Buscar artigo ou registro:

 

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA PUBLICA REGULAR

Rosalina da Silva Martins

 

RESUMO

Este trabalho tem como finalidade apresentar resultados de uma pesquisa realizada com três professoras da rede Estadual do município de Colíder - MT, com objetivo de analisar como esta sendo a inclusão dos alunos com necessidades especiais e quais as dificuldades encontradas para se trabalhar e integra-los na escola publica regular. Além da pesquisa, houve um estudo bibliográfico de livros e apostilas. Os autores que fundamentam essa pesquisa são: Ferreira e Guimarães (2003), Mantoan (2008), Mazzotta (2005), Freitas (2008) dentre outros. A pesquisa propôs-se, dentro da produção um quadro avaliativo da experiência de inclusão escolar e analisar as falas dos professores coletadas em entrevista. Concluiu-se, que as professoras reconhecem que para se ter uma boa pratica inclusiva, necessitam de recursos materiais, apoio pedagógico e de uma formação continuada adequada para tais educadores desenvolverem melhor seu trabalho. A inclusão não se faz apenas com boa vontade e legislação avançada.

Palavras-chave: Educação inclusiva. Alunos. Professor.

 

Introdução:

 

Este artigo tem como tema: A inclusão de alunos com necessidades especiais na escola pública regular. A proposta da elaboração desta pesquisa tem como objetivo identificar como esta sendo realizada a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular. A metodologia de pesquisa foi feita com levantamento bibliográfico e de pesquisa de campo com três perguntas, junto com três professoras, ambas atuantes na rede estadual do município de Colíder-MT.

 

Apresento a seguir três perguntas do questionário realizado com as educadoras, que busca compreender como funciona a inclusão de alunos deficientes na rede regular de ensino verificando como ocorre a sua interação no contexto educacional:

  • Quantos alunos com deficiência vocês possuem em sala de aula?

  • As professoras acreditam que estão preparadas para receberem os alunos com deficiência?

  • Qual o papel da família na inclusão dos alunos especiais?

A educação inclusiva compreende a construção de uma escola aberta para todos, que respeitam e valorizam a diversidade, desenvolvem práticas colaborativas, formam leis de apoio a inclusão e promovem a participação da comunidade. A escola regular, ao viabilizar a inclusão de alunos com necessidades especiais, deve promover a organização de classes comuns de serviços de apoio pedagógico especializado.

Inclusão seria, não somente manter o aluno na escola, mas além de mantê-lo, faz-se necessário tornar a escola um lugar onde ele possa de fato desenvolver.

Conforme Ferreira:

 

O desenvolvimento de qualquer sujeito está articulado com sua constituição orgânica, mas é fundado, constituído na vida coletiva. É, pois, na coletividade, nas relações sociais que se concretiza a aprendizagem. Dessa forma a escola pode ser concebida como um espaço privilegiado de vivencia compartilhado de atividades humanas.” (FERREIRA 2005, pág.72 e 73).

 

 

Pesquisa por entrevistas:

 

Os dados foram adquiridos por meio de entrevistas, obtidos juntos a três professoras, ambas atuam na rede Estadual do município de Colíder Mato Grosso.

As entrevistas foram feitas em horário de intervalos escolar, por meio a questionários organizados, possibilitando-as falar livremente sobre a inclusão escolar.

Contudo, pude compreender como a inclusão acontece nessa escola. Busquei compreender como a inclusão acontece nessa escola e como funciona a inclusão de alunos com deficiência na rede regular de ensino, verificando como ocorre o sua interação no contexto educacional. Para isso aplicou-se um questionário com três perguntas conforme apresentarei a seguir:

Pergunta número um: Quantos alunos estão matriculados nessa escola?

A primeira pergunta formulada, foi respondida pela professora A. Onde a mesma citou que há um critério intitulado pelo governo que caberia aos alunos portadores de deficiência, o direito de acesso a rede de ensino regular, e em cada sala de aula deveria conter um aluno deficiente e dezenove normais, totalizando vinte alunos por sala. Esse critério que o governo criou foi para que o professor pudesse dar mais atenção ao aluno com necessidades especiais.

Para Cruickshank e Johnson (1979) afirmam que:

 

É importante observar as crianças, e ver as características principais do crescimento e desenvolvimento desta criança. Os profissionais devem ter na mente a necessidade de cada criança para saber trabalhar com cada uma. A importância da educação especial é promover o desenvolvimento em relação à diferença física intelectual e social, pois essas diferenças devem ser avaliadas para constatar até que ponto é exigido recursos educacionais especiais.

 

Pergunta número dois: As professoras acreditam que estão preparadas para receberem os alunos com deficiência?

A professora B respondeu que não. Pois o ambiente para se trabalhar com eles tem que ser mais decorado, para chamar atenção, pois segundo ela dividem a sala com alunos maiores do período vespertino, e que não gostam da decoração e rasgam tudo.

Pergunta número três: Qual o papel da família na inclusão dos alunos especiais?

Segundo a professora C, as famílias, muitas vezes, não participam da educação dos seus filhos. Tem pais que nem na escola vão pra saber como os filhos estão. Conta ela que na escola teve um caso de um aluno que começou a estudar um mês depois do início do ano letivo, e que o mesmo morava bem perto da escola, e que é revoltante pois nem na escola aprecem depois. Uns nem sabem o nome da escola do filho. Assim, fica difícil para o professor passar a educação que deve vir de casa. Afirma a professora C. Percebe-se que as respostas retomam a Constituição Federal de (1988), reforçada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, inova ao colocar esta parcela da população como sujeitos de direitos que podem ser opostos, inclusive, contra os seus próprios pais ou responsáveis. Esses direitos devem ser exigidos especialmente pelos pais, mas segunda a professora muitos pais nem se preocupam com esse direito á educação que seu filho tem, sendo que a família tem total responsabilidade no referente á implementação do direito a educação de suas crianças e adolescentes.

 

CONCLUSÃO

 

Analisando os dados dessa pesquisa, percebi grande preocupação e insegurança dos professores, frente as perceptivas de trabalho com as crianças com deficiências.

Notamos que mesmo com toda a inquietação demonstrada pelos professores, existe um grande anseio em direção á realidade da educação inclusiva, algo que é muito bom. No entanto, é preciso que as políticas e os programas invistam com seriedade na formação dos docentes, para que tenha uma inclusão de alunos com deficiência na escola regular, esses profissionais precisam estar aptos para trabalhar com essas crianças.

A pesquisa realizada me levou a refletir sobre as constantes discussões a respeito da formação do professor, especialmente o pedagogo, que ao terminar a graduação irá para uma sala de aula. As professoras entrevistadas não tiveram uma preparação especifica na formação inicial.

Portanto, enquanto educadoras, precisamos pensar sobre o sistema de inclusão, verificando como este foi implementado nos últimos anos nas políticas públicas. Nesse sentido, a grande maioria dos professores atuantes não possuem conhecimentos sobre a educação inclusiva, mas estes buscam especializar-se com base no que fazem em sala de aula.

Muitos educadores, muitas vezes, são julgados pela sociedade, tendo que tomar decisões frente às dificuldades dos alunos deficientes, estando sozinhos nesse desafio que é incluir, onde a responsabilidade seria de todos.

 

REFERENCIAS:

 

CRUICHSHANK, W. M; JOHNSON. G. O. A educação da criança e do jovem excepcional: tradução: Jurema Alcides Cunha, 2°ed. PORTO ALEGRE-RS: Globo, 1979.

RAMOS, P. Inclusão de deficientes físicos na educação. Trabalho Monográfico apresentado no Curso de Pedagogia: Cáceres-MT: UNEMAT, 2010.

FERREIRA, M. E. C; GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva. RIO DE JANEIRO: DP&A, 2003.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 10° Ed. RIO DE JANEIRO: Paz e terra, 1980.

MAZZOTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 5° Ed. SÃO PAULO: Cortez, 2005.

MANZINI, E. J. Educação especial temas atuais. SÃO PAULO: Marília publicações, 2000.

.GETÚLIO, V. A Declaração Universal dos Direitos Humanos e seu desdobramento no ordenamento constitucional brasileiro. Disponível em:

˂http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/valeriabrito/valeria.html˃ Acesso em: 25/04/2011.

SANTOS, V.R; apud; CRUICKSHANK; W.M; JOHNSON; G. O. A educação da criança e do jovem excepcional. Tradução: Jurema Alcides Cunha. 2°. ed. PORTO.

 

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL; lei 1989.