo a criança manifestou inteligencia, perceba:
As observações detalhadas de crianças durante o primeiro ano de vida, feitas por Charlotte Buhler,vieram apoiar essa conclusão.C. Buhler já encontrou as primeiras manifestações de inteligência prática em criança de 6 meses de idade. Entretanto, nao é somente o uso de instrumentos que se desenvolve nesse ponto da história de uma criança; desenvolvem-se também os movimentos sistemáticos, a percepção, o cérebro e as mãos- na verdade, o sorganismo inteiro.(Vigotsky, 1998 p 28).
A criança aprende convivendo em seu meio social de diversas formas, observndo, tocando, como também perguntano em especial sobre algo que desperta sua curiosidade.
Para PIAGET (2002, p 30) “A análise da maneira como a criança faz suas perguntas coloca em evidências o carater ainda egocentrico de seu pensamento, neste novo campo da representação do mundo, em oposição ao da organização do universo prático.
O desenvolvimento da fala apesar de fazer parte do desenvolvimento natural biológico da criança, é preciso estimulo, no inicio as palavras sai erradas, mas de acordo com seu crescimento, a fala vai sendo modificada, no caso, as crianças vão aprendendo a falar corretamente.
Sobre esse assunto, Vigotsky aponta a fala da criança como tão importante como o atingimento de objetivo, expoe também que que dependendo da situação, a fala sempre será importante:
- A fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo. As crianças não ficam simplismente falando o que elas estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em questão.
- Quanto mais compexa a ação exigida pela situação e menos direta a solução, maior a importância que a fala adquire na operação como um todo.Às vezes a fala adquire uma importância tão vital que, se não for permitido seu uso, as crianças pequenas não são capazes de resolver a situação. (VIGOTSKY , 2010 p 34):
A aprendizagem da criança como já visto,é algo que além de ocorrer de forma natural ou atravez de estimulos , a criança esta sempre atenta ao que acontece em seu redor, o que também é uma forma de aprender.
Sobre esse aspecto, Piaget coloca o desenvolvimento da intelictualidade da criança , como transformação da representação das coisas. Segue abaixo:
A finalidade deste desenvolvimento intelectual é, como já dissemos acima, transformar a representação das coisas, a ponto, de inverter completamente a posição inicial do sujeito em relação a elas. No ponto de evolução mental, náo existe, certamente, nenhuma diferenciação entre o eu e o mundo exterior , isto é, as impressões vividas e percebidas não são relacionadas nem a conciencia pessoal sentida como um “eu” nem a objetos concebidos como exteriores. (PIAGET, 2002, p.20).
A criança poderá aprender em contato com o meio, podendo haver estimulos ou não, porém a linguagem é essencial para mostrar esse desenvolvimento intectual e social.
A troca e a comunicação entre os indivíduos são as consequências mais evidentes do aparecimento das linguagens. Sem dúvida, estas relações interindividuais existem em germe desde a segunda metade do primeiro ano, graças a imitação, cujos progressos estão em íntima conexão com o desenvolvimento senso-motor”. (PIAGET, 2002, p.25).
Nesse aspecto, após o desenvolvimento da linguagem, o sujeito aprende com o meio, há as relações sociais, e o indivíduo, através da imitação se desenvolve. Pode-se compreender que o estimulo presente no emite estimula a criança, já que imita o que ver.
Para Vygotsky (1998, p. 35) “A busca ativa de palavras por partes da criança, que não tem similar no desenvolvimento da “fala “em animais, indica uma nova fase em sua evolução linguística”.
Nesse sentido, a experiência entre as crianças e os animais, trouxeram resultados importantes de acordo com Koehler.
[...] As experiências de Koehler com Chimpanzés, adequadamente modificadas, foram realizadas com crianças que ainda não haviam aprendido a falar. Ocasionalmente, o próprio Koehler desenvolveu alguns experimentos com crianças, com o objetivo de estabelecer comparações, e Buehler realizou as mesmas bases, um estudo sistemático de uma criança as descobertas foram semelhantes para as crianças e para os macacos antropoides. (Vygotsky, 1998, 51).
Contudo, analisando ou não a experiências do desenvolvimento das crianças com esses animais, o desenvolvimento da criança é algo natural, porém de acordo com suas fases, se a aprendizagem for limitada ou oculta em alguns aspectos, é necessário buscar a causa do não desenvolvimento.
De acordo com o desenvolvimento dos estágios de Piaget, a cada idade a criança apresenta um desenvolvimento, a medida que vai crescendo, esse desenvolvimento seja psicomotor, cognitivo, ou social, vai sendo ampliado.
“Do ponto de vista das relações interindividuais, a criança depois dos sete anos, torna-se capaz de cooperar porque não confunde mais seu próprio ponto de vista com o dos outros, dissociando os mesmos para coordená-los. (Piaget, 2002, p.41). Vygotsky traz uma reflexão sobre o desenvolvimento da fala da criança, coloca como forma natural , ou seja desenvovlimento biológico, não siginifica que o que fala estar sendo pensado.
As raízes pré - intelectuais da fala no desenvolvimento da criança são há muitos conhecidas. O balbucio e o choro da criança, mesmo suas primeiras palavras, são claramente estágios do desenvolvimento da fala que não tem nenhuma relação com a evolução do pensamento. Vygotsky (1998, p. 52).
Porém se analisar a aprendizagem da criança no meio, ou na sua interação com o meio, poderá haver um entendimento do que dependendo do que fala, podera estra expondo um desejo, nesse caso, algo pensando. Argumento este que o proprio autor poderá ter respondido na exposição abaixo.
Esse instante crucial , em que a fala começa a servir o intelecto, e os pensamentos começam a ser verbalizados , é indicado por dois sintomas objetivos inconfundiveis : (1). a curiosidade ativa e repentina da criança pelas palavras , suas perguntas sobre cadabcoisa nova ( “ O que é isto”) ; e ( 2) a consequente ampliação de seu vocabulário, que ocorre de forma rápida e aos saltos.. (Vygotsky, 1998, 53).
O desenvolvimento da criança podera ocorrer intelectualmente, quando a inteligencia pratica e abtrata acontece.
[..] O momento de maior significado do curso do desenvolvimento intelectual , que dá origem as formas puramente humana de inteligencia prática e abstrata , acontece quando a fala e atividade prática, então duas linhas completamente independentes de desenvolvimento , convergem. (Vygotsky, 1998, 53).
A aprendiagem da criança , seja andar, falar, ler, escrever, enfim, são aprendizagens que ocorrerão do decorrer dos anos, haverá quem aprenderar mais rapido e outros não.
[...] assite-se durante a primeira infancia a uma transformação da inteligencia que, de apenas senso-motora ou prática que é no inicio , se prolonga doravante como pensamento propriamente dito sob a dupla influência da linguagem e da socialização; A linguagem permitindo ao sujeito contar suas ações, fornece de uma só vez a capacidade de reconstituir o passado , portanto , de evocá-lo na ausencia de objetossobre os quais se referiram as condutas anteriores , de antecipar as ações futuras , ainda não executadfas , e até substitruí-las ,às vezes pela palavra isolada, sem nunca realizá-las. ( Piaget, 2002, p.27).
É possivel entender que a criança estar sempre em processo de aprendizagem, cada contato, poderá ser a aprendiagem de algo novo.
As transformações da ação provenientes do inicio da socialização não tem importância apenas para a inteligência e par,a o pensamento . mas repercutem tambem profundamente na vida afetiva. Como já entrevistamos , desde o periodo pré-verbal , existe um estreito paralelismo entre o desenvolvimento da afetividade e o das funções intelectuais , já que estes são dois aspectos indissociavéis de cada ação. ( Piaget, 2002, 36)
O processo de socialização ocorre em vários espaços, em casa, igrejas, parques de diverão, escola, entre outros. Na escola ha um contato mais amplo, pois a criança tem contato com diversas formas de cultura, falas, comportamentos, religiões , e é necessário aprender a respeitar essa diversidade.
- a fala da criança é tão importante quanto a ação par atingir um objetivo,. As crianças não ficam simplismente falando o que eles estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma função pascologia complexa, dirigida para solução do problema em questão.
- Quanto mais complexa a ação exigida pela situação e menos direta a solução , maior a importância que a fala adquire na operação como um todo. As vezes a fala adquire uma importancia tão vital que , se não for permitida seu uso, as crianças pequenas não são capazes de resolver a situação. ( Vygotsky, 1998, p.34).
A aprendiagem da criança é um processo que envolve diversos aspectos, sejam biologicos ou sociais, seja no espaço escolar ou não. “ Cada assunto tratado na escola tem sua própria relação especifica com o curso do desenvolvimento da criança, relação essa que varia a medida que a criança vai de um estágio para outro. (Vygotsky , 1998, p. 119)
A relação entre o uso de instrumentos e a fala afeta várias funções psicológicas, em particular a percepção, as operações sensoriais- motoras e atenção, cada uma das quais é aprte de um sistema dinâmico de comportamento. Pesquisa experiemntais do desenvolvimento indicam que as conexões e relações entre funções constituem sistemas que se modificam, ao longo do desenvolvimento da criança, tão rdicalmente quanto as próprias funções individuais. Considerando uma das funções de cada vez, examinarei como a fala introduz mudanças qualitativas na sua forma , e na sua relação com as outras funções. ( Vygotsky, 1998, p. 41).
O desenvolvimento da criança, depende de fatores externos e internos, como pode-se perceber diante de tantas informações tanto de Vygotsky como de Piaget, é necessário todo um processo seja de teor biológico ou social. [...] um objetivo da análise psicológica do desenvolvimento é descrever as relações internas dos procesos intelectuais despertados pelo aprendizado escolar. ( Vygotsky, 1998, p.108).
É preciso um estudo distinto e com detalhes especifico, perpassa por observações discretas e concretas.
“ Um segundo aspecto essencial de nossa hipótese é a noção de que, embora o aprendizado esteja diretamente relacioando ao curso do desenvolvimento da criança, os dois nunca são relizados em igual medida ou em paralelo. ( Vygotsky, 1998, 119).
Vygotsky ainda traz contribuições sobre a importância do brinquedo nod esenvolvimento da criança, defende que a criança poderá aprender brincando.
“ É enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. Para uma criança com menos de três anos de idade , é essencialmente impossivel envovler-se numa situação imaginária , uma vez que isso seria uma forma nova de comportamento que liberaria a criança das restrições impostas pelo ambiente imediato. ( Vygotsky, 1998, p. 126).
Desse modo, em relação ao brinquedo , “ A criança ver um objeto, mas age de maneira diferente em relação aquilo que ver. Assim é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independemente daquilo que vê.” (Vygotsky, 1998, p.127).
“[..] podemos, naturalemente, nos dedicar aos estudos de pasicologia da criança para conhecer melhor a própria criança ou com o bojetivo de aperfeiçoar os métodos pedagógicos, mas esses objetivos, comuns a todos os trbalhos de psicologia genetica, são evidentes e por isso não insistiremos mais nesse ponto. ( Piaget, 2002, 99).
Contudo, para compreensão do desenvolvimento da criança, exige muito estudo e entendimento de cada processo, e cada aspecto biológico desenvolvido. Porém a aprendiagem da criança poderá ocorrer de forma natural e ao seu tempo.
CONCLUSÃO
Tanto Vygotsky como Piagete foram estudiosos do desenvolvimento humano, seu desenvolvimento biologico, cognitivo, social, enfim. Apesar de ambos discodarem em suas opiniões sobre o desenvolvimento da aprendizagem da crianças, foram estudiosos que trouxeram contribuiçoes iimportantes para comrpeender esse processo.
Diante do que foi relatado, a criança passa por cada fase, desenvolveu a fala, já tem seu próprio ponto de vista, a criança já estar interagindo com o meio, com o outro, e trocando informações. Já é possível opinar sobre o que gosta ou não, sobre seus sentimentos, pensamentos, já expõem sobre o seu cotidiano.
Se a criança aprende e depois se desenvolve, ou se desenvolve e depois aprende, é algo particular de cada criança. E exige uma observação única desse desenvolvimento seja de aspecto biologico, cognitivo ou social, pois cada teorico trouxe estudos com coerência e dados baseados em experiências concretas.
REFERÊNCIAS
Munari, ALBERTO. Jean PIAGET/ ALBERTO MUNARI; TRADUÇÃO E ORGANIZAÇÃO: Daniele Saheb.- Recife: fundação Joaquim Nabuco, Editora massangana,2010. 156p: IL.- (COLEÇÃO EDUCADORES)
VYGOTSKY, LEV SEMENOVITCH. Pensamento e linguagem/L. S. Vygotsky; tradução Jefferson Luiz Camargo; revisão técnica Jose Cipolla neto. -2ª ed.- são Paulo. Martins fonte, 1998.
PIAGET, Jean,1896-1980. Seis estudos de psicologia/ Jean Piaget; tradução Maria Alice Magalhaes D’ Amorin e Paulo Sergio Lima Silva. -24.ed.- Rio de Janeiro: Forense universitária, 2002.
Vygotsky, Lev Semenovich, 1896-1934. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores/L. S. Vygotsky; organizadores Michael colo. [et al.]; tradução José Cipolla Neto, Luiz Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche.-6ª ed.- são Paulo: Martins Fonte, 1998.
Salto para o futuro: Construindo a escola cidadã, projeto político- pedagógico/ secretaria de educação a distancia. Brasília: Ministério da educação e do Desporto, SEED, 1998. 96p. – (Serie de estudos. Educação a distância, ISSN 1516-2079; v.5). 1. Ensino a distância. I. Brasil. Ministério da educação e do Desporto. Secretaria de Educação a Distância ll.Série.
[1] Graduada em pedagogia pela UNIP- Especialista em Psicopedagogia e Supervisão Escolar
[2] Graduada em Ciências Biológicas - UNEMAT, especialistas em Neuropsicopedagogia Infantil
[3]Graduada em Pedagogia-UNEMAT, pós-graduação em Psicopedagogia e Supervisão Escolar - PROMINAS.
[4] Graduando em Letras licenciatura em Português – UFS. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[5] Graduada em Letras - UNIFLOR. Especialista em Práticas da Educação do Campo