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ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO (AH/SD)

 

Luana Fernandes de Souza

 

 

RESUMO

Esse trabalho tem como finalidade, compreender as dinâmicas que ocorrem com os alunos AH/SD partindo do pressuposto de compreender o sujeito, suas habilidades, entendendo o papel dos professores tanto da sala de recurso bem como os docentes da sala regular, e definindo a função da escola e da família para formação completa do aluno.

 

Palavras-chave: Altas habilidades. Superdotação. Educação.

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

Pessoas com AH/SD não pertencem a um grupo homogêneo, de pessoas sobre naturais. Na verdade, trata-se de um grupo heterogêneo, com características diferentes e habilidades diversificadas; diferem uns dos outros também por seus interesses, estilos de aprendizagem, níveis de motivação e de auto conceito, características de personalidade e principalmente por suas necessidades educacionais (M .R.VIRGOLIN,2007,p.11).

 

Como salienta o autor acima não se deve ver as altas habilidades e superdotação de forma empírica e sim de forma cientifica entendendo as especificidade de cada pessoa como um indivíduo único individualizando os métodos de ensino aprendizagem.

 

Confiamos ser de derradeira importância o reconhecimento destes sujeitos no sistema de ensino, pois muitas vezes acredita-se que esses colegiais conseguem desenvolver seus potenciais de forma autônoma não precisando de apoio, excluindo assim, as chances do desenvolvimento dos talentos. Uma parcela disto se deve ao olhar direcionado dentro das escolas apenas para os alunos que tem alguma dificuldade, contribuindo para a invisibilidade das AH/SD e o reconhecimento de suas características. (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017).

 

Os alunos com altas habilidades e superdotação são colocados perante a sociedade como seres que desenvolve de forma igual em todas as matérias mas na verdade isso não ocorre dessa forma.

 

Para tanto, os estudantes com AH/SD demostram um grande acréscimo intelectual em áreas específicas da inteligência. Desmistificando a ideia de que os alunos com AH/SD se destaca em todas as áreas do conhecimento, salientando que estas características estão em constante alteração em relação ao meio (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017).

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

 

Para entender como funciona um indivíduo com AH/SD deve-se compreender o que produz a superdotação o sujeito apresentará habilidade acima da média, criatividade e motivação.

 

Os tipos de habilidades podem, variar de um pensamento crítico científico que englobará disciplinas como matemática, física e ciências já a outra vertente desse processo seria os pensamentos criativos produtivos com ênfase na pintura, música coreografia e literatura está última engloba a língua portuguesa em sua totalidade, produções textuais, redações e gramatica neste contexto entra também as línguas estrangeiras (M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.44).

 

A altas/habilidades e superdotação tem duas categorias amplas e distintas que são superdotação escolar e a superdotação criativo-produtivo sendo a mais encontrada a superdotação escolar como salienta M. R. Virgolim (2007) .

 

 

A superdotação escolar pode também ser chamada de “habilidade do teste ou da aprendizagem da lição”, pois é o tipo mais facilmente identificado pelos testes de QI para a entrada nos programas especiais. Como as habilidades medidas nos testes de QI são as mesmas exigidas nas situações de aprendizagem escolar, o aluno com alto QI também tira boas notas na escola. (M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.30).

 

O professor quando suspeita que um aluno apresenta AH/SD deve fazer uma sondagem inicial para que assim consiga identificar e poder ajudar o discente da melhor forma possível, ele deve observar o aluno e suas características, pode também aplicar um questionário simples.

 

Deve ser observado se o discente respondeu rapidamente as perguntas de seu dia a dia de forma coesa, e se aprofunda os conhecimentos que já tem por conta própria, mas o aluno deve também ser submetido a outras atividades para que assim o professor consiga identificar melhor suas AH/SD (M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.46).

 

Para o autor CANTARELLI BRANCO et al., 2017 ele propõe que para identificar um indivíduo com AH/SD deve-se observar o Plano Nacional de Educação e o atendimento adequado, deve ser feito através de um professor que possa analisar e identificar o comportamento e o desempenho desses educandos conseguindo fazer o ensino aprendizagem de uma forma correta para esse discente.

 

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Nº. 9.394/96, aponta em seu artigo 58º que a Educação Especial é “a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996, p. 43).

 

Como salientado por BRASIL, 1996 As Diretrizes e Bases da Educação Nacional se faz fundamental pois é nessa lei onde os direitos da Educação Especial são assegurados e esses discentes são amparados por lei.

 

A referida Lei garante em seu artigo 59º, inciso I, que os princípios de ensino garantirão a esses alunos, “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades” (BRASIL, 1996, p 44).

 

Os docentes que querem ajudar os jovens a obterem êxito no mundo atual devem estimular certos aspectos de sua personalidade que os permitam ampliar seus talentos e dedicar-se em algum campo do conhecimento e da cultura. Sendo assim, em adição a estas habilidades mentais essenciais reter e recordar informações, pensamento lógico, resolução criativa de problemas e tomada efetiva de decisões (M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.16).

 

Após identificar os comportamentos de superdotação do aluno, o professor encontra uma barreira grande, por parte dos recursos para trabalhar com esses discentes não havendo informações suficientes muito menos profissionais especializados nessas áreas para dúvidas imediatas ao trabalhar com o aluno nessas condições como salienta o autor M. R. VIRGOLIM , (2007) .

 

 

Embora o perfil do atendimento ao aluno superdotado tenha expressivamente se modificado nos últimos cinco anos, vários são os problemas que a área da superdotação ainda enfrenta na realidade educacional brasileira como: Disseminar a área da superdotação, aprofundando o conhecimento da sociedade sobre o tema Ressaltar as necessidades cognitivas, sociais e emocionais especiais desta população Combater mitos e falácias, como o de que o superdotado não necessita de mais recursos, podendo se desenvolver sozinho Proporcionar treinamento especializado aos profissionais envolvidos Proporcionar materiais adequados à necessidade do grupo Desenvolver e utilizar técnicas modernas de identificação Adaptar e diferenciar currículos e programas aos diferentes níveis em escolas públicas e particulares Implantar cursos de graduação e pós-graduação específicos para a área nas universidades brasileiras Realizar mais pesquisas com esta população para a nossa realidade Publicar e implementar a literatura especializada em nosso

 

idioma( M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.19).

 

Como demostra os autor M. R. VIRGOLIM , (2007) após a identificação da criança com AH/SD deve ser feito um planejamento criando um programa para que esse aluno consiga ser atendido da melhor forma possível .

 

A identificação de um aluno AH/SD deve iniciar de forma que inclua tantos alunos quanto for possível, garantindo o direito dos que se qualificam para o serviço especial. É importante que a admissão ao programa seja supervisionada por um grupo multidisciplinar de especialistas, que possam discutir os casos individualmente à luz dos dados coletados sobre cada aluno.

Para isso, se torna essencial utilizar diferentes tipos de informação, de forma a não se correr o risco de excluir alunos que teriam o potencial para se beneficiar do programa – por exemplo, alunos membros de grupos minoritários, alunos de baixa renda, de outras culturas, com problemas de aprendizagem e as meninas. O processo de identificação pressupõe também uma avaliação periódica, a fim de se verificar se os critérios para admissão ao programa foram adequados para se atingir os objetivos planejados. Um ponto importante a considerar é que a identificação deve ser vista como um processo contínuo, permitindo o ingresso da criança ao programa à medida que suas habilidades emergem e se desenvolvem; e deve preferencialmente apontar os pontos fortes, aptidões e talentos de cada uma, em detrimento de suas fraquezas e incapacidades, como tradicionalmente se tem feito nas escolas. No movimento atual de uma educação inclusiva, torna-se essencial entendermos que todo aluno tem direito a um ambiente educacional flexível e responsivo, adaptado ao seu nível e ritmo de aprendizagem, que permita certo nível de escolha de tópicos do seu interesse e que promova a excelência no estudo ( M. R. VIRGOLIM , 2007 , p.58).

 

E dever do professor auxiliar os alunos com AH/SD, mas a escola tem papel fundamental dessa educação também deve ser uma escola inclusiva necessita ser concebida como um ambiente de todos, onde os colegiais desenvolvem seus conhecimentos dentro de suas potencialidades e limitações onde estabeleçam sua própria identidade como cidadãos e se sintam acolhidos no sistema escolar (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017).

 

 

As políticas mundiais e nacionais ampliam as discussões acerca dos direitos das pessoas com NEE (Necessidades Educacionais Especiais) sendo os alunos com AH/SD também público alvo e tem o direito ao acesso e condições para desenvolver seus potenciais, ao passo em que a escola deve possibilitar ações que promovam a qualidade de ensino para este público que devido à falta de sua identificação não são reconhecidos no sistema escolar. (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017, p.03).

 

Os alunos AH/SD tem direito a sala de recurso, onde os professores irão auxiliar com maior ênfase, pois esses profissionais são preparados para atender as especificidades de cada um dos educandos criando uma rotina única.

 

 

Os professores e o professor do AEE devem estar em continua interação e devem utilizar dos recursos da comunidade para aprimorar o ensino. Descrevemos então a partir deste modelo as ações desenvolvidas, desde o reconhecimento dos indicadores de AH/SD a implementação do programa de enriquecimento que participaram, e a descrição das ações realizadas até o momento com os dois alunos já descritos. (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017, p.03).

 

Como citado pelo autor acima, os professores devem estar em consonância um com outro tanto os professores da sala de aula ``normal´´ , quanto o professor da sala de recursos dessa forma o discente terá uma rotina pensada em ambos os âmbitos escolares , conseguindo melhorar suas habilidades e estando mais confortável para realizar tarefas que antes não seria possível como por exemplo sair do isolamento social conseguindo fazer trabalhos em grupo , conversar com colegas

na hora do intervalo e ter amigos , também outros aspectos que podem melhorar seria nas aulas por mais que o discentes , tenha notas altas ele ainda pode ter certa desatenção nesse processo o professor da sala de recurso ajudará esse aluno a ter uma concentração completa durante a aula na sala regular suprida com atividades que melhore suas habilidades assim conseguindo ajudar o discente em todos os pontos que serão trabalhados de forma coesa pelos profissionais, havendo a melhora da qualidade do ensino aprendizagem e a socialização desse aluno.

 

 

O próprio nome Altas Habilidades/Superdotação nos remete a um sujeito com capacidades intelectuais acima da média e que se destacam por ser mais inteligente que os demais. Porém, devemos desmitificar alguns conceitos, sendo um deles que as pessoas com AH/SD não necessitam de um acompanhamento dentro do sistema escolar, pois são melhores de que seus colega (CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017, p.03).

 

 

Como mencionado pelo autor acima os alunos com AH/SD devem ter um acompanhamento especifico, pois eles tem suas dificuldades também como, qualquer outro discente sendo papel da escola ajudar esse aluno em seu âmbito escolar.

 

A família é imprescindível pois não pode haver uma dicotomia entre família e a escola ambos tem que caminhar em total acordo para que o aluno consiga desenvolver o ensino- aprendizagem e a socialização de forma eficaz.

 

3 CONCLUSÃO

 

Concluísse portanto que os alunos com altas habilidades necessitam ser compreendidos em sua totalidade excluindo os estereótipos que os rodeiam, criando uma forma de ensino aprendizagem voltada para cada habilidade de maneira única com profissionais a contento para o cargo dessa forma os alunos conseguiram desenvolver a aprendizagem mas também sua socialização isso só pode ocorrer com ajuda do âmbito escolar e com o apoio da família.

 

O autor CORDEIRO FERRAZ; COSTA PEREIRA, 2017 Salienta que os alunos com Altas Habilidades e Superdotação apresentam uma necessidade de reconhecimento de suas características e particularidades, também a importância de um atendimento especializado em sua área de interesse por meio de ações efetivas no contexto escolar.

 

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

 

BRASIL. LEI n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso: 30/10/2019

 

CANTARELLI BRANCO, Ana Paula Silva; TASSINARI, Ana Maria; CONTI, Lilian Maria Carminato; ALMEIDA, Maria Amélia. Educação, Batatais, v. 7, n. 2, p. 23-41, jan./jun. 2017Breve histórico acerca das altas habilidades/superdotação: políticas e instrumentos para a identificação. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: http://www.ppgees.ufscar.br/documentos/breve-historico-artigo. Acesso em: 29 out. 2019.

 

CORDEIRO FERRAZ, Laiza Lidiane; COSTA PEREIRA, Josefa Lídia. ISSN2176-

 

1396ATENDIMENTOEDUCACIONALESPECIALIZADOPARAALUNOSCOMAH/SD: UMRELATODEEXPERIÊNCIA. Eixo-Psicologia da Educação Especial e InclusãoAgência Financiadora: PIBID-CAPES, [s. l.], 2017. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24613_13996.pdf. Acesso em: 30 out. 2019.

 

M. R. VIRGOLIM, Angela. Ministério da EducaçãoSecretaria de Educação EspecialAltas Habilidades / SuperdotaçãoEncorajando Potenciais. Brasília, DF: [s. n.], 2007. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/me004719.pdf. Acesso em: 29 out. 2019.