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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

Zenilda Angélica da Silva

 

RESUMO

 

Este artigo tem como objetivo mostrar que através de brincadeiras e Jogos Lúdicos é possível desenvolver a aprendizagem da criança. Os jogos na aprendizagem constituem aspectos importantes para o desenvolvimento da criança. O objetivo deste artigo é mostrar que brincadeiras e jogos contribuem muito para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Porque então, alguns professores não proporcionam esse espaço para os educandos? O professor deve se superar, criar caminhos, estimular os jogos lúdicos e confiar no seu potencial. Sendo a ludicidade um dos mecanismos que mais abrange a lei que defende a educação infantil, onde a criança aprende de forma prazerosa, sem deixar de lado sua essência que é fundamental em seu desenvolvimento.

 

Palavras-chave: jogos lúdicos. Alfabetização. Brincar.

 

 

ABSTRACT

This article aims to show that through play and play games it is possible to develop the child's learning. The play in learning are important aspects for the development of the child. For the accomplishment of the game was used the program Scratch that is a tool of programming language, which allows creations of interactive games, animations and history. The purpose of this article is to show that play and games contribute a lot to the development and learning of the child. Why then, some teachers do not provide this space for students? The teacher must overcome himself, create paths, stimulate playful games and trust in his potential. Being playfulness is one of the mechanism that most encompasses the law that defends child education, where the child learns in a pleasurable way, without leaving aside its essence that is fundamental in its development.

 

Keywords: play games, Literacy and play.

 

1. INTRODUÇÃO

 

 

O presente artigo tem como base o interesse em divulgar a importância do lúcido na aprendizagem, visto que, qualquer atividade que sugestiona “jogo” desperta a curiosidade e o interesse das crianças. A noção de jogo é um fator distinto e fundamental, presente em tudo o que acontece no mundo. Desde a sociedade primitiva, a presença do jogo tem o objetivo de demonstrar as seguintes características: ordem, tensão, movimento, mudança, solenidade, ritmo, entusiasmo.

A atividade lúdica constitui o aspecto mais autêntico do comportamento da criança, seja na área cognitiva, motora ou na socioafetivo. A teoria de Vygotsky descreve que a criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais lembrança de alguma coisa que aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À medida que a brincadeira se desenvolve observa-se um movimento em direção à realização consciente do seu propósito.

O recurso do lúdico para ensino-aprendizagem é de grande eficácia, porque o professor interessado em promover mudanças, poderá encontrar através deste, uma importante metodologia que contribuirá para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão. Na sala de aula, o lúdico pode e deve ser trabalhado em todas as atividades à maneira de aprender/ensinar, pois além de despertar prazer na construção do conhecimento, é um facilitador na aprendizagem. O professor que se utiliza dos jogos pedagógicos torna-se mais seguro, desenvolvendo também a sua criatividade, inovando suas aulas e criando outros jogos.

 

A valorização e o aproveitamento do repertório que a criança tem para construir seu conhecimento são de suma importância, porque situações estimuladoras da percepção e da expressão liberam a inventividade infantil. A ludicidade facilita ao professor e a criança a avaliar a disponibilidade de determinados conceitos e para criar novas situações a fim de reforçar aqueles em que ela apresentou maiores dificuldades.

 

 

 

2. DESENVOLVIMENTO

 

Com o surgimento dos jogos a brincadeira foi introduzida no cotidiano da criança, estimulando a mente, despertando suas capacidades próprias diante de impulsos e de estímulos para que a criança venha ter um conhecimento avançado nas escolas e um aprendizado melhor, e com esses avanços tecnológicos facilita também o trabalho do professor. É por meios de brincadeiras que as crianças conseguem um bom aprendizado, e as formas de se expressar ficam formais, com esse conhecimento as crianças vão criando suas próprias ideias e o nível atual de desenvolvimento determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto. Por meio de brincadeiras as crianças têm o seu desenvolvimento mais avançado brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, e satisfaz os seus desejos.

 

 

O lúdico é de si, uma linguagem expressiva que possibilita conhecimento do outro, da cultura e do mundo, sendo um espaço genuíno de aprendizagens significativas. De acordo com o pensamento. (PIAGET, 1996,p. 111), as crianças só são livres quando brincam entre si, ocasião em que criam e desenvolvem sua autonomia, sendo outra criança o melhor brinquedo didático que elas podem explorar. Complementando essa premissa o brincar também funciona como agente de socialização, um balizador das relações humanas. (VYGOTSKY, 2003, p. 44).

 

Dessa forma, o brincar requer imaginação criativa, apropriação de normas de comportamento e de vida em grupo. Nesse sentido, o educador deve ter consciência das características desses aspectos na sociedade a que pertence e conhecer as fases que caracterizam a evolução cognitiva e afetiva das crianças em relação ao brincar em diferentes concepções teóricas para poder elaborar intervenções adequadas junto ao seu grupo de trabalho.

O brincar é a atividade própria da infância, o meio de estar diante do mundo social e físico, a maneira como a criança interage com objetos e pessoas, lida com seus conflitos e questionamentos: ela tem o direito de brincar, enquanto o educador tem o dever de possibilitar o exercício desse direito, assegurando seus sonhos e o prazer de conviver com as pessoas. A brincadeira serve para provar experiências, múltiplos movimentos e sensações, que viabilizam a vivência de determinadas situações com segurança, sendo um simulacro da realidade (VYGOTSKY, 2003,p. 15).

 

Sendo assim, a brincadeira é uma representação da vida e é por meio dela que as crianças dão sentido às experiências pelas quais passam e reproduzem sua relação com as pessoas.

 

A brincadeira de faz-de-conta das crianças é um jogo simbólico ou de representação e caracteriza-se como uma atividade na qual elas interpretam a realidade a partir de diferentes pontos de vista, criando novos contextos por meio da utilização de signos e símbolos. À medida que brincam, atribuem sentidos e funções aos objetos. Essa atividade lúdica, característica.

 

Neste artigo, além da construção do jogo lúdico é possível relatar a importância do trabalho lúdico na aprendizagem infantil que além de facilitar o processo de organização e conhecimento da criança, ajuda também no desenvolvimento psicológico de maneira que a mesma consiga adquirir uma facilidade maior e um raciocínio lógico, visto que com o lúdico na aprendizagem a criança é capaz de desenvolver a capacidade e a organização de um determinado conteúdo.

Para a construção do jogo lúdico na aprendizagem foi utilizado o programa scratch, para desenvolver o jogo, baseado no trabalho do criador do jogo, com a criação do jogo foi possível concluir que a ludicidade na educação infantil requer todo um trabalho voltado as dificuldades de cada aluno, dessa forma é possível trabalhar o lúdico em todas as disciplinas no intuito de sanar as dificuldades de aprendizagem.

 

De acordo com Emília Ferreiro Psicolinguísta Argentina, em suas pesquisas afirma que as crianças constroem diferentes ideias sobre a escrita, resolvem problemas, elaboram conceituações, essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito, pois observa que para a tentativa de compreender o funcionamento da escrita as crianças elaboram verdadeiras teorias explicativas que assim desenvolve a pré-sílaba, a sílaba e a alfabética da infância, é a primeira forma que as crianças têm de representar o mundo. (FERREIRO, 1985, p. 14).

 

 

De acordo com Emília Ferreiro Psicolinguística Argentina, em suas pesquisas afirma que as crianças constroem diferentes ideias sobre a escrita, resolvem problemas, elaboram conceituações, essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito, pois observa que para a tentativa de compreender o funcionamento da escrita as crianças elaboram verdadeiras teorias explicativas que assim desenvolve a pré-sílaba, a sílaba e a alfabética. (FERREIRO, 1985, p. 14).

 

Dessa forma é importante ressaltar que para facilitar o processo de desenvolvimento e a aprendizagem de todas as crianças faz-se necessário a organização de conteúdos e objetivos diversificados que atendam ao interesse de todos e às necessidades de cada um.

 

3. CONCLUSÃO

 

Mediante o presente trabalho é possível constatar que na atualidade, as atividades lúdicas estão sendo empregadas em muitas disciplinas, uma vez que, a interdisciplinaridade sugere que os professores tenham “jogo de cintura” e deixem a formalidade de lado.

 

Qualquer atividade que sugestiona o “jogo” desperta a curiosidade e o interesse das crianças, por isso a ludicidade deve fazer parte do contexto escolar, pois ela proporciona maior interação entre o estudante e o aprendizado, além de ser prazerosa na construção do conhecimento.

 

A proposta pedagógica, na visão Construtivista do Conhecimento, tem no aluno e nas suas possibilidades, o centro da ação educativa, visto que hoje o desafio de prender a atenção do aluno, que vive rodeado pela mídia é uma variedade de recursos tecnológicos, sem perder o foco que é a aprendizagem, exige do professor uma profunda reflexão sobre sua prática.

 

O professor interessado em mudanças visualiza o lúdico como importante recurso da ação pedagógica, oportuniza o movimento da criança para a aprendizagem, o qual faz parte dos seus esforços de compreender o mundo, e com o estímulo, aprender com segurança.

 

Por fim, a escola que apoia o professor a trabalhar com atividades lúdicas possivelmente oportunizará aos alunos à vontade de conhecer e compreender com criatividade e prazer, pois toda atividade que envolve o brincar atingi a atenção da criança, levando a mesma a prestar atenção na atividade desenvolvida.

 

Portanto, o brincar pedagógico deve ser planejado com todo o cuidado por parte do docente, a fim de levar o conteúdo com mais dinamismo e com objetividade. Pode se dizer que não é somente o aluno que aprende com o brincar, mais o docente passa a conhecer seu aluno com mais ênfase, podendo abordar e superar algumas dificuldades de aprendizagem, que o mesmo pode vir a ter em seu processo de adaptação, com a realidade educacional.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

Acessado em: 03 fevereiro de 2020 as 10:15 horas.

 

ALMEIDA, Paulo de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 9. ed. São Paulo: Loyola, 1998.

 

DALLA VALLE, Luciana Rocha de Luca. Jogos, recreação e educação. Curitiba: Editora: Fael,2010.

 

FERRARI, Márcio. Emilia Ferreiro, a estudiosa que revolucionou a alfabetização. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/338/emilia-ferreiro-estudiosa-que-revolucionou-alfabetizacao.

 

FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez.1996.144p.

 

FERREIRO, Emilia. Reflexão Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez.2000.104p.

 

FREIRE. Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

 

PIAGET, J. A Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

 

SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e infância: um guia para pais e Educadores. Rio de Janeiro: Vozes,1999.

 

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.