DIFERENTES FORMAS DE INCENTIVAR A PRODUÇÃO TEXTUAL NA SÉRIES INICIAIS EM DUAS ESCOLAS ESTADUAIS DE ALTA FLORESTA-MT
Juciele da Silva de Queiroz1
Maria de Fatima Damasceno Barbosa2
Monaisa Araújo Nascimento3
Marcia Scheidt
RESUMO
A pesquisa apresentada teve por objetivos: analisar as formas que as professoras das Escolas Estatuais Cecilia Meireles e Ludovico da Riva Neto, de Alta Floresta, utilizam para trabalhar a produção textual utilizou as maneiras de trabalhar a produção de textos das referidas professoras. A pesquisa teve como método de abordagem, o indutivo e o método de procedimento o comparativo. O trabalho foi desenvolvido com quatro professoras, no período de março a julho de 2016. A coleta de dados aconteceu por meio de questionários contendo vinte e duas perguntas abertas. As pesquisadas estão numa faixa etária de 31 a 49 anos de idade e atuam como professoras entre quatro e 27 anos. Todas as professoras abordadas trabalham a produção textual, ora com base no texto espontâneo, ora na literatura. Concluiu-se que as professoras utilizam reescritas de histórias e músicas conhecidas; escrevem histórias e frases a partir de desenhos, textos coletivos e textos individuais; escritas do próprio nome, poemas, parlendas, imagens, vídeos, jogos e enfatizam a importância do cantinho da leitura, para transformar os alunos em leitores e escritores. A pesquisa indicou que a maioria das professoras não, ou raramente trabalha com palavras isoladas e elas optam pelos textos espontâneos. Foi relevante desenvolver esse trabalho, pois tratou de uma questão muito importante do contexto escolar, que é a forma que os professores utilizam para incentivar a produção textual dos alunos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Palavras-chave: Alfabetização. Produção textual. Escola.
The different methods of textual production teaching in the early grades in state schools of Alta Floresta-MT, in 2016
ABSTRACT
This work was developed in two state schools with four teachers of first and second year, being two of the State School Ludovico da Riva Neto and two of the State School Cecilia Meireles. The research was conducted using questionnaires having twenty-two open questions. The surveyed are in the age group 31-49 years old and work as teachers from four to 27 years. The methods that they use to work with text production are: through the writing of the name itself, rewriting stories and popular songs, write stories and phrases from drawings, collective texts and individual texts. The theoretical basis was made with authors, Cagliari (1998), Freire (1989), Kaecher (2001), Soares (2006) and (2004), since everyone deal with the textual production, sometimes based on spontaneous text, sometimes in the literature. We conclude that the teachers use written of the name itself, poems, rhymes, images, videos, games and emphasize the importance of reading corner, to turn students into readers and writers. The research highlights that most teachers do not or rarely works with single words and they opt for spontaneous texts Keywords: Literacy. Text production. School.
1 INTRODUÇÃO
Alfabetização não é palavra solta no quadro para o aluno ler, mas sim algo que tenha sentido, como textos e histórias. As histórias devem ser bem exploradas e, assim, pode-se fazer várias atividades para ajudar o desenvolvimento dos alunos.
Segundo Cagliari (1998), a escrita e as regras de alfabetização foram inventadas ao mesmo tempo, pois são as regras que permitem ao leitor decifrar o que está escrito e usá-lo apropriadamente. A alfabetização é a atividade escolar mais antiga da humanidade e o segredo dela é a leitura, é ensinar o aluno como decifrar a escrita. O professor deve pensar em uma metodologia que leve o aluno a querer aprender, como por exemplo, utilizar símbolos e frases, relacionando um com o outro. O autor escreve: “ O professor deve ajudar os alunos a percorrerem esses caminhos todos, mas deve, sempre que possível, andar um passo atrás e não à frente dos alunos. É fundamental deixar que eles escrevam o que acharem importante, mesmo não sabendo quase nada sobre a escrita”. (CAGLIARI, 1998, p. 177).
Como Cagliari diz, o professor deve ajudar seus alunos a relacionarem as figuras com a escrita para facilitar a aprendizagem deles, e sempre ensinar o que está na realidade de vida deles, com algo que já conhecem, nada de fugir da realidade, pois o professor deve ensinar conforme estão aprendendo, não adianta ir além se os alunos não conseguirem acompanhar, deve-se andar no passo do aluno, pois assim se sentirá capaz por estar aprendendo.
O professor de alfabetização deve ser carinhoso, divertido e dinâmico, pois alfabetização é o momento dos alunos aprenderem a ler e escrever, e ainda necessitam de afeto para se sentir seguros para desenvolver sua aprendizagem.
Segundo Paulo Freire (1989), a primeira leitura que uma criança faz é a leitura do mundo. O autor escreve que é muito importante a experiência dela, vivida no momento em que ainda não lia as palavras, A leitura do mundo é sempre fundamental para qualquer pessoa. O autor escreve : ‘‘Fui alfabetizado no chão do quintal da minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi meu quadro-negro; gravetos, meu giz’’(FREIRE, 1989, p.15).
Portando, depois desse processo, ocorre a leitura da palavra, pois as crianças aprendem a falar o nome dos objetos existentes ao redor, aprendem a ler a partir do que existe, do que já conhecem. As palavras que vão apresentando pouco a pouco, com o tempo vão percebendo que parecem com várias coisas, sinais, como o canto dos pássaros, com a dança das copas das árvores sopradas por fortes ventos.
Nesta frase, pode-se entender que todo aluno já tráz uma bagagem de casa, pois conhece algumas palavras e só não consegue ler e escrever, mas, se os professores ensinare-no aos alunos como se escreve e como se leem essas palavras que já ouviram por várias vezes, ficar mais fácil alfabetizá-los. O professor deve começar pela realidade do aluno, pelo mundo onde vive, e depois ir se aprofundando com palavras diferentes de que, às vezes, nunca se ouviu falar.
Quando se ensina os alunos, não se deve querer que memorizem as palavras mecanicamente, mas sim que aprendam a sua significação profunda, pois só assim serão capazes de saber e de compreender. Como o autor escreve, não importa a quantidade mas sim a qualidade,em que se ensina, o que realmente importa é a qualidade (FREIRE, 1989). Todos são capazes de pegar um objeto, de sentir, perceber, expressar verbalmente o objeto sentido e percebido, todos são capazes de fazer essa leitura e de dizer o nome do objeto sentido, até mesmo um analfabeto, pois só o que um alfabetizado faz além de um analfabeto é escrever e ler o nome do objeto sentido.
‘‘É preciso saber sobre que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora, pois sempre tem algo para aprendermos’’(FREIRE, 1989, p.27). Asim como os alunos aprendem com os professores, os professores aprendem com os alunos, pois todos carregam algo que já aprenderam com a família no mundo onde vivem.
Segundo o autor, para ensinar jovens e adultos, é preciso partir da realidade e respeitar as diferenças, usar palavras geradoras como terra, água, plantas, tudo que está no mundo das pessoas. ‘‘Se é praticando que se aprende a nadar, se é praticando que se aprende a trabalhar, é praticando também que se aprende a ler e a escrever. Vamos praticar para aprender e aprender para práticar melhor’’(FREIRE, 1989, p.47). É importante produzir livros com textos escritos em linguagem da realidade deles, que fala da atualidade do país, que tenha a participação do povo. Trabalhar com fotografias do que acontece na vida dessas pessoas.
Quando os alunos lerem as palavras geradoras, estarão mais aptos para aprender palavras diferentes para aumentar o vacabulário.
Paulo Freire (1989) explica que estudar não é fácil, porque estudar é criar e recriar é não repetir o que os outros dizem. Então, estudar é cada um expor suas ideias, criar textos, histórias, desenhos, e assim cada um usa sua imaginação. Quando se ouve uma história deve-se recriá-la a partir de sua imaginação e não ficar repetindo sempre a mesma coisa que o professor fala.
Tendo em vista a importância do ato de ler e escrever, pesquisou-se como os professores trabalham a produção de textos com os alunos do primeiro e segundo ano da Escola Estadual Ludovico da Riva Neto e Escola Estadual Cecília Meireles? A hipótese de trabalho é que os professores trabalham com leitura de textos e após isso ocorre a produção de texto em sala de aula. A pesquisa teve por objetivos analisar as formas que as professoras das Escolas Municipais Nilo Procópio Peçanha e Sonia Maria Faleiro de Alta Floresta utilizam para trabalhar a produção textual; e comparar as maneiras de trabalhar a produção de textos das referidas professoras.
A pesquisa foi desenvolvida com turmas do Ensino Fundamental e teve como método de abordagem o indutivo e o método de procedimento adotado foi o comparativo. A pesquisa foi desenvolvida com quatro professores, das Escolas Municipais Nilo Procópio Peçanha e Sonia Maria Faleiro de Alta Floresta – MT, no período de março a julho de 2016.
2 Fundamentação Teórica
De acordo com Cagliari (1998), ninguém pronuncia palavras isoladas, quando alguém fala é para dar informação completa seja através de um texto ou de ações ocorridas. As pessoas falam o que querem e o que precisam falar, organizando o conteúdo da sua própria maneira e de acordo com sua vontade. Quando o aluno está em sua casa não se preocupa com o certo ou errado, simplesmente fala da sua maneira, mas quando chega na escola e se depara com professor, ele se preocupa e esquece que ele manda na sua língua, e passa a ser escravo daquilo que pensa que representam as expectativas culturais da sociedade da escola e do professor. O autor escreve: “a escola é o único lugar onde se ouve e também se fala de outra maneira” (CAGLIARI, 1998, p.198).
O que esta frase transmite é que as pessoas quando no âmbito familiar falam todos da mesma maneira, mas quando vão para a escola se deparam com pessoas de vários lugares e cada um tem sua própria maneira de falar, pois o que realmente importa é o significado das palavras e como ele é dito.
Segundo o autor Cagliari (1998), a dificuldade que as pessoas encontram é de juntas as ideias de organizar e depois falar, e não em falar ou escrever o que gostaria de dizer o que realmente pensa, pois quando falam sem organizar as ideias estão sendo naturais e muitas vezes as outras pessoas não compreendem o que querem dizer, por isso que devem organizar as ideias e depois pronunciarem para que todos possam compreender o que realmente querem dizer.
De acordo com Cagliari (1998), quando a criança entra na escola para se alfabetizar, é muito mais fácil compreender textos do que palavras isoladas, o texto ajuda a criança a ter uma compreensão profunda e palavras isoladas vão sendo decoradas uma a uma sem compreender o que realmente significa. O nosso mundo é um mundo de textos, quando utilizamos a linguagem não falamos somente uma palavra, pois se escrever o que fala estaremos criando um texto das próprias ideias.
Quando o aluno chega na escola já traz sua bagagem, seu estilo de linguagem oral, e o professor deve ensinar os outros estilos de linguagem e principalmente da linguagem escrita, não destruindo o que o aluno já sabe, mas valorizar o conhecimento do aluno e discutir o assunto acrescentando o conhecimento de todos, para que eles compreendam que os textos que falam da linguagem que conhecem tem a ver com os textos que a escola exige deles. O autor escreve: “as crianças aprendem a fala usando a linguagem no seu contexto natural e na sua forma mais plena e abrangente possível” (CAGLIARI, 1998, p.203). Então se as crianças são capazes de aprender a falar no seu contexto natural, elas podem também aprenderem a escrever sem usar palavras soltas. Podem aprender a escrever usando sua própria linguagem, seus próprios textos, e com a ajuda do professor devem saber que existe o alfabeto que são apenas letras, mas que para escrever textos deve usar essas letras uma depois da outra formando palavras e depois formando textos. Na escola devemos trabalhar palavras e textos juntos, pois as duas coisas são indispensáveis para a aprendizagem dos alunos.
Que o professor deve ter muito cuidado com seus alunos referente ma produção de textos. Primeiramente ele deve incentivar seus alunos a ler e escrever textos e não ensinar palavras soltas, depois deve explicar o que pretende fazer, pois as palavras tem funcionamentos de linguagem uma diferente da outra, tem funções gramaticais, desse modo fica mais fácil para eles entender, e de certa forma eles conhecem muito sobre a linguagem, mas não estão acostumando a refletir sobre ela; porem isso tudo explicado antes das atividades, fica mais melhor para os alunos lidar com os estudos.
Segundo o texto muitas crianças já carregam algumas palavras e quando chegam a escola, o professor em vez de trabalhar com essas palavras para ela melhorar acabam deixando de lado, isso faz com que em vez da criança construir seus textos ela acaba construindo um amontoado de palavras, mas se o professor trabalhar com essa palavras que os alunos já sabem, fica mais fácil e melhor para se trabalhar com elas no desenvolvimento de fazer textos excelentes, mas além disso o professor deve trabalhar com eles a oralidade, o sons das palavras e os elementos que a compõe.
Segundo o texto, planejamento dos textos, tudo é importante e interessante, principalmente quando trabalhado nas series iniciais. O aluno que vai escrever seu texto precisa fazer seu planejamento textual, mas na pratica tradicional com o professor faz é errado, mandar o aluno escrever frases usando uma determinada palavra. Contudo a produção de textos nas serie inicias, o professor não precisa ficar tratando de planejamento, mas que deixe os alunos escreverem o que quiserem, e depois que os alunos já tiverem escrevendo, com facilidade que o planejamento. Também muito importante que os professores peçam para as crianças que tenham iniciativas, sobre o que querem escrever e fazer para poder escrever seus textos livres, isso faz com que eles aprendam a escrever qualquer tipo de texto.
O texto na alfabetização não pode ser rígido, sabe-se que ele estão cheios de erros , mas o que vale é o trabalho não o resultado em sim, o professor não deve corrigi esses primeiros textos mas discuti-los com os alunos, mostrando algumas coisas interessantes e depois guarda-los um em cada pasta que o aluno tem.
O professor deve em primeiro lugar construir as concepções criticas sobre o que se quer analisar diante de um determinado texto e não prejudicar ou desestimular aquele aluno que com muito esforço conseguiu por suas palavras no papel. O texto não se restringe ao ato da palavra escrita, pois textos e tudo aquilo que é possível ser compreendido pelo interlocutor ouvinte ou leitores pode ser oral ou escrita. Segundo o autor depois que os alunos começarem a ficarem mais hábeis na produção dos textos mais longos e com mais facilidade, o professor começará a exigir o planejamento textual e sobre tudo a auto correção pode ser feita em duplas, individualmente (CAGLIARI, 1998p.210).
Nem todo texto pode ser corrigido, alguns pode ser simplesmente para o aluno desenvolver mais influencia ao escrever, o professor também pode pedir para eles lerem seu texto e corrigirem e melhorar o que eles quiserem em seguida o professor vai corrigir o texto, somente então, o aluno vai passar o texto alimpo, o professor precisa ensinar aos alunos como fazer a auto correção na series iniciais o, mas importante é cuidar da ortografia é preciso ensinar a ter duvidas do que esta escrevendo desconfiar se algo está certo ou errado. Quando se erra na grafia, o aluno não está querendo escrever conforme a sua própria pronuncia.
Quando isso acontece ele ainda não domina o sistema de escrita e sobre tudo da ortografia das palavras, o professor jamais deve dizer para seu aluno que ele leu errado, por que escreveu uma coisa e leu outra. O que o aluno leu representa a sua fala e, se leu daquele jeito e por que ele quer que seja lido daquele jeito. Quando o aluno percebe que portadores de textos estão ligados a assuntos do seu cotidiano, seu interesse é estimulado, pois entende que a língua escrita tem significado na sua realidade imediata. Os atos de brincar, dramatizar, simbolizar são valiosos para o desenvolvimento da alfabetização e devem ser desenvolvidos desde o ensino infantil.
A criança que tem liberdade para brincar, dramatizar, se expressar, com certeza terá um desenvolvimento mais saudável. “Atividade de produção de texto pode estar ligado a muitas matérias e a infinidade de conteúdos não só na alfabetização, o que não se pode fazer na escola é simplesmente mandar o aluno fazer uma redação essa atividade deve fazer dentro de outro contexto, que não seja apenas o de ganhar uma nota”. (CAGLIARI, 1998, p.214). As cartilhas incorporaram pequenos textos que deveriam ser usados especialmente como exercícios de leitura, e apresenta apenas palavras já dominadas, estudadas nas lições anteriores.
De acordo com o método das cartilhas, alguns professores usam estratégias indesejáveis para induzir os alunos a produzir o que lês chamam de textos para tanto dão roteiros. “Após a indicação do titulo, vem uma serie de perguntas a que o aluno devera responder o que, quem, quando, como, o porquê, não se esquecendo de que o texto deve ter começo meio e fim com uma lição de moral para qualquer tipo de história as crianças não precisam desses esquemas e roteiros.” (CAGLIARI, 1998, p.215). O aluno deve fazer de um simples texto um trabalho original.
Os professores têm medo de entrar nesse mundo por acham muito caótico, mas para isso acontece deve começar com atividades paralelas as demais atividades tradicionais, o professor pode propor uma redação de textos espontâneos, deve se tomar certo cuidado já que os alunos estão acostumados a trabalhar sob um rígido controle por parte do professor e do método eles sentem inibidos no inicio a fazer os textos espontâneo e com razão, pelo que aprenderam até então. O professor deve conversar sobre esse tipo de atividade, mostrar suas vantagens e deixar que os alunos encontrem aos poucos um novo caminho para produzir seus textos, o professor não deve desanimar com as dificuldades iniciais.
De acordo com o autor Cagliari, as crianças quando escrevem textos espontâneos não se preocupam com a escrita e muito menos com a ortografia, mas elas escrevem com seu individual, tento o próprio sabor, um sabor interessante cada um com seu valor.
O autor compara vários textos espontâneos de alunos da primeira série que eram alfabetizados com cartilhas, onde mostra a inocência do aluno, que escreve palavras juntas, faz separação da palavra quando é junta e troca as letras, uma por a outra, escrevendo as palavras de forma errada de acordo com a ortografia, faz a repetição de frase, mas para eles os textos estão certos, por que é a forma que eles sabem escrever.
E os textos teve um bom resultado, pois escreveram textos e não frases desconectadas. Ao passar do tempo os alunos foram melhorando a escrita e se interessando a leitura, o que ajuda na escrita ortográfica. O autor fala que o que deve ser feito para os alunos compreenderem como deve escrever, é mostrando que cada palavra só tem uma forma de escrever, e quando o aluno tiver dúvidas deve perguntar para alguém que sabe ou procurar no dicionário, e assim vai aprendendo as palavras pouco a pouco.
Em seguida aparece textos espontâneos sem o uso de cartilhas e sem o bá-bé-bí-bó-bu, onde os alunos tiveram dificuldade no início para acertar a ortografia, mas aos poucos foram aprendendo, e os textos que eles produziam quase não tinha erros. A professora ensina eles a fazerem a própria correção e reelaboração de seus textos. Isso mostra que os alunos podem aprender a escrever seus próprios textos sem o uso da cartilha, e com o tempo o aluno escreve naturalmente sem medo de errar. Também mostra que o aluno não faz repetição de frases, as vezes faz o uso da mesma palavra, se necessário. (CAGLIARI,1998).
Os professores ficam muitos chocados com os erros de ortografia, tem quiser feito sob seu absoluto controle, para que o aluno aprenda em ordem, indo do mais fácil ao mais difícil assim ele reproduz o modelo do já dominado. Segundo o autor por essas razões, esses professores acham que não devem deixar seus alunos escreverem errado, o que é comum, principalmente no inicio da alfabetização (CAGLIARI, 1998, p. 237).
O professor julga seus alunos apenas pelos erros que cometem, e nunca pelos acertos. A correção que visa a amedrontar o aluno diante do erro e da ignorância, e não a incentivá-lo a superar suas dificuldades, apoiando- se naquilo que já aprendeu. A escola vai cortando, derrubando, destruindo coisas que o aluno faz de errado, e não um processo de construção, o aluno terá seus momentos que o possui. O professor tem um calculo estatístico baseando não em números reais, mas numa certa desconfiança, mas muitas das vezes eles não fazem esse calculo e acabam simplesmente guiando pelos erros que o aluno cometeu, portanto reprovando esse aluno. Se o professor fizesse um calculo estatístico real, ambos poderiam ver, pelo lado positivo, que muita coisa já foi aprendida, e o que falta precisa ser dado através de atividades especifica.
De acordo com a autora Magda Soares (2004) a educação vem tendo grandes mudanças nas praticas decorrentes na área da alfabetização nas ultimas décadas foram feitas algumas pesquisas que tem identificado problemas no processo da alfabetização de crianças dentro do contexto escolar como insatisfação insegurança entre alfabetizadores sendo assim algumas duvida do poder publico e da população diante do fracasso da escola em alfabetizar, vem provocando criticas e motivando propostas de reexame das teorias e praticam atuais de alfabetizar. É sem duvidas desafiador por estimular a revisão em todos os caminhos já trilhados e busca novos caminhos, é também ameaçador por conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a proposta de solução pode apresentar desvios para indesejáveis descaminhos.
O letramento pode ser interpretado na necessidade de configurar e nomear comportamentos e praticas sociais na área da leitura e da escrita que vem ultrapassar o domínio do sistema alfabético e ortográfico nível de aprendizagem da língua e escrita, visualizando a importância a medida que a vida social e as atividades vem cada vez mais centradas na língua escrita , revelando a insuficiência de apenas alfabetizar a criança e o adulto. A autora também fala que o significado de alfabetização ou alfabetizar não é apenas aprender a ler e a escrever, é muito mais que apenas ensinar e codificar e decodifica. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, é que pode justificar o surgimento da palavra letramento se destaca claramente configura assim nomeando- os comportamentos e praticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura ou a escrita estejam envolvidas. Pode ser admitir que no plano conceitual, talvez a distinção entre alfabetizar e letramento não fosse necessário, bastando que se significasse o conceito de alfabetização é também necessário reconhecer que embora alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis: A alfabetização só tem sentido quando desenvolvido no contexto de praticas, ou seja em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento;que só pode desenvolver – se na dependência e por meio da aprendizagem do sistema de escrita.
Nos anos 80 a alfabetização escolar no Brasil caracterizou – se por uma alternância entre método sintético e método analítico, com o mesmo pressuposto de que a criança, para a criança para aprender o sistema de escrita dependeria de estímulos externos cuidadosamente selecionados ou artificialmente construídos sempre com uns mesmo objetivos era considerado condição e pré – requisitos onde a criança desenvolvesse habilidades de uso da leitura e da escrita, tinha que aprender a ler e a escrever, só depois de vencidas essa etapa que iam ler textos, livros e escrever história a partir da perspectiva psicogenética da aprendizagem da língua escrita divulgada entre nós e pela obra e pela atuação formativa de Emilia ferreiro, sobe a denominação de construtivismo. Essa mudança paradigmática permitiu identificar e explicar o processo através do qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representação dos sons da fala por sinais gráficos é um processo através do qual a criança torna- se alfabética.
A aprendizagem da língua escrita tem sido objeto de pesquisa e estudo de várias ciências nas últimas décadas, cada uma delas privilegiando uma das facetas dessa aprendizagem. Para citar as mais salientes: a faceta fônica, que envolve o desenvolvimento da consciência fonológica, imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons na aprendizagem das relações fonema-grafema a faceta da leitura fluente, que exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças; a faceta da leitura compreensiva, que supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação inferência, entre outras; a faceta da identificação e do uso adequado das diferentes funções da escrita, dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto. Cada uma dessas facetas é fundamentada por teorias de aprendizagem, princípios fonéticos e fonológicos, princípios lingüísticos, psicolingüísticos e sociolingüísticos, teorias da leitura, teorias da produção textual, teorias do texto e do discurso, entre outras. Conseqüentemente, cada uma dessas facetas exige metodologia de ensino específica, de acordo com sua natureza, algumas dessas metodologias caracterizadas por ensino direto e explícito, como é o caso da faceta para a qual se volta a alfabetização, outras caracterizadas por ensino muitas vezes incidental e indireto, porque dependente das possibilidades e motivações das crianças, bem como das circunstâncias e do contexto em que se realize a aprendizagem, como é caso das facetas que se caracterizam como de letramento. No entanto, os conhecimentos que atualmente esclarecem tanto os processos de aprendizagem quanto os objetos da aprendizagem da língua escrita, e as relações entre aqueles e estes, evidenciam que privilegiar uma ou algumas facetas, subestimando ou ignorando outras, é um equívoco, um descaminho no ensino e na aprendizagem da língua escrita, mesmo em sua etapa inicial.
Talvez por isso tenhamos sempre fracassado nesse ensino e aprendizagem; o caminho para esse ensino e aprendizagem é a articulação de conhecimentos e metodologias fundamentados em diferentes ciências e sua tradução em uma prática docente que integre as várias facetas, articulando a aquisição do sistema de escrita, que é favorecida por ensino direto, explícito e ordenado, aqui compreendido como sendo o processo de alfabetização, com o desenvolvimento de habilidades e comportamentos de uso da língua escrita nas práticas sociais de leitura e de escrita, aqui compreendido como sendo o processo de letramento.
A criança alfabetiza-se, constrói seu conhecimento do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita, em situações de letramento, isto é, no contexto de e por meio de interação com material escrito real, e não artificialmente construído, e de sua participação em práticas sociais de leitura e de escrita; por outro lado, a criança desenvolve habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais que a envolvem no contexto do, por meio do e em dependência do processo de aquisição do sistema alfabético e ortográfico da escrita. Esse alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita, é, sem dúvida, o caminho para a superação dos problemas que vimos enfrentando nesta etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta, como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando em fracasso, esse reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo e competente ao mundo da escrita.
SOARES (2014)
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida com turmas do Ensino Fundamental e teve como método de abordagem o indutivo. “Indução é um processo mental, pois intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou inversa não contida nas partes examinadas” (LAKATOS; MARCONI, 2010, p.85). Que partirá da mente, do intimo para a realidade, e assim ampliando conhecimento com a realidade dos outros, sobre o que pensam.
O método de procedimento adotado foi o comparativo. “O método comparativo é usado para comparações de grupos no presente, no passado ou entre os existentes e os do passado, quanto entre a sociedade de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento” (LAKATOS; MARCONI, 2005, p.185).
A pesquisa foi desenvolvida com quatro professores, das escolas Nilo Procópio Peçanha e Sonia Maria Faleiro de Alta Floresta – MT, no período de março a julho de 2016, nas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Essa pesquisa foi realizada com quatro professoras. Foram três da turma do 1º ano e uma do 2º ano. Escolhemos essas professoras por que são elas que estão lecionando nessas salas, e o nosso trabalho esta voltados para estas turmas de 1º ano e 2º ano. Em relação aos questionários encontramos algumas dificuldades, não conseguimos alcançar a meta que era de 10 questionários para ser respondido, no entanto conseguimos 4 questionários, desses questionários respondidos não encontramos nem uma dificuldade todas as professoras pesquisadas responderam todas as questões; cada questionário continha 22 questões todas eram abertas. As perguntas perpassaram pela trajetória de vida, sobre as concepções e método de produção textual até o envolvimento dos pais e alunos na aprendizagem da leitura e escrita.
A primeira professora pesquisada foi Sirléia Silva, 31 anos, mora no Bairro Boa Nova III. Ela é formada em pedagogia e leciona há quatro anos. Atualmente ela trabalha na Escola Estadual Cecília Meireles, com a turma do 1º ano. Os métodos que ela utiliza para trabalhar a produção textual em sala de aula são construir pequenos textos a partir de imagens ou através de uma história contada pelos conhecimentos empíricos que as crianças têm, muitas repetições.
De acordo com o autor Kaercher (2001), contar histórias para crianças é importe por que trabalha com o imaginário, o faz de conta, e assim as crianças vão usando sua imaginação e fazendo perguntas sobre o que está ouvindo. As crianças pequenas fazem leitura visual, conhecendo as figuras, aprendendo que o livro é divertido, colorido e podem aprender a compreender o mundo, através de brincadeiras, incluir o momento da leitura como um momento prazeroso, em lugares diferentes, onde podem ir além usando sua imaginação.
Quando questionadas se os professores devem levar para sala de aula só textos e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita ela respondeu que “não pois devem trabalhar a partir de contexto de cada aluno, utilizando livros, objetos, atividades lúdicas, experiências vivenciadas, entre outros.” E na questão de quais são os outros materiais que podem auxiliar para o desenvolvimento da escrita do aluno ela coloca a escrita do próprio nome, lista de nomes de objetos e animais, leitura de sílabas escritas dos animais, intervenção na construção da escrita.
A professora coloca que para trabalhar com a leitura e escrita através da imaginação da criança ela utiliza histórias a partir de imagens e recontação de histórias. E o método que a professora utiliza com os alunos para terem o gosto pela leitura e escrita é, oferecer livros bem ilustrados, histórias atraentes, sempre oferecer conteúdo que eles já conhecem utilizando uma linguagem simples.
Na questão se ela utiliza palavras isoladas e pede para o aluno construir um texto a partir da palavra “a professora disse que muito raro, só se for para fazer alguma pegadinha, não acho interessante”. sobre trabalhar com textos espontâneos, ela colocou que ela trabalha sim, mas de acordo com a capacidade de cada aluno. A professora disse que para trabalhar com textos livres dentro da sala de aula, “deve respeitar e considerar a criatividade de cada um, mas acho necessário fazer intervenção e correção nos textos elaborados”.
Sobre a questão de quando a criança vem com a linguagem da realidade deles, como o professor trabalha isso dentro da sala de aula, a professora coloca que ela faz algumas intervenções e correções de uma maneira muito carinhosa, mas deve respeitar a linguagem de sua região. E sobre a questão de que forma os pais contribuem com a produção de textos e leitura dos filhos, a professora respondeu que é auxiliando nas tarefas de casa, nas atividades onde surgem as dúvidas, mas lembrando que infelizmente não são todos os pais. E a forma que ela avalia o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno é gradativamente, observando as construções das escritas dos valores sonoros, da fonética, das mudanças de comportamento e do interesse de cada um.
Para trabalhar nas séries iniciais é preciso ter um planejamento dos textos a serem trabalhado, e o que ela utiliza é, textos de uma linguagem mais simples, de preferência trabalhar com textos mais curtos, evitando oferecer textos muito complexos e longos de linguagem desconhecida. Ela coloca que a escola trabalha com projeto de leitura, os professores das séries iniciais desenvolvem projeto de leitura, extras horários, tendo de preferência ajudar as crianças a aprender a ler, onde tem obtido resultados satisfatório.
Sobre a questão se os professores têm horário disponível para ajudar os alunos a leitura, a professora disse que sim, pois todos os professores trabalham com a meta de ensinar e desenvolver o gosto pela leitura, todas as turmas têm horário para ir à biblioteca, pelo menos uma vez por semana os alunos vão até a biblioteca.
Segundo Kaercher (2001) as crianças devem ter contato com os livros, então os livros devem estar ao alcance delas para que possam manusear. Os pais não precisam se preocuparem com presentes caros, devem criar novos brinquedos com as crianças para que possam valorizar o trabalho desde cedo.
Todo ano as escolas juntamente com os alunos escrevem um livro, onde os textos e poesias são construídos pelos alunos, esse projeto já vem sendo desenvolvido por vários anos na escola e têm sido um sucesso e nome desse projeto é, “O gosto da arte de escrever”. A escola tem esses livros para vender, se alguém se interessar procure na secretaria da escola Cecília Meireles.
Através da leitura de imagem, a criança consegue organizar as emoções e os saberes, pois a leitura é uma arte e tem que repassar de tal maneira que a criança possa compreende - lá.
(Kaercher, 2001).
A professora Terezinha4 tem 44 anos, ela foi a segunda professora a responder o questionário aberto. Terezinha mora no bairro Santa Maria/Alta Floresta, Mato Grosso. É formada em pedagogia é professora há 16 anos, esta lecionando atualmente na Escola Estadual Ludovico da Riva Neto, na turma do 1° ano B.
A professora na alfabetização trabalha através da escrita do próprio nome, lista de frutas, animais, compras brinquedos e outras. Também a reescrita de histórias e músicas conhecidas, escrever histórias ou frases a partir e desenhos, esses são os métodos que a professora utiliza para trabalhar a produção textual em sala. Referente à questão se os professores devem levar para sala de aula só textos e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita. Terezinha respondeu: “Os livros e diferentes textos são importantes, nos anos iniciais os professores tem que ler as história e envolver os alunos com diferentes estratégias para prender a atenção e ter gosto pela leitura”.
Quando aos materiais e outros que podem auxiliar para o desenvolvimento da escrita do aluno a professora escreve: “Vídeos educativos e jogos pedagógicos, caça-palavra e cruzadinha”. Como você trabalha a leitura e a escrita através da imaginação da criança, Na questão, qual o método que o professor usa para apreender os alunos a ter o gosto pela leitura e pela escrita, Terezinha escreve “diferentes textos e histórias ilustradas que sejam do interesse do aluno, através de vídeos ou livros”.
Soares (2006) comenta sobre palavras novas, e diz que palavras novas aparecem quando surgem novas ideias e novos fenômenos. Por isso a leitura é sempre uma ótima ideia, pois nos ajuda a escrevermos melhor.
Referente se ela usa palavras isoladas e pede para aluno construir um texto a partir da palavra ela respondeu,“não, mas através de desenhos sim”. Ela trabalha com textos espontâneos. A pergunta como o professor deve trabalhar com textos livres dentro da sala de aula ela escreve, o texto livre deve ser trabalhado em grupo ou individual com leitura e interpretação.
Quando a criança vem com a linguagem da realidade dela, como o professor trabalha isso dentro da sala de aula? Explique: “A linguagem da realidade do aluno é um conhecimento prévio que ele já tem, na sala de aula vai contribuir para melhora a linguagem já adquirida”.
Na questão os pais contribuem com a produção de textos e leitura dos filhos, ela escreve alguns pais contribuem ajudando na tarefa de casa. Referente a pergunta como você avalia o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno, ela descreve: De acordo com o nível de aprendizagem, na escrita através da produção individual, na leitura através da leitura de palavras, frases ou textos no individual.
De acordo com Soares: “Letramento pode ser interpretado na necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que vem ultrapassar o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de aprendizagem da língua e escrita” (SOARES, 2004, p.96).
Visualizando a importância à medida que a vida social e as atividades vêm cada vez mais centradas na língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar a criança e o adulto.
Sobre planejamento nas sérias iniciais se ela utiliza quais Terezinha descreve, “sim ela trabalha poemas, poesias, diversas listas, quadrinha, parlenda...” Sobre se a escola tem projeto com leitura, qual? Terezinha descreve: “sim, o projeto da sala do professor do ano 2015 foi leitura e escrita, cada professor desenvolver o projeto na sala atendendo a leitura e escrita”.
A terceira profissional é a professora Soeli Volf Livi, 49 anos, mora no bairro Cidade Alta e atua nessa profissão há 7 anos, na Escola Estadual Ludovico da Riva Neto no 1º ano. Os métodos que ela utiliza para trabalha a produção textual em sala através de figuras reencontro de história ouvidas, os professores devem levar para sala de aula só textos e livros sim ter um cantinho para a leitura com várias atividades pedagógicas, a deixando ela expor tudo aquilo que ela sabe.Através de livros, ir a biblioteca, carrinho de leitura etc.
Sobre a questão palavras isoladas ela pede para o aluno construir um texto a partir da palavra “não”. A professora responde que ela trabalha com textos espontâneos, “Só às vezes”, o professor deve trabalhar com textos livres dentro da sala de aula, “sempre dando suporte para eles com comentários etc”. “Usando o correto para que eles possam perceber o certo”. Os pais contribuem com a produção de textos e leitura dos filhos? De que forma? “não”. Como você avalia o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno? “somente na escola” sobre estas questões para trabalha nas séries iniciais é preciso ter planejamento dos textos a serem trabalhados quais você utiliza, “sim”, a escola tem algum projeto de leitura “sim”, Na escola os professores tem horário disponível para ajudar os alunos com a leitura, A professora descreve “sim um projeto separado da hora atividade dos professores”. Segundo a quarta professora Maria Rodrigues, tem 42 anos, mora no Bairro Boa Esperança – Alta Floresta a sua formação é normal superior ela atua nessa área aproximadamente 13 anos, trabalha na Escola Estadual Cecilia Meireles no 2º ano. Quais são os métodos que você utiliza para trabalha a produçao textual em sala de aula? “Texto coletivo, texto individual e reestruturação coletiva, produção de frases e na sequência função para formar um texto...”, sobre a questão de levar texto para sala de aula só textos e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita? Explique. “Não, outros materiais também ajudam data show, vidas, livros digitais computador etc.” Jogos leitura para deleite, jogos digitais, computador etc...” Quais são os outros materiais que podem auxiliar para o desenvolvimento da escrita do aluno? Jogos, leitura para deleite, jogos digitais.”
Como você trabalha a leitura e a escrita através da imaginação da criança, “através de contação de histórias, leitura de imagens e escrita, ilustração de determinado tema e escrita”. Na escola qual é o método que o professor usa com os alunos para eles aprenderem ater o gosto pela leitura e escrita, “Leituras para deleite, leituras digitais, produções diversas, leitura e contação de história”. Ela fala que usa palavras isoladas com seus alunos, “sim e também leva objetos e mostra para eles produzir utilizando a sequência mostrada dos objetos”, ela também trabalha com textos espontâneos “sim, porém no 2º ano é preciso que lhe ofereça um tema gerador”.
Através da instigação de imaginação e produção de textos coletivos para que eles possam entender os passos de uma produção e em primeiro lugar o professor deve falar o mais correto possível e em segundo lugar realizar correções coletivas de textos escritos por eles. Esses textos devem ser selecionados e enfatizados os pontos mais críticos para correção e bem pouco, através do auxílio à correção de tarefas e também através de atividades, leituras e fichas diagnósticas por parlendas, trava língua, poemas e poesias, músicas infantil, história em quadrinhos, fabulas, contos infantis etc.
A escola tem um projeto de leitura “O gosto de ler a arte de aprender” onde são selecionados textos produzidos pelos alunos em sala de aula, esses horários são planejados para ser trabalhados em sala individualmente por cada professor, ou seja, cada um faz do seu jeito. Existe também o apoio pedagógico no contra turno e a visita semanal à biblioteca.
De acordo com Cagliari (1998), ninguém fala palavras isoladas, pois sempre que falamos tem algo maior do que somente uma palavra, e por isso não devemos trabalhar com palavras isoladas, e com as respostas das professoras pesquisadas duas colocaram que trabalham dessa maneira, mas levam outros métodos para os alunos escreverem textos e as outras colocaram que não utilizam palavras isoladas e usam desenhos para que possam construir textos através de imagens.
O autor coloca também que professores devem respeitar as opiniões dos alunos, utilizando a sua bagagem para acrescentar no aprendizado, e as professoras citam que através desse conhecimento natural e espontâneo dentro da sala de aula vão construindo conhecimentos, para que eles possam melhorar a linguagem e a escrita, e fazem também correção coletiva dos textos espontâneos para que eles possam entender os passos que precisam para a produção textual.
Cagliari escreve sobre textos espontâneos, e enfatiza que é o momento em que mostra a inocência do aluno, que escreve palavras juntas, troca as letras, uma por a outra, escrevem palavras de forma errada de acordo com a ortografia, faz a repetição de frases, mas para eles os textos estão certos, por que é a forma que eles sabem escrever. As professoras ao falarem desse assunto, colocam que elas trabalham respeitando a criatividade do aluno, realizando trabalho em grupo, como textos coletivos, mas acham necessário fazer intervenções e correções nos textos elaborados para aos poucos melhorarem a ortografia.
O autor cita também, que quando o aluno escreve com sua própria linguagem, que é sua realidade de vida, os professores devem mostrar que cada palavra só tem uma forma de escrever, e quando o aluno tiver dúvidas deve perguntar, e assim vão aprendendo as palavras de forma correta. As educadoras pesquisadas colocam que trabalham usando o correto, falando de forma correta com os alunos, fazendo intervenções e correções de forma carinhosa, respeitando sempre a linguagem própria de cada um.
De acordo com o autor Kaercher (2001), contar histórias para crianças é importe por que trabalha com o imaginário, o faz de conta, e assim as crianças vão usando sua imaginação e fazendo perguntas sobre o que está ouvindo. As educandas colocam que trabalham nesse sentido, deixando as crianças expor tudo que sabem, através de desenhos e histórias lidas, de leitura de imagens e de ilustração de determinado tema e escrita.
De acordo com o autor, as crianças devem ter contato com os livros, então os livros devem estar ao alcance delas para que possam manusear. As professoras colocam que é importante ter um cantinho para realizar a leitura dentro da sala de aula e que os livros são importantes nos anos iniciais, os professores devem ler histórias envolvendo os alunos, utilizando diferentes estratégias para prender a atenção para que eles possam ter o gosto pela leitura.
A autora Soares (2006), comenta sobre palavras novas, e diz que palavras novas aparecem quando surgem novas ideias e novos fenômenos. Por isso a leitura é sempre uma ótima ideia, pois nos ajudam a escrevermos melhor. As educadoras colocam sobre esse assunto que, oferecem para os alunos livros ilustrados, histórias atraentes, leituras digitais e produções diversas. Também levam os alunos à biblioteca e utilizam o carrinho da leitura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As professoras pesquisadas trabalham com textos, poemas, parlendas e até desenhos. Das quatro entrevistadas só uma respondeu que, às vezes, trabalham com palavras soltas, as outras descreveu que não trabalha com palavras soltas.
A hipótese de trabalho foi que as professoras trabalham com leitura de textos e após isso ocorre à produção de texto em sala de aula, não se confirmou dessa maneira, mas o que ocorre é que as professoras utilizam imagens, parlendas, poemas, desenhos e jogos educativos para incentivar a leitura e a escrita. A pesquisa indicou que a maioria das professoras não, ou raramente trabalha com palavras isoladas e elas optam pelos textos espontâneos.
Foi relevante desenvolver esse trabalho, pois tratou de uma questão muito importante do contexto escolar, que é a forma que os professores utilizam para incentivar a produção textual dos alunos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
5 REFERÊNCIA
CAGLIARI, Luiz Carlos. A produção de textos espontâneos. Sem o BÁ, BE, BI, BÓ, BU. São Paulo: Scipione, 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam –. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
KAERCHER, Gládis. E por falar em literatura. In: Maria e KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva Kaercher. Educação Infantil: Pra que te quero. Porto Alegre: Artmed, 2001.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros / Magda Soares. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramentos: Caminhos e Descaminhos. Revista Pátio, n. 29, fevereiro de 2004. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/18892732/
1Acadêmica do 7ºsemestre de Pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF). Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
2Acadêmica do 7ºsemestre de Pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF). Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
3Acadêmica do 7ºsemestre de Pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF). Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
4 A professora se identificou somente como Terezinha.