ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS DESENVOLVEM HABILIDADES POR MEIO DE JOGOS E MATERIAIS ADAPTADOS
Luciene Lécia Lucchetti
RESUMO
O presente artigo visa mostrar os jogos e materiais adaptados confeccionados para trabalhar com os alunos durante a pandemia para que o mesmo possa desenvolver suas habilidades no Atendimento Pedagógico Especializado, promovendo assim, melhor qualidade de vida. Utilizou-se como método a pesquisa bibliográfica, mediante o método descritivo. onde se destacou alguns documentos que preconizam tal modelo de educação, lançando um olhar sobre a inclusão. Diante dos resultados obtidos percebe-se que com os jogos e materiais adaptados ajuda a criança na evolução, atenção, coordenação motora no seu desenvolvimento. Desta forma, conseguindo assimilar o que é ensinado, mas todos aprendem brincando, cada um com seu jeito. Conclui-se é possível utilizar jogos e materiais adaptados para desenvolver o cognitivo, a motricidade, a imaginação, a criatividade, a interpretação e as habilidades de pensamento para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola.
Palavras-chave: Atendimento educacional especializado. Desenvolver Habilidades. Jogos e Materiais Adaptados. Portador de Deficiência. Pandemia.
1 INTRODUÇÃO
O Atendimento Educacional Especializado é uma novidade da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva em que tem como objetivo, identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. O AEE é um serviço da educação especial que vem para complementar e suplementar a formação do aluno com deficiência, sendo uma oferta obrigatória na rede regular de ensino a ser realizado, preferencialmente, nas Salas de Recursos Multifuncionais.
A escolha do tema “Alunos com deficiências desenvolve habilidades por meio de jogos e materiais adaptados” foi devido a pandemia onde no dia 11 de março de 2020, a organização mundial da saúde (OMS) declara oficialmente o novo coronavírus (covid-19) como uma pandemia. uma das recomendações dadas pelo órgão de saúde mundial foi o distanciamento social e, com isso, a suspensão das aulas presenciais nas escolas de educação básica, de todo país. essas suspensões partiram do governo federal, dos governos estaduais, do distrito federal e dos municípios.
Depois de alguns meses de luta para a implantação da sala de Recursos Multifuncionais na escola, tendo em vista que há uma grande demanda de crianças com várias deficiências as quais necessitam do Atendimento Educacional especializado, neste ano foi implantada a sala de recursos multifuncional na instituição, porém, veio a pandemia e junto com ela a pergunta: Como trabalhar com os alunos desta sala? Consequentemente, por meios de conversas com os professores, a coordenação, e a direção da escola, a professora da sala de recursos multifuncional, decidiu trabalhar com jogos e materiais adaptados, os quais seriam encaminhados para casa e não retornaria mais para a escola tendo em mente que os jogos e materiais desenvolve diversas habilidades, tais como: a concentração, habilidade sensório-motora, orientação espacial, compreensão e atendimento a ordens, percepção de semelhanças e diferenças, orientação espaço temporal, raciocínio lógico matemático, linguagem e comunicação oral, expressão criativa, percepção e memória visual e atividades da vida prática diária, levando em consideração as diferenças individuais de cada criança.
Contudo o atendimento as crianças da sala do AEE também não pararam tendo em vista que a educação inclusiva é uma proposta do Ministério da Educação que pretende, de modo preciso, atender a inclusão das crianças com necessidades especiais no convívio com a sociedade. As crianças são atendidas no contra turno do seu horário normal de aula, com professores especializados que os atendam levando em conta suas especificidades, dentro de um planejamento já elaborado. Assim, dispõe o Ministério da Educação que o AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino.
É dentro deste contexto que encontraremos as crianças com deficiências o que configura grande desafio para profissionais, pais e comunidade escolar, mas que tem mostrado que há possibilidade da inserção destas crianças no convívio com as demais, mediante um acompanhamento especializado, neste caso, oferecido pelo AEE.
O AEE é uma política pública voltada para a educação especial. Consiste em uma intervenção pedagógica, buscando ajudar o aluno com deficiência a ser acolhido no ensino regular, com o objetivo de atender suas especificidades, desenvolvendo estratégias que respeite suas limitações e aplicando uma pedagogia diferenciada.
Na perspectiva inclusiva, todo professor busca despertar e desenvolver competências e propor conteúdos compatíveis com as experiências vividas pelos alunos, para que atribuam significado aos conteúdos, tendo participação ativa nesse processo. No caso dos alunos com deficiência, o professor precisa identificar e conhecer as competências e os recursos, estratégias, de ensino que proporcionem a aprendizagem, de forma a superar, ou compensar, comprometimentos ou dificuldades existentes.
A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físico, cognitivo, emocional, psicomotor e social e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Nesse sentido, o atendimento educacional especializado deve estar presente em todas as etapas e modalidades da educação básica, e se destina a apoiar o desenvolvimento dos alunos.
A educação especial abrange uma ampla diversidade de necessidades educacionais especiais. Nota-se a importância que assumem as tecnologias no âmbito da Educação Especial, e a inovação de materiais que visam disponibilizar recursos por meio da Internet, propiciando a interação da criança que frequenta a sala do AEE consigo mesmo e os demais aparatos que a modernidade tecnológica disponibiliza, neste momento de pandemia, por meio da tecnologia, está atingindo os alunos especiais em suas casas. A internet é um excelente meio para entrar em contato com pais e alunos. Porém, muitos destes alunos não podem se beneficiar de tais meios, devido às barreiras digitais, por não possuírem tecnologia ou ainda por não terem acesso à internet. Para aqueles que apresentam estas dificuldades, outros métodos são encontrados, como retirar material impresso na própria escola e confeccionar jogos e material adaptado. Os jogos e materiais adaptados devem ser adequados e prazerosos para a criança.
2 O JOGO NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Segundo Piaget (1996), o desenvolvimento do jogo está ligado aos processos puramente individuais e de símbolos inerentes à estrutura mental da criança e que só por ela podem ser explicados. Assim como no desenvolvimento infantil, o autor analisa o desenvolvimento do jogo de forma espontânea, ou seja, conforme se organizam as novas formas de estrutura, surgem novas modificações nos jogos que, por sua vez, vão se integrando ao desenvolvimento do sujeito por intermédio de um processo denominado assimilação.
Para Piaget (1978), a construção de estruturas mentais desenvolve a aquisição do conhecimento e, nesse sentido, a brincadeira, enquanto processo assimilativo, participa do conteúdo da inteligência, igual à aprendizagem e também é compreendida como conduta livre, espontânea, que a criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá. Portanto, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos de acordo com seu nível de desenvolvimento.
O brincar desperta a imaginação, abrindo novas possibilidades de aprendizagem, pois, neste estágio, a criança tem liberdade de criar, imaginar e é por meio da ludicidade que a criança exterioriza seus anseios e imita o mundo dos adultos. Ao fazer de conta, ela desenvolve a imaginação, idealizando um mundo real ao criar situações.
Os jogos e as brincadeiras são estratégias metodológicas que proporcionam uma aprendizagem concreta por meio de atividades práticas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais dizem que:
No jogo, mediante a articulação entre o conhecimento e o imaginado, desenvolvem- se o autoconhecimento – até onde se pode chegar – e o conhecimento dos outros – o que se pode esperar e em que circunstâncias. (...) Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas (BRASIL, 1997, p. 90).
Segundo Barros (2002), o brincar, para muitos adultos, é considerado prazeroso e excitante, embora não deem a mesma importância ao fato de ser igualmente educacional. Segundo Neto (1997 apud Barros 2002), alguns julgam o jogo como insignificante e dispensável, ao passo que outros acreditam nas contribuições do jogo em vários aspectos do desenvolvimento infantil.
Sendo assim através dos jogos e materiais adaptados os alunos desenvolvem diversas habilidades como: coordenação motora fina e grossa, raciocínio lógico matemático, atenção, concentração, percepção, capacidade física e de resolver problemas, a compreensão de causa e efeito o pensamento crítico, a direcionalidade, o tônus muscular, neurológica, psicomotora. e habilidades de vida diária.
De acordo com Cunha (1998 apud Barros 2002) o ato de brincar mostra-se indispensável à saúde física, intelectual, emocional e social da criança, tendo em vista que o comportamento lúdico contribui para a aquisição das habilidades de cada domínio do desenvolvimento. De acordo com a autora, o ato de brincar estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança, proporcionando a aprendizagem, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração da atenção.
É pelo brincar que a criança vai se socializando com o mundo que a cerca, na troca com o outro, vai se construindo com sujeito, facilitando os avanços no seu processo de aprendizagem com também no seu desenvolvimento intelectual e motor.
Para Kishimoto (2003), o trabalho pedagógico poderá utilizar os jogos educativos como recurso didático-pedagógico, promovendo a aprendizagem e desenvolvendo todas as potencialidades e habilidades nos alunos. Porém, o jogo deve ser praticado de uma forma construtiva e não como uma série de atividades sem sentido, tendo como objetivos o desenvolvimento de capacidades físicas e intelectuais, não esquecendo a importância da socialização.
Considerando que o processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar ou em casa fazendo uso de atividade lúdica se transforma num elemento motivador e facilitador, fazendo com que as crianças com necessidades especiais consigam compreender os conteúdos, vivenciem valores e atitudes de maneira prazerosa e divertida.
Freire (2002, p. 52) evidencia bem o papel do professor no processo de aprendizagem, afirmando que “saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. No entanto fica visível que a abordagem lúdica vem auxiliar o professor no processo de construção e produção do conhecimento de seus alunos.
Portanto dou ênfase à confecção de jogos e materiais adaptados para trabalhar com os alunos da sala de Recurso Multifuncional, mostrando a possibilidade de desenvolver habilidades que serão úteis em seu cotidiano.
Desde os tempos remotos da humanidade já se tinha registro sobre o brincar, tal fato pode ser visto nas pinturas rupestres, nas danças, nas manifestações de alegria nos esportes, nos jogos, nas danças no teatro e até na política.
Os jogos, brinquedos e as brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois o brincar está presente na humanidade desde o seu início. Huizinga (1971, p.21), reforça este conceito quando afirma que:
O jogo constitui uma das principais bases da civilização. Na sociedade primitiva, verifica-se a presença do jogo, tal como nas crianças e nos animais, e desde a origem, nele se verificam todas as características lúdicas: ordem, tensão, movimento, mudança, solenidade, ritmo, entusiasmo.
Os jogos apresentam como recurso eficaz de construção, segundo Kishimoto (1995) enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este aspecto que nos mostra porque o jogo aparece de modos tão diferentes, dependendo do lugar e da época. Outros aspectos relacionados ao trabalho, à inutilidade ou à educação da criança emergem nas várias sociedades em diferentes tempos históricos. Enfim, cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem
Ressalto a importância do jogo para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais, e sociedade em geral sobre à ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que o jogo faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais dizem que: No jogo, mediante a articulação entre o conhecimento e o imaginado, desenvolvem- se o autoconhecimento – até onde se pode chegar – e o conhecimento dos outros – o que se pode esperar e em que circunstâncias. (...) Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas (BRASIL, 1997, p. 90).
Conforme almeida (2010, p.1)” a aptidão de brincar faz parte do desenvolvimento, sendo fundamental para a sobrevivência psíquica e para o avanço social do homem”. Esse brincar, essa vontade de fazer descobertas, de fantasiar a realidade e de se envolver com elementos que o cercam, caracterizam o aluno como um ser em potencial, capaz de construir o seu conhecimento. Nesse contexto o brincar é fundamental para o desenvolvimento, sendo a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas as suas necessidades de sobrevivência (MACEDO; PETTY; PASSOS, 2005, P.13)
O brincar proporciona uma liberdade de expressão, de discussão de situações, de estabelecimentos de regra e experimentação de soluções que são imprescindíveis para o crescimento da criança.
De acordo com Vygotsky (1991) o brincar ajuda as crianças a se enxergarem como fazendo parte do mundo e as ajuda a descobrir infinitas possibilidades de conhecimento. O lúdico está cada vez mais sendo utilizado no campo escolar. Para avaliar a eficiência da ludicidade em sala de aula, é de suma importância perceber como os atores da educação estão conduzindo a ludicidade em sala de aula, além de observar a receptividade e avanço das crianças perante esta ferramenta. Os jogos no espaço escolar têm o papel de auxiliar a criança de ordenar suas ações e de vencer as repetições, além de ajudá-la a passar por diferentes oportunidades de ações.
Conforme as leis previstas, o AEE é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, graus e etapas do percurso escolar e tem como objetivos, entre outros, identificar as necessidades e possibilidades do aluno com deficiência, elaborar planos de atendimento, visando ao acesso e à participação no processo de escolarização em escolas comuns, atender o aluno com deficiências no turno oposto àquele em que ele frequenta a sala comum, produzir e/ou indicar materiais e recursos didáticos que garantam a acessibilidade do aluno com deficiência aos conteúdos curriculares, acompanhar o uso desses recursos em sala de aula, verificando sua funcionalidade, sua aplicabilidade e a necessidade de eventuais ajustes, e orientar as famílias e professores quanto aos recursos utilizados pelo aluno.
No entanto, os jogos, os brinquedos, as brincadeiras e sua relação com o desenvolvimento e a aprendizagem, há anos, vêm sendo estudados no campo científico, como um recurso que pode auxiliar no desenvolvimento cognitivo da criança. Incorporado nestes referenciais teóricos citado até o momento, podemos afirmar que a criança tem o direito de vivenciar situações enriquecedoras por meio dos jogos, utilizando recursos pedagógicos. Desta forma, fundamentar a importância do ensino lúdico principalmente quando falamos de alunos com necessidades educativas.
Faz-se necessário além da tecnologia utilizar materiais adaptados confeccionados pelo educador, visando explorar outras habilidades, como exemplos cito: jogar jogo da memória, quebra cabeça dos numerais, do alfabeto, pescaria, alinhavos, letras vazadas, objetos feitos com material reaproveitado par devolver a coordenação motora fina, bola no cesto, amarelinha, morto vivo, realizar pareação de cores, números e letras, figuras geométricas, pranchas lata 3x1 e para explorar a linguagem e comunicação oral. Abaixo estão alguns jogos que foram confeccionados e enviados para casa.
Caixa de pizza
Objetivo: Desenvolver o equilíbrio, a atenção e concentração, reconhecer os numerais.
Desenvolvimento: Entregar para a criança a caixa contendo orifícios para passar uma bolinha e pedir para que a mesma comece a passar a bolinha do numeral 1 seguindo a sequência numérica.
Prancha do alinhavo
Objetivo: desenvolver a atenção, concentração e coordenação motora fina.
Prancha da coordenação motora com tampinhas
Objetivo: desenvolver a atenção, concentração e coordenação motora fina.
Desenvolvimento: Dispor sobre a mesa a prancha e pedir para criança passar o dedo e/ou lápis contornando as tampinhas.
Pizza Fatiada
Objetivo: Relacionar o numeral a quantidade.
Desenvolvimento: Dispor sobre a mesa a base da pizza e os pedaços contendo as quantidades.
Pedir para a criança identificar o numeral 1 e em seguida encontrar a fatia que contenha a quantidade de bolinhas referente ao numeral.
Tangran
Objetivo: Aprender as formas geométricas, construir a noção espacial e de divisão das peças.
Desenvolvimento: Usar o quebra-cabeças através da exploração das sete peças do jogo construindo figuras.
Jogo da memória: Alfabeto
Objetivos:
Associar as letras do alfabeto com ilustrações correspondentes.
Exercitar a memória e atenção.
Formar maior número de pares e ímpares serão compostos por letras e ilustrações correspondente.
Desenvolvimento: Dispor as fichas sobre a mesa. As fichas devem ser colocadas com as figuras voltadas para cima. Após estarem sobre a mesa, marcamos 1 minuto para observação e em seguida viramos todas as fichas, deixando todas as figuras voltadas para baixo, inicia-se o jogo. O primeiro inicia desvirando duas fichas e deixando-as no mesmo lugar, se as figuras formarem par, o jogador as retira da mesa guardando-as com ele até o final do jogo, se não for par, o jogador volta novamente as figuras para baixo e o jogo continua até acabarem as fichas sobre a mesa.
Pintinho: movimento de pinça
Objetivo:
Desenvolve a destreza, coordenação óculo manual (coordenação motora fina), a atenção e concentração.
Desenvolvimento: Usar o pregador para pegar as minhocas.
Sugestão:
Pode-se usar tampinhas de refrigerante e algodão no lugar da linha.
Fichas com letra do nome
Objetivo: montar o nome e reconhecer as letras que formam o mesmo.
Desenvolvimento: A crianças deverá juntamente com um adulto montar seu nome.
Quebra cabeça das vogais
Objetivo:
Desenvolver a atenção, a alfabetização, a concentração, a coordenação motora, a percepção das cores e o raciocínio lógico.
Desenvolvimento: Colocar sobre a mesa as peças do quebra cabeça das vogais, procurar as imagens que começam com a respectiva vogal e ir montando o quebra cabeça.
Sugestão: Preparar um caixa com objetos da casa que iniciam com as vogais e pedir para a criança pegar um objeto e falar com qual vogal inicia.
Jogo da memória numeral e quantidade
Objetivos:
Identificar os numerais;
Ter noções de quantidade e relação dos numerais;
Realizar a contagem oral
Desenvolvimento: Dispor as fichas sobre a mesa. As fichas devem ser colocadas com as figuras voltadas para cima. Após estarem sobre a mesa, marcamos 1 minuto para observação e em seguida viramos todas as fichas, deixando todas as figuras voltadas para baixo, inicia-se o jogo.
Vencedor: Aquele que no final do jogo tiver maior número de pares.
Sugestão: Preparar uma caixa com objetos diversos da casa, dispor o numeral sobre a mesa ou qualquer outra superfície e pedir para a criança pegar a quantidade de objetos referente ao numeral. Também pode se trabalhar as cores e nome do objeto.
Lata 3x1
Objetivos:
Promove a criatividade.
Favorece o desenvolvimento da coordenação mão-olho através da manipulação dos elementos.
Desenvolve a capacidade de resolver problemas, a percepção espacial, a compreensão de causa e efeito o pensamento crítico, a capacidade de concentração a direcionalidade, o tônus muscular.
Noções dentro e fora e por cima e por baixo
Desenvolvimento: pedir para a criança colocar o palito na abertura, os canudos nos buracos do alinhavo, e fazer o alinhavo na tampa da lata.
Jogo das figuras geométricas
Objetivos:
Favorecer o processo de identificação de figuras geométricas;
Estimular a percepção visual;
Instigar a noção de cor.
Estimular a atenção e a motricidade;
Desenvolver a reprodução de modelo
Desenvolvimento: Dispor sobre a mesa a caixa/ou placa das formas geométrica juntamente com as peças de encaixe, pedir para criança colocar cada peça no seu devido lugar e ir falando o nome da peça e das cores.
Sugestão: Procurar na casa objetos com as mesmas formas geométricas, riscar em um papel e pedir para a crianças colocar o objeto sob as formas riscadas no papel.
Quebra cabeça do alfabeto
Imagem:https://www.lojabrincaresaber.com.br/ofwkl8986-quebra-cabeca-bandeira-brasil-1
Desenvolve a capacidade física, neurológica, psicomotora, noção espacial, concentração, percepção visual, além de conhecimento sobre diversos assuntos.
Quebra cabeça sequência numérica
Objetivo:
Reconhecer e identificar os numerais
Desenvolvimento:
Encaixar as peças do quebra cabeça são encaixadas lado a lado por meio da sequência numérica, formando a imagem.
Vamos contar?
O objetivo é resolver situações problemas, com valores reais, envolvendo as operações de adição
Com o auxílio de grãos ou outro material concreto a criança irá fazer a contagem e procurar nas fichas azuis o resultado obtido.
Desenvolve a coordenação motora, os números a sua quantidade, concentração, percepção visual,
Ambiente/Espaço: ambiente aberto.
Tempo de Duração: depende da disposição das crianças.
Participação: individual ou em grupo
Desenvolvimento: Dispor sobre a mesa os troncos e as folhas das árvores pegar o numeral de acordo com a sequência numérica e a copa da árvore com as respectivas quantidades de frutas e em seguida montar a arvore.
Numerais retirados do site: https://br.pinterest.com/marcelaarmentano/numeros/
Desenvolve a coordenação motora fina, concentração
Ambiente/Espaço: mesa/chão
Tempo de Duração: depende da disposição das crianças.
Participação: individual ou em dupla
Desenvolvimento: colocar o porco espinho no chão e ir colocando os canudos nos orifícios.
Observação: Pegar o canudo com pregador de roupas para desenvolver o movimento de pinça.
Jogo do canudo
Desenvolve a coordenação motora fina, a concentração, identifica e relaciona os números a sua quantidade.
Ambiente/Espaço: mesa/chão
Tempo de Duração: depende da disposição das crianças.
Participação: individual
Desenvolvimento: A criança deverá pegar os canudinhos e inserir nos orifícios, fazendo a contagem dos canudos.
Bilboque
Desenvolve a motricidade, noção espacial e lateralidade, o equilíbrio e o contato social das crianças.
Material: parte de garrafa pet, barbante, fita e papel.
Ambiente/Espaço: espaço pequeno
Tempo de Duração: depende da disposição das crianças.
Participação: individual ou em grupo
Desenvolvimento: segurar o bilboquê com uma das mãos e tentar colocar a bolinha que está amarrada dentro do bilboquê.
Observação: fazer a contagem a cada vez que conseguir colocar a bolinha dentro. Também pode se fazer uma competição com a família para ver quem mais consegue.
Pescaria dos numerais
Desenvolve a coordenação motora trabalhando o equilíbrio do corpo todo o raciocínio lógico, a imaginação, o conceito matemático dentro/ fora, a interação, o trabalho em equipe, adequação a limites e cooperação.
Material necessário: bacia com água, varas e peixes.
Ambiente/Espaço: ambiente aberto.
Tempo de Duração: depende da disposição das crianças.
Participação: individual ou em grupo
Desenvolvimento: No chão coloque uma bacia com água e os peixes dentro da mesma, a criança irá pegar a vara e pescar os peixes. Em seguida deverá falar qual letra pescou.
Observação: brincar sempre com a supervisão de um adulto.
Este trabalho torna -se interdisciplinar entre as matérias escolar. Os jogos e matérias adaptados podem ser utilizados em todas as matérias com intuído de expandir para todas as outras áreas. Vale ressaltar que o desenvolvimento de atividades interdisciplinares o aluno não constrói sozinho o conhecimento, mas sim em conjunto com outros e tendo a figura do professor como uma orientação, um norte a ser seguido, mas sempre pensando na educação inclusiva, e que com estes jogos e a interdisciplinaridade pode beneficiar qualquer criança.
CONCLUSÃO
Com base na revisão bibliográfica, pude analisar a importâncias dos jogos e materiais adaptados no apoio as crianças com deficiências. As atividades lúdicas mostram a relevância deste mecanismo como base pedagógica par o ensino em casa. Prova-se o benefício que o jogo e os matérias adaptados estimulam o interesse, a motivação e o envolvimento da criança.
Prever jogos e materiais para a criança com AEE foi de suma importância na contribuição do desenvolvimento para ajudar a desenvolver o cognitivo, a motricidade, a imaginação, a criatividade, a interpretação e as habilidades de pensamento contribuindo para o processo de aquisição de novos conhecimentos. Assim irá contribuir com a família e a criança.
REFERÊNCIAS
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