DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ALUNO COM TDAH
Max José Pereira1
Tatiana Andrea Geram2
Daiane Lourenço de Andrade Pereira3
RESUMO
A aprendizagem constitui-se um processo contínuo e integro que acontece na vida toda do indivíduo, compreendendo o aspecto cerebral, psíquico, cognitivo e social. O estudo sobre dificuldade de aprendizagem no aluno com TDAH se faz necessário diante de uma profunda inquietação sobre as possíveis causas de dificuldade de aprendizagem no aluno com TDAH, buscando detectar os aspectos fundamentais que interferem na aprendizagem do mesmo. São diversos motivos que explicam a necessidade de se adquirir conhecimento sobre dificuldade de aprendizagem no aluno com TDAH, compreende-se que alguns fatores frequentes no educando com dificuldades de aprendizagem e TDAH estão correlacionados um com o outro. Nota-se que o aluno com dificuldade de aprendizagem e com TDAH está apto a aprender, mas demonstra dificuldade de pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Diante disso, cabe ao educador ampliar o conhecimento sobre o assunto oportunizando e proporcionando uma aprendizagem visando atender as especificidades do aluno com dificuldade de aprendizagem com diagnóstico de TDAH. Para evidenciar os dados relevantes da pesquisa, utilizou-se o método descritivo fundamentado nos autores: BOCK (2008), Sena (2010) SAVIANI (1987), SANTOS (2013) e outros.
Palavras chaves: Dificuldade. Aprendizagem. Aluno. TDAH. Conhecimento.
INTRODUÇÃO
A aprendizagem constitui-se um processo contínuo e integro que acontece na vida toda do indivíduo, compreendendo o aspecto cerebral, psíquico, cognitivo e social, por outro lado, constantemente pais e professores queixam sobre a dificuldade escolar em aluno com TDAH. O aluno com Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH), demonstra baixa agilidade cerebral nas regiões frontais-precisamente os centros cerebrais envolvidos com a inibição do comportamento, constâncias nas respostas, oposição à distração e controle do nível de atividade. Os portadores com diagnóstico de TDAH tem dificuldade lidar com esses aspectos causados pelo transtorno. Sendo assim, eles batalham para conseguir a adaptação frente às demandas cotidianas e volta e meia falham não alcançando a meta estabelecida si próprio. Sendo assim, o TDAH é um transtorno neurobiológico que compreende a atenção, o comportamento o controle dos impulsos.
As crianças com TDAH são capazes de adquirir conhecimento, mas demonstram dificuldade na aprendizagem, podendo ser na socialização, organização, atenção e impulsividade, sendo assim, a aprendizagem torna-se prejudicada. No desenvolvimento deste trabalho consta as seguintes abordagens: concepção de aprendizagem, dificuldade de aprendizagem, dificuldade de aprendizagem no aluno com TDAH e sintomas do TDAH e , por fim as considerações finais, onde consta em linhas gerias o resultado do trabalho.
DESENVOLVIMENTO
CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM
De acordo com PIAGET, citado por PAREDES (2004), a aprendizagem é um processo contínuo e integro que acontece na vida toda do indivíduo, compreende o aspecto cerebral, psíquico, cognitivo e o social. No entanto a aprendizagem é um processo complexo em que acontece na vida ser humano à medida que acontece as influências históricas, social, dentro de uma cultura particular.
Conforme PIAGET, citado por BOCK (2008) a aprendizagem decorre de fatores internos e externos, resulta da construção de um equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação, o que propicia o aparecimento de novas estruturas mentais. Dessa forma, aprendizagem é a capacidade e a possibilidade que temos para perceber, conhecer, compreender e armazenar na memória as informações obtidas. A aprendizagem se refere à aquisição de novos saberes enquanto a memória retém o armazenamento destes, podendo a qualquer instante se chamada e recuperada. (BRANDÃO e VIEIRA, 1992). Para SAVIANI (1987) aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e organizar dados resultantes de experiências ao passo que se recebe estímulos do ambiente. Aprendizagem é um processo complicado que se concretiza no interior do ser humano e se revela em uma transformação de conduta.
O processo de aprendizagem pode ser comparado a uma rede entrelaçada, onde “os fios” que se constituem identificam-se de um lado, pelas aquisições que compõem as estruturas cognitivas e, de outro pela estrutura desejante do sujeito. (PARGA apud SISTO 2001, p.148 e 149).
A aprendizagem se dá quando há relação de conhecimento significativo, com interesses no qual o indivíduo se predispõe a conhecer, tornando um entrelaçamento do novo com o conhecimento pré-existente. Nesse sentido, o sujeito torna-se capaz e ativo em seu meio de convívio através da aprendizagem que transforma o indivíduo e seu contexto. Com base no dicionário Aurélio aprender é: “tomar conhecimento de tornar-se capaz de (algo) graças a estudo, observação, experiências, etc. ( FERREIRA 2004).
SISTO (2004) comenta que o ato de aprender, conhecer, faz o ser humano ser valorizado no meio em que está inserido por tornar-se competente, e capaz de algo no qual foi adquirido por meio do conhecimento e experiências diversificadas alcançadas no seu percurso familiar, social, cultural ou educacional.
A aprendizagem torna-se significativa ao ser humano e transformadora ao seu meio quando acontece interação entre os seres envolvidos no seu meio, o que torna o aprendizado rico e com novos sentidos. Aprender significa também apropriar-se do conhecimento de alguém iniciando desde o seu nascimento, com momentos em que o volume de troca de informações supera o que se oferece. (SCOZ, 2004, p. 37).
O aprendizado não se dá apenas ao chegar à escola, ele se expande conforme acontece o desenvolvimento e interação do indivíduo, desde o nascimento do mesmo o aprendizado é adquirido.
Compreender a aprendizagem partido da liberdade do indivíduo no seu ambiente, aonde diversas condições são expostas, demonstram uma nova experiência que será incluída e, entrelaçada com outros, que lhes forem expostos em um determinado momento, servindo de apoio para assimilar o desconhecido que ora se expõe, o torna aceito em seu meio.
De acordo com CARRERA (2009), existe também, fatores que podem interferir gradativamente no processo de aprendizagem no processo de desenvolvimento do ser humano, onde não é mais considerado passivo de recepção, acontece de forma interativa na dimensão do saber, em reconstrução interna e subjetiva, ativada e estabelecida interativamente, englobando os fatores cerebral, psíquico, o cognitivo e o social.
A competência e a possibilidade para aprender estão presentes desde o nascimento, um potencial em desenvolvimento que acontece ao passo que o individuo vai amadurecendo por meio das estruturas cerebrais e do sistema nervoso. KAPLAN (1990) apud ROSA (2003, página, 26), comentam que: “aprendizagem pode ser definida como um a mudança no comportamento que resulta tanto da prática quanto da experiência anteriores.” Consistiu-se então que, a aprendizagem é um fenômeno do dia-a-dia e que não se mede não se apenas na sala de aula.
WEISS (2000), comenta que é preciso considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Para o autor, a aprendizagem se dá nos aspectos aspecto orgânico, cognitivo e social. O aspecto orgânico trata da construção biológica do sujeito, assim, a dificuldade de aprendizagem de causa orgânica seria um ator relacionado ao corpo.
O aspecto cognitivo relaciona-se ao funcionamento das estruturas cognitivas, o problema de aprendizagem estaria nas estruturas do pensamento do sujeito. Em se tratando do aspecto afetivo, refere-se a afetividade do sujeito e de sua relação com o aprender, com o desejo de aprender, o mesmo não consegue firmar um vínculo positivo com a aprendizagem.
O aspecto social trata-se da relação do sujeito com a família, com a sociedade, seu contexto social e cultural. Nesse caso, um aluno pode não aprender porque se encontra privado culturalmente em relação ao contexto escolar. E, o aspecto pedagógico, relaciona-se ao modo geral da escola, organização de trabalho, metodologia, a avaliação, conteúdos, a maneira de ministrar a aula, dentre outros. Bock (2008) comenta que existem diversas possibilidades de aprendizagem conceituado da seguinte forma: o processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é o que os cognitivistas denominam aprendizagem.
As teorias cognitivistas, defendem que a aprendizagem acontece através da relação do sujeito com o meio que o rodeia, levando a uma organização interna como forma de interação com o mundo. Os teóricos cognitivistas defendem que aprendemos por uma associação entre ideias e nossa experiência.
Sobre o conceito de cognição pode-se afirmar que:
Cognição é o “processo através do qual o mundo de significados tem origem. À medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos ‘pontos básicos de ancoragem’ dos quais derivam outros significados”. BOCK (2008)
Partindo desta perspectiva existem duas formas de aprendizagem, a saber:
a) aprendizagem mecânica - refere-se à aprendizagem de novas informações ou nenhuma associação com conceitos já existente na estrutura cognitiva, o processo de aprendizagem incide sem uma conexão com informações anteriores. Um exemplo quando se memoriza um conteúdo, uma poesia, sem relacioná-lo a outros conceitos.
b) aprendizagem significativa – processa quando um novo conteúdo (ideias ou informações) se relaciona com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assimilado por ela, um conceito se relaciona com outros conceitos disponíveis na estrutura cognitiva, estes servem de ponto de partida para os conceitos seguintes. Desta forma, os pontos de ancoragem são de grande relevância para aprendizagem significativa. Bock (2008, p. 135) comenta que:
Os pontos de ancoragem são formados com a incorporação, à estrutura cognitiva de elementos (informações ou ideias) relevantes para a aquisição de novos conhecimentos e com a organização destes, de forma a, progressivamente, progressivamente, generalizarem-se, formando conceitos. (BOCK, 2008 p. p.142).
Partindo desta perspectiva existem duas formas de aprendizagem, a saber:
a) aprendizagem mecânica - refere-se à aprendizagem de novas informações ou nenhuma associação com conceitos já existente na estrutura cognitiva, o processo de aprendizagem incide sem uma conexão com informações anteriores. Um exemplo quando se memoriza um conteúdo, uma poesia, sem relacioná-lo a outros conceitos.
b) aprendizagem significativa – processa quando um novo conteúdo (ideias ou informações) se relaciona com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assimilado por ela, um conceito se relaciona com outros conceitos disponíveis na estrutura cognitiva, estes servem de ponto de partida para os conceitos seguintes. Desta forma, os pontos de ancoragem são de grande relevância para aprendizagem significativa. Bock (2008, p. 135) comenta que:
Aprendizagem é um processo complexo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta em uma mudança de comportamento. O procedimento de aprendizagem pode ser confrontado a uma ligação de “fios entrelaçados” que se interligam um ao outro em foram de rede, se identificando pelas conquistas que compõe as composições cognitivas e, de outro pela estrutura desejante do sujeito.
Quando há relação de conhecimento significativo, com interesses no qual o sujeito se predispõe a conhecer tornando um entrelaçamento do novo com o conhecimento pré-existente a aprendizagem acontece. A aprendizagem transforma o indivíduo e seu contexto, tornando-o capaz e sujeito ativo em seu meio modificado. Interpretar a aprendizagem a partir da liberdade do indivíduo no meio ambiente que se encontra, por meio das variadas condições demonstrada, traz um novo experimento, sendo ajustado e entrelaçado entre as demais. Estas lhes são apresentadas em um dado momento, servindo de suporte para assimilar o desconhecido que se apresenta, e o torna aceito em seu meio. Constitui, então, contatar, apreender, interpretar, interagir adaptar e transformar o dia a dia e o período histórico, recebendo e atribuindo diversos significados. (SISTO, 2001).
O ato de aprender, faz com que o indivíduo tenha valor no meio que o cerca, tornando o mesmo apto por meio do conhecimento e experiências das mais distintas, esta se adquire na trajetória e no meio vivido, seja familiar, social, cultural, educacional, dentre outras. (SISTO, 2001)
Segundo FREIRE (1998) e VYGOTSKY (2001), para que esta aprendizagem seja significativa e transformadora ao ser humano no seu meio, tornando rico os aprendizados um do outro, faz-se necessário que haja interação com outros indivíduos, consequentemente terá novos sentidos. Aprender também é acomodar as informações de alguém, ainda que seja desde o nascimento, momentos que a quantidade de informações predomina o que se apresenta reciprocamente. (SCOZ, 2004, p. 37).
O aprendizado se expande de acordo com o desenvolvimento e interação do ser humano, pois, se adquire desde o nascimento do mesmo, não acontece somente ao chegar à escola.
O desenvolvimento intelectual resulta da construção de um equilíbrio progressivo entre assimilação e acomodação, o que propicia o aparecimento de novas estruturas mentais. Isto é um processo de evolução. No decorrer de sua evolução, a inteligência apresenta formas diversas (estágios), que vão se caracterizando as possibilidades de relação com seu meio ambiente. Assim, o homem aprende o mundo de maneira diversa a cada momento de seu desenvolvimento. (PIAGET APUD BOCK 2008 P. 139).
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Nas duas últimas décadas, o número de alunos com dificuldade de aprendizagem tem aumentado consideravelmente, representando uma parcela considerável Correia, (1997). Diante desse cenário, desde séculos anteriores, esse tema vem preocupando muito os estudiosos, apesar de que em primeiro momento várias causas foram estudadas, até que atualmente chegássemos a entender que muitas dificuldades encontradas demonstradas pelos nossos alunos no interior das salas de aula, sucedem de fatores internos e externos, causando uma desordem na apropriação do novo conhecimento, quando este se relaciona com o pré-existente.
A dificuldade de aprendizagem resulta de vários fatores, que podem ser, dentre outros: fatores orgânicos, fatores específicos, fatores emocionais e fatores ambientais. CARRERA (2009). Ao abordarem esta conclusão, muitos problemas neurológicos foram observados, compreendendo até que poderia causas patológicas, muitas vezes graves. Com de correr do tempo e o avanço nas pesquisas foram disseminando as enfermidades e suas causas.
No ano de 1800 ao serem analisadas algumas pessoas adultas com lesões cerebrais, com suposição com afasia, o médico Franz Joseph Gall notou que as mesmas não conseguiam expressar ideias e sentimentos por meio da fala, mesmo mantendo a inteligência. A descoberta das dificuldades da linguagem foi realizada por Joseph Jules Dejerine, ele descobriu o caso de transtorno contraído da leitura com preservação da função fala (alexia) causada por lesão cerebral, entretanto, teve colaboração de outros médicos. SISTO (2001).
O autor acima comenta que através dos estudos médicos grandes descobertas podem ser desvendadas no campo de estudo neurológico. Este trajeto foi um pouco vagaroso, no entanto, teve grande importância na busca da concepção de se explicar fato da não aprendizagem. Tornou-se possível descobrir muitas outras causas que estão conectadas as dificuldades na variadas áreas do conhecimento. Contudo, no começo a alteração cerebral transportou-se para explicação deste momento que se refere à dificuldade de aprendizagem.
SISTO (2001), comenta que nos Estados Unidos as causas foram sendo estudadas e descobertas no com o passar dos anos, as crianças que não apreendiam foram classificadas com dificuldade de aprendizagem. No começo da década de 60 havia cinco grandes grupos para rotular as crianças que não aprendiam codificar e decodificar:
a) eram considerados aprendizes lentos as crianças que pontuavam 75 a 90 em testes de QI;
b) retardadas mentais, quando QI era menor que 75;
c) crianças com transtornos emocionais ou socialmente desadaptadas;
d) privadas ou marginalizadas culturais;
e) dificuldade de aprendizagem para classificar as crianças que não aprendiam ler e escrever. (SISTO, 2001, P. 23 e 23). Segundo o autor, geralmente as crianças enquadradas nas quatro primeiras categorias vinham de famílias de baixa renda ou eram negras ou hispânicas etc; e na última, ou seja, na dificuldade de aprendizagem as crianças provenientes de famílias de classe média alta e, normalmente brancas. Embora fossem um período de descobertas essas crianças eram mal interpretadas, devido a tantos preconceitos, tanto de cor, quanto de classe social pertencente, entretanto, nos dias atuais, crianças ainda continuam sendo classificadas pelos mesmos preconceitos por apresentarem algum distúrbio de aprendizagem.
Os estudos para a descoberta da dificuldade são muitos, porém, o ser humano ainda não tornou-se capaz de ver o outro que demonstra alguma dificuldade através de sua competência, colocando-se sempre em posição que resulta do preconceito. Com o passar dos anos as dificuldades foram analisadas como transtornos sendo apresentava pela criança de modo exclusivo.
As dificuldades de aprendizagem não apareceram de repente, e apenas em 1963. Trata-se de um problema que provavelmente sempre ocorreu, mas que, a partir desta data, recebeu dos estudiosos uma unificação terminológica e uma limitação de campo, já que a unificação conceitual tem percorrido caminho, com debates, polêmicas, acertos e desacertos. (SISTO, 2001, p.23).
Sendo assim, os percursos foram realizados, grandes e novos passos foram dados, apesar dos erros e acertos, mas a persistência e desejo de entender o indivíduo com suas limitações e causa obteve-se grandes avanços. Diante deste cenário, o distúrbio até então mal interpretado recebe o nome de dificuldade de aprendizagem pois entenderam que abordava da aprendizagem escolar. Indo de encontro, BERMUDEZ (2012, p. 6) coloca que:
Na realidade, as dificuldades de aprendizagem são normalmente tão sutis que essas crianças não parecem ter problema algum. Muitas crianças com dificuldades de aprendizagem têm inteligência na faixa de média a superior, e o que em geral é mais óbvio nelas é que são capazes (mesmo que excepcionalmente) em algumas áreas.
De acordo com ROSA (2003, p.214 e 2015), a aprendizagem está relaciona às diversificadas culturas nos tempos históricos que vai da pré-história através dos registros dos sinais, passando pela idade média com a cópia de textos e memorização, e, durante a Revolução Industrial, as demonstrações do pensamento eram controladas pela classe dominante, o modo de compreender a aprendizagem de forma mecânica e repetitiva. Atualmente, aprendizagem é vista por diversos ângulos, os seres humanos precisam ser flexíveis e criativos conforme acontecem as transformações, de forma que saberá acostumar-se diante às diferenças e desigualdades, passando a lidar com o coerente e as peculiaridades. As dificuldades de aprendizagem supõe uma série de conceitos, hipóteses e padrões que explicam na busca de explicar o fracasso escolar, que através de estudos, mostra que os alunos com dificuldade de aprendizagem, na sua maioria não demonstram deficiência que os tornam incapazes de aprender. A maior parte destes problemas provém da exclusão do conhecimento, são seres com situações ou histórias que requerem uma avaliação e não ser estereotipadas. (ROSA, 2003).
De acordo com CARRERA (2009), a leitura e a escrita, são elementos básicos para o ser humano se inserir no mundo, são elementos articuladores de diferentes linguagens, uma ferramenta para a interação com outras áreas do conhecimento, pelo quais e demonstra o sentimento e o pensamento. Ao trabalhar leitura e a escrita de forma interdisciplinar pratica a socialização, responsável pelas grandes mudanças sociais que acontecem na forma livre de expressão.
Mesmo que já estivesse bem avançada às descobertas sobre algumas dificuldades, ainda acreditavam que seriam de causa neurológica. BARROS (2013), considera alguns fatores frequentes, que são expostos nos sintomas de dificuldades de aprendizagem: hiperatividade, problemas psicomotores, desatenção, impulsividade, dislexia (dificuldade na leitura), disgrafia (dificuldade na escrita), dislalia (dificuldade na emissão da fala), discalculia (dificuldade em cálculos), disortografia (dificuldade na formação de ideais e ortografia) e dificuldade na audição e fala.
PATO, citado por SISTO, (2001), comenta que com o fracasso escolar apresentado no histórico educacional a dificuldade de aprendizagem ganhou espaço aqui no Brasil, com os elevados índices de retenção e evasão escolar passou-se a acreditar na ineficácia da mesma, não sendo compreendida esta problemática como educação especial, avaliaram que esta causa ia mais a frente. No Brasil, as dificuldades são centrais no complexo fenômeno fracasso escolar, caracterizado por alto índice de repetição e evasão escolar. (PATO, 1993, apud SISTO, 2001).
Momentos depois a dificuldade de aprendizagem passou a ser mais compreendida, pois muitos já conseguiam enxergar o problema que há tempo prejudicava a aprendizagem escolar. Passou a refletir sobre a complexibilidade e seu efeito devastador causado na criança até o atual momento.
A dificuldade de aprendizagem é um tema presenciado pelos educadores no ambiente escolar e na maioria das vezes, o educando que as demonstram são ignorados por alguma pessoa que as avaliam e consideram incapazes de aprender. A dificuldade de aprendizagem está pressente em nosso cotidiano educacional e é pouco compreendida por parte de alguns educadores. Conceituando este tema, (GUZZO, apud CIASCA, 1991) coloca: “dificuldade ou problema de aprendizagem é o termo utilizado para designar desordens na aprendizagem de maneira proveniente de fatores mais facilmente removíveis e não necessariamente de causas orgânicas”. Diante das palavras do autor acima citado pode-se compreender que Dificuldade de Aprendizagem, é uma desordem na maneira de assimilar a aprendizagem, a criança poderá desenvolver seu potencial intelectual, não se trata de doenças.
A Dificuldade de Aprendizagem gera em qualquer situação o ritmo de aprendizagem do aluno com dificuldade, tornando visível qualquer alteração presenciada pelo aluno no acompanhamento ao ritmo de aprendizagem dos companheiros da mesma idade. SISTO (2001). TORRES (1995), comenta que nos dias atuais, a educação se depara com novos desafios e diretrizes, ao que cabe considerar a probabilidade de ensinar as competências e aptidões cognitivas, fundamentais no processo de aprendizagem, abrangendo todas as diversidades de educandos. Neste contexto, deve favorecer o desenvolvimento humano, nas potencialidades do raciocínio, de autoaprendizagem, pensamento crítico, solução de problemas e criatividade, a fim que os alunos sejam conduzidos a aprender, pensar, aprimorar e desenvolver aptidões imprescindíveis para encarar o mundo.
De acordo com FONSECA (1995), a criança com dificuldade de aprendizagem é um criança normal que aprende de um modo diferenciado, no qual apresenta uma desconexão entre sua potencialidade atual e a potencialidade esperada, não poderá ser “rotulada” como deficiente, não faz parte de nenhum grupo de deficiência, nem tão pouco uma deficiência mental, pois apresenta uma capacidade cognitiva que não é alcançada em termos de aproveitamento educativo.
ROSA (2003) comenta que antes de considerar que a criança apresenta dificuldade de aprendizagem, é necessário antes de tudo, uma observação criteriosa por parte intermédio do educador, por um, determinado tempo considerando os fatores emocionais e ambientais que intervêm e dificulta a aprendizagem do educando. Nenhuma criança é igual à outra, ela é exclusiva e a maneira pelas quais as dificuldades aprendizagem se apresentam está relacionada a cada particularidade. É necessário conhecer a criança e buscar soluções pedagógicas alternativas que direcionem à sua dificuldade. Sobre isso CARRERA (2009) esclarece:
Cada criança é única, as formas nas quais os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionados com a individualidade de quem aprende;... por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática específica... e buscar estratégias de suporte que lhe permitam o sucesso na sua aprendizagem. (p.95).
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ALUNO COM TDAH
Entende-se que criança com transtorno de deficit de atenção / hiperatividade (TDAH) possuem menor atividade cerebral nas regiões frontais-precisamente os centros cerebrais conhecidos por estarem envolvidos com a inibição do comportamento, persistências nas respostas, resistência à distração e controle do nível de atividade. O transtorno causado pelo TDAH faz com que os portadores tenham dificuldade em lidar com esses aspectos. Portanto, os portadores do transtorno lutam para conseguir adaptar-se às demandas da vida e, frequentemente, fracassam sem alcançar objetivos estabelecidos para si próprios.
Segundo SENA (2010), TDAH: O Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade, é uma dificuldade de ordem neurológica, trazendo consigo sinais que evidencia inquietude, falta de atenção, de concentração e impulsividade. Nos dias atuais é comum notarmos crianças e adolescentes sendo classificadas como DDA (Distúrbio de Deficit de Atenção), pois apresentam certa agitação, nervosismo e inquietação. Estes fatores podem acontecer por consequência de causas emocionais.
DOMINGOS & RISSO, (2000) comentam que as principais manifestações no TDAH são desatenção, impulsividade e hiperatividade, considerando uma dificuldade neuropsiquiátrica. De causa biológica apontada pela hereditariedade, aparece antes dos sete anos de vida e pode perdurar até a fase adulta.
Em relação a isso, cabe ao professor limitar em analisar o aluno e assistir no seu processo de aprendizagem, encaminhando-o a profissionais especializados, e tornar suas aulas ainda mais motivadoras e dinâmicas, oportunizando ao aluno a descobrir suas capacidades e não rotulando o mesmo.
Indo de encontro com este assunto, a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA, 2012, p.23) coloca que: “o professor pode ser um grande aliado no tratamento. Quando ele tem conhecimentos sobre TDAH, ele se torna capaz de adotar estratégias de ensino capazes de favorecer o aprendizado dos alunos”, “o TDAH é reconhecido oficialmente por vários países e pela organização mundial da Saúde (OMS).” (ABDA, 2013)
A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA, 2013) comenta que, de 3% a 5% das crianças de diferentes regiões do planeta em que já foram realizados estudos, sofrem de TDAH, destas 60% a 80% continuam com o transtorno na adolescência e mais de cinquenta por cento dos casos o transtorno segue a pessoa na vida adulta, embora que os sintomas de inquietação sejam mais suaves.
De acordo com SANTOS (2013), estudiosos compreendem que TDAH é um transtorno comportamental real, aparece na primeira fase do desenvolvimento da criança; percebe-se claramente essa criança em relação à outra “dita normal” ou das demais que não apresentam o transtorno; é relativamente longo ou acontecem em períodos de diferentes situações e nem sempre a criança corresponde ao esperado diante das solicitações feitas, que é relativo e persistente no processo de desenvolvimento da criança.
Para SANTOS (2013) não existe uma explicação fácil para o TDAH, seja por simples causas ambientais ou sociais, mas relaciona-se com alguma irregularidade no funcionamento ou desenvolvimento cerebral, significando a existência de uma falha ou um deficit nas funções da capacidade mental; a genética, traumas, toxinas e outros são fatores biológicos que podem afetar a função cerebral ou seu desenvolvimento.
MATTOS (2005) comenta que cerca de 90%, do TDAH deve-se ao fator genético, analisado pela medicina de grande relevância. Indo de encontro a esse sentido BERMUDEZ (2012 p.16) aponta: “os investigadores também notam que a genética provavelmente jamais é a única causa de uma dificuldade de aprendizagem.” Não existe uma única causa, mas os estudos evidenciam a participação genética no transtorno. Nesta mesma direção a ABDA (2012, p.23) comenta:
A exposição pré-natal a drogas (álcool, nicotina e alguns medicamentos prescritos, bem como drogas de “rua”) está claramente associada a uma variedade de dificuldades de aprendizagem, incluindo atrasos cognitivos, déficits da atenção, hiperatividade e problemas de memória.
BARKELY (2002), comenta que pesquisas científicas enfocam as causa do TDAH nas desordens cerebrais - lesões intelectuais ou desenvolvimento cerebral irregular. O autor analisa esses estudos de fatores anormais em dois grupos: (1) agentes ambientais com a exposição do feto ao álcool, cigarro e altos níveis de chumbo; (2) hereditariedade: (em especial, ultimamente com o avanço da genética molecular). Sobre isso BERMUDEZ (2012, p.15) comenta:
As crianças com diagnóstico de TDAH ocupam espaços especiais na sociedade, sendo a família o primeiro espaço, elas não existem por si só. Segundo SANTOS (2013), quando a criança apresentar sintomas do problema, os pais precisam ir em busca de informações sobre o TDAH, precisam ser os primeiros a ter informações de tudo o que cerca a criança, para que assim possam auxiliar a criança, conforme eles tenham capacidade de compreendê-las. A criança com diagnóstico de TDAH também Tportadora devem receber informações sobre o transtorno de com linguagem simples e adequada para sua idade.
SINTOMAS DO TDAH:
Segundo BERMUDEZ (2012), o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, TDAH, (desatenção, hiperatividade-impulsividade) é um dos aspectos avaliados com frequência, demonstrado nos sintomas de dificuldade de aprendizagem. Cada portador de TDAH apresenta comportamento diferente, entretanto, demonstra muitas características comuns, significando que eles são sujeitos a um determinado histórico particular, originalidade, estilo de vida particular, situações familiares, etc.
De acordo com DSM_ IV (Diagnostic And Statistical Manual, 4ª edição, 1999), um manual preparado pela Associação Psiquiátrica Americana, os sintomas descritos a seguir foram listados e diagnósticos de forma padronizada, homogênea, que segundo consta os sintomas de desatenção devem ocorrer frequentemente os seguintes sinais:
Não presta atenção a detalhes ou cometer erros por descuido;
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Ter dificuldade para concentrar-se em tarefas e /ou jogos;
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Não prestar atenção ao que lhe é dito (“estar no mundo da lua”)
-
Ter dificuldade em seguir regras e intruçoes e / ou não terminar o que começa;
-
Ser desorganizados com as tarefas e materiais;
-
Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
-
Perder coisas importantes;
-
Distrair-se facilmente com coisas que não tem nada a ver com o que esta fazendo;
-
Esquecer compromissos e tarefas.
Sintomas de Hiperatividade e Impulsividade (eles devem ocorrer frequentemente):
-
Ficar remexendo as mãos/ ou pés quando está sentado;
-
Não parar sentado por muito tempo;
-
Pular, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude;
-
Ser muito barulhento para jogar ou divertir-se;
-
Ser muito agitado;
-
Fala demais;
-
Responde às perguntas antes de terem sido terminadas;
-
Ter dificuldade de esperar a vez;
-
Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros .(ROHDE et al ,1999,p.40)
São três os tipos de TDAH:
-
Forma predominantemente desatenta, ocorre quando existem mais sintomas de déficit de atenção. Esta é a forma mais comum na população;
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Forma predominantemente hiperativa e impulsiva, quando existem mais sintomas de déficit de hiperatividade e impulsividade. Esta é a mais rara;
-
Forma combinada quando existem muitos sintomas do déficit de atenção e de hiperatividade. Esta é a forma mais comum. Matos, (2005, p.21)
MATTOS, (2005, p.22) comenta que é importante analisar o termo “predominantemente” sugere que pode haver também sinais de desatenção na forma hiperativa e sinais de hiperatividade na forma desatenta, entretanto, não torna os mais extraordinários. Pesquisadores de renome acreditam que o ser humano pode que apresentar somente um dos sintomas, por exemplo, desatenção, possivelmente não TDAH, e sim outra dificuldade ainda desconhecida, pois assemelha-se ao sintoma do TDAH, porém, sempre que existir algum grau de desatenção, hiperatividade e impulsividade há indícios de TDAH.
De acordo com SANTOS (2013), não é necessário apresentar todos os sintomas para um portador do TDAH, certas crianças e adolescentes demonstram vários sintomas. Estudos atuais apontam que é necessário pelo menos seis dos sinais de desatenção e / ou seis dos sintomas de Hiperatividade/Impulsividade. Esses sinais devem prejudicar o processo de aprendizagem escolar dos mesmos, permitindo, assim o levantamento de hipótese do diagnostico de TDAH. É importante que os sintomas aconteçam frequentemente para que seja avaliado.
De acordo com segundo SENA (2010), na idade Pré-escolar, costuma aparecer com sintomas das principais características do distúrbio: Déficit de atenção, atividades motora excessiva e falta de autocontrole. Em determinados casos podem acontecer em idades antecedentes com várias e sérias alterações no comportamento, dentre esta dificuldade alimentar e sono, agitação exagerada e cenas de negativismo ou birra. Na fase escolar, os sintomas citados anteriormente tendem, a criança passa a manifestar várias perturbações subsidiadas que prejudicam acima de tudo as relações interpessoais e a aprendizagem.
Sobre isso BROMBERG (2001), comenta que os problemas de atenção e a ausência de autocontrole apontam este distúrbio; quando se encontra em grupo este problema se intensifica no TDAH, prejudicando a coletividade, dificultando ainda mais os estímulos salientes, a estruturação e desempenho das atividades propostas, ao passo que esta interferência do TDAH seja negativa no processo educativo. SENA (2010), acrescenta ainda que as alterações secundárias acentuadas surge frequentemente com modos antissociais afetando a autoestima do adolescente.
A ABDA (2012) destaca que: “Em mais da Metade dos casos o transtorno acompanha o individuo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.”, sendo assim, ao entrarem na adolescência, as crianças hiperativas demonstram uma mudança expressiva em sua Hiperatividade. Os sintomas tendem a diminuir consideravelmente, isso não se dá pelo fato de uma questão de tempo, e sim, pela continuidade no processo de atividade para com o TDAH. As características perduram radicalmente até a fase adulta.
A passar pelas transformações físicas emocionais e mentais um adolescente, pode causar contendas entre com seus pais, demonstrando falta de respeito, rebeldia e terror aos adultos. BROMBERG (2001).
Na fase da puberdade o adolescente encontrará novas oportunidades dentre elas os entorpecentes. Esse momento requer muita reflexão para não entrar em caminhos perigosos. São normais os desafios nesta fase e que também afetam seriamente os portadores do TDAH. Sobre isso BERMUDEZ (2012, p.7) comenta:
Estudos mostram que adolescentes com dificuldades de aprendizagem não apenas estão mais propensos a abandonar os estudos, mas também apresentam maior risco para abuso de substâncias, atividade criminosa e até mesmo suicídio.
Caso não ocorra uma intervenção imediata de um profissional da saúde, esse problema pode causar conflitos que podem agravar a vida do adolescente. Diante disso, realizar o diagnóstico é suma importância, pois auxiliará o portador de TDAH no convívio diário. BROMBERG (2001, p.4), aponta que: “com diagnostico precoce e tratamento adequado, podem vir a ter uma vida equilibrada, produtiva e feliz”. Indo de encontro SENA (2010, p.22) salienta ao dizer que, se o portador de TDAH for diagnosticado e tratado de forma correta os seus sintomas e o seu desenvolvimento demonstrarão melhoras expressiva.
Somente o médico ou neurologista poderá diagnosticar o transtorno, o estabelecido criteriosamente, exigindo um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, que necessitam induzir à má adaptação e inconsistência relacionado a fase de desenvolvimento da criança. POLANCZYK (2012, p.1).
É necessário que o professor conheça sobre o TDAH, suas implicações na vida do aluno e possibilite estratégias de intervenções pedagógicas adequadas a necessidade do aluno, para que o mesmo tenha sucesso na aprendizagem. SENA (2010), o autor salienta que:
O conhecimento sobre o transtorno e suas implicações na vida do aluno, as acomodações feitas na ambiente escolar segundo as necessidades especificas de cada caso, bem como as intervenções e estratégias pedagógicas e comportamentais adequadas melhoram a qualidade e a eficácia da aprendizagem.
De acordo com SENA (2001) para que o professor consiga desenvolver um percurso que leve o educando com diagnóstico de TDAH a manter concentração indispensável para o desenvolvimento na aprendizagem, pois é característico do mesmo, é necessário evitar lugares barulhentos e com muita movimentação, o professor e aluno deve estabelecer uma relação de afetividade cabendo ao professor fazer referência ao ensinamento sempre olhando nos olhos do aluno, demonstrando segurança e facilita o entendimento ao que se propõe.
Neste sentido SENA (2010, p.21) descreve: "É comum a presença de atraso psicomotor, assim com dificuldade para manter a atenção em tarefas pouco motivadoras.”
CONCLUSÃO
Diante do estudo feito, compreende-se que alguns fatores frequentes no aluno com dificuldade de aprendizagem e TDAH estão correlacionados um com o outro. Os portadores de TDAH demonstram comportamentos diferente de um para o outro, embora muitas características sejam comuns, significando que os mesmos participam de um contexto histórico pessoal, social, familiar, com personalidade diferente.
O transtorno comportamental TDAH aparece logo cedo na vida da criança. Fica claro que o TDAH relaciona-se com diversos fatores, predominando na maior parte o fator genético com um taxa de 90%. De 3% a 5% das crianças nas diversas regiões do planeta são diagnosticadas com TDAH.
Diante do estudo feito, observa-se também que ao iniciar a vida escolar, já na pré escola, a criança com TDAH demonstra os primeiros sintomas (Dificuldade em manter atenção, movimentação motora excessiva e falta de autocontrole) e à medida que vai crescendo surgem outras perturbações como, por exemplo: dificuldade de relacionamento interpessoal e a dificuldade na aprendizagem.
Percebe-se, então que os alunos com TDAH são aptos a desenvolver o aprendizado, mas devido à dificuldade de organização, atenção e impulsividade tendem a ser mais lento o processo de aprendizagem.
Pode-se observar que a tarefa do professor é árdua e nem sempre tem disposição para dar atenção individualizada ao aluno com TDAH, que constantemente necessita de atenção particular. Implica após o diagnóstico o conhecimento do educador sobre o assunto e tenha uma relação de atenção e proximidade ao aluno com TDAH, demonstre segurança, estabeleça limites, tenha firmeza, perceba possível distração do aluno, chamando-lhe atenção com sabedoria. Vale ressaltar também que o ambiente educativo deve ser motivador, acolhedor, calmo e pouca movimentação.
Diante do exposto, faz-se necessário também que o aluno com dificuldade de aprendizagem e TDAH tenha acompanhamento diferenciado, com alternativas de ensino, apoio pedagógico com profissionais habilitados, sala de apoio e recurso pedagógico.
No que tange as práticas pedagógicas, a apropriação do conhecimento sobre o assunto conclui-se que este oportuniza e proporciona uma aprendizagem satisfatória visando atender as especificidades do aluno com diagnóstico de TDAH.
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