A INCLUSÃO DO ALUNO COM SINDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO REGULAR
Amanda Lourenço de Macedo
Franciele Cezar
Leandro de Oliveira dos Santos
RESUMO
Na atualidade o tema inclusão vem ganhado vários destaques, pois o número de alunos especiais no ensino regular vem aumentando cada vez mais, entre 1998 e 2006, houve crescimento de 146% das matriculas em escolas públicas e 64% em escolas privadas, devido a esse aumento apesar do avanço, a maioria das pessoas com necessidades especiais continuam sem ter seus direitos garantidos. Nos tempos passados quando nascia uma criança com Down, havia muita discriminação devido as suas características distintas, pois era algo novo, e os pais não sabiam como lidar mediante ao fato, devido a sua perspectiva de vida que era muito baixa em comparação existente entre os sujeitos e a relação da negação e não aceitação da diferença, com a evolução da medicina houve um grande avanço para os indivíduos com Down. Apesar das dificuldades as aulas de educação física geram vários benefícios para os portadores de Síndrome de Down pois neles encontram-se enumeras dificuldades por conta da deficiência. A coleta de dados foi em forma de estágio de observação e monitória na escola Estadual Manoel Bandeira, aonde durante o estágio e pesquisa observamos um aluno em comum o qual era portador da Síndrome de Down, o mesmo frequentava a turma do 7º ano do ensino fundamental.
Palavras-chave: INCLUSÃO, ADAPTAÇÃO, SINDROME DE DOWN.
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade o tema inclusão vem ganhado vários destaques, pois o número de alunos especiais no ensino regular vem aumentando cada vez mais, entre 1998 e 2006, houve crescimento de 146% das matriculas em escolas públicas e 64% em escolas privadas, devido a esse aumento apesar do avanço, a maioria das pessoas com necessidades especiais continuam sem ter seus direitos garantidos. A discussão deve ser sobre a qualidade da educação para todos, e não só para crianças com deficiência, a inclusão faz parte de um grande movimento pela melhoria do ensino, o primeiro passo para que isso aconteça é olhar a educação de outro jeito. É preciso compreender que as pessoas não deficientes e as pessoas com deficiência não são iguais, mas o sujeito que é rotulado como deficiente já está com seu comportamento determinado pela sociedade. Uma necessidade que vem evoluindo muito na sociedade é a Síndrome de Down este tema foi escolhido para esta pesquisa devido a sua da evolução, pois os portadores desta síndrome em 1929, viviam apenas 19 anos, aproximadamente, alguns morriam logo após o nascimento devido a problemas respiratórios, cardiopatas e entre outros, com o avanço da medicina, a expectativa de vida deles foram aumentando podendo ter como perspectiva de vida até os 60 anos, podendo levar a sua vida normalmente.
Ao falarmos de inclusão dos alunos com Down nas aulas de educação física podemos enfrentar várias barreiras, uma delas é a limitação física, pois a criança com Down apresenta diferenças em relação ás outras crianças, é necessário que o trabalho realizado na escola seja diferenciado para não comprometer o sistema corporal ou sentimento de frustração desses alunos, para incluir um aluno portador de síndrome de Down é preciso proporcionar que ela vivencie habilidades corporais de maneira que ela aprender os movimentos como de lateralidade, agilidade, força, concentração e entre outros, e acima de tudo podendo interagir com os demais alunos.
Este trabalho tem como objetivo incluir o aluno com síndrome de Down nas aulas de educação física no ensino regular, como problematização iremos verificar como os professores de educação física estão trabalhando a inclusão com o aluno com síndrome de Down. Esta pesquisa justifica-se em buscar e aprimorar novos métodos para incluir o aluno com síndrome de Down no ensino regular.
2 SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down é uma alteração genética causada por erro na divisão celular, as pessoas apresentam características como olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e comprometimento intelectual. Síndrome de Down é conhecida também como trissomia do cromossomo 21, o qual é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Não se sabe por que isso acontece.
(fonte: google, acessado em 05/05/2020)
Às vezes, pode ocorrer a translocação cromossômica, isso é, o braço longo excedente do 21 liga-se a um outro cromossomo qualquer. Nesses casos, portanto, não existe um cromossomo a mais, pois o 21 em excesso se encontra ligado a outro cromossomo. Mosaicismo (ou síndrome de Down com mosaico) é uma forma rara da síndrome (de 2% a 3%) em que parte das células apresenta trissomia do 21 e outra parte tem a quantidade normal de cromossomos. Essa diferença, no entanto, não reflete em diferenças significativas em relação a portadores da síndrome de Down comum.
Essa síndrome causa cerca de um terço dos casos de deficiência intelectual, muitos marcos do desenvolvimento são atrasados, como a capacidade de engatinhar normalmente ocorrendo em torno de 8 meses em vez de 5 meses e a capacidade de caminhar de forma independente, geralmente ocorrendo em torno de 21 meses em vez de 14 meses, A maioria dos indivíduos com síndrome de Down tem deficiência intelectual leve ou moderada, com alguns casos com dificuldades graves . Aqueles com síndrome de Down em mosaico geralmente têm escores de QI de 10 a 30 pontos a mais. À medida que envelhecem, as pessoas com síndrome de Down geralmente apresentam desempenho pior do que seus pares da mesma idade.
Geralmente, indivíduos com síndrome de Down têm melhor compreensão da linguagem do que capacidade de fala. Entre 10 e 45% têm gagueira ou fala rápida e irregular, dificultando sua compreensão, alguns após os 30 anos de idade podem perder a capacidade de falar.
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Apesar das dificuldades as aulas de educação física geram vários benefícios para os portadores de Síndrome de Down pois neles encontram-se enumeras dificuldades por conta da deficiência, já foram identificados mais de 50 sintomas físicos como características da Síndrome. As dificuldades mais patentes no que se refere à atividade física são a hipotonia muscular, a mobilidade acentuada e anormal das duas vertebras cervicais C1 e C2 chamada de Instabilidade Atlanto-Axial, além de coordenação motora geral e coordenação motora fina. Segundo Silva (1996)
Estimulação é toda atividade que fortaleça e enriqueça o desenvolvimento físico, mental e social da criança. A captação e interpretação de estímulos que estão no ambiente e o modo como a transforma e utiliza em seu cotidiano vão ser variados em diferentes fases do desenvolvimento. “O processo que leva às mudanças qualitativas da forma de pensar e raciocinar denomina-se desenvolvimento cognitivo. ” (Silva, 1996, p 22).
De acordo com a afirmação de Silva (1996), podemos constatar que o lúdico é o que mais atrai os alunos, portanto é o recurso mais utilizado, pois ele facilita a estimulação de diversas áreas. Para que realmente haja uma devida inclusão é de extrema importância a interação do aluno com Down com os demais colegas de forma indiscriminada, onde o professor pode estar orientando a turma para que acolha o aluno.
As crianças com síndrome de Down possuem uma flacidez muscular ( hipotonia), a qual pode afetar sus habilidades, inclusive a de coordenação motora grossa e fina, onde o mesmo pode atrasar as fases do seu desenvolvimento motor, restringindo suas experiências e habilidades nos primeiros anos, deixando o seu desenvolvimento cognitivo mais lento, devido a este fato e a sua hipotonia global, fraqueza muscular e hiperflexibilidade ou hipermobilidade articular, o qual dificultam o processo de aquisição, desenvolvimento e controle dos movimentos, as crianças com Down tem seu desenvolvimento mais lento do que das outras crianças. Por tanto o professor deve oferecer exercícios extras para os alunos com Down, estrategicamente esses exercícios adequados estimulam o fortalecimento do pulso e dedos, e deve-se utilizado uma grande quantidade de atividades e materiais multissensoriais, procurando deixar as atividades mais significativas e prazerosas o possível.
Segundo MASUKAZI (1995)
O professor é a peça fundamental no trabalho de adequação e vivência. Dentro do universo escolar, ele é o responsável pela
determinação da qualidade de interação, aquisição dos conceitos pelos alunos e a transferência destes conceitos, bem como para a funcionalidade na vida cotidiana (MASUZAKI,1995, p102)
É importante destacar a necessidade de os profissionais estarem bem preparados, sobretudo para a escolha dos métodos de trabalho, dos procedimentos pedagógicos mais adequados, bem como a seleção de recursos materiais e equipamentos adaptados.
3 MATERIAL E MÉTODOS
A coleta de dados foi em forma de estágio de observação e monitória na escola Estadual Manoel Bandeira, aonde durante o estágio e pesquisa observamos um aluno em comum o qual era portador da Síndrome de Down, o mesmo frequentava a turma do 7º ano do ensino fundamental,
Como método de procedimento foi aplicado de forma monográfica, pois ele tem base concentrar-se em apenas um aspecto, o qual foi a pesquisa e observação ao aluno não alfabetizado no 3º ano do fundamental, pois o mesmo apresenta aspectos de criança que precisa urgente de uma avaliação médica para que se possa utilizar um meio de intervenção adequada a ele.
O estudo teve como técnica de pesquisa de campo em forma de estágio. Com base em Lakatos e Marconi (2005, p183):
Pesquisa de campo é aquela utilizada como objetivo de conseguir informações ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar ou ainda descobrir novos fenômenos ou relações entre eles
A pesquisa tem o objetivo de colher informações ou conhecimentos de um determinado problema. A delimitação do universo da amostragem se dá a partir da professora que atua no 3ª ano D do Ensino Fundamental I, na escola Municipal Professor Benjamim de Pádua, em Alta Floresta, no norte do estado de Mato Grosso. A pesquisa foi realizada em novembro de 2019, no turno vespertino., a mesma é a turma onde o aluno estuda.
Diante do exposto o tratamento dos dados coletados acontecerá com base nos autores estudados, e também através de entrevista por meio da professora, e observação da rotina escolar do aluno, que contribuirão para a análise científica.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A coleta de dados aconteceu em forma de estágio, aonde pude observar em pratica a rotina do aluno, os métodos utilizados com ele, e com uma entrevista a professor e a auxiliar do aluno. A auxiliar e o professor foram questionados de “como é o aluno nas aulas de educação física”, eles responderam que a criança em gosta muito das aulas porem muitas das vezes consegue acompanhar as atividades propostas. As vezes precisamos pegar firme com ele, pois ele só quer muita das vezes jogar futebol. O professor foi questionado sobre quais intervenções ela utiliza com ele, ela respondeu que; as atividades são adaptadas de acordo com a realidade do aluno. O professor também foi questionado, quais os resultados do aluno em sala, ele respondeu que: os resultados são adquiridos lentamente de acordo com sua necessidade.
5 CONCLUSÃO
O aprendizado do aluno com Síndrome de Down, ocorre de forma lenta, sendo que no ensino regular a atividade que é passada para a sala de aula, tem que ser adaptada para esse aluno com laudo, de forma lúdica e concreta, e a frequência desse aluno no ambiente escolar também, pois o aprendizado é de fácil esquecimento.
Durante a educação física o aluno, participa da aula e faz as atividades propostas pelo professor juntamente com todos os alunos, ocorre neste momento o apoio e a colaboração entre eles quando necessário.
Mediante a todas as observações feita do aluno podemos concluir que a inclusão é um real desafio no ensino regular, porem cabe a cada educador adaptar-se, e buscar novos métodos para os alunos especiais, propondo a eles uma educação apropriada a sua necessidade.
REFERÊNCIAS
SILVA, M. L. P. Estimulação Essencial, Porque? Integração, v. 9, n. 16. p. 22, 1996.
PINTO, S. M. A Educação Física como a promoção do desenvolvimento psicomotor em crianças portadoras de Síndrome de Down. Revista de Atenção à Saúde, v. 3, n. 37, p. 40-44, 2013.
MASUZAKI, Paulo S. A. A contribuição da Educação Física para pessoa com retardo mental. 1995. Maringá. Monografia (Especialização) - Departamento de Educação Física. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 1995
Lakatos, E. M; MARCONI, M. a. Fundamentos de metodologia científica. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2005.